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Este blog tem o compromisso de divulgar informações precisas e atualizadas sobre o ceratocone e as opções de tratamento, cirurgias e especialmente da reabilitação visual com uso de óculos ou lentes de contato.

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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Ceratocone tem cura?

É comum que esta pergunta seja feita pelo paciente, familiares e amigos próximos principalmente quando o diagnóstico é recente. A primeira questão que vem a cabeça do paciente quando recebe tal diagóstico é a se existe um tratamento que irá curar o ceratocone, misturado com sentimentos que variam entre a raiva, decepção, perplexidade e o desencanto.
Isso ao menos até que o paciente saiba que existem tratamentos que se não curam amenizam ou corrigem o problema de deficiência de visão, que iniciam pelos óculos e vão até as lentes de contato, e as alternativas cirúrgicas e tratamentos menos invasivos como implante de anel intracorneano e o crosslinking de colágeno de córnea com riboflavina. E naturalmente o transplante de córnea, que é um procedimento bastante invasivo mas que felizmente apenas cerca de 5% dos pacientes com ceratocone irão precisar, pois o ceratocone não evolui para sempre. Em outros tópicos deste blog há bastante informação sobre estas questões.
Recentemente descobri uma técnica que está sendo utilizada nos EUA para a correção de hipercorreção decorrente de cirurgia refrativa, onde o paciente era miope e tornou-se hipermétrope após a cirurgia. O método, chamado CLAPIKS consiste na utilização de um medicamento anti-inflamatório para "amaciar" a córnea e de uma lente gelatinosa que irá moldar a curvatura corneana de maneira que o paciente possa zerar e esta hipercorreção, ficando próximo do zero que era o objetivo inicial.
Qual a relação entre o CLAPIKS e o ceratocone?
Estudando a técnica do CLAPIKS pude estabelecer uma relação entre os resultados obtidos com esta técnica e outro estudo que venho fazendo sobre o que chamo de Conformal Orthokeratology following CXL, que consiste na utilização de lentes RGPs especiais para diminuir ao máximo as irregularidades da córnea com ceratocone e a posterior aplicação do crosslinking (CXL).
Entretanto, apesar de que os estudos já realizados por alguns pesquisadores demonstrem que há melhora da acuidade visual de duas a três linhas (tabela de Snellen), o formato ou a topografia do paciente retornava aos padrões anteriores ao tratamento. Ou seja, há melhora da visão mas não há um melhor padrão topográfico corneano, ao menos não significativo.
Esboço de um Protocolo de Técnica Sequencial
Examinando detalhadamente e minunciosamente os estudos envolvendo estas técnicas, acabei por simples exercício da lógica, formulando uma idéia que pode utilizar estas técnicas de forma associada e sequencial. Estou convidando alguns especialistas no Brasil, nos EUA e na Europa para examinarem a viabilidade e a possibilidade de um estudo sério sobre o assunto, pois se a teoria confirmar-se na prática este pode ser um importante passo no tratamento do ceratocone e até mesmo de uma possível "cura" nos estágios iniciais quando este ainda não está avançado. Nos casos onde o ceratocone for mais avançado, há uma grande chance de obter melhoras de acuidade visual de mais de três linhas de visão e da interrupção da progressão da patologia caso esta estiver em episódios de evolução seguidos.
É importante salientar que este esboço ou proposta de estudo que fiz é absolutamente desprentensioso, visa somente extravazar uma interpretação leiga porém lógica, das pesquisas que fiz nos últimos meses e a junção de idéias de diferentes autores médicos e que conduziram experiências clínicas com resultados comprobatórios. É uma idéia que eu espero que seja analisada criteriosamente e comentada. É possível que existam detalhes não observados que impeçam ou dificultem a sua aplicação, é preciso que seja estudada a questão com maior profundidade pelos médicos oftalmologistas.
Até o momento não existe e não há absolutamente nenhum estudo registrado sobre a técnica que vislumbrei e que denominei de CLAPIKS associated with CCO following CXL. As siglas significam:
CLAPIKS = Contact Lens Assisted Pharmacology Induced Kerato Shaping
CCO = Conformal Controlled Orthokeratology
CXL = Collagen Crosslinking with Riboflavine (under UV ray)
Para maiores detalhes sobre esta proposta de tratamento por favor cliquem no link abaixo para entrar no Fórum Ultralentes.

Obrigado pelo seu interesse.
Luciano Bastos