tag:blogger.com,1999:blog-78823470250125547852024-03-18T11:54:28.350-03:00CERATOCONE & TRATAMENTOSComunidade Ceratocone e Tratamentos, Ajuda para quem recebe o diagnóstico de ceratocone e as alternativas de tratamento para esta patologia da córnea. Informações precisas, atualizações sobre tratamentos para o ceratocone, links para tópicos de discussões do Fórum Ultralentes, do Facebook e do Orkut, links para outras fontes de informação e artigos. Dicas e orientações sobre lentes especiais para o ceratocone.Unknownnoreply@blogger.comBlogger57125tag:blogger.com,1999:blog-7882347025012554785.post-12812837412612609132021-10-04T09:55:00.003-03:002021-10-04T10:24:24.390-03:00ATUALIZAÇÕES SOBRE CERATOCONE 2021<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-6eBm-s8FzmQ/YVr-n9nxlJI/AAAAAAAABEk/55tTpxcSEX4HnFK0R06QiJdbIhAtnYI3QCLcBGAsYHQ/s2048/DSC03259%2B-%2BCopia.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; display: inline !important; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1536" height="200" src="https://1.bp.blogspot.com/-6eBm-s8FzmQ/YVr-n9nxlJI/AAAAAAAABEk/55tTpxcSEX4HnFK0R06QiJdbIhAtnYI3QCLcBGAsYHQ/w150-h200/DSC03259%2B-%2BCopia.JPG" width="150" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig.01: Ceratocone</span></td></tr></tbody></table><p><b>UMA BREVE INTRODUÇÃO</b><br /><br />Faz algum tempo desde a última vez que fiz uma postagem no blog. Após participar de duas excelentes palestras online no mês de Setembro sobre ceratocone, uma por cirurgiões e outra de especialistas em lentes de contato, me inspirei novamente a passar mais informações.</p><p>A primeira, ás 18hs do dia 22/09/2021 foi da Pan-American association of Ophthalmology com o título "Abordagem Atual do Ceratocone" com o grande amigo e excelente especialista Dr. Hamílton Moreira, de Curitiba, PR. A palestra foi assistida no Brasil, em Portugal e em diversos países de língua espanhola.</p><p>A segunda foi ás 20:30 do mesmo dia, da Sociedade Brasileira de Lentes de Contato, Córnea e Refratometria com o título "Tratamento do Ceratocone Por Adaptação de Lentes de Contato Corneanas" com a apresentação da querida Dra. Luciane Moreira, também de Curitiba, e a participação dos oftalmologistas Dr. Ari de Souza Pena, Dra. Lívia Adnet, Dra. Regina Noma e Dr. Roberto Deway.<br /><br />Ambas palestras e discussões foram ricas em conteúdo e ratificam de forma contudente que a oftalmologia brasileira não deve nada em comparação ao que está disponível no primeiro mundo. Seguem algumas observações minhas sobre elas. </p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-ad5gGePWNO8/YVompgFTlAI/AAAAAAAABD0/Hu022f0Zqj0wT1VX4zo9ipw0DsigOOR4QCLcBGAsYHQ/s2048/DSC07323.JPG" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1536" height="200" src="https://1.bp.blogspot.com/-ad5gGePWNO8/YVompgFTlAI/AAAAAAAABD0/Hu022f0Zqj0wT1VX4zo9ipw0DsigOOR4QCLcBGAsYHQ/w150-h200/DSC07323.JPG" width="150" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig.02: Joseph W. Soper</span></td></tr></tbody></table>Comecei a estudar o ceratocone bem cedo, em virtude de minha missão de colaborar com meu pai, Dr. Saul Bastos, oftalmologista pioneiro na reabilitação visual com lentes de contato especiais no Brasil. A minha missão começou aos 18 para 19 anos, quando decidi abrir mão de projetos pessoais para ajudar meu pai no desenvolvimento e fabricação de lentes de contato. Meu pai não queria que eu seguisse a medicina, ele via um outro futuro e queria muito que fosse economista. Ao abrir mão deste caminho, ele me disse que se eu queria ajudá-lo teria que estudar muito. Me deu um livro de lentes de contato escrito pelo nosso mestre Jospeph W. Soper (fig.02) e Dr. Louis Girard, escrito na década de 70 e que foi, e ainda é, uma das melhores obras científicas sobre lentes de contato especiais. Me instruiu a ler o livro inteiro. Embora fosse em ingles, eu já dominava o idioma há bastante tempo e na medida que avançava os capítulos eu ia aprendendo os termos mais técnicos e científicos. Li o livro em pouco menos de um mês, ele me orientou a ler novamente. Desta vez li ele inteiro em cerca de 10 dias foi a partir deste momento que começamos a conversar e também a ter aulas práticas, vendo pacientes e observando o que cada porção e modificação no desenho das lentes produzia no resultado final, nos olhos dos pacientes. E assim foi por longos anos, participando de congressos e desenvolvendo e fabricando lentes cada vez melhores.<div><br /></div><div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-543MFcUe4p0/YVoiAHUSJnI/AAAAAAAABDs/hX0gvJwnIisK4VAaf9nZ1_ctT6VAcHFbwCLcBGAsYHQ/s200/Perry%2BRosenthal.jpg" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="200" data-original-width="200" height="200" src="https://1.bp.blogspot.com/-543MFcUe4p0/YVoiAHUSJnI/AAAAAAAABDs/hX0gvJwnIisK4VAaf9nZ1_ctT6VAcHFbwCLcBGAsYHQ/s0/Perry%2BRosenthal.jpg" width="200" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig.03: Dr. Perry Rosenthal</span></td></tr></tbody></table>Meu pai abriu as portas para que eu também estudasse com alguns dos maiores especialistas internacionais nas áreas de lentes rígidas especiais, como Joseph W. Soper (TX-US) para lentes rígidas, Perry Rosenthal, MD, PhD (MA-US) que foi professor de meu pai em Boston (fig.03) e Ken Pullum (UK), estes para as lentes esclerais. <p>No meio do caminho impossível citar os inúmeros congressos de oftalmologia no Brasil e nos EUA, amigos oftalmologistas de meu pai, os quais tive a alegria de ter como amigos, além dos demais que fui conhecendo ao longo dos anos. Alguns deles, expoentes da oftalmologia na área cirúrgica, seja na cirurgia refrativa, implante de anel, transplante de córnea, catarata e crosslinking, com os quais pude aprender muito sobre córnea e mais especificamente sobre ceratocone, cirurgias e demais tratamentos. <br /><br />Na oftalmologia, em relação ao ceratocone há duas linhas de conduta que não necessariamente são contraditórias, embora sejam na essência, mas que acabam em algum momento se encontrando e pelo bem maior que é o de ajudar ao paciente com ceratocone e outras ectasias corneanas a ter uma melhor visão e consequentmente melhor qualidade de vida. A reabilitação visual é fundamental para o paciente manter a sua dignidade, poder levar adiante sua trajetória de vida, seja educacional, profissional, esportiva ou social.<br /><br />Basicamente, uma linha de atuação acredita no remodelamento da córnea, trata e procura moldar a córnea, ou alterar a sua refração e a outra procura corrigir a visão com o uso de lentes de contato especiais. O objetivo individual de cada procedimento é o mesmo mas seguindo caminhos diferentes. E nesta postagem comento sobre cada uma delas, embora já tenha feito isso em outras postagens antigas, sobre estas linhas e suas peculiaridades, semelhanças e diferenças.<br /><b><br />TRATAMENTOS PARA O CERATOCONE</b><br /><b><br />A avaliação do Ceratocone</b><br /><br />Em casos iniciais o diagnóstico do ceratocone é mais complexa e exige uma maior experiência do especialista e observação. Os topógrafos ajudam mas também pode ser difícil avaliar os estagios bem iniciais. A topografia foi, desde meados do século 21, o exame que mais ajudou para a avaliação da topografia anterior da córnea e ainda é bastante utilizada. </p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-ut5jrgA_UBo/YVosJ04xHeI/AAAAAAAABD8/VKV6-Yjj-VwXzLK2n0D4tpVDBnD-eFWjACLcBGAsYHQ/s1191/CSA%2BOE%2B-%2BCopia.JPG" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="840" data-original-width="1191" height="141" src="https://1.bp.blogspot.com/-ut5jrgA_UBo/YVosJ04xHeI/AAAAAAAABD8/VKV6-Yjj-VwXzLK2n0D4tpVDBnD-eFWjACLcBGAsYHQ/w200-h141/CSA%2BOE%2B-%2BCopia.JPG" width="200" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig.04: Mapa Pentacam</span></td></tr></tbody></table><p>Um avanço na avaliação do ceratocone surgiu com o desenvovimento de equipamentos mais sofusticados como os tomógrafos de segmento anterior, como o Orbscan II e posteriormente o Pentacam, entre outros tomógrafos. No IOSB temos utilizado largamente o Pentacam (fig.04) com seus diferentes mapas e o Tomógrafo de Coerência Óptica (OCT) para a avaliação e planejamento da adaptação de lentes esclerais. </p><p>A paquimetria ultrassônica é considerada o padrão ouro para medir a espessura corneana, no entanto na última dácada a crescente popularização de exames de tomografia de segmento anterior baseados no Scheimpflug como o Pentacam (fig.01), Galilei e TMS-5 tem ajudado muito na compreensão não somente da espessura total da córnea como das demais estruturas e uma série de informações pertinentes que ajudam a compreender melhor a estrutura da córnea.<br /><br />A biomiscroscopia especular é importante para se ter um controle da contagem e da morfologia das células endoteliais, especialmente dos pacientes usuários de lentes de contato, especialmente de lentes esclerais. Em nossa experiência clínica no IOSB não temos observado alterações significativas em usuários de lentes esclerais. Com uma casuística de pacientes considerável, 51 anos adaptando lentes especiais rígidas e 14 anos adaptando as modernas lentes esclerais permeáveis ao oxiênio, não observamos alterações significativas da contagem de células endoteliais, levando-se em conta que temos um padrão de excelência tanto no desenho das lentes quanto da técnica de adaptação, importante sempre ressaltar.<br /><br />Embora existam atualmente novas tecnologias como o Ocular Response Analyser (ORA) que é uma tecnologia muito interessante que mede a resistência biomecânica da córnea, ainda são poucos os resultados efetivos dos dados que as mesmas geram. Na verdade elas "quantificam" e "qualificam" o que já é conhecido por exemplo, no ceratocone e demais ectasias corneanas há uma menor resistência biomecânica da córnea. O exame não demonstra a causa mas comprova que há um enfraquecimento das estruturas de colágeno corneano.<br /><br />Irei mencionar tratamentos que consolidaram-se ao longo dos anos e estão disponíveis e também alguns que foram objeto de estudo mas que não apresentaram a resposta esperada ou ainda encontram-se em estudo.Depois falarei sobre cada um deles.<br /><br /></p><div style="text-align: left;">Tratamentos Consolidados: </div><p></p><p></p><ul style="text-align: left;"><li style="text-align: left;">Prescrição de Óculos</li><li style="text-align: left;">Adaptação de Lentes de Contato Especiais</li><li style="text-align: left;">Transplante de Córnea</li><li style="text-align: left;">Implante de Anel Intracorneano</li><li style="text-align: left;">Crosslinking</li><li style="text-align: left;">Cirurgia a laser topoguiada</li></ul><div style="text-align: left;">Tratamentos em Estudo ou e não consolidados:</div><div><ul style="text-align: left;"><li style="text-align: left;">Radiofrequência</li><li style="text-align: left;">Keraflex</li><li style="text-align: left;">Implante Estenopeico</li></ul></div><div><b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div><div><b><span><span style="font-size: large;">Tratamentos Consolidados</span><br /><br /></span></b><b><span style="font-size: medium;">Prescrição de Óculos</span></b></div><div><br /></div><div>Dentre os tratamentos consolidados temos diferentes opções de acordo com cada caso ou do estágio do ceratocone. No entanto, não é incomum um paciente ter opiniões diferentes de diferentes especialistas no sentido de qual tratamento optar. O que geralmente se observa é que se o especialista tem uma maior experiência em uma determinada técnica muitas vezes aquela técnica será proposta ou indicada ao paciente. Alguns cirurgioes tem experiência com diferentes técnicas e conforme for sua curva de experiência poderá ter uma melhor verstatilidade para determinar o melhor curso a seguir ou até mesmo propor tratamentos combinados, o chamado <a href="https://crstodayeurope.com/articles/2010-may/combining-topography-guided-prk-with-cxl-the-athens-protocol/" target="_blank">Protocolo de Atenas</a>.<br /><br />Nos casos iniciais ou naqueles que felizmente não progridem de forma mais agressiva a prescrição de óculos é viável e bastante utilizada. No entanto é importante que a refração seja muito bem elaborada pelo oftalmologista. Alguns ao constatar o ceratocone já desistem de realizar uma refração mais elaborada devido a dificuldade, mas as vezes é uma questão apenas de tomar mais tempo e de ter a colaboração do paciente para realizar uma refração bem elaborada de maneira a proporcionar uma acuidade visual satisfatória. No IOSB muitas vezes obtemos sucesso com os óculos e a adaptação de lentes de contato especiais nestes pacientes passa a ser opcional, lembrando que na imensa maior parte dos casos, com a adaptação de lentes de contato é possível obter uma acuidade visual consideravelmente melhor e muitas vezes chegar a 20/20 ou melhor.<br /><br /><b><span style="font-size: medium;">Adaptação de Lentes de Contato Especiais</span></b><br /><br />As lentes de contato especiais são mencionadas em todas as alternativas cirúrgicas, sendo muitas vezes necessárias mesmo após o procedimento. Naturalmente que se a cirurgia, seja qual for, possibilitar que o paciente possa atingir uma acuidade visual com óculos aceitável, satisfatória, na qual ele possa exercer suas atividades não precisa de lentes de contato ou estas passam a ser uma indicação relativa e não determinante para a melhor visão. É contudo importante mencionar que as lentes de contato são, na maior parte dos casos, a melhor alternativa para a reabilitação visual no ceratocone sem ou após qualquer cirurgia.<br /><br />Muitos oftalmologistas que fazem segmento anterior tem alguma experiência com córnea, grande parte domina a adaptação de lentes de contato gelatinosas e descartáveis e alguns dedicam-se a adaptação de lentes rígidas gás permeáveis (RGPs), sendo que também a cada dia vemos crescer o número de especialistas iniciando a adaptação de lentes esclerais. As lentes mais indicadas para o ceratocone são as lentes especiais RGPs e esclerais, não irei comentar sobre lentes gelatinosas hidrfílicas especiais para o ceratocone uma vez que são poucos os casos onde elas possuem uma boa efetividade sozinhas, especialmente nos casos moderados, avançados e severos. <br /><br /></div><div>As lentes especiais podem ser divididas em:<br /><br /></div><div><ol style="text-align: left;"><li><b>Lentes RGPs monocurvas:</b> Estas são lentes de curvartura posterior única, podendo ser esféricas ou asféricas (em forma elipsoidal) para um maior alinhamento junto a córnea.<br /><br /></li><li>Lentes RGPs Especiais (tipo Soper): São lentes que possuem duas curvas-base posteriores, em forma de um "chapéu" que proporcionam um melhor acompanhamento da curvatura central sobre o ápice do ceratocone, a porção que está com uma protusão, geralmente central, da córnea. Quase todas as lentes especiais para o ceratocone originam-se na lente desenvolvida por nosso professor e amigo, Joseph W. Soper. A lente que meu pai e eu desenvolvemos era anteriormente chamada de Soper Modificada e com os avanços tecnológicos que introduzimos ela foi nomeada de lente Ultracone, com diferentes módulos e modelos.<br /><br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dzir-OYSAsJxgDYbyWqw881Uvrk8Ee5BlztFJmvzjR04fnv1mO8Y8plJvnwUqTPhtywzxUWOMqXCYA3AMMPkQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe><br /><span style="font-size: x-small;">Vídeo: Adaptação de lente Ultracone (tipo SoperModificada)</span><br /><br /></div><br /></li><li><b>Sistema de Piggyback ou a Cavaleiro:</b> Esta técnica consiste em adaptar lentes rígidas sobre lentes gelatinosas, o paciente tem que usar duas lentes em cada olho, sedo a gelatinosa por baixo. Embora esta técnica tenha sua validade e muitos experientes oftalmologistas optem por esta modalidade, em 51 anos de especialidade nunca fizemos ou nunca foi necessário no <a href="http://www.iosb.com.br" target="_blank">Instituto de Olhos Dr. Saul Bastos (IOSB)</a>. Há uma grande disponibilidade de lentes descartáveis e gelatinosas que podem ser utilizadas para essa técnica que vise proporcionar maior conforto ao paciente. Por outro lado recebemos ao longo dos anos pacientes que acabaram desenvolvendo complicações com estas técnicas, em especial intolerância alérgica após algum tempo usando este sistema, as vezes alguns anos depois, as vezes até antes. <br /><br /></li><li>L<b>entes Esclerais:</b> As lentes esclerais renasceram após cerca de mais de 30 anos após serem utilizadas nas décdas de 50, 60 e 70. Naquela época eram feitas em vidro ou em material acrílico (PMMA) e não proporcionavam adequada oxigenação a córnea. Isso fazia com que os pacientes pudessem usá-las por apenas 4 ou 5 horas no máximo ou usar por poucas horas, remover e depois colocar mais por cerca de 2 ou 3 horas, caso ultrapassasse esse tempo desenvolvia edema de córnea. <br /><br />Por volta de 2001, meados de 2002 meu pai, Dr. Saul Bastos me pediu que eu esrudasse sobre lentes semi-esclerais e esclerais, na época a internet serviu para alguma introdução ao tema mas principalmente os livros antigos dele da década de 70 me ajudaram muito. Depois, a indicação de eu procurar o professor dele em Boston, MA (EUA), Dr. Perry Rosenthal, MD PhD e um dos maiores especialistas em lentes esclerais do mundo, foi o início de uma longa jornada de estudos. <br /><br />Logo em seguida os fabricantes de matéria-prima começaram, por volta de 2004 e 2006 a desenvolver novos materiais de diâmetros maiores para a fabricação de lentes esclerais com materiais permeáveis ao oxigenio. Com isso, a Ultralentes foi pioneira no desenvolvimento e na fabricação de lentes esclerais nos modernos materiais gás permeáveis no Brasil e na América Latina. Tive a alegria e satisfação de ter contribuído no livro de Adaptação de Lentes de Contato do saudoso Dr. Cléber Godinho, eterno amigo, o primeiro capítulo sobre o tema de lentes esclerais da oftalmologia brasileira, sob o título Lentes Esclerais.⁶<br /><br /><br /><a href="https://1.bp.blogspot.com/-k8JvW9swhhM/YVrSYrk0NsI/AAAAAAAABEE/jNywImExb8wTCbSdq-jhLZreLbYAjgJNQCLcBGAsYHQ/s2048/DSC04451%2B-%2BCopia.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="150" src="https://1.bp.blogspot.com/-k8JvW9swhhM/YVrSYrk0NsI/AAAAAAAABEE/jNywImExb8wTCbSdq-jhLZreLbYAjgJNQCLcBGAsYHQ/w200-h150/DSC04451%2B-%2BCopia.JPG" width="200" /></a> <a href="https://1.bp.blogspot.com/-dDRzfz47M-0/YVrU44pJa6I/AAAAAAAABEQ/64RXjeLvPVER9571gSDDBFaG9N0YDFaUQCPcBGAYYCw/s2048/5.%2BMaio_2019_SSB%2B-%2BCopia.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="150" src="https://1.bp.blogspot.com/-dDRzfz47M-0/YVrU44pJa6I/AAAAAAAABEQ/64RXjeLvPVER9571gSDDBFaG9N0YDFaUQCPcBGAYYCw/w200-h150/5.%2BMaio_2019_SSB%2B-%2BCopia.JPG" width="200" /></a><br /><span style="font-size: x-small;"> Figs. 05 e 06: Lentes Esclerais SSB 17.5 mm e SB Full 19.5 mm.</span><br /><br />Hoje, fabricamos na Ultralentes lentes esclerais de diâmetros de até 21.0 mm de diâmetro, sendo divididas em corneo-esclerais de 14.5 a 15.5 mm, semiesclerais de diâmetros de 16.5 a 17.5 mm e lentes tipo full scleral de diâmetros de 18.5 a 21.0 mm. Estas lentes podem alcançar valores de SAG (alltura sagital) maiores que quaisquer outras lentes esclerais disponívels e com um desenhjo muito avançado, leve, estável e que permite excelente adaptação. (figs.05 e 06)<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div></li></ol><div><b><u><span style="font-size: large;">O Transplante de Córnea</span></u></b></div><div><br /><b><span style="font-size: medium;">Tranplante Manual e Automático ou Penetrating Keratoplasty (PKT)</span></b></div><div><br /></div><div>A cirurgia de transplante de córnea evoluiu muito nas últimas décadas, inicalmente era realizada manualmente o transplante penetrante e os resultados dependiam muito da mão do cirurgião e sua curva de experiência e da qualidade das córneas capatdas pelos banco de olhos em todo o país. A recuperação do transplkante manual é de 12 a 18 meses até a cicatrização total. Com o advento do laser para remoção do botão afetado da córnea, preparação tanto do receptor como do enxerto os resultados tiveram uma melhora significativa e embora a recuperação seja mais rápida observamos ao longo do tempo que mesmo após 6 - 12 meses a topogafia corneana ainda sofria alterações por até mais tempo até estabilizar, mas sem dúvida que a qualidade da cirurgia é mais bonita, com encaixe melhor e menos astigmatismo iregular mais presente na técnica manual.</div><div><br /></div><div><b><span style="font-size: medium;">Transplante Lamelar </span><br /></b></div><div><br /></div><div>O transplante lamelar foi um dos maiores avanços obtidos com a introdução da técnica automática com lasers de alta precisão. Estes sofisticados e caros equipamentos permitiram o desenvolvimento de técnicas como o Transplante Lamelar Profundo Anterior (Deep Anterior Lamelar Keratoplasty - DALK) e a ceratoplastia endoltelial (Endothelial Keratoplasty - EK) entre outras.<br /><br />A técnica do transplante lamelar profundo oferece ainda uma melhor cicatrização e um menor números de adversidades como bem menor índices de rejeição, isso ocorre devido ao transplante ser de apenas uma camada da córnea que é removida e uma camada saudável é colocada ems eu lugar. Uma dificuldade desta técnica é que ela somente é viável se o paciente apresentar um voluime estromal compatível e seguro, pois caso contrario uma alteração "on the fly" pode se rnecessária e no meio da cirurgia o médico tenha que optar pelo transplante tradicional. A técnica lamelar tem ótima indicação se o paciente tiver alguma opacidade central superficial que possa ser removida com o procedimento. Devido ao fato de ela precisar ter um volume de córnea suficiente para remoção de uma camada, faz com que parte de sua indicação seja melhor em casos mais iniciais e moderados, com exceções pois neste estágio a adaptação de lentes de contato especiais tem grande apelo pelos resultados excelentes que proporcionam. <br /><br /><b><u><span style="font-size: medium;">Implante de Anel Intracorneano</span></u></b></div></div><p></p><p>A história do implante de anel intracorneano ou intraestromal inicia com os experimentos de Barraquer na Espanha, chamado de Intacs. Este foi desenvolvido inicalmente para correção de miopias e também para casos mais iniciais de ceratocone. Com o passar dos anos tivemos no Brasil o desenvolvimento de novos desenhos de anel intracorneano, como o desenvolvido pelo oftalmologista Dr. Paulo Ferrara que desenvolveu o <a href="https://ferrararing.com.br/medicos/#sobre-anel" target="_blank">Anel de Ferrara</a>, este indicado para o tratamento do ceratocone. Com o passar dos anos novos modelos com nomogramas mais modernos e atualizados foram introduzidos para aprimiorar os resultados. A finalidade principal do <a href="https://www.scielo.br/j/abo/a/4ZnjZDHhR4rPGLmjp6N7STf/?lang=pt" target="_blank">implante de anel</a> é criar uma superfície mais regular na córnea e assim proporcionar uma melhor acuidade visual, seja sem óculos, com óculos ou lentes de contato. Em nossa experiência pessoal no <a href="http://www.iosb.com.br" target="_blank">IOSB</a> vimos vários casos, alguns tiveram resultados bons e referem que o implante ajudou mas ainda necessitam da adaptação de lentes especiais para uma melhor acuidade visual. Em alguns casos há relatos de não ter alterado muito a visão sem correção, outros de que houve piora. Isso pode em parte estar associado a cirurgições ainda em fase de curva de aprendizado uma vez que os cirurgiões mais experientes geralmente tem melhores resultados.<br /><br />Importante mencionar que uma característica que observamos logo que começamos a ver os primeiros casos de implante de anel para adaptação e readaptação de lentes RGPs para ceratocone foi que a adaptação tornou-se mais complexa. Geralmente o segmento temporal e mais inferior cria uma elevação pontual na porção inferior do segmento, onde a lente rígida acaba tocando e induzindo a ceratite localizada e até mesmo erosão superficial. Este fenômeno é desconfortável para o paciente e inviabiliza o uso da lente rígida. Em meados de 2007 iniciamos o projeto de um desenho especial chamado Ultracone PCR (Pós-Implante de Anel), com diâmetro e zona óptica posterior maiores de maneira a sobrepor esta elevação. A vantagem deste desenho é que é extremamente personalizável e possibilita em muitos casos a readaptação de lente rígida. Em 2011 a revista Contact Lens Spectrum Magazine publicou um artigo que escrevi, inclusive sendo capa daquela edição, na qual trata desta dificuldade e de como desenvolvemos a lente Ultracone PCR. Para ver o artigo clique no link a seguir:<br /><a href="https://www.clspectrum.com/issues/2011/november-2011/fitting-keratoconus-after-intracorneal-ring-implan" target="_blank">Fitting Keratoconus After Corneal Ring Implants - November, 2011</a><br /><br />Alguns oftalmologistas utilizam a técnica do piggyback como alternativa para superar esta dificuldade e tem sucesso. No entanto a adaptação de dois pares de lentes e de dois sistemas de manutenção acabam tendo maior custo para o paciente e em alguns casos podem induzir a intolerância alérgica devido ao uso de lentes gelatinosas que não permitem a mesma lubrificação e oxigenação da córnea, mesmo quando lentes gelatinosas mais finas, descartáveis, são utilizadas. <br /><br />A adaptação de lentes esclerais a partir de 2008 facilitou muito a resolução de casos mais difíceis onde a presença do anel impossibilitava a obtenção de bons resultados com as lentes rígidas gás permeáveis (RGPs), pois estas sobrepoem toda a córnea e apoiam-se suavemente junto a esclera. (fig.07)<br /><br /><br /></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-RPk3ADDZ-2A/YVrj_DSf60I/AAAAAAAABEc/neSXBtxwYK86eC37_IUkpVM7zdyusjlGgCLcBGAsYHQ/s2048/DSC03093%2B-%2BCopia.JPG" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="240" src="https://1.bp.blogspot.com/-RPk3ADDZ-2A/YVrj_DSf60I/AAAAAAAABEc/neSXBtxwYK86eC37_IUkpVM7zdyusjlGgCLcBGAsYHQ/s320/DSC03093%2B-%2BCopia.JPG" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig.07: Adaptação de lente escleral SB Full pós-implante de anel.</span></td></tr></tbody></table><br /><p>Uma técnica que resultou em maior precisão na técnica foi a utilização do laser para perfazer os dutos de forma automática e muito precisa. Uma coisa que observamos com alguma frequência ao longo dos anos foi a imprevibilidade dos resultados, o que pode levar a frustração do paciente e de seus familiares que depositam muita esperança na técnica e depois observam que os resultados foram aquém do esperado. Isso é frustrante para o paciente e seus familiares e amigos que se enchem de esperança. Mas novamente é preciso levar em conta que dependerá muito da habilidade de planejamento e da execução da cirurgia.<br /><br />Alguns cirurgiões podem optar pela combinação de tratamentos, combinando técnicas como implante com crosslinling de colageno de córnea com riboflavina, e até mesmo cirurgia topoguiada as vezes, não necessariamente nesta ordem. Acho que é muita agressão a córnea, me parece mais arriscado colocar uma córnea já fragilizada com uma resistência biomecânica alterada para ser submetida a uma série de procedimentos para remodelamento corneano. Mas a idéia do cirurgião é fantástica do ponto de vista teórico de que com isso as chances de obter um melhor resultado visual seja maior. Também foi observado que o implante de anel intraestomal sozinho não é suficiente para evitar um episódio de progressão no ceratocone.¹</p><p><br /></p><p><b><u><span style="font-size: medium;">Crosslinking de Colageno de Córnea com Riboflavina (CXL)</span></u></b><br /><br /><b>O protocolo de Dresdren</b></p><p>A cirurgia de crosslinking foi desenvolvida pelos oftalmologistas alemães <a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/12719068/" target="_blank">Dr.Theo Seiller e Gregor Wollensak</a> foi uma das maiores desobertas deste século. Seiller teve a ideia observando seu dentista utilizar uma luz azul (ultravioleta) para aumentar e velocidade de secura de um implante dentário, ele pensou naquilo e teve a ideia de experimentar em olhos de animais. Passados os testes inciais os primeiros casos operados poor ele foram por volta de 2001 e 2002. Lembro que meu pai esteve em Lipzig na Alemanha e foi aprender mais sobre a técnica uma vez que ainda eram muito escassas as informações ainda aqui no Brasil. A técnica demonstou ser eficaz no aumento da resistência biomecânica da córnea em mais de 70% dos casos, sem maiores complicações. A técnica consiste em remover o epitélio corneano (porção mais superficial da córnea), aplicar gotas de colírio de roboflavina sob uma luz ultravioleta controlada, por 30 minutos para que essa luz irradia agisse como um catalizador da ligação da riboflavina com o colágeno corneano, aumentando assim as suas ligações e promovendo uma maior resistância biomecânica. <br /><br />Alguns efeitos secundários se apresentavam como a formação de um haze corneano e diminuição do contraste que pode durar de alguns dias a até pouco mais de um mês mas depois melhora, e o fato de ser um procedimento bastante dolorido devido a remoção do epitélio corneano mas que pode ser tolerado utilizando medicação para a dor, sendo que nos dia seguintes ao procdimento já está bem melhor e não há desconforto. Em alguns casos o procedimento pode gerar algumas reações inesperadas mas felizmente ele é bem seguro na maior parte dos casos.<br /><br />Segundo o <a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/?term=Wollensak+G&cauthor_id=12719068" target="_blank">protocolo de Dresdren</a> o crosslinking deve ter indicação (segura) quando o paciente é jovem, quando houver a constatação inequívoca de progressão real de 1.5 - 2 ou mais dioptrias em seis meses, indicando que o paciente está passando por episódios de progressão e que a córnea tenha um mínimo de 400 micras de espessura em seu ponto mais fino. Não havendo a constatação de progressão ou queixa de queda da acuide visual neste período a orientação é acompanhar o caso. <br /><br />É importante ressaltar que as técnicas de transplante lamelar profundo (Deep Anterior Lamelar Keratoplasty - DALK), implante de anel intracorneano e o crosslinking tradicional (protocolo de Atenas) são melhor indicaados quando há um volme estromal suficiente para a realização do mesmo com maior segurança ou seja, é necessário que a córnea não esteja muito fina. Neste sentido a realização de exames para medir a espessura corneana como a paquimetria ultrassônica (considerada o padrão-ouro da paqumetria corneana) ou exames como o mapa de espessura corneana provido pelo Pentacam são importantes, assim como a analise criteriosa do cirurgião da biomicroscopia da córnea do paciente. <br /><br /></p><p><b>Outros protocolos</b><br /><b><br /><span style="font-size: medium;">Accelerated Crosslinking e Transepithelial Crosslinking (Epi-On)</span></b><br /><br />Com a popularização do CXL surgiram novas tecnologias para aprimorar a técnica, uma delas é o crosslinking acelerado Accelerated Crosslinking que utiliza uma diferente concentração de ribloflavina para tornar o procedimento mais rápido Na verdade o trabalho do médico é proceder a desepitelização da córnea, depois o tratamento em si é feito com uma luz que fica a uma distância específica da córnea, com intensidade controlada e tem que pingar a riboflavina a cada 5 minutos, o que é um auxiliar de enfermagem pode fazer. Diminuindo o tempo do tratamento permite ao médico fazer mais procedimentos no período alocado para o paciente e também pode ser mais rápido também para o paciente. <br /><br />Outra ténica é a realização do um crosslinking transepitelial (transepithelial crosslinking ou epi-on) onde não há remoção do epitélio corneano o que é bom para o paciente pois não é dolorosoa a recuperação. No entanto estudos demonstram que esta técnica é bem menos efetiva do que a técnica tradicional.</p><p><b><span style="font-size: medium;">Cirurgia Topoguiada e Protocolo de Atenas (<a href="https://www.amedeolucente.it/public/The%20Athens%20Protocol.pdf" target="_blank">The Athens Protocol</a>)</span><br /></b><br />A presença de astigmatismo e miopia progressiva presente nas ectasias corneanas estão associadas a uma série de patologias, como ceratocone (a mais comum), ceratoglobo e degeneração marginal pelúcida. No entanto há na literatura uma ectasia mais recente oriunda da cirurgia refrativa, em especial a técnica do LASIK mas também em alguns casos de PRK.² ³ <br /><br />A técnica da cirurgia topoguiada e aplicação de crosslinking no mesmo dia em córneas estabilizadas, segundo o <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6501993/" target="_blank">protocolo de Atenas</a> mostra que há possibilidade de normalizar melhor a córnea proporcionando uma melhora visual para o paciente. Apesar de o pós-operatico apresntar haze e, em alguns casos, demora na reepitelização corneana, são poucos casos em relação ao montante de cirurgias realizadas. É cvonsiderado um tratamento terapêutico e não refrativo pois o objetivo é reduzir as iregularidades na córnea. Observa-se a dminuição de algums dioptrias de astigmatismo irregular mas também o aumento da miopia em até uma dioptria. <br /><br />O crosslinking tradicional proporciona uma restabilização da córnea mas em alguns casos pode aumentar o astigmatismo residual, limitando a adaptação de lentes de contato devido ao aplanamento da córnea. Nestes casos a ablação parcial a laser (ou photorefractive keratotomy - PRK) topoguiada pode ser indicada. Novamente após o tratamento, caso os óculos não proporcionem ainda uma acuidade visual satisfatória que permita ao paciente exercer suas atividades, as lentes de contato especiais tem papel em proporcionar a melhor acuidade visual possível de obter. <br /><br /><br /><span><b><span style="font-size: large;">Tratamentos em estudo e/ou não consolidados</span></b><br /></span><br /></p><p><b><span style="font-size: medium;">Radiofrequência</span><br /><br /></b>Um artigo de 2007, realizado na <a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17586389/" target="_blank">Universidade de Ciências da Saude de Alagoas</a>, se propos a avaliar o uso da <a href="https://loktal.com/media/articles/2020/08/03/artigo-revista-ceratocone-revista-ascrs_pt-br.pdf" target="_blank">radiofrequência</a> no tratamento do ceratocone. O estudo comenta que a técnica de termoceratoplastia⁴ foi abandonada por complicações e pela falta de previsibilidade. Na metade da década de 70 a termoceratoplastia foi modificada e reintroduzida por Gasset e Kaufman³. Estudos posteriores constaram índices de sucesso consideravelmente baixos e grande incidencia de morbidade apos o procedimento ou seja, agravo da condição.<br /><br />Segundo este estudo conduzido pelos oftalmologistas João Marcelo Lyra, MD, PhD, Fernando Cancçado Trindade, MD, PhD, Daniela Lyra, MD,
Antônio Bezerra, MD, PhD a radiofrequência foi reintroduzida recentemente (possivelmente anterior a 2007) para o tratamento da hipermetropia e consiste em aplicar uma energia de radiofrequência no estroma utilizando uma sonda de ponta. A sonda emite vibração que gera calor no estroma, fazendo com que ele diminua. A ponta da sonda é aplicada em pontos especificos de maneira a aumentar a curvatura central e assim neutralizar a hipermetropia. Este estudo não é a mesma técnica utilizada na termoceratoplastia mencionada anteriormente. </p><p>O estudo conduzido pelos especialistas brasileiros apresenta uma técnica cirúrgica utilizando a radiofrequência e a aplicação em áreas de calor em posições modificadas. O objetivo é obter um remodelamento e melhor regularização da córnea em pacientes com ceratocone avançado.<br /><br />A idéia do remodelamento corneano pela técnica da radiofrequência ainda encontra-se em estudo, no entanto ainda não é considerada uma téncia consolidada, mesmo com resultados promissores encontrados pelos notéveis autores.<br /><br /></p><p><b><span style="font-size: medium;">Keraflex e Crosslinking de Colágeno Corneano Combinado</span></b></p><p>O procedimento de correção refrativa e topográfica através do Keraflex Microwave System consiste em um procedimento oftãlmico não incisional, baseado em microondas para aplanar a córnea sem a remoção de tecido. O tratamento leva menos de um segundo e é aprimorado através de um subconsequente tratamento utilizando o tratamento de crossling acelerado com o Avedro KXL System.</p><p>O procedimento para tratar o ceratocone inicalmente estava disponível apenas em ensaios clínicos e não estava comercialmente disponível exceto em alguns países como a Turquia. O tratamento por microondas é realizado em uma área circular central em menos de um segundo seguida de um resfriamento e da aplicação de crosslinking de colageno corneano. Os estudos demonstraramq ue os melhores resultados ocorreram nos casos onde o CXL foi aplicado imediatamente após o Keraflex.<br /><br />Casualmente em 2014 <a href="https://www.clspectrum.com/issues/2014/march-2014/online-photo-diagnosis" target="_blank">recebemos um paciente de Brasília submetido ao Keraflex+CXL</a> (ao clicar no link direciona a um artigo sobre este caso), Ele estava na Europa e viajou a Turquia para realizar o procedimento. Embora não tivessemos exames pré-operatórios do paciente como topografia ou Pentacam ele tinha queixas de flutuação da visão. Conseguimos uma boa adaptação de lentes Ultracone, mas impressinou bastante a marca deixada pelo procedimento.⁵<br /><br />Embora não seja uma técnica consolidada ainda encontra-se em estudos que podem aprimorar a tecnologia e trazer benefícios para muitos pacientes. Mesmo assim, como em todos os procedimentos, a adaptação de lentes de contato é um fator importante para a melhora da acuidade visual e especialmente córneas que foram submetidas a tratamentos pouco ou muito invasivos o ideal sempre é a adaptação de lenets RGPs ou esclerais de alta qualidade que permitem maior segurança e asseguram a saúde fisiológica da córnea.</p><p><br /><b><span style="font-size: medium;">Implante Estenopeico</span></b></p><p></p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-k5-9yLkl2cM/WUVcsxeVYJI/AAAAAAAAAvI/JML2Gr8RzNchB3kO6C0Inut1u1GLd2uwgCPcBGAYYCw/s667/XtraFocus%2BPinhole.jpg" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="403" data-original-width="667" height="121" src="https://1.bp.blogspot.com/-k5-9yLkl2cM/WUVcsxeVYJI/AAAAAAAAAvI/JML2Gr8RzNchB3kO6C0Inut1u1GLd2uwgCPcBGAYYCw/w200-h121/XtraFocus%2BPinhole.jpg" width="200" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig.08: Implante estenopeico</span></td></tr></tbody></table><p></p><p>O médico mineiro Dr. Claudio Trindade desenvolveu uma técnica inovadora, embora de conceito antigo, para melhorar a acuidade visual de pacientes com a visão comprometida devido a córneas irregulares.<br /><br />A técnica consiste em um implante de um dispositivo muito parecido com uma lente intra-ocular (LIO) utilizada na cirurgia de catarata mas com com uma coloração preta que bloqueia parte dos raios e um pequeno orifício (pinhole) que faz com que os raios luminosos entrem de forma mais paralela proporcionando uma melhora na visão (fig.2). Nas córneas irregulares os raios de luz chegam a retina de forma confusa e de diferentes ângulos devido ao astigmatismo irregular corneano. O princípio do Pinhole foi descoberto e desenvolvido desde o ínício do século passado e já havia um estudo similar de um dispositivo de lente intraocular (LIO) desenvolvido em 1992 pelo oftalmologista austríaco, Dr. VõrÖsmarthy através da mesma empresa que está desenvolvendo o dispositivo concebido pelo Dr. Trindade. Em Junho de 2017, publiquei aqui no blog um artigo sobre esta técnica, você pode acessar clicando neste link <a href="http://ceratocone-tratamentos.blogspot.com/2017/06/tecnica-do-implante-estenopeico.html" target="_blank">Técnica do Implante Estenopeico.</a><br /><br />É importante salientar que a técnica envolve a estração do cristalino transparente e saudável para que seja feita a cirurgia e implante de uma lente intraocular (LIO) e o implante estenopeico fixado ao mesmo. Isso implica em uma cicrurgia de facoemulsificação de um cristialino saudável o que torna mais complexo o procedimento. Já a cirurgia feita em pacientes que tenham diagnóstico de catarata, mesmo que inicial fica melhor para a estração do cristalino. <br /><br />Outro ponto a ser analisado e tenho certeza de que o ilustre Dr. Trindade deve estar analisando é a questão da visão noturna. Nós todos temos aquela acomodação em baixa iluminosidade onde a pupila aumenta de tamanho e nos "acostumamos" com o escuro ou penumbra. No caso do implante estenopeico este efeito é neutralizado pois o diâmetro do filtro não aumenta de tamanho. Também desconheço se o implante estonopeico pode afetar o campo visual no olho operado ou seja, a visão lateral. Pelo que li, não houve alterações significativas destes achados no entanto já vi depoimentos de pacientes nas redes sociais que relataram os mesmos embora ainda assim estejam satisfeitos com o resultado.<br /><br />Importante também mencionar o fato de que com a cirurgia de implante da LIO e do dispositivo estenopeico a córnea permanece inalterada. A possível necessidade de um paciente necessitar de transplante de córnea futuramente é algo que não se tem ideia de como isso poderá interferir na sua acuidade visual. Há a possibilidade de que uma nova intervenção seja feita para adequar o poder da LIO nestes casos. Desconheço se já houve algum caso neste sentido.<br /><br />A técnica tem demonstrado excelentes resultados na reabilitação visual em pacientes com córneas extremamente irregulares, especialmente quando há indicação, ainda que precoce, de uma cirurgia de catarata não totalmente madura. O Dr. Cláudio Trindade recebeu em 2017 o prêmio máximo da Sociedade Americana de Catarata e Cirurgia Refrativa pelo trabalho expondo os detalhes da técnica e os resultados obtidos com o novo implante intraocular estenopeico. </p><p><b><span><br /><span style="font-size: large;">Discussão</span></span></b></p><p>A oftalmologia brasileira é uma das mais avançadas do mundo e não perde nada em relação ao que encontra-se em países como os EUA, Inglaterra e Alemanha, entre outros. Temos no Brasil vários especialistas com excelentes trabalhos, alguns nomes como o Dr. Paulo Ferrara e o Dr. Cláudio Trindade entre outros. As opções de tratamento do ceratocone disponíveis são diversas e contemplam diferentes situações. As tentativas de técnicas de remodelamento corneano e refrativas são importantes e tendem a ser aprimoradas nas próximas décadas. Atualmente a maior parte delas, em muitos casos, ainda terá o componente essencial da adaptação de lentes de contato especiais. O Brasil também conta com excelentes fabricantes de lentes de contato, entre grandes empresas e laboratórios menores. </p><p>O avanço tecnológico na área da contatologia médica também é uma realidade, há anos contamos com a excelência oftalmológica na reabilitação visual com lentes de contato especiais. A Sociedade Brasileira de Lentes de Contato, Córnea e Refratometria (<a href="https://soblec.com.br" target="_blank">SOBLEC</a>), que este ano está comemorando 50 anos de sua fundação, sempre teve importante papel na formação de novos profissionais e na difusão da especialidade. Muito me orgulha meu pai, <a href="http://www.iosb.com.br" target="_blank">Dr. Saul Bastos</a>, ter sido um de seus fundadores em 1971 e também tenho muito carinho e orgulho de ter contribuido em algumas oportunidades, quando convidado, para colaborar cientificamente. <br /><br /><b><span style="font-size: large;">Conclusão</span></b><br /><br />Todas as técnicas, em especial as já consagradas e aprovadas tem sucesso em um número de casos, ainda que com algumas limitações, elas tem ajudado a uma parcela significativa dos pacientes. Em relação á adaptação de lentes de contato é imprescindível que sejam utilizadas lentes de contato de alta qualidade e tecnologia e de serem corretamente adaptadas. A adaptação de lentes de contato tem sido ao longo de várias décadas a principal alternativa que proporciona uma acuidade visual satisfatória e na maior parte dos casos permite aos pacientes recuperaram não somente uma melhor visão, mas como a sua autoestima, a autoconfiança de maneira a retomar as suas atividades, sejam elas laborais, esportivas ou sociais.<br /><br />É inegável que tanto as técnicas cirúrgicas e a adaptação de lentes de contato especiais tem papela fundamental na melhoria da visão e da qualidade de vida de dezenas de milhares de pacientes, devolvendo-lhes a sua capacidade laborativa, social e educacional. A oftalmologia brasileira está de parabéns. Em alguns casos, com as técnicas cirúrgicas é possível o paciente usar óculos tendo uma qualidade razoável e satisfatória de visão.<br /><br /><br /></p><p><b>Luciano Bastos</b><br /><span style="font-size: x-small;"><i>Diretor e Instrutor Clínico de LC Especiais</i><br />Instituto de Olhos Dr. Saul Bastos - IOSB<br /><i>Diretor e Consultor em LC Especiais</i><br />Ultralentes Ind. Óptica.</span><br /><br /></p><p>Obs. Nesta compliação de informações sobre o ceratocone não abordei estudos sobre a origem da patologia.<br /></p><p><br /><br /><br /><b><span style="font-size: medium;">Bibliografia</span></b><br /><br /><span style="font-size: x-small;">1. Araujo, Bruno Schneider Progressão do Ceratocone após Implante de Anel Corneano Intraestromal - Programa de Pós-graduação em Medicina: Ciências Cirúrgicas - UFRGS Porto Alenre - 2018 </span></p><p><span face="freight-text-pro, serif" style="color: #262626;"><span style="font-size: x-small;">2. Klein SR,Epstein RJ,Randleman JB,et al.Corneal ectasia after laser in situ keratomileusis in patients without apparent preoperative risk factors.Cornea.2006;25:388-403.</span></span></p><p><span style="font-size: x-small;"><span face="freight-text-pro, serif" style="color: #262626;">3. </span><span face="freight-text-pro, serif" style="color: #262626;">Binder PS.Ectasia after laser in situ keratomileusis. J Cataract Refract Surg.2003;29:2419-2429.</span></span></p><p><span style="font-size: x-small;"><span face="freight-text-pro, serif" style="color: #262626;">4. </span>Gasset AR, Kaufman HE. Thermokeratoplasty in the treatment
of keratoconus. Am J Ophthalmol 1975; 79:226–232<br /><br />5. Bastos, Luciano - Fitting post-<span face=""Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #333333;">K</span>eraflex KXL Accelerated Corneal Cross-Linking (CXL) - Contact Lens Spectrum Magazine - March 2014.<br /><br />6. Godinho, Cleber - Sobrinho, Marcelo et al - Casos Clínicos emLentes de Conttato Esclerais e Semiesclerais - Ed. Cultura Médica 2a. Ed.Cap. 38, </span><span style="font-size: small;">2010</span><span style="font-size: small;"> págs 301 a 313. <br /><br /></span></p><p><span style="color: #cccccc; font-size: small;">TAGS: #ceratocone #lenteescleral #implantedeanel #transplante #córnea #oftalmologia <br />#lentes #esclerais #lentesrígidas #IOSB #SaulBastos #LucianoBastos #Ultracone #SSB #SBFull<br />#Ultralentes #crosslinking #estenopeico </span></p></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7882347025012554785.post-86913364674640428722021-03-29T15:26:00.002-03:002021-03-29T15:29:47.336-03:00Colírio para tratamento de ceratocone, você já ouviu falar?<div class="content-post-meta" style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #5e5e5e; font-family: "DM Sans", "Segoe UI", "Helvetica Neue", Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px 10px;"><div class="post-meta" style="align-items: center; border: 0px; box-sizing: border-box; display: flex; flex-wrap: wrap; float: left; justify-content: space-between; line-height: 1.6; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; width: 775px;"><div class="post-tools rate-content" style="border: 0px; box-sizing: border-box; height: 30px; list-style: none; margin: 0px 0px 32px; outline: none; padding: 0px; width: 775px;"><div class="post-share" style="background-image: url("../images/pebmed_images.png"); background-position: 4px -252px; border: 0px; box-sizing: border-box; cursor: pointer; float: left; height: 30px; list-style: none; margin: 0px 0px 0px 32px; outline: none; padding: 0px; position: relative; width: 30px;" title="Compartilhe"><div class="social-buttons" style="background-color: #2976ae; border-radius: 16px; border: 0px; box-shadow: rgb(41, 118, 174) 0px 0px 3px; box-sizing: border-box; clear: left; height: 96px; left: -65px; list-style: none; margin: 10px; min-height: 30px; opacity: 0; outline: none; padding: 0px; position: relative; top: -20px; transform: scale(0); transition: all 0.5s ease-out 0s; width: 138px; z-index: 999;"><a class="ico-facebook" href="https://www.facebook.com/sharer/sharer.php?u=https://pebmed.com.br" style="background-color: transparent; background-image: url("../images/pebmed_images.png"); background-position: -9px -9px; background-size: 384px; border-radius: 30px; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; display: block; float: left; height: 30px; list-style: none; margin: 8px; outline: none; padding: 0px; text-decoration-line: none; width: 30px;" target="_blank" title="Compartilhar no Facebook"></a><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a class="ico-facebook" href="https://www.facebook.com/sharer/sharer.php?u=https://pebmed.com.br" style="background-color: transparent; background-image: url("../images/pebmed_images.png"); background-position: -9px -9px; background-size: 384px; border-radius: 30px; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; display: block; float: left; height: 30px; list-style: none; margin: 8px; outline: none; padding: 0px; text-decoration-line: none; width: 30px;" target="_blank" title="Compartilhar no Facebook"></a><a href="https://lh3.googleusercontent.com/-YAqY3l4t9SY/YGIZbzVYhII/AAAAAAAAA9U/7miifNjmNvw_Fu14catsyhvnuxbwenQkQCLcBGAsYHQ/image.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="426" data-original-width="640" height="213" src="https://lh3.googleusercontent.com/-YAqY3l4t9SY/YGIZbzVYhII/AAAAAAAAA9U/7miifNjmNvw_Fu14catsyhvnuxbwenQkQCLcBGAsYHQ/image.png" width="320" /></a></div><br /><a class="ico-twitter" href="https://twitter.com/intent/tweet?size=large&text=Col%C3%ADrio%20para%20tratamento%20de%20ceratocone;%20voc%C3%AA%20j%C3%A1%20ouviu%20falar?&url=https://pebmed.com.br&via=PEBmed" style="background-color: transparent; background-image: url("../images/pebmed_images.png"); background-position: -57px -9px; background-size: 384px; border-radius: 30px; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; display: block; float: left; height: 30px; list-style: none; margin: 8px; outline: none; padding: 0px; text-decoration-line: none; width: 30px;" target="_blank" title="Compartilhar no Twitter"></a><a class="ico-whatsapp" href="https://api.whatsapp.com/send?text=Col%C3%ADrio%20para%20tratamento%20de%20ceratocone;%20voc%C3%AA%20j%C3%A1%20ouviu%20falar?%0Ahttps://pebmed.com.br" style="background-color: transparent; background-image: url("../images/pebmed_images.png"); background-position: -105px -9px; background-size: 384px; border-radius: 30px; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; display: block; float: left; height: 30px; list-style: none; margin: 8px; outline: none; padding: 0px; text-decoration-line: none; width: 30px;" target="_blank" title="Compartilhar no WhatsApp"></a></div></div><div class="post-bookmark" style="border: 0px; box-sizing: border-box; cursor: pointer; float: left; height: 30px; list-style: none; margin: 0px 0px 0px 32px; outline: none; padding: 0px; width: 30px;" title="Salvar artigo"><div class="saveforlater-wrapper" data-endpoint="https://pebmed.com.br/wp-json/pebmed_wpapi/v1/save_for_later/" data-saveid="63254" style="background-image: url("../images/pebmed_images.png"); background-position: -25px -252px; border: 0px; box-sizing: border-box; cursor: pointer; height: 30px; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; width: 30px;"><span class="bookmark" style="border: 0px; box-sizing: border-box; display: block; height: 30px; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; width: 30px;"><span style="font-size: 18px;"><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /></span></span></div></div></div></div></div><div class="entry entry-post" style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; clear: left; line-height: 21px; list-style: none; margin: 0px 0px 20px; outline: none; overflow-wrap: break-word; padding: 20px 0px 0px; position: relative;"><div class="text-content" style="border: 0px; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; overflow: hidden; padding: 32px 8px 0px; position: relative;"><div class="avaliacao-conteudo" style="background: transparent; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #414141; font-family: "Open Sans"; font-size: 14px; inset: 0px 0px 0px 1583px; list-style: none; margin: 0px; opacity: 0; outline: none; padding: 0px; position: fixed; transition: all 0.5s ease-in 0s; z-index: 500;"><div class="modal-avaliacao-conteudo" style="border: 0px; box-shadow: rgb(204, 204, 204) 0px 0px 5px; box-sizing: border-box; display: flex; flex-direction: column; height: 789px; justify-content: space-evenly; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px 40px; position: fixed; right: -405px; transition: all 0.5s ease-in 0s; width: 400px; z-index: 999;"><span class="title" style="border: 0px; box-sizing: border-box; color: #49789b; display: inherit; font-size: 34px; line-height: 44px; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; width: 320px;">Avalie o nosso conteúdo:</span><form class="form-avaliacao-conteudo" style="border: 0px; box-sizing: border-box; display: flex; flex-direction: column; height: 552.297px; justify-content: space-evenly; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;"><fieldset class="nota avaliacao" style="border-color: initial; border-style: initial; border-width: 0px; box-sizing: border-box; display: inline-block; list-style: none; margin: 0px 0px 10px; outline: none; padding: 0px; text-align: center; width: 320px;"><span id="grade" style="border: 0px; box-sizing: border-box; display: block; font-size: 50px; line-height: 65px; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;"> </span><h3 style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: Helvetica; font-size: 14px; font-weight: 400; line-height: 1em; list-style: none; margin: 25px 0px 12px; outline: none; padding: 0px;">Selecione uma nota:</h3><label style="border: 0px; box-sizing: border-box; cursor: pointer; display: inline-block; height: 28px; list-style: none; margin: 0px 10px; outline: none; padding: 0px; width: 26px;"><span class="fa fa-star" style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-image: url("../images/pebmed_images.png"); background-position: -64px -288px; border: 0px; box-sizing: border-box; display: inline-block; font-family: FontAwesome; font-size: inherit; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; height: 27px; line-height: 1; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-rendering: auto; width: 27px;"></span></label> <label style="border: 0px; box-sizing: border-box; cursor: pointer; display: inline-block; height: 28px; list-style: none; margin: 0px 10px; outline: none; padding: 0px; width: 26px;"><span class="fa fa-star" style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-image: url("../images/pebmed_images.png"); background-position: -64px -288px; border: 0px; box-sizing: border-box; display: inline-block; font-family: FontAwesome; font-size: inherit; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; height: 27px; line-height: 1; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-rendering: auto; width: 27px;"></span></label> <label style="border: 0px; box-sizing: border-box; cursor: pointer; display: inline-block; height: 28px; list-style: none; margin: 0px 10px; outline: none; padding: 0px; width: 26px;"><span class="fa fa-star" style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-image: url("../images/pebmed_images.png"); background-position: -64px -288px; border: 0px; box-sizing: border-box; display: inline-block; font-family: FontAwesome; font-size: inherit; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; height: 27px; line-height: 1; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-rendering: auto; width: 27px;"></span></label> <label style="border: 0px; box-sizing: border-box; cursor: pointer; display: inline-block; height: 28px; list-style: none; margin: 0px 10px; outline: none; padding: 0px; width: 26px;"><span class="fa fa-star" style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-image: url("../images/pebmed_images.png"); background-position: -64px -288px; border: 0px; box-sizing: border-box; display: inline-block; font-family: FontAwesome; font-size: inherit; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; height: 27px; line-height: 1; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-rendering: auto; width: 27px;"></span></label> <label style="border: 0px; box-sizing: border-box; cursor: pointer; display: inline-block; height: 28px; list-style: none; margin: 0px 10px; outline: none; padding: 0px; width: 26px;"><span class="fa fa-star" style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-image: url("../images/pebmed_images.png"); background-position: -64px -288px; border: 0px; box-sizing: border-box; display: inline-block; font-family: FontAwesome; font-size: inherit; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; height: 27px; line-height: 1; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-rendering: auto; width: 27px;"></span></label></fieldset><fieldset class="mensagem avaliacao" style="border-color: initial; border-style: initial; border-width: 0px; box-sizing: border-box; display: inline-block; list-style: none; margin: 0px auto; outline: none; padding: 0px; text-align: center; width: 288px;"><textarea name="comentario" placeholder="Escreva sua opinião (opcional)" rows="3" style="background: rgb(255, 255, 255); border-bottom-color: rgb(244, 243, 246); border-left: 0px; border-right: 0px; border-top: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; list-style: none; margin: 0px; max-height: 200px; outline: none; overflow: auto; padding: 5px; resize: vertical; width: 288px;"></textarea></fieldset><fieldset class="submit avaliacao" style="border-color: initial; border-style: initial; border-width: 0px; box-sizing: border-box; display: inline-block; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: center; width: 320px;"><button class="btn submit btn-rating-submit" data-button-name="rate_content_submit" style="background-color: #49789b; border-color: initial; border-radius: 25px; border-style: initial; border-width: 0px; color: white; cursor: pointer; font-size: 14px; height: 50px; list-style: none; margin: 15px 0px 0px; outline: none; padding: 4px; vertical-align: middle; width: 320px;">Envi</button><span face=""DM Sans", "Segoe UI", "Helvetica Neue", Arial, Verdana, sans-serif" style="color: #5e5e5e; font-size: 18px; text-align: left;">13 Nov. 202</span></fieldset><fieldset class="submit avaliacao" style="border-color: initial; border-style: initial; border-width: 0px; box-sizing: border-box; display: inline-block; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: center; width: 320px;"><span style="font-size: 11.5pt; text-align: left;"><br /></span></fieldset><fieldset class="submit avaliacao" style="border-color: initial; border-style: initial; border-width: 0px; box-sizing: border-box; display: inline-block; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: center; width: 320px;"><span style="font-size: 11.5pt; text-align: left;">Bastante promissor o estudo desta medicação chamada IVMED-80 que
consiste na verdade em um tratamento de crosslinking transepitelial mas com uma
posologia para aplicaçã ou seja, não é uma aplicação única e sim pingar o
colírio do medicamento por um determinado tempo.</span></fieldset></form></div></div><div style="color: #414141; font-family: "Open Sans"; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "inherit",serif; font-size: 11.5pt; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Historic"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Bastante promissor o estudo desta medicação chamada IVMED-80 que
consiste na verdade em um tratamento de crosslinking transepitelial mas com uma
posologia para aplicaçã ou seja, não é uma aplicação única e sim pingar o
colírio do medicamento por um determinado tempo. </span><span style="font-size: 11.5pt;">Um dos inconvenientes do crosslinking tradicional é a necessidade de
raspagem do epitélio corneano, o que torna muito dolorido o pós-operatório
especialmente no dia seguinte, e também a limitação de uma espessura mínima da
córnea de 400 micras (crosslinking tradiciona, protoloco de Dresden), o que
limita para alguns casos.</span></div>
<p class="MsoNormal" style="color: #414141; font-family: "Open Sans"; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "inherit",serif; font-size: 11.5pt; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Historic"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O estudo é recente e tem um "n" baixo, foram cerca de 31
pacientes que concluiram o estudo, logo como foram três grupos, sendo dois que
receberam o tratamento de formas diferentes e um terceiro com placebo (teste
duplo-cego randomizado), mesmo assim os resultados são otimistas e condizem com
os observados na técnica tradicional. </span><span style="font-size: 11.5pt;">O crosslinking transepitelial que é realizado utiliza ainda o raio
ultravioleta que seria um catalizador do processo, apenas neste caso não há a
raspagem do epitélio corneano. No caso deste medicamento IVMED-80, pelo que se
vê é um tratamento com uma certa duração e "provavelmente" conta com
a iluminação natural do sol para agir como catalizador, mas no artigo fica
claro que o processo é farmacológico ou seja, a indução farmacológica da droga
para induzir o crosslinking.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"></p><div style="color: #414141; font-family: "Open Sans"; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><i>"O IVMED-80 é uma droga que regula positivamente a lisil oxidase
(LOX) e induz o crosslinking corneano farmacologicamente."</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #414141; font-family: inherit, serif; font-size: 15.3333px;"><br /></span></div>
<!--[if !supportLineBreakNewLine]-->
<!--[endif]--><span style="color: #414141; font-size: 11.5pt;"><o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="color: #414141; font-family: "Open Sans"; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "inherit",serif; font-size: 11.5pt; mso-bidi-font-family: "Segoe UI Historic"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O estudo ainda está em fase 2, devendo entrar agora em fase 3. É
importante observar os resultados a longo prazo e estabelecer quais os
critérios para sua aplicação assim como definir protocolos de utilização.
Também importante observar os casos a longo prazo para saber se como no
crosslinking tradicional ainda se observa alguma alteração topográfica, mesmo
que pequena.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="color: #414141; font-family: "Open Sans"; font-size: 14px; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 11.5pt;">Enfim é uma boa notícia para os casos especialmente dos pacientes mais
jovens que estão mais propensos a episódios de progressão e aos casos mais raros
de pacientes com mais de 30 - 40 anos que ainda apresentam episódios de
progressão. É importante saber quais os fatores que podem contraindicar o
tratamento.</span><span style="font-size: 11.5pt;">Segue abaixo link para o artigo da Dra. Juliana Rosa*.<br /><br />Comentários por <a href="http://www.iosb.com.br" target="_blank">Luciano Bastos</a></span></p><p style="border: 0px; box-sizing: border-box; color: #4c4c4c; font-family: "Open Sans"; font-size: 16px; list-style: none; margin: 0px 0px 32px; outline: none; padding: 0px;">
</p><p class="MsoNormal" style="color: #414141; font-family: "Open Sans"; text-align: center;"><o:p><span style="font-size: 14px;"> </span><span style="font-size: medium;"><a href="https://pebmed.com.br/colirio-para-tratamento-de-ceratocone-voce-ja-ouvir-falar/?fbclid=IwAR3szE4k0bIBxOoZYv8LLwhE8JWnCrK6kUF7WhjMx5P7S6m3IcpREV9URs8" target="_blank">Colírio IVMED-80 no tratamento do Ceratocone</a><br /><br /></span></o:p></p><div style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: "Open Sans"; list-style: none; margin: 0px 0px 32px; outline: none; padding: 0px; text-align: left;"><span style="border: 0px; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;"><span style="color: #4c4c4c;">*Autora: </span><span style="text-align: left;"><span style="color: #414141;">Dra. Juliana Rosa<br /></span></span></span><span style="color: #4c4c4c; font-size: 14px;">Pós graduação Lato Sensu em Córnea pela UNIFESP ⦁ Especialização em lentes de contato e refração pela UNIFESP ⦁ Residência médica em Oftalmologia pela UERJ ⦁ Graduação em Medicina pela UFRJ ⦁ Contato via Instagram: @julianarosaoftalmologia</span></div><div class="saboxplugin-desc" style="border: 0px; box-sizing: border-box; color: #414141; font-family: "Open Sans"; font-size: 14px; line-height: 21px; list-style: none; margin: 5px 20px; outline: none; padding: 0px;"><div itemprop="description" style="border: 0px; box-sizing: border-box; list-style: none; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;"><div><br /></div></div></div></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7882347025012554785.post-64586081124150941262021-02-11T10:44:00.001-03:002021-02-11T10:44:43.863-03:00CERATOCONE: LENTES RÍGIDAS OU ESCLERAIS?<span style="font-family: helvetica;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Excelente pergunta, e resposta complexa.</div><br />Dez pontos a considerar em relação a ambas opções:<br /><br /><br /><div style="text-align: justify;">1. O ceratocone nem sempre se apresenta de uma mesma forma. Conforme a posição, tamanho e forma do ceratocone as lentes rígidas podem apresentar diferentes resultados.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">2. Deve-se levar em conta que existem pelo menos uns quatro fabricantes de lentes rígidas para ceratocone no Brasil. Cada um tem seu desenho e os resultados variam muito pela tecnologia, qualidade e regularidade de resultados.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">3. A lente Ultracone (figura 1) foi desenvolvida pelo oftalmologista <a href="http://www.iosb.com.br/a-clinica/o-fundador/" target="_blank">Dr. Saul Bastos</a>, pioneiro na adaptação de lentes rígidas especiais no Brasil. No início chegou a ser o principal e mais importante cliente de todos os demais fabricantes. Em 1986 ele fundou a Ultralentes junto com seu filho <a href="http://www.iosb.com.br/a-clinica/diretoria/" target="_blank">Luciano Bastos</a> para melhor a qualidade das lentes e das adaptações feitas no hoje <a href="http://www.iosb.com.br" target="_blank">Instituto de Olhos Dr. Saul Bastos - IOSB</a>. Anteriormente ele usava lentes de outros fabricantes e tinha que polir e modificar todas no consultório e muitas vezes vinham com pequenos erros.<br /><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-YUqZVoJDpr8/YCUpWKTpdFI/AAAAAAAAA7w/M0xh4WlvnE4q17u0KoBfC8wAx9HlHViVwCLcBGAsYHQ/s2048/DSC02316%2B-%2BCopia.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" src="https://1.bp.blogspot.com/-YUqZVoJDpr8/YCUpWKTpdFI/AAAAAAAAA7w/M0xh4WlvnE4q17u0KoBfC8wAx9HlHViVwCLcBGAsYHQ/s320/DSC02316%2B-%2BCopia.JPG" width="320" /></a><br /><span style="font-size: x-small;">Fig. 1. Adaptação perfeita da lente Ultracone.</span></div><br /><div style="text-align: justify;">4. A <a href="http://www.ultralentes.com.br" target="_blank">Ultralentes</a> então ao longo do tempo sempre teve um foco na qualidade e no desenvolvimento tecnológico das lentes e surgiu a Ultracone que hoje possui quatro módulos de diferentes modelos para diferentes níveis de complexidade do ceratocone. E é de longe a lente rígida que oferece os melhores e mais consistentes resultados comparada a qualquer outra lente rígida. A regularidade de ótimos resultados é surpreendente e muitos oftalmologistas no Brasil, alguns dos mais experientes, adaptam rotineiramente as lentes Ultracone.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">5. Mesmo assim no <a href="https://www.facebook.com/IOSB2020/?__cft__[0]=AZWF5U3R4NkuwOVeRIAZ3s4aBTquvpcpunM470xaAXzIPUT9WbGY-PC22UC1roUD6FqysYK-sNKEk5Apsfcd5WcJeTvhOnB0amP6hAE1fp7Fvd_Y-joCK6OGKbiKqHEQkgW-YZDwwomDshP6_8Jz38Ac&__tn__=kK-R">IOSB - Instituto de Olhos Dr. Saul Bastos</a> onde adaptamos as lentes <a href="https://www.ultralentes.com.br/cat%C3%A1logo" target="_blank">Ultracone</a> com grande sucesso e também as esclerais <a href="https://www.ultralentes.com.br/cat%C3%A1logo" target="_blank">SSB e SB Full</a> da Ultralentes tem casos onde a escleral tem melhor indicação conforme o caso. As lentes esclerais tem a vantagem de por não tocarem a córnea e não terem mobilidade proporcionam grande conforto ao paciente. Também protege o olho da entrada de corpo estranho (ciscos), da poeira ou fumaça, além de manter os olhos lubrificados durante o uso, o que gera um "ecossistema saudável" para a fisiologia da córnea. A desvantagem é a colocação e remoção que é um pouco mais demorada que as lentes rígidas. </div><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="324" src="https://www.youtube.com/embed/TUTcI1LPKVY" width="424" youtube-src-id="TUTcI1LPKVY"></iframe><br />Vídeo: Lente Ultracone Absolute.</div><span style="font-family: helvetica;"><br /><div style="text-align: justify;">6. Tem pacientes adaptados com as lentes Ultracone que sequer pedem-nos para testar esclerais pois estão perfeitamente adaptados a elas. Nos sempre informamos as opções de lentes e materiais novos aos pacientes. Tem pacientes que eram perfeitamente adaptados ás lentes Ultracone mas optaram pelas lentes esclerais SSB ou SB Full Scleral devido ao conforto ainda maior e mais segurança por ela não deslocar nunca.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">7. Do ponto de vista profissional e pela postura ética e pelo protocolo deve-se iniciar os testes com as lentes rígidas, no caso do IOSB a Ultracone e conforme for se parte para a escleral. Essa é uma postura ética, deve-se sempre mencionar ambas alternativas e discutir com o paciente e conforme testar uma e outra, explicando todas as questões envolvidas, até mesmo o custo de cada opção.<br /><br /><div style="text-align: right;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-pMbcyvAIMzA/YCUuMTuOQ0I/AAAAAAAAA8A/Mbk0qhUJubIqySK7DeHYrma4GjhQ1gFfgCLcBGAsYHQ/s1944/LE%2BSB%2BFull%2BScleral%2BUL.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: right;"><img border="0" data-original-height="1458" data-original-width="1944" src="https://1.bp.blogspot.com/-pMbcyvAIMzA/YCUuMTuOQ0I/AAAAAAAAA8A/Mbk0qhUJubIqySK7DeHYrma4GjhQ1gFfgCLcBGAsYHQ/s320/LE%2BSB%2BFull%2BScleral%2BUL.jpg" width="320" /></a></div></div></span><span style="font-family: helvetica;"><div><span style="font-family: helvetica;"><br /></span></div><div><span style="font-family: helvetica;"><br /></span></div><div><span style="font-family: helvetica;"><br /></span></div><div><span style="font-family: helvetica;"><br /></span></div><br /><div style="text-align: center;"><i><span style="color: #990000; font-size: medium;">"O foco deve ser sempre o melhor possível para o paciente."</span></i></div></span><span style="font-family: helvetica;"><div style="text-align: center;"><br /></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">8. Tem muitos casos nos quais ambas as opções podem servir ao paciente e procuramos sempre colocar as “vantagens e desvantagens” de cada uma das opções para o paciente. Tem casos em que testamos as duas e ambas ficaram excelentes e no fim o paciente decide ficar com a Ultracone ou com a lente escleral. Há também pacientes que fizeram a adaptação das duas modalidades para usarem conforme a circunstância, tendo as duas opções a disposição.</div><br /><div style="text-align: justify;">9. Outros fatores que tem influência nos resultados da adaptação tanto de uma como de outra lente são; a experiência e preparo do profissional, as opções de lentes que ele dispor e a o cuidado de orientar bem o paciente, dando-lhe todas as informações necessárias e tirando suas dívidas. Isso requer conhecimento. Uma consulta de paciente com ceratocone ou casos pós-cirúrgicos como pós-implante de anel ou pós-transplante de córnea não pode ser realizado em apenas 15-20 minutos, salvo em alguns casos. É preciso orientar, conversar e dar a devida atenção ao caso. O paciente de ceratocone é uma pessoa fragilizada pela diminuição muitas vezes incapacitante da visão e está ávido por informações e maior segurança, tanto ele como familiares, amigos, etc.<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="310" src="https://www.youtube.com/embed/l8SlIPWAFwc" width="440" youtube-src-id="l8SlIPWAFwc"></iframe><br /><span style="font-size: x-small;">Vídeo: Lente escleral SB Full Scleral em caso de ceratocone</span></div></div><br /><div style="text-align: justify;">10. O foco deve ser sempre o melhor possível para o paciente, se lentes rígidas ficarem boas e forem de boa qualidade e diretamente adaptadas o paciente terá sucesso com elas. O mesmo vale para esclerais, precisam ser de boa qualidade e bem adaptadas, o paciente deve ser muito bem treinado e orientado a manusear, limpar, colocar e remover as lentes. </div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"> </div>As complicações de lentes esclerais podem vir um pouco mais tardiamente pois elas se apoiam sobre a conjuntiva escleral que tem menor sensibilidade. Isso tem sido bastante observado no IOSB com pacientes que nos procuram por complicações do uso de lentes esclerais, quando se observa o caso constata-se que as lentes não estão corretamente adaptadas ou tem uma qualidade sofrível que dificilmente se percebe se não houver grande experiência do oftalmologista.</div><br />Qualquer que seja o modelo, a qualidade, a tecnologia e a experiência do adaptador são cruciais na obtenção de bons resultados.</span><div><span style="font-family: helvetica;"><br /><br /><b>Luciano Bastos<br /></b><span style="font-size: x-small;">Diretor e Instrutor Clínico de Lentes Especiais<br />IOSB - Instituto de Olhos Dr. Saul Bastos</span><br /><br /><span style="font-size: x-small;">Diretor e Consultor em LC Especiais<br />Ultralentes<br /></span><br /><span style="font-size: x-small;">Colunista da Contact Lens Spectrum Magazine</span><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div></span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7882347025012554785.post-56684882717499827902021-02-09T20:36:00.001-03:002021-02-09T20:36:45.518-03:00Sobre os Tratamentos Atuais para Ceratocone.<div style="text-align: justify;">Respondendo a uma pergunta no grupo <a href="https://www.facebook.com/groups/ceratoconeBR" target="_blank">Ceratocone & Tratamentos</a> no Facebook acabei me alongando na resposta e percebi que muitas pessoas gostariam de ter uma ideia dos tratamentos disponíveis no Brasil e no mundo para o ceratocone. Fiz uma síntese destas técnicas e procuro explicar da forma mais compreensível possível. Um fato muito bom é que a Oftalmologia Brasileira está no mesmo nível da praticada no primeiro mundo e em nada deve em relação a técnicas e tecnologias. Isso é maravilhoso, precisamos apenas que esteja mais disponível para mais pacientes, mas nós vamos chegar lá.</div><br /><b><span style="color: #cc0000;">Transplante de Córnea</span></b><br /><br /><div style="text-align: justify;">Todo e qualquer tratamento que envolva procedimentos apresentam algum grau de risco. De todos os tratamentos o que envolve maior risco é o mais invasivo que é o transplante de córnea. Claro que esta cirurgia evoluiu muito nas últimas décadas e com técnicas menos invasivas como o transplante lamelar profundo mas mesmo a técnica tradicional chamada penetrante também evoluiu muito, especialmente quando realizada de forma automatizada com o laser de femtosegundo. Esta cirurgia tem um propósito nobre de renovar a porção central da córnea quando não é mais possível obter uma acuidade visual satisfatória devido a cicatrizes e opacidades ou a dificuldade na correção total do astigmatismo irregular por lentes de contato. O risco maior sempre é a rejeição e como se dará o tratamento e prognóstico devido a necessidade de uso (as vezes excessivo) de medicações com corticoides que podem causar glaucoma e catarata precoce. Mas os resultados na maior parte dos casos é benéfica para os pacientes, muitas vezes possibilitando que o uso óculos (o que antes não era possível) após a cicatrização e estabilização da cirurgia.</div><br />Em alguns casos pode ser necessário a adaptação de lentes de contato especiais, especialmente quando após a estabilização a córnea apresente um astigmatismo irregular elevado, o que pode ocorrer. Nestes casos atualmente a adaptação de lentes esclerais de alta qualidade com materiais de altíssima oxigenação e sistema de ventilação no desenho das lentes (como as da <a href="https://www.ultralentes.com.br/cat%C3%A1logo" target="_blank">Ultralentes</a>) permitem uma ótima adaptação, uma excelente acuidade visual e especialmente a manutenção da saúde fisiológica da córnea.<br /><br /><b><span style="color: #cc0000;">Implante de Anel Intracorneano</span></b><br /><br /><div style="text-align: justify;">Já a cirurgia de implante de anel que serve para melhorar a regularização da superfície corneana, procura diminuir o máximo possível do astigmatismo irregular e assim proporcionar melhor resultado visual com e sem correção. A técnica também avançou muito com novos modelos e formatos de anel mas infelizmente não funciona em todos os casos. Geralmente funciona melhor em casos mais iniciais e moderados. Os riscos são bem menores em relação a técnica mais invasiva como o transplante de córnea e embora possam ocorrer complicações, geralmente o oftalmologista pode resolver sem maiores dificuldades.</div><br /><div style="text-align: justify;">Há duas maneiras de realizar o implante, pela técnica manual (cirurgião que faz os dutos dos segmentos) ou a automática pelo laser de femtosegundo, uma técnica muito precisa na qual os dutos onde serão inseridos os segmentos do anel intracorneano são feitos a laser com muita precisão. Em relação ás técnicas, cirurgiões experientes afirmam que a cirurgia pode ser realizada manualmente com grande precisão, especialmente quando o cirurgião já tem uma boa curva de experiência na técnica.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em relação aos resultados, talvez por geralmente recebermos no <a href="http://www.iosb.com.br" target="_blank">IOSB</a> os casos onde não houve um bom resultado na resposta visual pós-cirúrgica, me incomoda um pouco a questão da pouca previsibilidade dos resultados. O cirurgião sempre se dedica a fazer o melhor e buscar um resultado que diminua o astigmatismo irregular, que diminua ao menos um pouco o grau total do erro refrativo do olho do paciente, no entanto as vezes os pacientes sentem que não houve mudança, ou que foi pouca melhora ou até que piorou. É controvertido pois pode-se pensar que talvez um cirurgião tivesse feito de uma forma e outro de outra, então é difícil afirmar que o implante não adiantaria naquele paciente específico, mas o fato é que estes pacientes existem. E tem o lado bastante positivo que é o dos pacientes que beneficiaram-se da técnica e que ajudou ou melhorou muito a sua acuidade visual em relação a antes do procedimento.</div><br /><div style="text-align: justify;">Quando o implante não proporciona uma boa visão com ou sem correção por óculos, novamente as lentes de contato especiais tornam-se a alternativa a ser seguida para a reabilitação visual do paciente. E após a adaptação do anel, há um ligeiro aumento na dificuldade da adaptação de lentes de contato rígidas, pois há uma pequena elevação, geralmente na extremidade do segmento inferior, que faz com que ocorra um toque na superfície da lente rígida, ocasionando ceratites recorrentes e desconforto no paciente. Em 2011 escrevi um <a href="https://www.clspectrum.com/issues/2011/november-2011/fitting-keratoconus-after-intracorneal-ring-implan" target="_blank">artigo que foi publicado na Contact Lens Spectrum Magazine</a> (foi capa da edição de Novembro de 2011) sobre as dificuldades de adaptar lentes para ceratocone pós-implante de anel e como desenvolvi desenhos especiais para literalmente sobrepor o problema. Foi a partir de 2005 que comecei a desenvolver os módulos da lente rígida gás permeável Ultracone chamados de PCR (Post-Corneal Ring) e IL (IntraLimbal).</div><br /><div style="text-align: justify;">Em meados de 2008 lançamos de forma pioneira no Brasil as modernas lentes esclerais gás permeáveis, inicialmente com diâmetros de 16 mm. A partir de 2010 já estávamos fabricando na <a href="https://www.ultralentes.com.br/cat%C3%A1logo" target="_blank">Ultralentes</a> lentes esclerais de diâmetros até 19.5 mm. As lentes esclerais representam uma excelente solução para os casos de adaptação pós-implante de anel. A lente escleral sobrepõe a córnea de limbo a limbo, evitando qualquer contato com a córnea, preservando totalmente a sua integridade. As lentes esclerais da Ultralentes também contam com tecnologia própria, de canais de ventilação invisíveis a olho nu (tecnologia desenvolvida por mim, chamada de Spline Wave Technology. A adaptação de lentes esclerais permite excelentes resultados e com as diversas opções de personalização das lentes SSB e SB Full Scleral temos obtido resultados fantásticos com estas lentes.<br /><br /></div><div><div style="text-align: justify;"><b><span style="color: #cc0000;">Crosslinking</span></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É comum vermos os pacientes em redes sociais falando sobre esta técnica, muitos referem-se a ela simplesmente como "crosslink" mas a denominação correta é "crosslinking".</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A técnica do crosslinking do colágeno de córnea com riboflavina sob luz ultravioleta tem a finalidade de aumentar a resistência biomecânica da córnea para evitar a sua progressão. Incialmente, pelo protocolo de Dresden a técnica tem indicação somente quando há basicamente a constatação inequívoca de progressão em um período de 6-12 meses aproximadamente e que a córnea tenha uma espessura mínima de 400 micras no seu ponto mais fino. Este procedimento é feito após o médico realizar uma raspagem do epitélio corneano na sua porção central para facilitar a absorção da riboflavina. Embora seja mais efetiva a ação causa algum desconforto (dor) no pós-operatório (dia seguinte), nada que não possa se tolerar com o uso de analgésicos. Há alguns casos de complicações mas são raros. Nos já vimos dois casos no IOSB.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Posteriormente se desenvolveu novas técnicas do crosslinking (CXL) que consistem no CXL acelerado, na combinação de técnicas de formas diversas como anel+CXL ou PRK (cirurgia refrativa)+CXL entre outras. Chama-se a está maior liberdade de técnicas de Protoloco de Atenas quando decidiu-se que o cirurgião teria liberdade para planejar a cirurgia combinada da forma que ele entendesse que seria a mais adequada ao paciente.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em termos comparativos fica muito difícil realizar uma análise precisa dos resultados devido a diversidade de tecnicas combinadas, exceto se houver um estudo que preconize um protocolo específico realizado por um especialista ou mais que utilizem a mesma técnica em vários pacientes. A grande questão é que a córnea é um dos orgãos mais nobres e delicados, frágeis que existem, o modelamento da córnea, embora seja um desejo tanto do cirurgião e do paciente, é difícil de se obter. A córnea pode responder ao "insulto" de uma intervenção de diferentes formas e até mesmo agravar o quadro se houver remoção de muito tecido ou uma tentativa de ir mais adiante para melhorar o resultado, portanto é preciso cautela.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b><span style="color: #cc0000;">Crosslinking Transepitelial</span></b></div></b><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Também existe a técnica do crosslinking transepitelial que consiste em utilizar uma riboflavina modificada com moléculas menores de forma que possa ser aplicada sem a raspagem do epitélio corneano. Isso do ponto de vista do pós-tratamento é bem melhor e mais confortável para o paciente mas a literatura mostra que tem menor eficácia que o método tradicional com a raspagem. Os estudos no sentido de aprimorar esta técnica, bem menos invasiva, são muito bem-vindos. Neste caso o objetivo a ser buscado é unicamente o fortalecimento da resistência biomecânica da córnea como no caso do crosslinking tradicional, segundo o protocolo de Dresden. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b><span style="color: #cc0000;">Implante Estenopeico</span></b></div></b><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Finalmente existe a técnica do implante estenopeico desenvolvida pelo Dr. Trindade que tconsistir em remover o cristalino transparente e saudável do paciente, implantar uma lente intraocular (LIO) como se fosse uma cirurgia de catarata e junto dessa lente prender junto uma lente escura com um pequeno orifício por onde passa a luz.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Está técnica pode ajudar muito a quem não tem outra alternativa mas deve ser vista com muita cautela porque apresenta sim outros riscos. É importante verificar a retina do paciente, a pressão intraocular e demais estruturas. No caso do paciente com ceratocone uma eventual necessidade de transplante futuro é algo que ainda teremos que saber como irá reagir a visão. O implante estenopeico diminui um pouco a visão periférica e diminui a capacidade de se acostumar com a luz baixa ou a noite pois chega menos luz na retina devido ao implante bloquear parte destas luzes e permitir somente que as luzes que entram frontalmente cheguem na retina.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b><span style="color: #3d85c6;">Adaptação de Lentes de Contato</span></b></div></b><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Embora a adaptação de lentes de contato não possa ser considerada uma forma de tratamento para o ceratocone é largamente a melhor e mais eficaz maneira de proporcionar a reabilitação visual dos pacientes de ceratocone na maior parte dos casos onde o ceratocone já cria dificuldade para uma correção visual com óculos. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para falar de lentes de contato especiais e reabilitação visual, que é nossa especialidade há mais de 50 anos, precisaria de um capítulo a parte. São muitas as opções de lentes especiais de diversos fabricantes, cada um tem seus desenhos e muitas vezes os resultados são muito bons. As lentes que melhor proporcionam uma melhor acuidae visual são as lentes rígidas especiais e as lentes esclerais. Há também lentes gelatinosas para o ceratocone, lentes híbridas e a técnica do piggyback (lente rígida em cima de uma gelatinosa). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A adaptação de lentes de contato especiais responde pela maior parte das técnicas para corrigir melhor o defeito refrativo de pacientes com ceratocone e com astigmatismos irregulares pos-cirúrgicos, assim como ametropias elevadas. O ideal é que os pacientes procurem especialistas experientes e que trabalhem com fabricantes que desenvolvam suas soluções, estes tem maior flexibilidade para personalização das lentes conforme a necessidade. No entanto mesmo fabricantes que utilizam tecnologias sob licença de uma marca internacional dispõem de boas lentes e soluções que ajudam muito na obtenção de bons resultados.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span><a name='more'></a></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Espero ter ajudado um pouco. Afinal, são mais de 50 anos do IOSB fazendo reabilitação visual de pacientes com ceratocone e uma relação muito boa com alguns dos mais experientes oftalmologistas no Brasil e no exterior em relação ao ceratocone. E nada melhor do que esta postagem para <i><b>comemorar os mais de um milhão de visitas neste blog e mais de um milhão de visualizações.</b></i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Desejo a todos um ano de 2021 melhor, com mais saúde, com esperança, com melhor visão e melhor qualidade de vida.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b><div style="text-align: justify;"><b>Luciano Bastos</b></div></b><span style="font-size: x-small;"><div style="text-align: justify;">Diretor e Instrutor Clínico de LC Especiais</div></span><b><div style="text-align: justify;"><b><a href="http://www.iosb.com.br">Instituto de Olhos Dr. Saul Bastos (IOSB)</a></b></div></b><span style="font-size: x-small;"><div style="text-align: justify;"><br />Diretor e Consultor em LC Especiais</div><div style="text-align: justify;">Desenvolvedor de Desenhos de Lentes Especiais</div></span><b><div style="text-align: justify;"><b><a href="https://www.ultralentes.com.br/">Ultralentes</a><br /><br /></b></div></b><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.clspectrum.com/utility/Search?term=luciano%20bastos&sort=created&page=1"><b>Colunista da Contact Lens Spectrum Magazine</b></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7882347025012554785.post-10894554962309999922019-12-01T23:30:00.000-03:002019-12-01T23:30:07.639-03:00Uma luz sobre o Ceratocone para 2020<div class="" data-block="true" data-editor="8ipg3" data-offset-key="dt6pe-0-0" style="background-color: #f2f3f5;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="dt6pe-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<div class="" data-block="true" data-editor="8ipg3" data-offset-key="dt6pe-0-0" style="color: #1c1e21; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="dt6pe-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">É sempre importante esclarecer estas dúvidas. Ao longo de mais de 30 anos com pacientes do Iosb Reabilitação Visual e de mais de 15 anos de convívio com pacientes de ceratrocone no grupo Ceratocone & Tratamentos (desde o tempo do Orkut) me deparei com este tipo de indagação ou dúvida. Não é incomum comentários de que os médicos ou mesmo cientistas não estão preocupados com a "cura" do ceratocone pois isso de certa forma os beneficiam financeiramente. Equívoco grande e que em nada ajuda o paciente.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Vamos lá.</span></div>
<span style="font-family: inherit; text-align: justify;">Até meados de 1990 somente existia a opção de adaptar óculos, lentes de contato especiais ou transplante de córnea. Existiam algumas cirurgias invasivas com a finalidade de diminuir a curvatura da córnea (incisão em cunha), ai surgiu o anel intracorneano que embora tenha sido inventado por Barraquier na Colômbia, teve uma versão nacional, diferente, desenvolvida pelo Dr. Ferrara. Com isso, muitos pacientes foram e são submetidos desde então a essa técnica que para alguns funcionou ou ajudou e para outros não. Importante também mencionar o avanço no desenvolvimento de novos nomogramas do anel que visam apresentar resultados melhores. </span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="8ipg3" data-offset-key="8qpuc-0-0" style="color: #1c1e21; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="8qpuc-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span style="font-family: inherit; text-align: justify;">Nas décadas a seguir surgiram novos métodos de transplante de córnea com o uso de femtosecond laser que permitiu cortes e botões de córnea mais perfeitos, recuperação mais rápida (de 18 meses do tradicional manual para 6 - 10 meses para o laser), surgiu também a técnica do transplante lamelar utilizando também o femtosecond laser (essa técnica serve apenas para casos onde há uma boa espessura corneana e permite a remoção apenas de uma camada da córnea) também com resultados melhores.</span><br />
<span style="font-family: inherit; text-align: justify;">Na década do novo milênio, mais precisamente em 2001, surgiu o crosslinking de colágeno corneano com riboflavina sob luz ultravioleta, criado por Theo Seiler e Wollensak este método é o original e foi então criado o Protocolo de Dresdren. Havia muita expectativa sobre a segurança e eficácia desde tratamento, foi preciso aguardar alguns anos para que ele provasse ser eficaz em cerca de 76% dos casos (se não me engano). Em 2003, meu pai, Dr. Saul Bastos, esteve na Alemanha em Leipzig para observar os estudos, ficou otimista quanto a aplicação mas o problema é que o ceratocone não era resolvido, somente estacionado. Desde o surgimento surgiram inúmeros estudos sobre técnicas aceleradas e menos invasivas (sem a remoção do epitélio corneano, chamado de trans-epitelial) para se aprimorar a técnica e poder realizar em casos mais avançados onde a córnea estava mais fina e portanto contraindicada para o crosslinking tradicional (mínimo de 400 micras no ponto mais fino).</span><br />
<span style="font-family: inherit; text-align: justify;">Em seguida, anos depois surge o Protocolo de Atenas que foi criado de maneira a permitir que o cirurgião pudesse decidir, embora não exista um protocolo rígido), eleger uma combinação ou sucessão de procedimentos (já existentes e conhecidos) de maneira a tratar o ceratocone mais agressivamente no sentido de obter melhores resultados visuais para o paciente.</span><br />
<span style="font-family: inherit; text-align: justify;">Somando-se a isso, existem muitos pesquisadores em biotecnologia e biomedicina estudando a origem e como se dá o surgimento e a progressão do ceratocone. Os oftalmologistas são sim parte deste processo mas este estudo é mais laboratorial, os estudos devem ter equipes que trabalham juntas para produzir resultados científicos relevantes. Descobriu-se um gene que é comum nos casos de ceratocone mas os próprios pesquisadores afirmam que ainda estão engatinhando nesse sentido, que há muito mais a ser pesquisado. O interessante é que desde a década de 60 e 70, os livros de oftalmologia (de córnea) já falavam que o ato de coçar os olhos com força é sem a menor dúvida um importante fator para o desenvolvimento da patologia. Todas as pesquisas mais atuais também mencionam isso.</span><br />
<span style="font-family: inherit; text-align: justify;">Neste tempo todo sempre houve uma grande dedicação e empenho no sentido de melhorar a qualidade de vida dos pacientes de ceratocone, sempre de recuperar a visão e evitar se possível cirurgias mais invasivas. Ai entram as lentes de contato que, infelizmente, alguns acreditam, de forma absolutamente equivocada, que se trata de "uma maneira do médico ganhar dinheiro". Não é assim, ao menos não é bem assim. Explico a seguir.</span><br />
<span style="font-family: inherit; text-align: justify;">Qual o principal problema que o ceratocone provoca? A perda ou diminuição da visão de boa qualidade na qual o paciente precisa para exercer suas atividades, desde pessoais, familiares, sociais e de poder estudar e trabalhar. Ainda hoje, digamos que já estamos praticamente em 2020, a técnica que melhor resolve esta situação, de forma inequívoca, são as lentes de contato especiais, sejam rígidas ou esclerais. São lentes de contato de maior complexidade geométrica, precisam ter boa qualidade para o paciente ter conforto e boa adaptação e em muitos casos são capazes de proporcionar uma visão perfeita onde qualquer outro tratamento não chegaria. Cada caso é um caso, mas na imensa maior parte dos casos essa é uma constatação, fato.</span><br />
<span style="font-family: inherit; text-align: justify;">Sempre existiram bons fabricantes de lentes no Brasil e as alternativas de lentes para ceratocone também aumentaram muito nas últimas décadas.Alguns pacientes preferem um tipo de lentes ou tem trauma do uso de lentes por terem tido experiências desastrosas com lente mal-adaptadas ou de qualidade baixa. É importante compreender que existem diferenças nas lentes fabricadas por cada fabricante, o paciente tem o direito de ter acesso a experiência de testar todas as que ele julgar necessário. A função das lentes é a reabilitação visual e não deter sua progressão. No entanto, na nossa longa experiência, lentes boas e bem adaptadas ajudam no sentido de não criar situações onde possa despertar novos episódios de progressão, principalmente por provocar a vontade de coçar os olhos. Lentes boas e bem adaptadas são saudáveis fisiologicamente.</span><br />
<span style="font-family: inherit; text-align: justify;">E sobre as lentes de contato, meu pai foi médico oftalmologista pioneiro no Brasil na reabilitação visual de pacientes com ceratocone, pós-transplante e outras atrofias da córnea. E desde a década de 70 sempre houve muita dedicação, pesquisa, inovações tecnológicas e aprimoramento no sentido de obter resultados cada vez melhores. Estes anos que passamos nos EUA e na Europa, trabalhando, estudando e se aperfeiçoando não foram e nem são baratos. Exigiu muita disciplina e foco no sentido de que isso pudesse nos ajudar a desenvolver as melhores e mais aperfeiçoadas lentes de contato especiais para a reabilitação visual dos pacientes com ceratocone e demais casos de córneas irregulares, as lentes da Ultralentes são todas desenvolvidas por nós, nenhuma paga Royalties, mas os insumos desde a matéria-prima e até parte dos insumos indiretos são sim importados, em dólar e em libras esterlinas.</span><br />
<span style="font-family: inherit; text-align: justify;">As lentes de contato evoluíram muito também, até meados de 1980 elas eram feitas apenas em acrílico o que fazia com que se utilizadas por muitas horas no dia provocavam edema de córnea. Meu pai com o aperfeiçoamento do desenho da lente Soper (de nosso professor Joseph W. Soper), aprimorou o desenho da lente (que acabou criando a Ultracone) e com isso permitia que os pacientes do IOSB usassem as lentes sem apresentar sinais de edema, aumentando a oxigenação pela excelência na troca lacrimal que carrega oxigênio para a córnea por debaixo da lente. Por isso que você ao ver fotos e vídeos da Ultracone que eventualmente posto aqui com aquele verde por debaixo da lente (fluoresceína que comprova a presença e troca lacrimal). Ao longo das décadas de 80, 90 e no novo milênio os materiais utilizados na fabricação de lentes de contato evoluíram bastante também, proporcionando ainda melhor relação fisiológica da lente com a córnea, embora seja fundamental o desenho da lente ser de alta qualidade e tecnologia, se não não adianta usar o melhor material que existe.</span><br />
<span style="font-family: inherit; text-align: justify;">Por volta de 2002 meu pai pediu que eu estudasse as lentes esclerais, me falou quem eu deveria procurar para aprender (um professor dele nos EUA chamado Dr. Perry Rosenthal). Ele foi fundamental na minha educação e preparo em lentes esclerais (veja uma citação dele neste link ) Eu comecei a estudar nos livros antigos pois as lentes esclerais são antigas, não são de agora como muitos pensam, apenas foram substituídas pelas lentes rígidas por apresentarem melhores resultados fisiológicos que as esclerais que naquela época não eram permeáveis ao oxigênio como agora. E desta forma, meu pai, um visionário, me provocou no sentido de estudar e já começar a desenvolver estas lentes tão logo os fabricantes de matéria-prima se dessem conta de que seria um caminho saudável a seguir. Não deu outra, em 2006 recebi as primeiras amostras de materiais de lentes esclerais, tudo era novo, era um bloco maior, não cabia nos equipamentos e então comecei uma longa preparação, trocando equipamentos, fazendo alterações em equipamentos pré-existentes para inciar os testes.</span><br />
<span style="font-family: inherit; text-align: justify;">Em meados de 2008 iniciamos, pioneiramente no Brasil, as primeiras adaptações em pacientes antigos do Iosb Reabilitação Visual e os resultados que observamos durante e um ano depois foram muito animadores. Desde então o Iosb Reabilitação Visual já adaptou cerca de 3000 pacientes com lentes esclerais SSB e SB Full Scleral, dos menos aos mais complexos casos onde nenhuma outra escleral fabricada no Brasil ou na América Latina consegue chegar, casos desde simples com esclerais menores até casos como alguns que postei aqui recentemente com diâmetros entre 19 e 21.0 mm.</span><br />
<span style="font-family: inherit; text-align: justify;">O que ocorre é que o paciente de ceratocone hoje se transformou, por parte de "alguns" especialistas, em um "nicho de mercado", sim, veem os pacientes não como uma pessoa que precisa do seu melhor, mas uma oportunidade para uma cirurgia ou para lentes de contato, então todos hoje são "***especialistas***". Claro que isso não é a regra, felizmente, mas não é raro vermos relatos de membros aqui da comunidade ou de pacientes do Iosb Reabilitação Visual dizendo que o médico ofereceu fazer crosslinking, implante de anel e depois adaptar lentes de contato. Mas o paciente tinha 35 anos, ceratocone estabilizado já há alguns anos, sem episódios de progressão. Este é um exemplo apenas mas como disse, felizmente a maior parte dos especialistas tem na sua conduta estudar o que é melhor para o paciente e isso inevitavelmente em muitos casos passa pela reabilitação visual.</span><br />
<span style="font-family: inherit; text-align: justify;">Bem, espero que com este texto eu possa ter esclarecido a maior parte de suas dúvidas, assim como dado uma luz sobre algumas obscuridades que giram em torno deste tema.</span><br />
<span style="font-family: inherit; text-align: justify;">Estamos a disposição para colaborar, tanto com pacientes mas especialmente com médicos oftalmologistas interessados na reabilitação visual de casos de alta complexidade. Nosso trabalho, embora muito discreto mas estritamente científico é todo feito para proporcionar e disponibilizar aos oftalmologistas credenciados e aos novos que nos procuram, por soluções de alta tecnologia e qualidade excepcional para resultados cada vez melhores.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="8ipg3" data-offset-key="eklck-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="eklck-0-0" style="direction: ltr; position: relative;">
<span data-offset-key="eklck-0-0">
</span>
<div class="separator" style="clear: both; color: #1c1e21; font-family: inherit; font-size: 13px; text-align: center; white-space: pre-wrap;">
</div>
<span data-offset-key="eklck-0-0">
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #1c1e21; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 13px; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<span style="color: #1c1e21; font-family: inherit; font-size: xx-small; white-space: pre-wrap;"><div style="text-align: justify;">
<b style="font-family: inherit;">Luciano Bastos</b><br />
<span style="font-family: inherit;">Diretor Ultralentes</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Diretor do Instiututo de Olhos Dr. Saul Bastos (IOSB)</span></div>
</span></span></div>
</div>
</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7882347025012554785.post-77630210117002780992017-07-30T19:54:00.000-03:002017-07-30T19:54:54.654-03:00Baixa Umidade do Ar e Ceratocone<br />
<div style="text-align: justify;">
Com a baixa umidade relativa do ar em grande parte do Brasil os sintomas de olhos ressecados é muito comum nos pacientes com ceratocone, em especial aqueles que usam lentes de contato. As lentes que mais apresentam problemas quando a umidade relativa do ar está muiuto seca são as lentes gelatinosas, embora os sintomas sejam evidentes também tanto com lentes rígidas como esclerais. </div>
<br />
<div style="text-align: center;">
Dicas:</div>
<div style="text-align: center;">
<ol>
<li style="text-align: justify;">Hidratar-se, beber água em quantidade e frequência maiores que o normal;</li>
<li style="text-align: justify;">Umidificar o ambiente, seja trabalho ou em casa, com umidificador de ambiente ou balde com uma toalha encharcada em água dentro;</li>
<li style="text-align: justify;">Pingar colírio lubrificante, de presferência sem conservantes, indicado pelo oftalmologista;</li>
<li style="text-align: justify;">Evitar ar condicionado ou ventilador direto, procurar sempre deixa-los posicionados para outro lado;</li>
<li style="text-align: justify;">Evitar coçar os olhos com força ou com frequência pois isso pode causar pequenas lesões no epitélio corneano;</li>
<li style="text-align: justify;">Caso sinta os olhos vermelhos e quentes e não puder na hora ir no oftalmologista, utilize apenas colírio lubrificante e faça compressas geladas de 10- 15 minutos, de 4/4 horas e assim que possível vá consultar com um oftalmologista.</li>
<li style="text-align: justify;">Sempre que possível, pesquise bastante sobre as lentes de contato disponíveis e os resultados obtidos. As complicações são muito menos frequentes com lentes de contato especiais alta qualidade e tecnologia.</li>
</ol>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: start;">
</div>
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
A umidade relativa do ar muito abaixo dos níveis de segurança faz eclodir uma série de disturbios que podem em maior ou menor grau afetar a vida do paciente com ceratocone. Vejam este artigo do laboratório <a href="http://www.pfizer.com.br/" target="_blank">Pfeizer</a> relacionando algumas destas complicações no link abaixo.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://www.pfizer.com.br/noticias/Cuidados-com-os-olhos-no-tempo-seco">Cuidados com os olhos no tempo seco</a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Outro artigo bem escrito sobre o assunto é do Dr. Hilton Medeiros. O uso de colírios lubrificantes mais modernos sem conservantes e portanto mais saudáveis para o uso mais frequente é uma das melhores maneiras de proteger os olhos. Utilizar umidificadores de ambientes, beber mais água durante o dia ajuda a tolerar melhor o tempo mais seco e proteger os olhos do ressecamento. Quem mais sofre são as pessoas alérgicas." Veja o artigo na íntegra no link abaixo.</div>
<br />
<br />
<div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><i>"As principais causas são conjuntivite, alergias e olho seco. </i><i>No ápice da secura, </i></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><i>a conjuntivite pode até virar epidemia. </i><i>A baixa umidade do ar resseca também a </i></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><i>região ocular, </i><i>causando a Síndorme do Olho Seco. </i></b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://www.hiltonmedeiros.com.br/clima-seco-aumenta-o-numero-de-casos-de-conjuntivite-alergia-e-olho-seco/" target="_blank">Clima seco aumenta os casos de conjuntivite, alergia e olho seco</a></div>
</div>
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os pacientes usuários de lentes rígidas mais afetados são aqueles que estão adaptados com lentes que não possuem um desenho adequado. As lentes, do centro até a borda periférica devem ser precisamente alinhados de maneira que não produzam áreas de toque na córnea que impedem a circulação do filme lacrimal e provocam áreas de atrito, especialmente se a lubrificação estiver reduzida devido a secura ocular provocada pela umidade relativa do ar mais baixa. Mesmo pacientes usuários de lentes esclerais pdoerão sentir os sintomas, especialmente nas lentes esclerais menores pois estas cobrem uma área parcial em volta da córnea, deixando ainda boa parte da superfície ocular anterior descoberta e susceptível de ressecamento.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As lentes esclerais do tipo Full Scleral como a SB (<a href="http://www.ultralentes.com.br/" target="_blank">Ultralentes</a>) que possuem diâmetros de 18.5 a 21.5 mm tem uma maior área de cobertura e mesmo assim é recomendado ao paciente a utilização de colírio lubrificante em forma de lágrimas artificiais, sem conservantes. Veja abaixo vídeo da lente SB Full Scleral:</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/l8SlIPWAFwc/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/l8SlIPWAFwc?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Vídeo: LC Escleral SB Full Scleral (Cortesia Ultralentes)</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
A prevenção continua sendo a melhor ferramenta para prevenir complicações advindas com esta onda de umidade relativa do ar muito baixa. Seguir estas orientações não é garantia de que o paciente não tenha alguma queixa mas reduz em grande parte o risco que eles ocorram ou sejam agravados.<br />
<br />
Espero que o resumo sobre o tema possa ajudar a aqueles que estão de alguma maneira sentindo-se afeados pela baixa umidade relativa do ar e que venha um pouco de chuva e umidade mais alta, ajuda muito.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><a href="http://www.iosb.com.br/a-clinica/diretoria/" target="_blank">Luciano Bastos</a></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://www.iosb.com.br/" target="_blank">Instituto de Olhos Dr. Saul Bastos</a></div>
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7882347025012554785.post-17057326729441691242017-06-17T14:05:00.000-03:002017-06-18T00:38:59.199-03:00Técnica do Implante Estenopeico<div style="text-align: justify;">
Embora a notícia seja de 2015, teve grande repercussão a reportagem do Globo Reporter do dia 16 de Junho de 2017. O médico mineiro Dr. Claudio Trindade desenvolveu uma técnica inovadora, embora de conceito antigo, para melhorar a acuidade visual de pacientes com a visão comprometida devido a córneas irregulares. No vídeo abaixo uma apresentação onde ele de forma muito precisa explica no que consiste a técnica, como ela foi desenvolvida e os resultados dos primeiros casos tratados.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-k5-9yLkl2cM/WUVcsxeVYJI/AAAAAAAAAvE/ak197-JwT5IBU6tqnOTzmUL2cvpzBkBfACLcBGAs/s1600/XtraFocus%2BPinhole.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="403" data-original-width="667" height="193" src="https://3.bp.blogspot.com/-k5-9yLkl2cM/WUVcsxeVYJI/AAAAAAAAAvE/ak197-JwT5IBU6tqnOTzmUL2cvpzBkBfACLcBGAs/s320/XtraFocus%2BPinhole.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig.1: Implante XtraFocus Pinhole </td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A técnica consiste em um implante de um dispositivo muito parecido com uma lente intra-ocular (LIO) utilizada na cirurgia de catarata (fig.1) mas com com uma coloração preta que bloqueia parte dos raios e um pequeno orifício (pinhole) que faz com que os raios luminosos entrem de forma mais paralela proporcionando uma melhora na visão (fig.2). Nas córneas irregulares os raios de luz chegam a retina de forma confusa e de diferentes ângulos devido ao astigmatismo irregular corneano. O princípio do Pinhole foi descoberto e desenvolvido desde o ínício do século passado e já havia um estudo similar de um dispositivo de lente intraocular (LIO) desenvolvido em 1992 pelo oftalmologista austríaco, Dr. VõrÖsmarthy através da mesma empresa que está desenvolvendo o dispositivo concebido pelo Dr. Trindade.<br />
<br />
O implante estenopeico é colocado auxiliarmente por cima de uma lente intraocular (LIO), portanto há a remoção do cristalino e o dispositivo fica acoplado a LIO em forma de piggyback, ou seja, por cima da LIO. Segundo o Dr. Trindade a indicação é para pacientes pseudofácicos (operados de catarata) acima de 40 anos e não é indicada para jovens. Esta informação ainda carece de maiores informações, pois quando surge uma novidade muitas vezes pode haver novos entendimentos sobre como ela é aplicada. Não é incomum cirurgiões terem opiniões divergentes de qual a melhor técnica a ser utilizada para tratar o ceratocone e quando a solução proposta são cirurgias combinadas também há normalmente alguma divergência entre diferentes médicos de quais os metodos serão aplicados e em qual ordem. Resta-nos aguardar para ver como será a repercussão no meio oftalmológico.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-iOtDyVMhajA/WUVeYsScMHI/AAAAAAAAAvQ/dPg2MUiqAKw3Z0DEiiuJI0YTgVKTPhezACLcBGAs/s1600/Pinhole%2BPrinciple.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="350" data-original-width="1098" height="126" src="https://2.bp.blogspot.com/-iOtDyVMhajA/WUVeYsScMHI/AAAAAAAAAvQ/dPg2MUiqAKw3Z0DEiiuJI0YTgVKTPhezACLcBGAs/s400/Pinhole%2BPrinciple.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig.2: Raios luminosos em relação ao diâmetro da pupila</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Segundo ele a indicação maior para a utilização da tecnologia vem dos pacientes com sequelas de cirurgia refrativa, especialmente os operados pela antiga e já extinta técnica do RK ou ceratotomia radial refrativa. Outras indicações são ceratocone e pós-transplante de córnea. A técnica não resolve a visão totalmente mas proporciona uma melhora significativa na visão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/xYW3hTgKj6I/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/xYW3hTgKj6I?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; font-family: "youtube noto" , "roboto" , "arial" , sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Webinar Claudio Trindade XtraFocus Pinhole Implant</span></span></div>
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Sem dúvida todos os estudos visando melhorar a acuidade visual e consequentemente a qualidade de vida das pessoas que sofrem com baixa visão por problema de córneas irregulares é bem vinda, Há pelo que se vê neste vídeo acima um ganho visual importante. O ganho visual é bem significativo e embora limitado é um divisor de águas para quem tem uma acuidade visual muito baixa, como 20/100 a 20/800. Possivelmente os casos mais avançados onde a técnica é no meu entender mais bem indicada, aliada a adaptação de lentes de contato especiais a visão pode tranquilamente chegar a 20/20 ou melhor.</div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
No vídeo (e em outra entrevista também de 2015) Dr. Trindade diz que os pacientes tratados obtiveram ganho significativo de visão e que não foi observada nenhuma queixa importante. É importante lembrar que pacientes com visão muito baixa quando tem um ganho de acuidade visual estão menos propensos a relatar queixas pelo simples fato de que o ganho ser tão grande que alguma dificuldade com visão noturna ou mesmo de campo de visão não serem um problema para eles. No entanto Dr. Trindade coloca que não houve perda significativa de campo visual e que não há maiores problemas na visão noturna, pelo contrário, devido ao efeito estenopeico a visão melhora a noite, comparada ao pré-cirúrgico.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Um fator que chama a atenção em relação a esta técnica é a sua previsibilidade. Um paciente com córneas irregulares pode simular um "pinhole" fazendo um pequeno orifício em uma cartolina (de preferência preta ou escura) com a ponta de uma caneta e olhando atavés deste orifício é possível observar que há uma melhora significativa da visão. Durante o exame oftalmológico também é possível testar o pinhole se o equipamento refrator dispor deste dispositivo. Desta maneira é possível ter uma idéia de como a técnica pode ajudar. Em relação as demais técnicas de tratamento, especialmente para o ceratocone, é sem dúvida de maior previsibilidade. Aliado a adaptação de lentes de contato, um paciente tratado com esta técnica poderá evoluir com este implante de 20/800 para 20/200 ou melhor e com a uma lente de contato RGP especial ou lente escleral poderá chegar até mesmo a 20/20 ou quase isso. A questão aí é se o paciente já obtem esta acuidade visual com lentes de contato especiais e está bem adaptado, não faz sentido submeter-se a cirurgia, seria talvez uma indicação relativa do procedimento neste caso.</div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Ainda em relação a previsibilidade de resultados, a adaptação de lentes de contato é mais previsível, pois durante o teste é possível que o paciente tenha uma ideia muito precisa de como ficará a visão. O implante do dispositivo pinhole é mais previsível em relação as demais técnicas cirúrgicas, mas não maior que a das lentes de contato especiais.</div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Como toda nova técnica, embora promissora, assim como foi com implante de anel e com o crosslinking, é preciso cautela. Não creio que seja indicado para todos os casos pois inevitalvelmente envolve um procedimento cirúrgico, envolvendo riscos e custos que devem ser mensurados, deve haver uma reflexão quanto a viabilidade, é importante compreender que pacientes com ceratocone bem adaptados com lentes possuem uma córnea transparente e saudável e um cristalino também transparente e saudável. </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
A oftalmologia brasileira é está no mesmo nível da dos países de primeiro mundo, é sem dúvida mais uma alternativa para pessoas com visão muito baixas e que por algum motivo não tiveram bom resultado com lentes especiais ou com outras técnicas cirúrgicas. Ainda deve demorar um pouco para a técnica popularizar-se e devido ao número ainda baixo de pacientes tratados a amostragem é um pouco limitada para uma avaliação mais profunda. No entanto sem dúvida que o estudo apresentado pelo Dr. Trindade é promissor e pode ser aperfeiçoado.</div>
<br />
<br />
<br />
<br />
Referências:<br />
1. http://iovs.arvojournals.org/article.aspx?articleid=2366370<br />
2. http://avehjournal.org/index.php/aveh/article/viewFile/150/119<br />
3. http://www.ajo.com/article/0002-9394(50)91228-1/abstract<br />
4. http://www.aaojournal.org/article/s0161-6420(99)00159-1/references<br />
5. https://www.quora.com/Ophthalmology-Does-visual-acuity-improve-after-pin-hole-testing-in-posterior-capsular-opacity<br />
<br />
<br />
<br />
Luciano Bastos<br />
<a href="http://www.iosb.com.br/" target="_blank">Instituto de Olhos Dr. Saul Bastos</a><br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-7882347025012554785.post-57945740589785037452016-02-29T00:52:00.001-03:002016-02-29T00:57:56.093-03:00ATUALIZAÇÃO CERATOCONE 2016<div style="text-align: justify;">
O ano de 2015 foi absolutamente atipico para mim, problemas de saúde na família, que embora estejam sob controle sempre são delicados, especialmente com os mais velhos, eles precisam de carinho, amor, atenção, saúde e dignidade. O trabalho igualmente tem me tomado cada vez maior tempo com as consultorias especializadas em reabilitação visual com o uso de lentes de contato especiais para o seleto time de oftalmologistas credenciados na Ultralentes, aos nossos pacientes do Instituto de Olhos Dr. Saul Bastos em Porto Alegre, clínica referência na reabilitação visual com o uso de lentes de contato especiais, sejam lentes rígidas especiais como lentes esclerais, todas desenvolvidas por nós mesmos, com altíssima qualidade e desempenho notadamente perfeito com grande sucesso nas adaptações. Ainda por cima tenho o compromisso de minhas colunas trimestrais e demais artigos para uma das mais importantes e influentes revistas científicas sobre córnea e lentes de contato do mundo, a Contact Lens Spectrum Magazine. Este é o terceiro ano já que meu contrato é renovado e já tive propostas de assumir ainda outras responsabilidades mais adiante, possivelmente em 2017. Em breve começarei a responder a todos que escrevam, são algumas dezenas... obrigado.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-c1CsWu_tUBg/VtO9vQ60lsI/AAAAAAAAApw/hsS74oos4Sg/s1600/DSC03563.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://2.bp.blogspot.com/-c1CsWu_tUBg/VtO9vQ60lsI/AAAAAAAAApw/hsS74oos4Sg/s320/DSC03563.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig.1. Lente escleral SCLERAL BASTOS Full Scleral de 20.5 mm. (IOSB)</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div>
<div>
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-y-K20MKwwIE/VtO-CZ48sPI/AAAAAAAAAp4/i-5U1QoabLg/s1600/DSC03501.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-y-K20MKwwIE/VtO-CZ48sPI/AAAAAAAAAp4/i-5U1QoabLg/s320/DSC03501.JPG" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig.2 Ceratocone avançado de Grau IV (IOSB)</td></tr>
</tbody></table>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Estas não são, embora sirvam, justificativas para não atualizar o blog. Não são porque de fato nestes últimos 12 meses pouco ou quase nada ocorreu em termos de tratamentos cirúrgicos para o ceratocone, ao menos aqueles que vem para ficar. O que existe de concreto e o que existe em maior ou menor grau, conforme a disponibilidade de especialistas no Brasil?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O protocolo de tratamento do ceratocone, passa por algumas premissas básicas. Após o exame e anamnese do paciente o médico deverá testar a possibilidade de prescrever óculos, mesmo que este tenha que ser planejado com um montante elevado de grau esférico e com cilíndro elevado a um eixo oblíquo e mesmo irregular. A paciência e a colaboração do paciente são cruciais neste momento, além de um estudo mais aprofundado de refratometria, além da residência. Posteriormente, funcionanando ou não os óculos, a adaptação de lentes de contato, de preferência lentes RGPs de alta qualidade para não machucar e lesionar a córnea do paciente, pode ser experimentada,</div>
</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
Dentre as técnicas ciúrgicas, das menos ás mais invasivas, para a recuperação e controle da doença, temos:<br />
<ul>
<li>Crosslinking ou CXL (Protocolo de Dresden)</li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
Protocolo aprovado de segurança, que basicamente consiste na indicação somente com a constatação inequívoca de progressão significativa do ceratocone em um prazo entre 6 meses a um ano, cerca de 1.5 dioptrias ou superior) e que a córnea tenha uma espessura mínima de 400 micras ou mais em seu ponto mais fino pela medida de paquimetria ultrassônica,</div>
<ul>
<li>Crosslinking Acelerado - Fast CXL (modificado)</li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
Embora seja promissor, a finalidade é diminuiro tempo de cirurgia tanto para o médico para o paciente, não creio que tenha outra finalidade mas se algum amigo oftalmologista me indicar ou eu aprender sobre algum outro benefício da técnica farei a atualização aqui.</div>
<ul>
<li>Crosslinking Transepitelial (sem remoção do epitélio corneano)</li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
Outra variação do crosslinking que visa aplicar uma riboflavina modificada que possa penetrar o epitélio e realizar o tratamento sem a devida remoção do epitélio que causa dor intensa no primeiro dia e induz via de regra um haze corneano (visão leitosa, sem contraste) de algumas semanas a poucos meses, mas volta ao normal. A literatura científica demonstra que sua eficácia é significantemente menor do que a técnica tradicional com remoção do epitélio corneano.</div>
<ul>
<li>Implante de anel (disponíveis)</li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
Novamente, diferentes marcas e desenhos, cores, há mais de um modelo, eficácia tem grande limitação, quanto mais avançado o caso maior é a imprevisibilidade dos resultados. As enquetes feitas nos grupos de discussão refletem bem esta questão embora os melhores cirurgiões argumentem que com o nomograma correto e uma cirurgia bem indicada os resultados podem ser muito bons.</div>
<ul>
<li>Combinações de Técnicas Cirúrgicas (Ex. PRK+ CXL+ Anel)</li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
(Protocolo de Atenas) Quando em 2011 um oftalmologista alemão, e sua esposa também oftalmologista, me contaram em Curitiba, de como estava a situação na Alemanha em relação ao protocolo de tratamento, fiquei supreso. Lá basta o médico decidir, baseado naturalmente em alguma técnica combinada, como, em que ordem e a que tempo ele irá aplicar sua técnica. Desconheço se existe alguma orientação no Brasil em relação a isso, creio que não. Além destas técnicas o paciente e familiar de oaciente de ceratocone volta e meia é bombardeado com informações da cirurgia do atleta olímpico, Steve Holocomb. onde o cirurgião em questão aplicou a combinação de um implante de uma lente fácica ou uma lente costurada por dentro e o crosslinking. Qualquer especialista pode constatar que essa técnica é muito limitada e não serve em todos os casos, por mais que o paciente tenha dito na época que estava perdendo a visão, todo o paciente com ceratocone perde a visão até que ele tenha alguma maneira de corrigíla. Interessante que o médico que operou este paciente, o atleta, em alguns de seus vídeos na internet usou uma imagem minha, de uma foto de um ceratocone em alta definição, a qual tirei primeiro lugar no congresso internacinal da British Contact Lens Association em 2009 em Manchester. Um grande especialista mas precisou da minha foto, é curioso apenas, falei com ele e pedi apenas que ele colocasse a referência, autoria da foto caso fosse usá-la. </div>
<ul>
<li>Transplante Lamelar Profundo </li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
Técnica bem interessante, não é nova mas tem apresentado resultados bem interessantes, entre eles um menor índice de rejeição. É importante saber se este índice mais baixo de complicações, em especial a rejeição, deve-se ao fato de parte da córnea do paciente ficar e o enxerto da córnea doada ser apenas a porção restante para completar a cirurgia e com isso as células do paciente ajudam a manter a córnea mais estável, ou se o índice de rejeição ou complicações também é menor por ser um procedimento feito apenas por parte de cirurgiões treinados e especializados nesta técnica. Requer a utilização do laser de femtosegundo para precisão, portanto tende a ser mais cara.</div>
<ul>
<li>Transplante Penetrante (Laser ou manual) </li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
Novamente, o femtosecond laser representa um abismo tecnológico na formação da incisão, especialmente para a preparação da córnea receptora e doadora para um encaixe perfeito e uma cicatrização mais rápida com menor incidência de complicações. No entanto, conheço aqui no estado do RS pelo menos dois cirurgiões que operam o transplante pela técnica manual e os resultados são geralmente espetaculares. Quando não ocorre nenhuma intercorrência naturalmente que possa desviar a recuperação de seu curso normal. </div>
<div>
<br /></div>
<div>
<b>Precisamos saber o que há de novo sendo estudado sobre tratamentos para ceratocone. São basicamente dois estudos, embora seguramente deve haver mais algum,ao menos se espera. Estas são:</b></div>
<div>
<ul>
<li>Filtro para implante no lugar do cristalino </li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
Trabalho de um oftalmologista brasileiro premiado recentemente. Ainda em estudos, a ideia consiste basicamente em criar este filtro com um pequeno orifício central por onde o paciente irá enxergar, diminuindo assim o grau de irregularidade por onde a luz passa, facilitando ao paciente ter um melhor foco. As limitações devem passar em grande parte pela diferença da quantidade de luz a noite e de dia, assim como a capacidade de leitura para os pacientes com idade superior a 40 anos quando chega a presbiopia. Não pretendo ir mais longe até porque desconheço o estudo a não ser pelo que foi publicado na mídia digital.</div>
<ul>
<li>Reconstrução da Córnea Por Células-Tronco</li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
Outra novidade não menos importante, possivelmente bem mais importante é a descoberta que é possível a <a href="http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/cientistas-reconstroem-corneas-partir-de-celulas-tronco-adultas-13113629" target="_blank">reconstrução de uma córnea doente através de células-tronco adultas</a>. Embora o estudo tenha sido realizado apenas com animais como cobaias, o tempo de observação do processo levou em torno de 5 a 13 meses de observação. A chave é a identificação das células-tronco epiteliais límbicas através de um biomarcador batizado como ABCB5. Interessante que o estudo está sendo realizado no Massachussets Eye and Ear Infirmary em Boston, onde meu pai, <a href="http://www.iosb.com.br/a-clinica/o-fundador/" target="_blank">Dr. Saul Bastos</a>, fez uma de suas especializações quando eu ainda era criança.</div>
<br />
<br />
<b>O que vem por aí.....</b></div>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Concluindo, tem sempre algum assunto, mesmo que nada de maior tenha ocorrido nestes últimos tempos. Por outro lado, se não temos novidades em tratamentos cirurgicos temos novidades na área de lentes de contato especiais, área que é a que entendo de verdade. Há notícias boas e outras nem tanto mas não deixam de ser notícias, quero em breve começar a escrever este semestre ao menos dois bons artigos. </div>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Outro assunto importante e estressante, a desgraça que está o país, teremos um nõ, dois ou três anos difíceis pela frente, precisamos ficar firmes, você precisa estar com a visão boa e saudável para enfrentar essa turbulenta fase que deverá levar alguns anos. não sou pessimista, isso é o realista que está aconselhando a agarrar-se a seus empregos, dedicarem-se como nunca a eles para não perderem, e lutar por um país melhor, combate a corrupção endêmica e generalizada, combate a essa doença pior que ceratocone que é a esquerda levando o Brasil literalmente pelo ralo. Os demais países vizinhos acordam, quando será nossa vez? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vamos para a rua lutar por um pais melhor, com mais saúde, mais segurança, educação e oportunidade de verdade para todos. </div>
<div>
<br />
<br />
<span style="font-size: x-small;"><b>Luciano Bastos</b><br />Diretor<br />Instituto de Olhos Dr. Saul Bastos<br />Ultralentes Industria. Opt. Ltda.</span></div>
</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com25tag:blogger.com,1999:blog-7882347025012554785.post-34548886798454435682014-12-25T22:00:00.002-02:002014-12-25T22:52:00.914-02:00Ceratocone e Lentes de Contato - Especialidade<div style="text-align: justify;">
A oftalmologia é uma das especialidades médicas. O estudante de medicina tem em seu currículo uma carga enorme de informações em relação a todos os aspectos da saúde humana e na residência o médico escolhe uma especialidade para seguir. A medicina é a carreira a qual possui o maior número de especializações.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Após a residência médica e outros cursos de especialização o médico poderá ainda fazer estágios de aperfeiçoamento em áreas específicas de sua especialidade, constituindo o que se chama a sub-especialidade. A especialidade da oftalmologia possui diferentes áreas de sub-especialidade como segmento anterior e posterior e dentro de cada uma destas sub-especialidades alguns oftalmologistas optam por focar em uma sub-especialidade ainda mais específica. Seria uma espécie de sub-especialidade da sub-especialidade, um exemplo disso é um especialista em segmento anterior que especializa-se em catarata ou córnea.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Um grande exemplo que lembro historicamente é o de meu pai, <a href="http://www.famed.ufrgs.br/site-old/comgradmed/form_med.htm#1957" target="_blank">Dr. Saul da Silva Bastos (CRM 1725), formado na UFRGS em 1957</a> e que trabalhou por cinco anos como clínico geral no interior, chegou a realizar em torno de 500 partos, alguns em condições de difícil acesso e sem recursos. Em 1963 optou por seguir a carreira na época que era de oftalmo-otorrinolaringologista, para em meados de 1969 seguir unicamente pela oftalmologia especializando-se nos EUA em córnea, visão sub-normal e reabilitação visual com o uso de lentes de contato especiais. Ao longo dos anos fez estágios de aperfeiçoamento na área nos EUA e Europa. Foi oftalmologista pioneiro no Brasil na adaptação de lentes de contato como atividade médica, introduzindo a lente Soper na adaptação de lentes no ceratocone. Até aproximadamente 1990 ainda realizava algumas cirurgias até que então optou então unicamente pela reabilitação visual com lentes de contato e doenças oculares externas. Um exemplo bem interessante de como a carreira de médico e mesmo do médico especialista podem ainda restringir a cada vez mais específicas sub-especialidades.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Há atualmente inúmeras destas "sub-sub-especialidades" cada vez mais complexas e necessárias, é impossível atualmente um oftalmologista tornar-se especialista em todas as áreas, mesmo na sub-especialidade de córnea, o especialista irá ter maior sucesso naquela área onde concentra sua maior atenção ou a atividades específicas que realiza com maior frequência. Não seria engano dizer que um especialista que faz de tudo em sua área (córnea por exemplo) tem maios preparo somente em uma ou talvez duas destas sub-especialidades e nas demais ele tem um conhecimento e curva de experiência médias.</div>
<br />
<b>Qual a relação disso com ceratocone e lentes de contato?</b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Parece óbvio que atualmente os mais experientes adaptadores de lentes de contato sejam aqueles que tem conhecimento de todas as lentes existentes no mercado, atuam regularmente na área e tem um percentual grande de sucesso. Geralmente participam ativamente de congressos e simpósios nas aulas e palestras sobre o tema. Incrivelmente até mesmo dentro da sub-especialidade das lentes de contato tem os especialistas que possuem maior experiência na adaptação de lentes especiais, sejam estas lentes rígidas [gás permeáveis] ou lentes esclerais. Um fato que dificulta a vida de pacientes com ceratocone são especialistas que não vêem a necessidade de estudar mais a fundo a adaptação de lentes especiais, de conhecer as opções e as diferenças entre lentes de diferentes fabricantes. Muitos pacientes, por desinformação, ficam a mercê de tentativas frustradas de adaptação de lentes rígidas por exemplo (muito comum) sem sucesso devido ao desconforto, lesões recorrentes e eventualmente acuidade visual insatisfatória. Infelizmente alguns especialistas tem um limitado conhecimento e especialmente pacientes pensam que é assim mesmo, que lentes rígidas são de fato desconfortáveis e que é muito difícil (para alguns impossível) de se adaptar. Um equívoco que aos poucos pode ser corrigido na medida que o assunto for mais divulgado nas palestras científicas o que pode ter grande contribuição no crescimento maior da adaptação de lentes rígidas. Muitas vezes os especialistas pensam em ir direto para lentes esclerais justamente por não ter esse conhecimento, a lente escleral é mais fácil pois o fator conforto inicial é de fato um componente importante nesta equação, no entanto em grande parte dos casos uma lente rígida especial para ceratocone pode resolver o caso com grande conforto e garantir o sucesso, com menor custo para o paciente.</div>
<br />
<b>O Papel das Lentes Esclerais</b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
As lentes esclerais tem sido utilizadas como uma maneira de corrigir esta falha, e agora mais e mais médicos estão dedicando-se a este tipo de adaptação sem o devido preparo, para aprender com o fabricante em vez de pesquisar e estudar o tema com maior profundidade. Naturalmente que este é um tema que tem sido abordado cada vez mais em congressos e isso ajuda, mas ainda há muita desinformação em respeito ao tema. Quando iniciei, pioneiramente, em 2007 a fabricação dos primeiros protótipos das modernas lentes esclerais no Brasil, havia estudado exaustivamente o tema por cerca de 7 anos, graças a sugestão de meu pai, um visionário. Ele sabia, e logo entendi, que as lentes esclerais no nosso caso serviriam e vem servindo a solucionar casos de maior complexidade de córneas irregulares onde era muito complicada a adaptação de lentes rígidas e também como tratamento terapêutico e (de correção visual se for o caso) para patologias que afetam a superfície ocular como olho seco, síndrome de Stevens-Johnson, síndrome de Sjögren entre outras. Naturalmente que é perfeitamente possível o paciente optar pela adaptação de lentes esclerais se tiver boa indicação, mesmo em patologias de córneas regulares como miopia, astigmatismo corneano, hipermetropia, etc. mas a grande vantagem das lentes esclerais é a de sobrepor as irregulares corneanas elevadas como em alguns tipos de ceratocone muito deslocados do eixo visual, ceratocone pós-implante de anel, pós-transplante de córnea, pós-cirurgia refrativa e pós-trauma.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Nas últimas duas décadas observa-se um maior número de casos de ceratocone, e isso vem ocorrendo especialmente por duas razões: </div>
<ol>
<li style="text-align: justify;">Pelos métodos de diagnósticos modernos como a topografia de córnea ou ceratoscopia) e pela tomografia de segmento anterior que é ainda mais precisa e permite que a córnea seja avaliada numa maior quantidade de detalhes. Estes recursos permitem ao especialista identificar casos "suspeitos" e casos iniciais de forma mais rápida e mais específica do que antes, embora a ceratometria ainda seja uma boa maneira de controlar alterações da curvatura corneana.</li>
<li style="text-align: justify;">O segundo motivo pelo qual há atualmente um maior número de pessoas com ceratocone é a de que houve nas décadas que antecederam o século XXI uma explosão demográfica e com isso o aumento exponencial das famílias. </li>
</ol>
<div style="text-align: justify;">
O ceratocone, apesar de todos os estudos sobre a sua origem, ainda é uma incógnita para os cientistas. Embora os estudos estejam apontando para uma causa genética, não é uma patologia a qual é passada de pais para filhos de forma manifestada e estes estudos todos referem que o ato de coçar os olhos tem ligação fundamental com o desenvolvimento e progressão da patologia.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Embora os tratamentos cirúrgicos que visam estabilizar a progressão, devolver o máximo de acuidade e qualidade visual aos pacientes, tenha evoluído muito nas duas últimas décadas, a correção visual mais efetiva que proporciona aos pacientes uma melhora substancial da acuidade e qualidade visual, é a adaptação de lentes de contato especiais. Em um grande numero de casos é possível obter acuidade visual 20/20 ou melhor, embora certos casos onde o paciente obtenha 20/25 ou 20/30 sejam perfeitamente aceitáveis, sendo que em casos mais extremos acuidade visual de 20/40 sejam considerados resultados muito bons para evitar ou retardar a necessidade de transplante de córnea. A decisão entre realizar um transplante de córnea ou não deve passar pela necessidade do paciente e pelas suas eventuais limitações. Outro fator importante e muitas vezes desconhecido do paciente e seus familiares é o dos riscos envolvidos no transplante. Embora as técnicas estejam a cada dia mais aperfeiçoadas e com mais recursos e opções em certos casos onde o paciente tem uma acuidade visual boa com lentes de contato e resolve fazer a cirurgia (não importa qual aqui) para "livrar-se das lentes" e mais adiante tem um encontro com a realidade e não muito agradável, quando não dá certo como ele (e familiares) esperavam. Aí vem alguns casos, na melhor das hipóteses de ter que reoperar, term que voltar a usar lentes rígidas (o que???), e o médico fez o melhor que ele pode, nem sempre os resultados cirúrgicos são aqueles que o especialista planeja obter. No caso da adaptação de lentes de contato, é definitivamente o método menos invasivo, mais seguro e possível de antecipar resultados (nos testes de lentes).</div>
<br />
<b>E quando lente é desconfortável?</b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Na imensa maioria das vezes o desconforto de lentes rígidas e de lentes esclerais (sim, tem pacientes que tem encontrado alguns problemas com lentes esclerais também) deve-se a qualidade pobre do desenho ou a imperfeições microscópicas no desenho da lente que provocam desconforto e eventualmente causam um desequilíbrio fisiológico, com ceratites recorrentes, erosão, síndrome de 3 e 9 hs entre outros pequenos problemas mas que podem agravar se não corrigidos e evoluir para uma úlcera de córnea.</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<i><span style="font-size: large;">"a lente rígida evita </span></i></div>
<div style="text-align: center;">
<i><span style="font-size: large;">a progressão do ceratocone?"</span></i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-l_3g9owl7-E/VJyt5u9YlWI/AAAAAAAAAlo/oSHTJd18_U8/s1600/-%2B-DSC08279.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-l_3g9owl7-E/VJyt5u9YlWI/AAAAAAAAAlo/oSHTJd18_U8/s1600/-%2B-DSC08279.JPG" height="150" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig.1: Lente Ultracone (Ultralentes)</td></tr>
</tbody></table>
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-l_3g9owl7-E/VJyt5u9YlWI/AAAAAAAAAlo/oSHTJd18_U8/s1600/-%2B-DSC08279.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><br /></a>Um grande amigo do Rio de Janeiro, cirurgião oftalmologista e cientista de excelente reputação, o qual tenho grande simpatia e admiração, sempre que nos encontramos me pergunta: <i>"-Luciano, lente rígida segura o ceratocone?"</i> Embora eu sempre responda a ele que não, essa não é a função ou objetivo da adaptação de lentes de contato (tanto eu como ele sabemos que lentes de má qualidade ou mal-adaptadas podem até mesmo pioraro caso), eu costumo comentar com ele uma realidade que talvez seja uma exceção no Instituto de Olhos Dr. Saul Bastos (<a href="http://www.iosb.com.br/" target="_blank">IOSB</a>). Em primeiro lugar, "nós nunca estragamos nenhum olho" (palavras de meu pai, que ficaram para a posteridade), temos observado ao longo de mais de 44 anos de experiência com mais de dez mil pacientes de ceratocone os pacientes usuários de lentes de contato rígidas bem adaptados tem menor tendência a episódios de progressão dos que os que não usam lentes. Isso ocorre especialmente por algumas características, como lentes de alta qualidade e tecnologia bem adaptadas e pacientes e familiares bem orientados. Há também a possibilidade teórica de que uma lente especial para ceratocone bem adaptada (sem toque) forneça uma proteção para a porção de menor resistência biomecânica da córnea, prevenindo a ação mecânica da pálpebra superior no ato de piscar, uma vez que que ocorre centenas de vez ao dia. </div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/G72fgOLcpGc?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="text-align: start;"> <span style="font-size: x-small;">Vídeo 1: Exemplo de uma lente Ultracone (Ultralentes) </span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="text-align: start;"><span style="font-size: x-small;">bem adaptada, </span></span><span style="font-size: xx-small; text-align: start;">sem toque</span><span style="font-size: xx-small; text-align: start;">, </span><span style="font-size: xx-small; text-align: start;">boa centralização e mobilidade ideal</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Os pacientes diagnosticados muito cedo, ainda na infância ou puberdade e adolescência tem maior predisposição a episódios de progressão, isso ocorre basicamente devido as alterações hormonais e as mudanças que transformam o corpo neste período. Claro que grande parte deles tem episódios de progressão, quanto mais jovens os pacientes, como na puberdade e na adolescência maiores as chances de haver progressões significativas e mais frequentes. Mas a boa notícia é que passando bem este período o prognóstico melhora e hoje com o tratamento do crosslinking (CXL) há muito mais recursos para manter o caso estável mais cedo, evitando em grande parte progressões do ceratocone e facilitando a adaptação de lentes rígidas. </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Um outro grupo de pacientes que devem ser observados e acompanhados de forma mais atenta são as mulheres com ceratocone, especialmente as que planejam ter filhos, as grávidas ou que tiveram filho recentemente. A gravidez produz alterações hormonais significativas na mulher e com isso, acredita-se, seja uma possível predisposição a um episódio de progressão pontual (da época). Não me lembro de ter perguntado isso aos amigos oftalmologistas que fazem o CXL mas no meu entender mulheres que estejam nesta condição, entre 18 e 35 anos pelo menos, tenham uma boa indicação de crosslinking (CXL) prévio a gestação ou mesmo durante a gestação. É bastante recomendável que isso seja perguntado ao oftalmologista para uma correta orientação.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O fato importante na reabilitação visual do ceratocone é que quando os óculos não mais proporcionam uma visão satisfatória, mesmo com uma esmerada refração por parte do especialista, as lentes de contato rígidas especiais e mais recentemente as lentes esclerais passam a ser uma opção.</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/l8SlIPWAFwc?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Vídeo 2: Lente Escleral Scleral Bastos SB do </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">tipo </span><span style="font-size: x-small;">Full Scleral (<a href="http://www.ultralentes.com.br/" target="_blank">Ultralentes</a>) para ceratocone. </span></div>
<br />
<br />
<b>Tipos de Lentes Disponíveis para Ceratocone </b><br />
<br />
<u>Gelatinosas / Híbridas Gelatinosas</u><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Há atualmente no Brasil uma grande disponibilidade de desenhos de lentes rígidas, alguns de esclerais e alguns de lentes gelatinosas. Os casos mais iniciais e moderados podem ser devidamente solucionados com a prescrição de óculos com muita precisão na refração, outros terão bons resultados com lentes gelatinosas tóricas ou mesmo lentes gelatinosas especiais para ceratocone. Ainda nesta categoria encontra-se lentes híbridas que possuem um centro rígido e uma periferia (saia) gelatinosa para maior conforto. O que ocorre com certa frequência é o paciente desenvolver uma intolerância alérgica devido ao uso destas lentes uma vez que a oxigenação e lubrificação do epitélio corneano fica limitado. O ceratocone frequentemente está associado a alguma instabilidade do filme lacrimal, e com isso este tipo de adaptação pode ser comprometido com o tempo, embora em alguns casos o paciente use este tipo de lentes por cerca de 10 anos sem maiores complicações.</div>
<br />
<u>Rígidas Gás Permeáveis / Híbridas Rígidas</u><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
As lentes rígidas são largamente as mais utilizadas na adaptação de ceratocones, desde os casos iniciais aos mais avançados e até mesmo extremos. O que se observa nos pacientes que procuram o IOSB para readaptação são casos de pacientes que tiveram experiências desastrosas com lentes de má qualidade ou incorretamente adaptadas. A inconsistência na qualidade de algumas lentes gera a noção equivocada e generalizada, repetida por muitos pacientes, de que todas as lentes rígidas são desconfortáveis. A maior parte destes caos pode ser readaptada com lentes de alta qualidade e tecnologia com sucesso. As lentes rígidas gás permeáveis proporcionam uma maior oxigenação da córnea superior a todos os demais tipos de lentes e uma melhor qualidade de visão quando bem adaptadas e com desenho apropriado. Estas lentes corrigem a visão formando um filme lacrimal entre a lente e a córnea irregular regularizando assim a luz que que formará a imagem na retina. Há também uma lente rígida feita de um material que ao ficar em contato com a solução de conservação forma uma película mais lisa e "macia" em sua superfície o que proporciona maior conforto e uma maior facilidade para a distribuição e renovação do filme lacrimal sob a lente. Há atualmente uma alta disponibilidade de lentes rígidas especiais para ceratocone no Brasil de diferentes fabricantes, assim como também desenhos de lentes rígidas para pós-transplante de córnea.</div>
<br />
<br />
<u>Lentes Esclerais e Semi-Esclerais</u><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-GCDLAsCNdpE/VJytzbsGiJI/AAAAAAAAAlg/A6yCxBW7_JY/s1600/DSC02984.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-GCDLAsCNdpE/VJytzbsGiJI/AAAAAAAAAlg/A6yCxBW7_JY/s1600/DSC02984.JPG" height="150" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig.2: Lente Scleral Bastos (SB)</td></tr>
</tbody></table>
Na última década tem ocorrido no mundo uma tendência a adaptação das modernas lentes esclerais, assim como no Brasil onde tive a oportunidade de ser pioneiro no estudo, desenvolvimento e fabricação destas lentes. Atualmente há poucos laboratórios oferecendo esta tecnologia mas ela realmente facilitou a médicos e pacientes a terem uma adaptação com maior conforto, embora com custo bem maior o que dificulta o acesso a esta tecnologia. Lembrando que assim como a técnica do piggyback, a adaptação de lentes esclerais em muitos casos é a solução para o especialista que ainda não dispõe de lentes rígidas de qualidade o que facilita muito a vida do paciente, com conforto. No Brasil são poucos fabricantes que disponibilizam estas lentes, entretanto há uma boa disponibilidade de desenhos. A <a href="http://ultralentes.com.br/catalogo/ultracone-scleral-bastos-sb/" target="_blank">Ultralentes</a> por exemplo possui três tipos de desenhos de lentes esclerais do tipo "full scleral" onde o diâmetros são maiores de 18.0 mm até 21.5 mm. e possui dois desenhos de lentes semi-esclerais (ou mini-esclerais) de diâmetros entre 16.0 mm. a 17.5 mm. As lentes esclerais tem diversas aplicações, desde casos de ceratocone dos iniciais aos mais avançados, pós-implante de anel, pós-transplante de cornea, pós-trauma, para miopia ou hipermetropia e astigmatismo e aplicações terapêuticas em algumas patologias que afetam a córnea, como síndrome do olho seco, síndrome de Sjogren, síndrome de Steven Johnson entre outras. </div>
<br />
<b>Perspectivas para 2015</b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Felizmente a oftalmologia brasileira está muito atualizada e muitos avanços tem sido feitos em relação a tratamentos cirúrgicos do ceratocone, desde os menos invasivos como crosslinking e implante de anel intraestromal até as modernas técnicas de transplante de córnea. A utilização em alguns casos do femtosecond laser proporciona atualmente aos cirurgiões uma precisão nanométrica melhorando muito a qualidade e resultado dos procedimentos e mesmo as técnicas manuais estão também aperfeiçoadas. A industria de lentes de contato também disponibiliza uma infinidade de desenhos de lentes especiais que aumentam as chances de sucesso em um número cada vez maior de casos. As lentes de contato rígidas para ceratocone fabricadas no Brasil não deixam nada a desejar em relação as lentes disponíveis nos países de primeiro mundo em termos de qualidade.</div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
O único fator que impede um maior acesso da população a um atendimento de melhor qualidade é o descaso do governo com a saúde pública no Brasil. O que já não era bom antes está cada dia pior, é o grande problema definitivamente não é a falta de médicos e sim algo muito mais amplo. Os grandes problemas da saúde pública no Brasil são a falta de investimentos, hospitais sucateados, sem equipamentos e insumos fundamentais, sem um plano de investimentos em hospitais novos e nem sequer na manutenção dos existentes, postos de saúde com falta de itens de primeira necessidade e instalações precárias sem manutenção alguma. O aumento exponencial da população brasileira lota os hospitais públicos, há uma enorme demora no atendimento dos doentes, há pacientes aglomerados e improvisados nos corredores dos hospitais aguardando atendimento e leito. Há, acima de tudo, a falta de uma política de carreira para os médicos do SUS, assim como há concursos, plano de carreira e garantias para o magistrado. O médico do SUS é um herói na maior parte dos casos atende com muita dificuldade uma demanda muito grande de pacientes em condições muito difíceis. Se a iniciativa de "importar" médicos cubanos fosse a solução não estariam dezenas de milhares de brasileiros com demoras de meses para conseguir uma consulta ou procedimento e os corredores dos hospitais não estariam cheios de pacientes em condições indignas aguardando atendimento.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Alguns hospitais, bem geridos e apoiados por uma administração eficiente, tem conseguido sobreviver dividindo o atendimento de particular e convênios com o SUS, mesmo assim as dificuldades são muitas, há inúmeros casos de hospitais fazendo "downsizing" (demissões de pessoal) para conseguirem manter-se dentro do orçamento e dar um atendimento o melhor possível aos pacientes. São as Santas Casas, a Hospitais de Clínicas, Hospitais Banco de Olhos, entre outros que lutam para dar um atendimento oftalmológico e de outras especialidades a aqueles que não possuem condições de ter plano de saúde ou pagar particular. Espero que estes vícios e erros possam ser corrigidos para que seja possível á população ter acesso a serviços de melhor qualidade e com médicos devidamente preparados. </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O paciente com ceratocone deve sempre, dentro do possível, obter a maior quantidade de informações antes de tomar qualquer decisão. É importante levar em consideração que dependendo do especialista a orientação pode ser diferente portanto a informação e a consulta com mais de um especialista pode ser a diferença entre uma decisão precipitada e outra planejada. Ao receber o diagnóstico o paciente, nem seus familiares, devem entrar em pânico, a orientação é procurar um ou mais especialistas para um exame oftalmológico e também procurar informar-se com outros pacientes sobre a experiência deles com a patologia. A internet oferece uma ampla disponibilidade de informações sobre o ceratocone mas é importante ter o cuidado de verificar as informações para não ter uma orientação incorreta, lembre que nada substitui a opinião do médico pois somente ele ao realizar o exame pode emitir um parecer e diagnóstico preciso, assim como estabelecer a conduta adequada. Há também os grupos de discussão nas redes sociais que agem como fato de conforto tanto para pacientes como seus familiares, vendo que não estão sozinhos e podem assim compartilhar suas experiências. Estes grupos de discussão tem demonstrado serem de grande utilidade para trazer maior tranquilidade.</div>
<br />
<b>As Lentes de Contato vs. Cirurgias</b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Definitivamente a principal forma de recuperar a acuidade visual no ceratocone é através da adaptação de lentes de contato rígidas especiais. Embora gelatinosas tóricas ou especiais, piggyback (lente rígida sobre uma gelatinosa) e lentes híbridas tenham seu papel e resolvam os casos menos complexos, na maior parte dos casos há uma limitação da acuidade e da qualidade visual que são elementos indissociáveis quando o paciente tem uma visão muito baixa. O mesmo ocorre nos procedimentos cirúrgicos, sejam os menos ou mais invasivos, quando bem indicados cumprem importante papel na reabilitação visual do paciente mas quando falham neste quesito a adaptação de lentes de contato torna-se mandatória para que o paciente possa ter restabelecida a melhor visão possível de se obter. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-RyXsgAcHx1I/VJyqcwKKSWI/AAAAAAAAAlM/fKqML2QTE7A/s1600/img002b.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-RyXsgAcHx1I/VJyqcwKKSWI/AAAAAAAAAlM/fKqML2QTE7A/s1600/img002b.jpg" height="184" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div style="text-align: justify;">
Luciano é especialista no desenvolvi-</div>
<div style="text-align: justify;">
mento de lentes especiais para cerato-</div>
<div style="text-align: justify;">
cone, aliado da oftalmologia brasileira</div>
<div style="text-align: justify;">
com contribuições em desenhos espe-</div>
<div style="text-align: justify;">
ciais de lentes. É colunista da revista </div>
<div style="text-align: justify;">
especializada Contact Lens Spectrum </div>
<div style="text-align: justify;">
Magazine (EUA 2014/2015). </div>
</td></tr>
</tbody></table>
Espero de alguma forma ter contribuído com estas informações, tanto para os pacientes e seus familiares mas como para médicos que estão ainda em uma curva de aprendizado sobre esta sub-especialidade extremamente complexa que é a reabilitação visual no ceratocone. </div>
<br />
Um Feliz Natal e o desejo de um 2015 melhor para todos, com muita saúde, paz, harmonia e justiça.<br />
<br />
<b>Luciano Bastos</b><br />
<span style="font-size: x-small;">Diretor e Instrutor Clínico de Lentes de Contato Especiais - IOSB</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Diretor e Consultor em Lentes de Contato Especiais - Ultralentes</span>Unknownnoreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-7882347025012554785.post-16758363935357677372014-07-07T10:38:00.000-03:002014-07-07T10:38:07.781-03:00Terapia Gênica e Terapia por Células-Tronco no Ceratocone<div style="text-indent: 35.4pt;">
</div>
<div>
<b style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; line-height: 18.399999618530273px;">Artigo traduzido do website The Ophthalmologist por Mark Hillen e comentários.</b><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14.5pt;">Embora o ceratocone tenha sido descrito
pela primeira vez em 1854 e apesar de investimentos da ordem de milhões de dólares
a sua etiologia até hoje não inteiramente entendida ou conhecida. Sabe-se
hoje que há um componente genético e até mesmo alguns dos genes foram
identificados mas há ainda muito a ser aprendido. É importante lembrar que o
ato de coçar os olhos com vigor é mencionado em praticamente todos os estudos
sobre o ceratocone podendo ser devido a fatores alérgicos ou a uma
instabilidade do filme lacrimal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14.5pt;">Os recentes avanços na biotecnologia
que pesquisa a utilização das terapias por genes e por células-tronco despertam
a esperança pela cura de várias doenças graves e outras não tão graves mas que
até hoje permanecem sem solução, entre elas o ceratocone. Em Janeiro de 2014
foi publicado na revista The Ophthalmologist um artigo sobre estas novas
terapias que podem tornar-se disponíveis na próxima década e sobre os desafios
que virão. Segue texto escrito por Mark Hillen, editor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background-color: #cccccc;"><b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14.5pt;">Custo: A Fronteira Final</span></b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14.5pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cccccc; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14.5pt;">A terapia gênica e a terapia por
células-tronco para doenças oculares estarão disponíveis em breve. Elas podem
ter a capacidade de curar o que é atualmente não pode ser tratado, mas a que
custo? E qualquer pessoa irá pagar?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cccccc; font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Nosso setor da nova geração prevê o que a clínica prática pode parecer
nos próximos 5 a 10 anos. Nesta edição olhamos para o status da terapia gênica
para o tratamento de doenças oftálmicas; na edição anterior, fizemos a mesma
coisa para a terapia por células-tronco.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cccccc;"><br /></span></div>
</div>
<div class="csc-default" id="c954" style="box-sizing: border-box;">
<div class="textWrap" style="box-sizing: border-box;">
<div style="box-sizing: border-box; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 11px;">
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: #cccccc; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
</div>
</div>
<div style="box-sizing: border-box; margin-bottom: 11px;">
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: #cccccc;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="259" src="//www.youtube.com/embed/NJgsa6FrcII" width="460"></iframe></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: #cccccc;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cccccc; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14.5pt;">Os sinais destas duas fronteiras da
medicina são promissoras, embora sua introdução tenha sido "apenas 5 a 10
anos distante" até onde eu lembre, neste tempo muitos dos problemas que
dificultaram o desenvolvimento parecem ter sido sobrepostos. Nós até mesmo
testemunhamos a primeira aprovação regulatória Européia para o tratamento
baseado na terapia gênica: Em Outubro de 2012, a Agência Européia de
Medicamentos provou a alipogene tiparvovec (Glybera), uma terapia gênica que
compensa a deficiência de lipoproteína lipase.<br />
<br />
Ironicamente, uma vez que que gene funcional e terapia por células-tronco sejam
aprovadas, elas podem ainda cair no maior e final obstáculo: Acessibilidade.<br />
<br />
Em alguns casos, uma simples aplicação de terapia gênica pode levar a cura. É
uma cura que levou décadas de pesquisa extremamente cara, desenvolvimento e
avaliação clínica para ser feita. Tudo isso precisa ser pago. Em um caso de
"tiparvovec alipogênico" onde o mercado é somente algumas centenas de
pacientes no mundo, o custo do tratamento por paciente pode ser estimado em um
valor tão alto como U$ 1.6 milhões [R$ 3,6 milhões].<br />
<br />
O tamanho do mercado para a maior parte das doenças oftálmicas está atualmente
sob investigação para as terapias de células-tronco e terapia gênica em ordem de
sua magnitude maior assim os custos por paciente pode ser esperado por valores
de baixa magnitude, certo? Errado. Economistas nos dizem que o valor de um
produto é simplesmente o que as pessoas estão preparadas para pagar. A questão
é existe um ponto ideal? Haverá preços acessíveis para aqueles que gerenciam
orçamentos da saúde? Isso irá satisfazer os laboratórios que finalmente
realizaram a promessa de uma nova categoria de medicamentos? Será aceitável
para o público geral? Quem irá regular corretamente todos os aspectos destas
novas terapêuticas? Obter essas negociações de forma correta é um dos maiores
fatores que Jim Taylor se refere quando ele descreve que o desafio sobre a
saúde global como a "Tormenta Perfeita" (“<a href="https://theophthalmologist.com/issues/0114/re-engineering-healthcare/"><span style="color: blue; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">the perfect storm</span></a>”).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14.5pt;"><br />
A visão é preciosa assim como sua deficiência é profundamente incapacitória; o
valor de um tratamento efetivo ou cura para o paciente e para a sociedade é
grande. Qual o impacto que isso terá sobre o preço nestes agentes uma vez
disponíveis permanece a ser visto.<br />
<br />
Agora é a hora para os oftalmologistas começarem a pensar sobre isso. O que
você estaria preparado para investir em uma nova terapia gênica para melhorar a
sua visão? Para a reabilitação visual da cegueira? O que os convênios de saúde,
sejam privados ou públicos, estão preparados para pagar?<br />
<br />
<br />
</span><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14.5pt;"><b>Mark Hillen</b><br />
Editor of</span><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14.5pt;"> </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14.5pt;"><a href="https://theophthalmologist.com/"><span lang="EN-US" style="color: blue; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">The
Ophthalmologist</span></a></span><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><br />
<br />
<br /><u>
Referências</u><br />
J Whalen, “Gene-Therapy Approval Marks Major Milestone”, Wall Street Journal,
November 2nd, 2012.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><a href="http://online.wsj.com/news/articles/SB10001424052970203707604578095091940871524"><span style="color: blue; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">http://online.wsj.com/news/articles/SB10001424052970203707604578095091940871524</span></a><br />
Artigo relacionado:</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"> </span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="background-color: #cccccc;"><a href="http://www.xconomy.com/national/2014/01/27/gene-therapy-lurches-ahead-sees-thorny-future-questions-on-price/"><span style="color: blue;">Gene Therapy Lurches Ahead, Sees
Thorny Future Questions on Price</span></a></span>
<br />
<br /><span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-size: 14.5pt;"><b>
Comentários sobre o artigo:</b></span><br />
<br /><span style="font-size: 14.5pt;">
A perspectiva de que estes novos tratamentos estejam disponíveis nos próximos
anos é um alento a centenas de milhares de pessoas<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cccccc; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14.5pt;">em todo o mundo. A sua aplicação na
oftalmologia é também promissora, inclusive já há alguns trabalhos neste
sentido com relatos de melhora do quadro dos pacientes, mas ainda restam
dúvidas e muito a ser descoberto. Em um primeiro momento os casos que mais
poderão beneficiar-se com as terapias gênica e por células-tronco são os de
doenças da retina e do nervo óptico que levam a cegueira parcial ou total do
paciente. Desconhece-se a sua aplicação e prognóstico no ceratocone, não
conheço nenhum estudo neste sentido e de fato não consigo imaginar se pode e
como irá funcionar.<br />
<br />
Do ponto de vista da reabilitação visual dos pacientes com ceratocone e de
outras ectasias corneanas como a degeneração marginal pelúcida e o ceratoglobo,
como poderiam estas novas terapias ser a cura para o problema? Uma vez formada
a ectasia esta poderia reverter voltando a córnea a formar maior volume de
tecido naquela área e voltando a uma curvatura normalizada? Esta deve ser a
dúvida que a maior parte dos oftalmologistas dedicados a este tema tem, como
será o resultado do tratamento em uma córnea ectásica. Mesmo que ocorra uma
reversão do afinamento corneano, como será que a topografia corneana irá se
apresentar após o tratamento? A dificuldade justamente está na viabilidade do
tratamento como cura em relação a reabilitação visual, no que estes tratamentos
poderão diferenciar-se do atual tratamento por crosslinking de colágeno
corneano com riboflavina sob raio ultravioleta, haverá um crosslinking
"natural"? O paciente dependente de lentes poderá livrar-se de lentes
e utilizar óculos? As lentes especiais serão ainda necessárias?<br />
<br />
Os novos tratamentos de terapia gênica e de células-tronco são sem dúvida uma
esperança a todos que possuem alguma patologia ocular, as perguntas acima
somente poderão ser respondidas em alguns anos. Em um mundo perfeito, a chamada
cura do ceratocone seria eliminar a necessidade de correção visual. Não sou
pessimista mas me parece difícil que mesmo com a eliminação do ceratocone com a
adição natural de mais tecido corneano, mesmo com o aumento saudável do leito
estromal, é difícil imaginar a topografia corneana revertendo e adquirindo um
aspecto normalizado, o que seria sem dúvida maravilhoso se ocorrer.<br />
<br />
Em relação ao custo do tratamento, assunto que foi muito bem abordado pelo
autor, é uma equação que espero que possa ser resolvida em tempo quando estes
novos tratamentos tornarem-se disponíveis. Neste momento que a livre
concorrência pode ser a chave para uma maior acessibilidade dos médicos e de
pacientes aos novos tratamentos.<br />
<br />
As grandes dúvidas que temos para o futuro breve em relação a estes tratamentos
serão: Haverá uma aplicação para o ceratocone? Qual o prognóstico? Qual o custo
Vs. benefício deste tratamento? Será acessível para os pacientes?<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 14.5pt;"><span style="background-color: #cccccc;"><br /><b>
Luciano Bastos</b><br />
Em colaboração com o Blog C&T.</span><b style="background-color: white;"><o:p></o:p></b></span></div>
</div>
</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7882347025012554785.post-8643494784638685982014-04-27T20:38:00.000-03:002014-12-11T20:07:51.373-02:00Dr. Google: Ceratocone Online<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vivemos na era da informação. A internet a cada dia que
passa se torna mais presente na vida de um número maior de pessoas e a busca
por informações de qualquer natureza foi facilitada por esta poderosa
ferramenta de pesquisa, o Google (entre outros buscadores). </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A democratização da informação na internet de certa maneira
possibilita a ter acesso a toda sorte de informações, precisas ou não, sobre
uma infinita gama de assuntos. Muito diferente da minha época onde as
principais fontes de informação estavam nos livros e nas enciclopédias
(Britannica e Barsa). Hoje temos a Wikipédia, a maior enciclopédia do mundo e que
está em permanente atualização graças a um inteligente formato de colaboração e
monitoramento das informações feitas por auditores que verificam fontes e
relevâncias para a credibilidade do sistema.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-BDhANBtRlFU/U12Rcd0jiVI/AAAAAAAAAfo/akwz8v5XvQg/s1600/keratoconus-3d.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-BDhANBtRlFU/U12Rcd0jiVI/AAAAAAAAAfo/akwz8v5XvQg/s1600/keratoconus-3d.jpg" height="307" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Hoje, centenas de milhares de pessoas no mundo procuram
diariamente informações a respeito de patologias e no caso aqui iremos focar no
que interessa que são informações sobre a patologia do ceratocone. Já pesquisei
milhares de assuntos nos últimos 10 anos sobre o ceratocone na internet, não é
a minha principal fonte de informações sobre o ceratocone uma vez que tenho em
nossa biblioteca (privada) uma vasta bibliografia sobre córnea e patologias que
afetam a córnea. A internet e o Dr. Google, no entanto, representam grande
parte das atualizações das mais recentes descobertas e novos tratamentos,
existem excelentes artigos científicos, alguns reservados a associados e outros
públicos. A utilização da meta-pesquisa, o método que utilizo quando preciso, é
uma maneira de encontrar um vasto número de ocorrências sobre determinado
assunto relacionado, entretanto é fundamental saber discernir entre tais
informações o que é válido e o que não é ou sobre o que carece maiores
esclarecimentos.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A maior dificuldade que tenho observado nestas pesquisas é
que o paciente geralmente não tem todas as condições de fazer tal discernimento
com clareza por simplesmente não ter uma base de conhecimento específico e
especializado que um médico oftalmologista tem e mesmo sendo médico o mesmo
deve ter experiência e “background” de conhecimento que possibilitem ao mesmo
julgar, contestar ou mesmo aceitar tais informações. Para o paciente ou seus
familiares que buscam uma luz-no-fim-do-túnel para o ceratocone esta não é uma
tarefa fácil, mas não é impossível.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A melhor maneira de fazer pesquisa na internet é ter uma
cultura de desconfiança, não se contentar com as primeiras informações obtidas
(mesmo que estejam corretas) e procurar fontes diversas, ler, ler; reler,
reler. Após ter uma melhor compreensão do tema pesquisado, confronte diferentes
fontes de informação em relação as suas similaridades e controvérsias. Pesquise
mais até o ponto em que você começará a montar a sua própria compreensão do que
está lhe parecendo correto. Lembre-se de que as informações que você quer não
são aquelas que você espera ler, mas, aquelas que irão lhe fornecer precisão e
esclarecimento sobre o seu tema de interesse.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="font-family: inherit;">"...a principal
preocupação do paciente com ceratocone <o:p></o:p></span></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="font-family: inherit;">é recuperar a sua capacidade
de enxergar..."</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Aconselho a utilizar a técnica de duvidar as informações,
duvide de toda a fonte até ter alguma certeza da veracidade das informações
obtidas, mesmo este blog, duvide dele, busque outras fontes sobre o mesmo tema,
investigue e depois compare. Isso é importante para aumentar ou não a confiança
em relação as informações fornecidas por qualquer fonte na internet.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É importante lembrar que a principal queixa do paciente é o
deterioramento da visão. Já a principal preocupação do paciente com ceratocone é
recuperar a sua capacidade de enxergar como antes do problema. Nenhuma técnica
cirúrgica tem o mesmo potencial de superar a adaptação de lentes de contato
especiais no ceratocone no aspecto da qualidade visual obtida, salvo nos casos
onde houve enorme sucesso, mas qual a porcentagem real de 100% de sucesso? </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>O Papel do Oftalmologista</b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Há muitas fontes de informação sobre o ceratocone na
internet, algumas nas páginas de clínicas e que procuram esclarecer as
possibilidades de tratamento e de reabilitação visual. Há outras páginas com informações sobre a
patologia sendo algumas de pacientes que procuram com isso ajudar outros a
compreender seu problema.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As informações que você obtém na internet não substituem a
informação e orientação do seu médico oftalmologista, o médico é soberano (e
assim deve ser) na indicação do tratamento necessário. Naturalmente que se o
paciente sentir-se inseguro quanto a estas orientações é um direito do paciente
ter outras opiniões de outro(s) médico(s). É de fundamental importância que o
paciente e seus familiares tenham confiança no profissional. Não é correto
confrontar o médico com informações obtidas na internet, ele está ali para lhe
ajudar e não se julgue mais preparado que ele. Além de desrespeito com o
profissional, muitas vezes há apenas diferentes pontos de vista mesmo entre
outros oftalmologistas sobre o assunto em questão, seja na proposta de
tratamento como no entendimento do caso.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">"...o
médico sempre deseja e acredita que o<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">procedimento
eleito possa ajudar o paciente..." <o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Numa época em que há uma campanha de desvalorização da
classe médica, promovida especialmente pelo atual governo, que pouco investe na
saúde pública, os médicos são os profissionais que estão ao seu lado e eles que
irão lhe ajudar a resolver o seu problema da melhor maneira possível. Seja qual
for o tratamento proposto o médico sempre deseja e acredita que o procedimento
eleito possa ajudar o paciente, mesmo quando os resultados não são os esperados
pois sempre há este e outros riscos. Caso o paciente não esteja suficientemente
seguro em relação a determinado especialista ele deve procurar outras opiniões,
e quando sentir-se seguro estabelecer uma relação de confiança com o
oftalmologista, uma boa relação médico-paciente muitas vezes é crucial para o
sucesso do tratamento.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A oftalmologia Brasileira está a altura dos países de
primeiro mundo, mesmo em alguns hospitais públicos há uma excelente estrutura
com modernos equipamentos e médicos com alto nível de preparação. Uma lástima é
que esta realidade não seja para todos os hospitais públicos. Mesmo na área da
iniciativa privada há profissionais com grande experiência e conhecimento, embora
também, há aqueles que não se atualizam com o mesmo empenho. A especialidade em
oftalmologia geral divide-se atualmente em uma enorme gama de sub-especialidades
então é natural que muitos especialistas não tenham conhecimento profundo sobre
um tema, pois não é da sua área. Geralmente estes especialistas encaminham o
paciente para um colega o qual eles conhecem que é da especialidade exigida
para aquele caso. A oftalmologia tem atualmente duas sub-especialidades
principais, a de segmento anterior e posterior, mas com
o aprofundamento do conhecimento especializado surgiram ainda mais outras sub-especialidades ainda mais
restritas que exigem grande dedicação do médico.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 19px; line-height: 21.466665267944336px;">"A oftalmologia Brasileira está a </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 19px; line-height: 21.466665267944336px;">altura dos países de primeiro mundo." </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O paciente de ceratocone deve procurar especialistas em
córnea, mas dentro desta especialidade há também diferentes abordagens, por
exemplo: o oftalmologista cirurgião e o oftalmologista que adapta lentes
especiais. Os oftalmologistas, cirurgiões, por sua vez tem diferentes
abordagens conforme o seu treinamento ou área de interesse profissional e
científico. Existem cirurgiões que especializados em transplante de córnea,
outros em implante de anel intraestromal, outros em “crosslinking”, outros em
cirurgias combinadas ou mesmo aqueles que fazem mais de uma ou todas as opções.
Lembrando que em termos de cirurgias, existe uma coisa chamada de curva de
aprendizado e de curva de experiência, na regra aqueles que fazem tudo tem
menor curva de experiência se comparados com aqueles que utilizam apenas uma ou
outra técnica. Isso nem sempre funciona assim, mas creio que isso é fácil de
entender que geralmente a premissa é válida. Isso é válido para lentes de
contato também, operar e adaptar é muito interessante do ponto de vista de
oferecer maior assistência aos casos, mas isso não afetará a curva de
experiência de uma e outra área?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O oftalmologista que adapta lentes de contato especiais por
sua vez também pode estar acostumado a utilizar determinado tipo ou marca de
lentes de contato e nem sempre ele tem outras opções de tecnologias em lentes
especiais de outros fabricantes. Já li muitos relatos de pessoas nos fóruns de
internet dizendo que o médico deles falaram que todas as lentes são iguais. Não
são. É um erro grosseiro tal afirmação e muitas vezes pode colocar em risco o
sucesso da adaptação de lentes um paciente que poderia ter sucesso com as
mesmas, caso fossem outra tecnologia e podem ser encaminhados precocemente para
um procedimento que poderia ser evitado ou postergado.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Técnicas Cirúrgicas Vs. Lentes de Contato Especiais</b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma das maiores queixas em relação ás lentes de contato é a
falta de conforto. Existem, no entanto, milhares de pacientes com ceratocone
perfeitamente adaptados a estas lentes, então como podem alguns simplesmente
não se adaptarem as lentes? A principal razão é que entre as lentes disponíveis
no mercado há uma variedade de desenhos, por mais semelhantes que sejam em
relação a alguns parâmetros básicos, a diferença está nos detalhes e
especialmente na regularidade de qualidade e de tecnologia empregados em sua
fabricação. Os melhores profissionais trabalham com aquelas lentes que melhor
resolvem os seus casos de córneas irregulares e tem a sua disposição uma
consultoria especializada para resolver casos de maior complexidade.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Já os médicos cirurgiões têm geralmente a sua disposição
técnicas cirúrgicas de maior ou menor complexidade, menos ou mais invasivas,
mas que nem sempre podem oferecer os resultados esperados por p<a href="https://www.blogger.com/null" name="_GoBack"></a>acientes
e familiares. Geralmente os casos de maior sucesso são os de ceratocone inicial
ou moderado, embora as técnicas estejam sempre evoluindo e mais pacientes com
casos mais avançados sejam beneficiados. O cirurgião de córnea vê a córnea sob
um diferente enfoque, ele estuda a biomecânica, a viscoelasticidade e até mesmo
as diferentes camadas da córnea para que os procedimentos sejam bem executados
e melhores resultados sejam obtidos. O especialista em adaptação profissional
de lentes e contato tem geralmente uma abordagem mais conservadora sobre a
córnea, um dos órgãos mais nobres e delicados do ser humano. Ele procura manter
acima de tudo o equilíbrio fisiológico da córnea evitando sempre que possível
que exista qualquer comprometimento do mesmo com a adaptação de uma lente que
repouse suavemente na córnea (ou sobre ela se lente escleral) permitindo uma
adequada troca e distribuição lacrimal com conforto e a melhor visão possível
de se obter.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Frequentemente comento com amigos oftalmologistas
(cirurgiões e médicos contatologistas) o quanto fascinante é a área do estudo
da córnea pelo enfoque do cirurgião. Mas observo uma distância abismal entre
estas sub-especialidades e grande carência de informações entre uma e outra área
(vide mão dupla aqui). Há muito que se aprender uma área com a outra e
possivelmente uma melhor interação irá refletir em melhores resultados de
tratamentos e de adaptação de lentes de contato especiais para o paciente de
ceratocone. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Embora os tratamentos cirúrgicos muitas vezes sejam a aspiração do
paciente de ceratocone para resolver definitivamente o seu problema, está claro
que esta não é uma realidade. Um tratamento que funcionou bem em um caso não
irá necessariamente ter o mesmo resultado em outro caso, e muitas vezes a
expectativa do paciente e seus familiares é frustrada, ao menos na questão de
obter enfim uma melhor qualidade de visão e de vida. Já a adaptação de lentes
de contato por sua vez, mostra na hora do teste o nível de conforto (ou
desconforto) da lente e especialmente o potencial de acuidade/qualidade visual
proporcionado pelo uso das lentes. O que é mais complexo aqui é conseguir uma
adaptação de lentes que cumpra o que costumo chamar de tripé ou pirâmide da
adaptação profissional de lentes de contato especiais, que são: Conforto,
Melhor Acuidade Visual Possível de Obter e Preservação da Saúde Fisiológica da
Córnea.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Seria interessante uma maior interação entre os
especialistas em lentes de contato e cirurgiões, através de congressos
científicos com uma participação da Sociedade Brasileira de Lentes de Contato e
Córnea e Refratometria (SOBLEC) com a Sociedade Brasileira de Cirurgia
Refrativa (SBCR). Tenho a convicção de que, embora as vezes os interesses
possam ser conflitantes (afinal são áreas afins mas em direções opostas), o
maior ganho é o de ter sempre o melhor interesse pelo que é melhor para o
paciente, analisadas todas as variáveis envolvidas em especial relativas a vida
profissional e social do paciente como indivíduo e o reabilitar para exercer
suas atividades com segurança, saúde e a melhor visão possível. Os casos onde a cirurgia não é suficiente
para cumprir com esta meta acabam chegando invariavelmente ao consultório do médico contatologista e as
vezes a dificuldade em obter resultados melhores é maior do que previamente ao
procedimento pelo qual o paciente chegou. Por outro lado o paciente que procura
as alternativas cirúrgicas pode não ter sido bem atendido pelas lentes de
contato que lhe foram adaptadas, portanto é invariavelmente uma via de mão
dupla. Algumas estratégias de procedimentos combinados, tendo em vista a
posterior adaptação de lentes especiais, me parece um caminho saudável a seguir
pois a cada dia surgem mais alternativas cirúrgicas e de lentes especiais que
podem ajudar os pacientes que eventualmente necessitem de um e de outro método. Entretanto é preciso ter muita cautela na indicação destes procedimentos para que o impacto seja o mais próximo possível do desejado.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Um planejamento adequado de implante de anel e/ou de
crosslinking (se constatados inequivocamente, episódios de progressão em curtos
espaços de tempo) pode afetar positivamente ou negativamente a adaptação de
lentes especiais. Em alguns casos significa a necessidade de optar por lentes
esclerais (mais caras e mais complicadas de colocar e retirar para o paciente)
em vez de lentes rígidas especiais de alta qualidade e tecnologia. O transplante
de córnea evoluiu muito nas últimas décadas com novas técnicas como o
transplante lamelar e com a utilização do "femtosecond laser", o
transplante penetrante manual com a maior curva de experiência de excelentes
cirurgiões também tem proporcionado resultados memoráveis e que em muitos casos
permitem a readaptação de lentes de contato rígidas, sempre que necessária. Em
casos de astigmatismos irregulares pós-cirúrgicos elevados, a adaptação de
lentes esclerais tem proporcionado uma excelente opção. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Alguns especialistas propõem que a técnica de implante de
anel intraestromal além de melhorar a acuidade visual não corrigida (sem óculos
ou lentes) do paciente beneficia a posterior adaptação de lentes de contato.
Esta afirmação tem que ser examinada com cautela pois todos os especialistas
que conheço reconhecem que em grande parte dos casos há uma dificuldade maior
causada pela presença dos segmentos do anel. Geralmente uma das extremidades de
ao menos um dos segmentos cria uma área de elevação na córnea geralmente na
porção paracentral inferior que faz com que a adaptação de lentes rígidas fique
mais complexa ainda pois a lente acaba raspando nesse elevação e cria uma lesão
(ceratites recorrentes e/ou erosão). Em 2011 tive que criar uma lente especial
chamada Ultracone PCR (Post-Corneal Ring) que pelo seu tamanho e valor sagital
mais amplos, sobrepõem em certos casos essa elevação pontual da córnea. A
técnica do "piggyback" ou "a cavalero" consiste em adaptar
uma lente rígida sobre uma lente gelatinosa de forma a mascarar o desconforto
da lente rígida. No caso do implante de anel, isso é causado justamente por
esta elevação, então pode-se dizer que não houve sucesso no tratamento ao menos
do ponto de vista da reabilitação visual e ainda o paciente é obrigado a
utilizar duas lentes (uma sobre a outra) para a reabilitação visual. Esta
técnica pode funcionar por um tempo, mas ela tem tempo de validade, um dia a
córnea começa a rejeitar (intolerância) a presença da lente gelatinosa e mesmo
que o especialista mude de tipo de lente gelatinosa uma vez iniciado este
processo o paciente precisará adaptar lentes rígidas corneanas ou esclerais.
Existem casos nos quais mesmo com a técnica do "piggyback" a córnea
sofre com o atrito mecânico gerado pela força da pálpebra superior ao piscar,
as vezes isso ocorre pela escolha inadequada da lente rígida que se adapta
sobre a gelatinosa. Definitivamente seria de grande importância uma maior
interação entre estas duas grandes e importantes áreas de segmento anterior na
oftalmologia.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A adaptação de lentes de contato de alta qualidade, de alta
tecnologia e corretamente planejada é a que melhor alternativa para a
reabilitação visual, isso é fato conhecido pela maior parte dos especialistas. O que
muitos dizem é que de fato há muitos pacientes que não querem ou não conseguem
usar lentes de contato, mas talvez não saibam exatamente por que razão isso
ocorre. Falta a eles a compreensão de que existem especialistas preparados e
experientes que contam com um arsenal de opções mais amplo e dispõem de
conhecimento para sobrepor dificuldades que outros especialistas por uma razão
ou outra não dispõem. As próprias lentes
esclerais e sua recente notoriedade representam essa realidade que não ocorre
somente no Brasil mas como em diversos países de primeiro mundo como EUA e na
própria Europa. Há lentes boas que proporcionam uma melhor adaptação e que
possuem uma grande regularidade de desempenho. As lentes esclerais tem uma
excelente resposta não somente no ceratocone mas em outros casos pós-cirúrgicos
como pós-implante de anel e no pós-transplante quando estes tratamentos falham
na questão de proporcionar a tão necessária reabilitação visual.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>O que o paciente espera do tratamento proposto?</b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma conversa franca com o oftalmologista é crucial para que
as expectativas imaginadas não sejam frustradas, é importante citar o que pode
dar certo e o que pode não dar, quais as consequências que são desejadas quanto
ao procedimento e quais as chances de sucesso. É importante compreender que os
pacientes com ceratocone e suas famílias vivem muitas vezes sob constante
expectativa de encontrar uma solução definitiva e essa solução muitas vezes
pode ser justamente não operar e orientar para o uso de lentes de contato,
desde que com profissional experiente e que possa adaptar casos com as maiores
complexidades.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O paciente de ceratocone que obtém sucesso em seu
tratamento, especialmente cirúrgico, muitas vezes ignora que nem todos os casos
terão a mesma eficácia que o dele. É comum nas comunidades de ceratocone
pacientes recomendarem o seu médico pois ele "resolve qualquer caso" de
ceratocone, no entendimento do paciente. Embora essa seja sem dúvida uma
maneira na qual mais pacientes possam beneficiar-se de tal informação, reflete
uma sensação do paciente na qual ele acredita
que todos demais casos possam também beneficiar-se. Alguns pacientes até mesmo exageram nesse
sentimento de idolatrar seu especialista e a técnica utilizada. Nem todas as
pessoas tem a mesma capacidade de discernir estes exageros sinceros. Cabe ao médico orientar o paciente, sendo ou não exatamente o procedimento o qual o paciente ou seus familiares estão entusiasmados.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Novos Tratamentos e a Mídia</b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A preocupação dos pacientes com ceratocone que não tem ainda
seus problemas resolvidos ou parcialmente resolvidos é tanta que a cada oportunidade que surge uma
nova perspectiva de tratamento há uma ampla divulgação nas comunidades. A disseminação da notícia e a expectativa
criada em torno do "novo tratamento" costuma ser rápida e tem um
espaço de tempo limitado de circulação que pode ou não extender-se. Geralmente
os meios de comunicação em massa como a televisão são responsáveis pelo
surgimento destas ondas de novos tratamentos. A mídia televisiva e jornalista
geralmente aborda este e outros assuntos de saúde com bastante superficialidade
e com informações frequentemente distorcidas ou com vícios de informação.
Provavelmente o primeiro exemplo disso tenha ocorrido durante a primeira edição
do Big Brother Brasil, quando a Rede Globo através do Programa do Faustão
exibiu um de seus participantes que teria ceratocone. Faustão apresentou um
tratamento, o do implante de anel intraestromal como sendo o único tratamento e
a "cura" para o ceratocone. A ideia sensacionalista e absolutamente
incorreta de que a patologia causa cegueira nos pacientes representou na época
um desserviço, faltou ao apresentador ou a sua equipe de reportagem consultar
outras fontes de informação para oferecer sim a notícia mas correta de que a
técnica apresentada representava uma alternativa a mais para os pacientes e não
uma solução final. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E assim recentemente foi veiculada uma reportagem de um caso
de um atleta olímpico, o "caso Hollocomb" que foi submetido a uma
técnica de "crosslinking" combinada com o implante de lente Visian
ICL. Isso ocorreu em 2008 e funcionou bem para o atleta devido ao fato de seu
caso não ser avançado mas um ceratocone moderado. Embora muitas vezes um
ceratocone inicial ou moderado possa ter um profundo impacto na perda de acuidade
e qualidade visual devido ao astigmatismo regular produzido, no caso do atleta
olímpico o procedimento combinado do crosslinking e do implante da lente Visian
ICL foi suficiente para que ele pudesse ter uma melhora significativa da visão.
Neste caso mais uma vez a mídia talvez
mais preocupada em veicular notícia que "vendem" as Olimpíadas Rio
2016 do que trazer informações precisas, a notícia mesmo tratando-se de um caso
de 6 anos atrás, virou assunto em várias comunidades de ceratocone. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O que não
se fala é que em grande parte dos casos o paciente ainda precisará de lentes de
contato ou com alguma sorte de óculos para corrigir o astigmatismo ainda
presente no ceratocone pois a lente corrige mais a miopia do que o astigmatismo
irregular provocado pela patologia.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-size: 19px; line-height: 21.466665267944336px; text-align: center;">"...grande parte dos casos o paciente ainda </span><span style="font-size: 19px; line-height: 21.466665267944336px; text-align: center;">precisará </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-size: 19px; line-height: 21.466665267944336px; text-align: center;">de lentes de contato ou com alguma sorte de óculos..."</span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Outro tratamento que virou notícia durante algum tempo,
cerca de dois anos atrás, foi o Keraflex
+KXL. Este procedimento utiliza uma técnica de microondas para derreter o
colágeno corneano central, congelando a córnea ao redor do tratamento para
manter a sua estrutura e com isso remodelar a área afetada pelo ceratocone de
maneira que grande parte da irregularidade seja eliminada, e para assegurar que
a córnea seja mantida em seu novo estado é feito um crosslinking acelerado que
utiliza uma riboflavina modificada e pode ser aplicada em torno de 5 minutos
apenas em vez dos 30 minutos da técnica tradicional do crosslinking (CXL).</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os estudos publicados sobre a técnica, embora promissores,
revelaram que uma porção significativa da miopia era neutralizada pelo
tratamento ou seja, diminuía substancialmente a miopia mas o astigmatismo
corneano não era reduzido na mesma proporção e as vezes o aspecto topográfico
era um tanto irregular após o tratamento. Os próprios especialistas que
utilizaram a técnica e publicaram seus achados mencionam que a técnica carecia
de aperfeiçoamentos.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Qual o melhor tratamento?</b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não existe melhor tratamento. O tratamento ideal, seja os
cirúrgicos dos menos aos mais invasivos tem as suas indicações específicas
embora a interpretação de qual o método mais indicado para o paciente possa
variar entre um especialista e outro. É importante que o paciente e se for o
caso os familiares envolvidos tenham a maior quantidade de informações e
opiniões para tomar uma decisão em conjunto com o especialista. Uma das maiores
preocupações dos pacientes de ceratocone é do seu caso agravar, de ficarem
cegos ou de precisarem de transplante de córnea. Estudos mostram que estatisticamente
cerca de apenas 10% dos casos realmente podem precisar de transplante de córnea
enquanto outros poderão beneficiar-se com técnicas cirúrgicas menos invasivas
ou principalmente com a adaptação de lentes de contato e alguns com óculos
apenas.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma informação importante e a qual não agrada alguns
pacientes e conforta a muitos é que a adaptação de lente de contato especial é a mais eficaz alternativa de todas para a reabilitação visual e que elas podem muitas vezes
proporcionar uma acuidade visual perfeita como se o paciente não tivesse nenhum
problema de ordem visual. Será que todos os cirurgiões sabem disso? Creio que
não com a profundidade exata da questão, mas os pacientes tem o direito de
saber disso.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 19px; line-height: 21.466665267944336px; text-align: center;">"... a adaptação de lente de contato especial é a </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 19px; line-height: 21.466665267944336px; text-align: center;">mais eficaz alternativa de todas para a reabilitação visual..."</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Aqueles que não querem, ou que tiveram experiências
desastrosas com lentes de má qualidade ou mal adaptadas eventualmente
desenvolvem uma espécie de trauma psicológico em relação a possibilidade de
usar lentes de contato. É de fundamental importância que eles saibam que nem
todas as lentes rígidas são iguais e que existem sim lentes de alta qualidade e
tecnologia as quais as chances de eles terem uma excelente adaptação são
maiores. Além disso, atualmente pode-se contar com as modernas lentes esclerais,
as quais tive o privilégio de iniciar os primeiros estudos e desenvolver os
primeiros modelos no Brasil, permitem oferecer um conforto inigualável e uma
excelente acuidade visual. Além da Ultralentes que fabrica seu próprio modelo
criado por mim (Scleral Bastos) há ao menos uma empresa de grande porte que
também oferece uma lente escleral de alta qualidade e aos poucos a
popularização destas lentes pode ajudar a muitos que por um motivo ou outro não
tiveram sucesso com lentes rígidas corneanas (RGPs).</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Sobre os estudos da origem do ceratocone</b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Praticamente todos os estudos envolvendo a etiologia do
ceratocone mencionam que o ato de coçar
os olhos com força excessiva tem importante papel no surgimento da patologia e
portanto a principal recomendação a ser feita aos pacientes é a de não coçar os
olhos. O oftalmologista investiga a causa da coceira e procura tratar sua
origem de forma tópica ou sistêmica se for o caso. O paciente bem orientado e devidamente
acompanhado tem bem menores chances de desenvolver episódios de progressão da
patologia, se adaptado com lentes de contato o especialista tem o dever de
procurar o que tiver de melhor, dentro de seu conhecimento em lentes de
contato, para proporcionar uma adaptação tranquila, com a melhor acuidade
visual possível, com conforto e especialmente mantendo o equilíbrio fisiológico
corneano.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Espero que este texto possa servir de reflexão ou mesmo de
orientação para que mais pacientes de ceratocone possam ter uma melhor
qualidade de vida, recuperando a sua melhor visão dentro do possível e com
saúde e conforto. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se você quiser emitir
a sua opinião, médico ou paciente, este blog está a disposição para todos. Seus
comentários, críticas e sugestões são muito bem-vindos.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Luciano Bastos</b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Em colaboração com o Blog C&T.</div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com19tag:blogger.com,1999:blog-7882347025012554785.post-40964894036324841892013-10-07T00:13:00.001-03:002013-10-07T00:45:02.689-03:00Equívocos que podem (e devem) ser evitados no ceratocone<h4>
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-JvU6-PWd4hE/UlIfWVjQNRI/AAAAAAAAAco/jUtpbBPxGsI/s1600/keratoconus-3d.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><br /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><i>Dúvidas e questionamentos que familiares e pacientes de ceratocone tem quando ocorre o diagnóstico ou quando constatada piora na visão.</i></span></h4>
<div>
<b><span style="font-size: small;"><br /></span></b>
<b><span style="font-size: small;">A indicação, qual seguir? </span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-JvU6-PWd4hE/UlIfWVjQNRI/AAAAAAAAAco/jUtpbBPxGsI/s1600/keratoconus-3d.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="191" src="http://4.bp.blogspot.com/-JvU6-PWd4hE/UlIfWVjQNRI/AAAAAAAAAco/jUtpbBPxGsI/s200/keratoconus-3d.jpg" width="200" /></a>A patologia do ceratocone
resume-se fundamentalmente a queda da acuidade e da qualidade visual dos
pacientes. No entanto, há casos de ceratocone onde a área afetada (ou área
ectásica) localiza-se abaixo do eixo visual do paciente e nestes casos ele não
tem uma diminuição significativa da visão. Este tipo de caso, geralmente pode
ou não resultar em uma receita de óculos bem feita pelo oftalmologista e o
paciente sente-se bem, as vezes nem mesmo há necessidade de óculos (casos
iniciais e localizados abaixo do eixo visual).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Pacientes assintomáticos com
diagnóstico de ceratocone em uma consulta de rotina ou em uma consulta para
estudar a possibilidade de cirurgia refrativa devem ser orientados inicialmente
a fazer o controle ou seja, fazer consultas de rotina com o oftalmologista,
exames e teste de acuidade visual para verificar se está ou não ocorrendo
episódios de progressão.<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-zw_G7jq3jcA/UlIOZ31cC5I/AAAAAAAAAbk/RldPwKlXgOM/s1600/DSC_0029+(2).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="108" src="http://2.bp.blogspot.com/-zw_G7jq3jcA/UlIOZ31cC5I/AAAAAAAAAbk/RldPwKlXgOM/s320/DSC_0029+(2).jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small; text-align: justify;">Fig.1 Ceratocone incipiente</span></td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Alguns sinais são característicos
de episódios de progressão mais rápida como a necessidade de trocar de óculos
(graduação) ou rever a curvatura (e graduação) das lentes de contato. Nestes
casos o oftalmologista ao constatar que estão ocorrendo episódios significativos
de progressão do ceratocone ele irá avaliar se a progressão foi significativa e
se está ocorrendo em um curto espaço de tempo. Caso essa seja a constatação,
nos casos onde a córnea oferece no mínimo cerca de 415 micras de espessura na
porção mais fina há a possibilidade da indicação do tratamento de crosslinking (CXL).
Este tratamento consiste em um método para aumentar as ligações de colágeno
corneano e fortalecer a resistência biomecânica da córnea.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O equívoco consiste na indicação
as vezes prematura do tratamento, muitas vezes sem o devido acompanhamento e
controle do ceratocone. Apenas o diagnóstico e a constatação de leve progressão
em um período de 12-24 meses não representam uma indicação do tratamento por
crosslinking, segundo o protocolo do tratamento. Há nestes casos divergências
quanto a qual tratamento seguir ou não seguir nenhum. Alguns profissionais
podem ter a preferência pelo implante de anel intra-estromal que visa regularizar
a superfície ocular e com isso melhorar a qualidade visual, outros podem optar por
tratamentos combinados que variam conforme a interpretação e treinamento do
cirurgião. Estes tratamentos combinados passam desde o implante de anel e
crosslinking como pela cirurgia refrativa (photorefractive keratotomy - PRK),
implante de anel e crosslinking (CXL) ou PRK e CXL apenas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b>Tranplante de córnea</b><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
O transplante de córnea somente
deve ser considerado quando todas as alternativas de reabilitação visual
falharem, especialmente se houver a presença de cicatrizes ou opacidades
importantes que impeçam o paciente de ter uma acuidade visual satisfatória com
lentes especiais. Nem mesmo o transplante de córnea pode garantir o sucesso do
procedimento, embora atualmente com as novas técnicas de transplante os
resultados sejam muitas vezes muito bons. Mesmo a técnica manual da
ceratoplastia penetrante tem apresentado resultados cada vez melhores
especialmente com a curva de experiência maior dos cirurgiões, a técnica pelo
femtosecond laser que resulta em cortes e encaixes de alta precisão do botão
doado com a córnea, a técnica do tranplante lamelar que com boa indicação tem
apresentado excelentes resultados. Mais uma vez cada caso deve ser analisado
com bastante critério e cautela, tanto por parte do especialista como do
paciente e seus familiares.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Um ponto a considerar em casos
onde há uma diminuição significativa da visão é que nenhum destes tratamentos
irá garantir que com o resultado o paciente poderá reabilitar a visão ou
permitirá que o mesmo utilize óculos com uma acuidade visual satisfatória. Cada
caso deve ser analisado individualmente e com muita cautela, os oftalmologistas
especialistas em córnea atualmente dividem-se em sub-especialidades ainda
menores de cirurgias e adaptação de lentes de contato especiais e prescrição de
óculos de grau. É natural que existam divergências quanto a qual a orientação a
seguir, mas os grandes especialistas em reabilitação visual com a adaptação de
lentes especiais sabem que em grande parte dos casos de ceratocone o método que
melhor irá oferecer ao paciente uma melhor acuidade visual e melhor qualidade
de vida é a adaptação de lentes de contato especiais RGPs ou esclerais.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>E quanto a adaptação de lentes? Qual a melhor lente?</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Esta é uma questão que muitos
pacientes questionam, houve durante muito tempo a crença de que a adaptação de
lentes rígidas ou gás permeáveis (RGPs) era um processo doloroso e difícil para
o paciente se adaptar. O que ocorre é que nem todos os especialistas dispõem da
experiência e de recursos em tecnologia de lentes especiais para proporcionar
bons resultados. É comum até hoje os pacientes tentarem a adaptação de lentes
especiais com um, dois e até mais de cinco especialistas até encontrar um que
possua o conhecimento e os recursos tecnológicos que possam ter sucesso. A
figura 2 mostra uma lente <a href="http://ultralentes.com.br/catalogo/ultracone-padrao/" target="_blank">Ultracone</a> bem adaptada, sem toque e com a lágrima
destacada em verde sob a lente.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<v:shape id="Imagem_x0020_2" o:spid="_x0000_i1030" style="height: 144.75pt; mso-wrap-style: square; visibility: visible; width: 193.5pt;" type="#_x0000_t75">
<v:imagedata o:title="- -DSC08279" src="file:///C:\Users\Luciano\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image002.jpg">
</v:imagedata></v:shape></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-IWt9_W3RjEk/UlIPRRsqNJI/AAAAAAAAAbw/-PxmLmp3NLg/s1600/-+-DSC08279.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="http://3.bp.blogspot.com/-IWt9_W3RjEk/UlIPRRsqNJI/AAAAAAAAAbw/-PxmLmp3NLg/s320/-+-DSC08279.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small; text-align: justify;">Fig.2 Padrão de excelência de uma <a href="http://ultralentes.com.br/catalogo/ultracone-padrao/" target="_blank">Ultracone</a></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
De poucos anos para cá com o ressurgimento das lentes esclerais e
devido ao conforto inicial por elas oferecido, está ocorrendo uma nova
tendência de alguns profissionais a deixarem as lentes rígidas de lado e
passarem a oferecer esta modalidade aos pacientes. Nós discordamos dessa
opinião, e como pioneiros no desenho, fabricação e adaptação de lentes
esclerais no Brasil, utilizamos um protocolo de adaptação que consiste em
sempre no ceratocone iniciar com as lentes especiais <a href="http://ultralentes.com.br/catalogo/ultracone-padrao/" target="_blank">Ultracone</a> (utilizando ela
e suas variações) e conforme for o caso sim passar para lentes esclerais. As lentes
esclerais tem diâmetro maior do que as lentes gelatinosas e não tocam (ou não
devem tocar) a córnea e o limbo, repousando suavemente sobre a esclera (porção
branca dos olhos). A adaptação de lentes corneanas deve ser sempre a primeira
opção na reabilitação visual de pacientes com ceratocone pois quando de alta
qualidade e tecnologia elas garantem uma ótima acuidade visual (a melhor
possível de se obter), conforto na adaptação e especialmente garantem o
equilíbrio fisiológico corneano.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em determinados casos há uma
excelente indicação de adaptação de lentes esclerais, como em casos de
ceratocone com implante de anel que dificulte a adaptação de lentes corneanas
(RGPs), casos de ceratoglobo, degeneração marginal pelúcida, pós-transplante de
córnea (com astigmatismo irregular elevado), pós-cirurgia refrativa por ceratotomia
radial refrativa (RK), pós-trauma e especialmente quando para o tratamento
terapêutico de patologias que afetam a superfície ocular como olho seco,
síndrome de Sjrögen, Stevens-Johnson entre outras.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É comum alguns pacientes com
ceratocone apresentarem alterações quantitativas e qualitativas do filme
lacrimal, isso dificulta a adaptação de lentes corneanas (RGPs) e nestes casos
a adaptação de lentes esclerais pode apresentar excelentes resultados. A lente
escleral é preenchida com uma solução salina sem conservantes e forma assim uma
reserva de fluido que fica entre a lente e o olho, criando um ecossistema
saudável para a córnea. Esta reserva de fluido deve ser lentamente renovada e
para isso a lente deve permitir a renovação do fluido pela lágrima do paciente
e por colírio lubrificante sem conservantes. Na figura abaixo uma imagem em
macro de uma lente escleral <a href="http://ultralentes.com.br/catalogo/ultracone-scleral-bastos-sb/" target="_blank">Scleral Bastos SB</a> (<a href="http://www.ultralentes.com.br/" target="_blank">Ultralentes</a>) de 18.5 mm.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<v:shape id="Imagem_x0020_3" o:spid="_x0000_i1029" style="height: 149.25pt; mso-wrap-style: square; visibility: visible; width: 224.25pt;" type="#_x0000_t75">
<v:imagedata o:title="DSC00981" src="file:///C:\Users\Luciano\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image003.jpg">
</v:imagedata></v:shape></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-DH21heCOeq0/UlIQLl43MFI/AAAAAAAAAb8/UwlKDWqc7og/s1600/DSC00981.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="http://4.bp.blogspot.com/-DH21heCOeq0/UlIQLl43MFI/AAAAAAAAAb8/UwlKDWqc7og/s320/DSC00981.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small; text-align: justify;">Fig.3: Lente <a href="http://ultralentes.com.br/catalogo/ultracone-scleral-bastos-sb/" target="_blank">Scleral Bastos</a> - cortesia <a href="http://www.iosb.com.br/" target="_blank">IOSB</a></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
A adaptação de lente escleral deve ser perfeita para evitar
complicações tardias, não pode haver toque na córnea e no limbo, não pode ficar
exageradamente afastada da córnea pois causa o embaçamento da visão, não pode
haver movimento da lente ao piscar, não deve ficar totalmente selada junto a
esclera e nem formar áreas esbranquiçadas onde ela se apoia, indicando uma
pressão exagerada junto a esclera e que causa a hiperemia conjuntival
localizada (olhos vermelhos). O paciente quando retira as lentes esclerais
deverá observar se há uma marca deixada nos olhos pela presença da lentes, se
houver ele deve comunicar o oftalmologista para que esta situação seja corrigida
imediatamente.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Um fator importante a ser
observado tanto pelo especialista como pelo paciente é a presença de bolha de
ar dentro da reserva de fluido após a colocação das lentes. É comum o paciente
no início colocar a lente de maneira equivocada e deixar o que é chamado de
bolhas de inserção, geralmente resultado da colocação imperfeita das lentes.
Contudo pode haver a formação de bolha posteriormente de forma espontânea caso
a lente não esteja corretamente adaptada. Com a crescente popularização da
adaptação de lentes esclerais é natural que já estejam ocorrendo casos de
pequenas complicações devido ao uso incorreto ou resultado da utilização de
lentes que não estão bem adaptadas ou estão com o desenho impróprio. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Outro achado que o paciente neste
caso deve ficar atento é quando ele referir a presença de arco-íris na visão
após algumas horas de uso, o que pode ser a indicação de edema de córnea por
hipoxia corneana (falta de oxigenação suficiente para a córnea). Neste caso a
utilização da lente deve ser interrompida e o especialista deverá rever o caso
para corrigir o problema.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b>
O ceratocone progride para
sempre?</b><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Esta é uma questão que
frequentemente se ouve por parte de pacientes e alguns especialistas
desconhecem, até mesmo porque não há uma vasta literatura médica sobre o
ceratocone especificamente. Poucas semanas atrás eu estava relendo um livro de
oftalmologia de meu pai, de 1970.
Naquela época já diziam o que temos constatado todos estes anos no <a href="http://www.iosb.com.br/" target="_blank">Institutode Olhos Dr. Saul Bastos (IOSB)</a> que o ceratocone apresenta episódios de
progressão, especialmente dos 17 aos 23 anos aproximadamente, e estes episódios
não costumam ser agressivos na maior parte dos casos. Quando o caso apresenta
episódios frequentes e significativos a perda de acuidade e qualidade visual é
notadamente observada pelo paciente e pelo especialista no exame oftalmológico
(clínico e topográfico). Estes são talvez os casos em que atualmente o
crosslinking (CXL) deva ser considerado, mas mais uma vez segundo o protocolo
de segurança criado por Theo Seiler e Wollensak (pioneiros no tratamento) deve
ser seguido, consistindo na indicação somente se houver a constatação
inequívoca de que estão ocorrendo episódios significativos e frequentes de
progressão do ceratocone.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na maior parte dos casos, o
paciente deve ser adaptado com lentes de contato rígidas gás permeáveis por
alguns motivos como: Oferece uma melhor acuidade e qualidade visual; é mais
seguro para o paciente pois permite a livre circulação da lágrima (lente RGP de
boa qualidade e bem adaptada); riscos de contaminação da lente quase
inexistente (paciente deve limpar a lente corretamente e com a frequência
determinada). É importante notar que mesmo com as novas lentes especiais
gelatinosas para o ceratocone em casos mais avançados elas falham em
proporcionar uma boa acuidade visual pois elas não corrigem inteiramente o
astigmatismo irregular provocado pela patologia.<br />
<br /></div>
<b>Exames de rotina, como proceder?</b><br />
<b><br /></b>
<span style="text-align: justify;">A topografia surgiu poucas
décadas atrás e tornou-se rapidamente uma poderosa ferramenta para a observação
e interpretação do relevo corneano. Especialmente no ceratocone ela serve para
identificar as áreas quentes e de maior elevação (tons amarelo, laranja e
vermelho geralmente) e as áreas frias e mais planas (verde e azul geralmente).
Os especialistas utilizam a topografia (Fig.4) tanto para examinar o
comportamento do ceratocone como no caso dos cirurgiões, para planejar as cirurgias
e no caso dos especialistas em lentes de contato para planejar os testes de
lentes especiais.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-SrivEYHuPdM/UlIkrGWTD6I/AAAAAAAAAc8/fVZErz-Vf_g/s1600/281+(2).jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="217" src="http://1.bp.blogspot.com/-SrivEYHuPdM/UlIkrGWTD6I/AAAAAAAAAc8/fVZErz-Vf_g/s320/281+(2).jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;">Fig.4: Topografia corneana por interpolação de dados</span></td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Além das topografias existem
também as tomografias de segmento anterior, surgiram primeiro o Orbscan
(B&L) e posteriormente o Pentacam (Oculus). Embora as topografias sirvam
bem para observar-se o comportamento da córnea anterior e verificar se há
progressão ou não, comparando exames de datas diferentes, a tomografia
proporciona uma quantidade mais rica de informações, como as elevações anteriores
e posteriores da córnea, a espessura corneana em toda a sua extensão e muitos
outros mapas que podem ser obtidos com um único exame. No IOSB nós utilizamos
tanto a topografia para um simples controle quando necessário e de alguns anos
para cá temos utilizado cada vez mais a tomografia de segmento anterior, em
especial o Pentacam (Fig.5) que é a nossa preferência. A opção por exames
feitos no Pentacam deve-se ao fato de que ele proporcionar uma área maior de
informações, é possível muitas vezes obter mapas de limbo a limbo ou de toda a
extensão da córnea. Outro fator importante a ressaltar é que quando comparado a
espessura da córnea obtida com este exame, a precisão dos valores obtidos com o
Pentacam é o que mais se aproximou do exame de paquimetria ultrassônica,
considerado o padrão-ouro para medir a espessura corneana. Os tomógrafos de
segmento anterior possuem uma margem de erro em relação a paquimetria e
portanto devem ser analisados sempre sob esta perspectiva, para maior precisão
é importante guiar-se pela paquimetria ultrassônica (Fig.6).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b> </b></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-AfTQE_PByxo/UlIeRFO-6JI/AAAAAAAAAcY/AwrL8uOyIyc/s1600/Pentacam_Large_Map.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="225" src="http://2.bp.blogspot.com/-AfTQE_PByxo/UlIeRFO-6JI/AAAAAAAAAcY/AwrL8uOyIyc/s400/Pentacam_Large_Map.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small; text-align: justify;">Fig.5: Um dos vários mapas proporcionados pelo Pentacam.</span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><v:shape id="Imagem_x0020_4" o:spid="_x0000_i1026" style="height: 114.75pt; mso-wrap-style: square; visibility: visible; width: 136.5pt;" type="#_x0000_t75">
<v:imagedata o:title="DSC07688 (2)" src="file:///C:\Users\Luciano\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image006.jpg">
</v:imagedata></v:shape><o:p></o:p></b></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-UNZF7Jpf65A/UlIa1Hjy2qI/AAAAAAAAAcM/gRAHLi_O07Q/s1600/DSC07688+(2).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="168" src="http://1.bp.blogspot.com/-UNZF7Jpf65A/UlIa1Hjy2qI/AAAAAAAAAcM/gRAHLi_O07Q/s200/DSC07688+(2).jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small; text-align: justify;">Fig.6: Paquimetria Ultrassônica.</span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b>Sobre a limpeza das lentes de contato</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Embora a literatura atual e a
recomendação de que as lentes de contato sejam limpas com as soluções multiuso
para este propósito, quando se trata de lentes rígidas gás permeáveis ou mesmo
lentes esclerais, quem tem mais experiência na adaptação destas lentes sabe que
a limpeza das lentes apenas com estes produtos é limitada, especialmente para
os pacientes que possuem uma lágrima com maior quantidade de mucina, que com o
tempo cria aqueles depósitos muco-proteicos que aderem a superfície das lentes
deixando-as opacificadas com o tempo. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para aumentar a durabilidade e
para deixar as lentes mais confortáveis e saudáveis para os olhos é
interessante limpar as lentes imediatamente após o uso, utilizando para isso um
xampu neutro (J&J) ou sabonete líquido (Ph balanceado) diluído em água ou
soro fisiológico se preferir (guardar na geladeira depois de aberto por no
máximo 7 dias e descartar), colocar a lente na palma de uma das mãos (mãos
limpas e secas), com o dedo indicador fazer movimentos circulares (fricção
leve) de maneira que a lente fique "ensaboada" nas duas superfícies,
depois enxaguar o produto e as mãos e somente após utilizar assim o produto
multiuso de lentes recomendado de forma a garantir a total assepsia das lentes.*
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As lentes rígidas podem ser
armazenadas secas dentro do estojinho, é importante lavar com frequência o
estojo da mesma maneira. Se guardadas secas, procure lubrificar as lentes por
cerca de 15 a 20 minutos antes de inserir as mesmas no dia seguinte, ou então
acondicione as lentes com o produto multiuso prescrito pelo especialista.
Depois de 43 anos e com quase 20 mil pacientes adaptados com lentes rígidas o
<a href="http://www.iosb.com.br/" target="_blank">IOSB </a>nunca teve nenhuma complicação séria de pacientes decorrente da adaptação
ou do processo de limpeza.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
*Esta recomendação somente é
válida para lentes rígidas e esclerais.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b>A importância das revisões de rotina</b><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Um dos conselhos mais importantes
é o de fazer revisões periódicas com o seu oftalmologista, mesmo que esteja
tudo bem. O especialista deve alertar o paciente de fazer estas revisões que
não são as mesmas revisões logo após o início da adaptação, estas consultas
devem ser feitas no mínimo uma vez ao ano, mesmo que esteja tudo bem. É comum
pacientes que estão bem adaptados com suas lentes ficarem as vezes alguns anos
(eventualmente até muitos anos) e somente retornarem quando tem alguma
complicação, desconforto ou quebra/perda de lentes.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As revisões de adaptação de
lentes de contato são como revisões de carro ou de equipamentos, quando se faz
revisões de rotina está se fazendo uma manutenção preventiva e quando o
paciente vem com algum problema a revisão é de manutenção corretiva. A
diferença pode estar entre o especialista planejar uma readequação da adaptação
para uma possível nova realidade (fig.7) mas em tempo e a de ele ter que
orientar o paciente a suspender o uso das lentes e tratar alguma lesão (se for
o caso) para somente após o término do tratamento reavaliar o caso e refazer os
testes. Somente neste momento ele poderá reavaliar o caso e refazer o exame
para que novas lentes sejam planejadas e solicitadas ao laboratório. Já dá para
ter uma ideia do tempo necessário até que o paciente retorne ao uso de suas
lentes. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<v:shape id="Imagem_x0020_7" o:spid="_x0000_i1025" style="height: 150.75pt; mso-wrap-style: square; visibility: visible; width: 201pt;" type="#_x0000_t75">
<v:imagedata o:title="DSC00921 (2)" src="file:///C:\Users\Luciano\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image007.jpg">
</v:imagedata></v:shape></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-IvQvKUUpCNQ/UlIMHkIydVI/AAAAAAAAAbY/baNed2xC72c/s1600/DSC00921+(2).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="http://2.bp.blogspot.com/-IvQvKUUpCNQ/UlIMHkIydVI/AAAAAAAAAbY/baNed2xC72c/s320/DSC00921+(2).jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small; text-align: justify;"> Fig.7: Lente apresentando toque, é necessário replanejar a lente para obter o padrão adequado. Observe o toque central escuro e uma pequena bolha junto ao acúmulo de lágrima.</span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Uma orientação que deve ser dada ao paciente é que ele cuide sempre
que manusear suas lentes, caso elas caiam sobre uma superfície rígida, ter
muito cuidado ao juntá-las para não arrastar as lentes. Se isso ocorrer pode haver
a deterioração do desenho da borda da lente na sua porção interna especialmente
que vai ter contato mesmo que leve com a córnea. Se esta superfície perder o
polimento ou riscar ela poderá causar desconforto para o paciente, não adiante
lavar diversas vezes pois o desenho da lente foi alterado. A utilização de uma
ventosa do tipo DMV Ultra (Ultralentes) ajuda muito nesta hora para que o
paciente possa juntar a lente se ela cair em algum local de difícil acesso ou
de forma que fique difícil pegá-la com os dedos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b>
Produtos multiuso para lentes
rígidas e esclerais</b><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Esta é uma questão importante,
pois alguns pacientes tem queixado-se de encontrar dificuldades em encontrar os
produtos multi-uso recomendados. Entre os mais conhecidos estão o Boston
Simplus (B&L) e o Opti Free GP (Alcon), no entanto não são todos os
estabelecimentos farmacêuticos que dispõem destas soluções. Há alguns produtos
atualmente sendo fornecidos por outras empresas mas não estão também
disponíveis nas grandes redes.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No Brasil há uma vasta opção de produtos
multiuso para lentes gelatinosas devido ao alto volume de lentes dispensadas no
mercado, no entanto a realidade inverte-se quando são produtos específicos para
lentes rígidas. Nos EUA e no Reino Unido existem uma maior oferta de produtos
multiuso para lentes rígidas (e esclerais), com marcas que não estão
disponíveis no Brasil. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Caso o usuário de lentes rígidas
fique sem o seu produto multiuso é extremamente recomendável que ele entre em
contato com o seu oftalmologista para pedir uma orientação, o seu médico poderá
entrar em contato com o laboratório farmacêutico para ajudá-lo. Se por acaso
for imprescindível utilizar suas lentes é recomendado fazer a limpeza conforme
foi mencionado acima e enxaguar as lentes com soro fisiológico antes de inserir
as mesmas, no entanto ressaltamos que é fundamental colocar um adesivo no
rótulo da embalagem do soro com a data
em que o mesmo foi aberto, não tocar o bico do mesmo, acondicionar o frasco
fechado na geladeira e descartá-lo no máximo após 7 dias depois de aberto para
evitar a sua contaminação. Somente proceda desta maneira em uma emergência, do
contrário dê preferência ao produto multiuso de sua preferência, respaldado
pelo seu oftalmologista.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Espero que com estas dicas e comentários
possamos ajudar a todos que possuem ceratocone e que eventualmente utilizem
lentes de contato especiais para que estes tenham uma melhor qualidade de visão
e de vida. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b>Luciano Bastos</b></div>
<span style="font-size: x-small;">
Diretor & Instrutor Clínico de Lentes especiais<br /> Instituto de Olhos Dr. Saul Bastos</span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com20tag:blogger.com,1999:blog-7882347025012554785.post-55968827897704771122013-06-01T23:16:00.000-03:002013-06-01T23:16:42.595-03:00Lentes Esclerais e Ceratocone - 10 Dicas fundamentais<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:TrackMoves/>
<w:TrackFormatting/>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:DoNotPromoteQF/>
<w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther>
<w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian>
<w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
<w:SplitPgBreakAndParaMark/>
<w:DontVertAlignCellWithSp/>
<w:DontBreakConstrainedForcedTables/>
<w:DontVertAlignInTxbx/>
<w:Word11KerningPairs/>
<w:CachedColBalance/>
</w:Compatibility>
<m:mathPr>
<m:mathFont m:val="Cambria Math"/>
<m:brkBin m:val="before"/>
<m:brkBinSub m:val="--"/>
<m:smallFrac m:val="off"/>
<m:dispDef/>
<m:lMargin m:val="0"/>
<m:rMargin m:val="0"/>
<m:defJc m:val="centerGroup"/>
<m:wrapIndent m:val="1440"/>
<m:intLim m:val="subSup"/>
<m:naryLim m:val="undOvr"/>
</m:mathPr></w:WordDocument>
</xml><![endif]--><br />
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="true"
DefSemiHidden="true" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="267">
<w:LsdException Locked="false" Priority="0" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Normal"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="heading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="35" QFormat="true" Name="caption"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="10" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" Name="Default Paragraph Font"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="11" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtitle"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="22" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Strong"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="20" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="59" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Table Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Placeholder Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="No Spacing"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Revision"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="34" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="List Paragraph"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="29" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="30" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="19" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="21" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="31" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="32" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="33" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Book Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="37" Name="Bibliography"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" QFormat="true" Name="TOC Heading"/>
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-qformat:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin-top:0cm;
mso-para-margin-right:0cm;
mso-para-margin-bottom:10.0pt;
mso-para-margin-left:0cm;
line-height:115%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri","sans-serif";
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:"Times New Roman";
mso-fareast-theme-font:minor-fareast;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;}
</style>
<![endif]-->
<br />
<h2 class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Informações para médicos oftalmologistas e pacientes sobre as lentes
esclerais modernas.</b></span></h2>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-QbWmGKGTjuk/UapxaIJhKWI/AAAAAAAAAZI/pEAJShDgdRo/s1600/DSC01273.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="http://3.bp.blogspot.com/-QbWmGKGTjuk/UapxaIJhKWI/AAAAAAAAAZI/pEAJShDgdRo/s320/DSC01273.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig.1. Lente <a href="http://ultralentes.com.br/catalogo/ultracone-scleral-bastos-sb/" target="_blank">Scleral Bastos (SB</a>) de 18.5 mm. (Cortesia IOSB)</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Cada dia mais tem se falado na adaptação de lentes esclerais (Fig.1)
como uma alternativa para aqueles que tem dificuldade em adaptar as lentes
rígidas gás permeáveis (RGPs) corneanas e que não tem bom resultado com lentes
gelatinosas especiais para ceratocone. Mesmo alternativas como a técnica do
"piggyback" ou adaptação "a cavaleiro" que consiste na
adaptação da lente rígida (RGP) por cima de uma lente gelatinosa.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Ouvi inclusive alguns especialistas até mesmo comentarem que
com as lentes esclerais iria acabar com as lentes rígidas (RGPs) especiais
devido ao grande conforto que estas "novas" lentes proporcionam. Isso
não é verdade, explico a seguir.</span></div>
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Fiz questão de grifar o "novas" lentes [esclerais]
porque na verdade as lentes esclerais foram de fato as primeiras lentes que
surgiram. Não vou contar toda a história aqui pois não é o propósito desta
postagem mas o fato é que estas lentes era feitas de vidro inicialmente e mais
tarde de acrílico quando surgiu este material. O problema que estas lentes
apresentavam, embora muito confortáveis, era que elas basicamente não permitiam
a oxigenação da córnea o que provocam o edema de córnea (perdendo a
transparência) por hipoxia (falta de oxigenação) corneana. </span></div>
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span><div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Os pacientes conseguiam utilizar estas lentes por no máximo
e 5 a 6hs antes de ficar com a visão embaçada. Quando surgiram as lentes
rígidas menores, mesmo de acrílico a incidência de edema de córnea diminuiu e
aumentou o número de horas que as lentes poderiam ser utilizadas (de 8 a 10hs
diárias), desde que se tivesse um desenho e borda que permitissem a livre
circulação da lágrima.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Posteriormente, com a introdução dos materiais gás
permeáveis as lentes rígidas puderam ser adaptadas de forma que os pacientes
possam usar as lentes desde o acordar até a hora de deitar e em alguns casos
até mesmo dormir com as lentes em caso de necessidade. Nesta década do início
do novo milênio surgiram os materiais gás permeáveis de grande diâmetro para a
fabricação de lentes esclerais.*</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">A pergunta é o que leva o oftalmologista e o paciente a procurarem esta nova tecnologia?</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<h3 class="MsoNormal">
<span style="font-size: small;"><b>Sobre a dificuldade
de adaptação de lentes rígidas</b></span></h3>
<h3 class="MsoNormal">
<span style="font-size: small;"><b> </b></span></h3>
<h4 class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:TrackMoves/>
<w:TrackFormatting/>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:DoNotPromoteQF/>
<w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther>
<w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian>
<w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
<w:SplitPgBreakAndParaMark/>
<w:DontVertAlignCellWithSp/>
<w:DontBreakConstrainedForcedTables/>
<w:DontVertAlignInTxbx/>
<w:Word11KerningPairs/>
<w:CachedColBalance/>
</w:Compatibility>
<m:mathPr>
<m:mathFont m:val="Cambria Math"/>
<m:brkBin m:val="before"/>
<m:brkBinSub m:val="--"/>
<m:smallFrac m:val="off"/>
<m:dispDef/>
<m:lMargin m:val="0"/>
<m:rMargin m:val="0"/>
<m:defJc m:val="centerGroup"/>
<m:wrapIndent m:val="1440"/>
<m:intLim m:val="subSup"/>
<m:naryLim m:val="undOvr"/>
</m:mathPr></w:WordDocument>
</xml><![endif]--></span></h4>
<h4>
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"></span></h4>
<h4 class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"></span><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"></span></h4>
<div style="text-align: justify;">
O problema do desconforto causado pelas lentes rígidas sempre foi ligado ao seu desenho, quanto melhor a qualidade das lentes melhor a adaptação e mais conforto (ao ponto de esquecer que está usando as mesmas) e melhor assegurada estará a manutenção do equilíbrio fisiológico corneano, melhor sua acuidade visual e o tempo de uso. Uma centralização adequada geralmente garante a melhor acuidade possível de se obter e uma correta orientação garante o sucesso da adaptação a longo prazo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"></span><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"></span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div style="text-align: justify;">
A maior parte dos pacientes que tem dificuldade em adaptar-se com as lentes RGPs especiais podem ser adaptados com estas lentes desde que as lentes estejam corretamente planejadas e que possuam alta qualidade no seu desenho, do centro até a borda tanto na porção anterior (externa) e posterior (interna) da lente. Lentes que não tem mobilidade ou tem mobilidade excessiva, que a borda da lente não é bem feita ou simplesmente não tem um desenho adequado são as mais frequentes dificuldades observadas nos pacientes que tem dificuldades na adaptação. Lentes rígidas (RGPs) de boa qualidade sempre foram bem aceitas pelos pacientes e continuarão a serem as lentes mais adaptadas por aqueles especialistas que sabem diferenciar a qualidade e tecnologia das lentes especiais. As lentes esclerais tem indicação para diversas patologias e é uma excelente opção, especialmente em casos de ceratocone onde o ápice de córnea é muito descentrada em relação ao eixo visual, em casos de patologias associadas como olho seco ou instabilidade do filme lacrimal e em outras situações onde a irregularidade da córnea é tanta que é muito difícil a adaptação de lentes rígidas especiais mesmo esgotando-se as tentativas com lentes de diferentes tecnologias.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Invariavelmente, o protocolo correto é o de iniciar os
testes e adaptação com lentes rígidas gás permeáveis, lentes boas e de alta
tecnologia. Somente deve-se recorrer as lentes esclerais quando realmente
houver necessidade, quando as alternativas forem esgotadas e isso passa
diretamente pela necessidade do profissional compreender que nem todas as
lentes rígidas são iguais. Talvez outro fabricante possa ter uma lente rígida
que será a solução para o caso. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div>
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">O correto para o paciente e pelo paciente, é
esgotar as possibilidades em lentes RGPs (rígidas) pois são mais acessíveis,
são mais saudáveis (de estiverem bem adaptadas e se forem de boa qualidade) são
lentes de manuseio mais fácil, colocação e retirada mais rápidos e pode
proporcionar excelentes resultados. Ao partir para as lentes esclerais estas
considerações são igualmente verdadeiras.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">Neste link <a href="http://www.rgp-ultralentes.blogspot.com.br/2013/05/ultracone-absolute-uma-lente-para.html" target="_blank">http://www.rgp-ultralentes.blogspot.com.br/2013/05/ultracone-absolute-uma-lente-para.html</a> um vídeo da lente Ultracone sobre a adaptação de lentes em ceratocone moderado a alto que consistem no maior número de casos de adaptação de lentes em ceratocone, especialmente porque o ceratocone não progride indefinidamente na imensa maioria dos casos.</span></span> </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /><!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:TrackMoves/>
<w:TrackFormatting/>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:DoNotPromoteQF/>
<w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther>
<w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian>
<w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
<w:SplitPgBreakAndParaMark/>
<w:DontVertAlignCellWithSp/>
<w:DontBreakConstrainedForcedTables/>
<w:DontVertAlignInTxbx/>
<w:Word11KerningPairs/>
<w:CachedColBalance/>
</w:Compatibility>
<m:mathPr>
<m:mathFont m:val="Cambria Math"/>
<m:brkBin m:val="before"/>
<m:brkBinSub m:val="--"/>
<m:smallFrac m:val="off"/>
<m:dispDef/>
<m:lMargin m:val="0"/>
<m:rMargin m:val="0"/>
<m:defJc m:val="centerGroup"/>
<m:wrapIndent m:val="1440"/>
<m:intLim m:val="subSup"/>
<m:naryLim m:val="undOvr"/>
</m:mathPr></w:WordDocument>
</xml><![endif]--></div>
<div class="MsoNormal">
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="true"
DefSemiHidden="true" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="267">
<w:LsdException Locked="false" Priority="0" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Normal"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="heading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="35" QFormat="true" Name="caption"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="10" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" Name="Default Paragraph Font"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="11" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtitle"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="22" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Strong"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="20" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="59" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Table Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Placeholder Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="No Spacing"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Revision"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="34" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="List Paragraph"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="29" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="30" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="19" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="21" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="31" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="32" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="33" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Book Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="37" Name="Bibliography"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" QFormat="true" Name="TOC Heading"/>
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-qformat:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin-top:0cm;
mso-para-margin-right:0cm;
mso-para-margin-bottom:10.0pt;
mso-para-margin-left:0cm;
line-height:115%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri","sans-serif";
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:"Times New Roman";
mso-fareast-theme-font:minor-fareast;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;}
</style>
<![endif]-->
</div>
<h3 class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">10 Dicas e cuidados
que devem ser observados pelo paciente</b></h3>
<h3 class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> </b></h3>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para aqueles que usam, estão iniciando ou irão iniciar a
adaptação de lentes esclerais é importante estar atento para algumas questões:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<h3 class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Colocação das lentes</b></h3>
<h3 class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> </b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>1.</b><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Utilizar somente solução salina sem
conservantes indicado pelo seu oftalmologista, e se for soro fisiológico
lembrar de armazenar na geladeira e antes de completar 7 dias depois de aberto
jogar fora e abrir um novo. É extremamente recomendado colocar uma etiqueta com
a data na qual foi aberto.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>2.</b><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A limpeza adequada
das mãos (higiene) antes de manipular suas lentes é muito importante para
evitar a contaminação do soro ou mesmo da superfície da lente ao manipular a
mesma.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>3.</b><span style="mso-spacerun: yes;"><b> </b> </span>A limpeza da
lente deve ser feita de maneira "mecânica" inicialmente com o dedo
indicador ou mínimo de uma mão contra a palma da outra mão, fazendo o movimento
circular de fricção. Neste momento um produto indicado para uma boa limpeza é
um xampu <u>neutro</u> levemente diluído em água ou soro. Após, enxaguar bem a
lente e proceder com a limpeza e assepsia com o produto multiuso indicado para
lentes (RGPs).<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-kUWinXpMYRg/Uap_71s0c3I/AAAAAAAAAZY/rXTeTWATAXA/s1600/DSC09745.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="http://2.bp.blogspot.com/-kUWinXpMYRg/Uap_71s0c3I/AAAAAAAAAZY/rXTeTWATAXA/s320/DSC09745.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig.2. Observe a pequena bolha próxima a pupila.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>4.</b><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ao colocar a lente, preencha a lente com o
soro até próximo da borda da lente, como um prato de sopa. Olhe para baixo e no
momento de encaixar a lente não desvie o olho para os lados ou para cima. Se
desviar o olho a lente não irá encaixar corretamente e poderá criar a(s)
chamada(s) bolha(s) de inserção (Fig.2). A bolha deve ser observada no espelho, retire a lente e repita a operação. A bolha ou bolhas de inserção
comprometem a visão ao longo do dia e podem inclusive causar desconforto e olho
vermelho.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<h3 class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Sinais a serem
observados durante o uso</b></h3>
<br />
<h4>
</h4>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>5.</b><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Após as primeiras
horas de uso, observe no espelho (ou peça para alguém olhar) para ver se não há
sinais de vermelhidão lateral especialmente, na porção branca dos olhos (nasal
e temporal). Este é um alerta de que o desenho da lente não está adequado ao
uso e a adaptação precisa ser revista, ou melhor, a lente precisa de
modificação ou mesmo troca. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-RbcQjJ6v0ck/UaqlaaIARhI/AAAAAAAAAZo/SuhqgticNM8/s1600/DSC00755.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="http://4.bp.blogspot.com/-RbcQjJ6v0ck/UaqlaaIARhI/AAAAAAAAAZo/SuhqgticNM8/s200/DSC00755.JPG" width="150" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig.3. Área esbranquiçada</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>6.</b> <span style="mso-spacerun: yes;"></span>Se for possível,
observar se a borda da lente não está "afundando" a conjuntiva
(membrana transparente que recobre a esclera) ou por áreas onde a parte
periférica da lente possa estar interrompendo as terminações de vasos límbicos
(aqueles microvasos vermelhos que todos temos), fica uma área esbranquiçada (Fig.3) que
faz pressão contra a conjuntiva. Estes achados podem causar olhos vermelhos
após retirar as lentes e não é saudável.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Pacientes com pinguécula ou pterígio são susceptíveis de ter
este "obstáculo" pressionado pela lente escleral, portanto estes casos
geralmente requerem a adaptação de uma lente especial que sobreponha ou contorne está
elevação de tecido na conjuntiva.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>7.</b><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ao fechar os
olhos, sentir com os dedos a borda da lente por cima das pálpebras inferior e
superior. Não deve ser dolorido ou desconfortável, se a lente tiver uma borda
bem desenhada e bem alinhada o paciente não deve sentir desconforto em tocar
por cima da mesma.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>8.</b><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ao longo do uso
observe se a visão não está deteriorando ou perdendo a clareza, como uma visão
mais embaçada ou com menos contraste. Isso pode ser devido ao esgotamento da
capacidade de oxigenação e hidratação do soro que não está sendo renovado com a
lágrima do paciente ou colírio lubrificante sem conservantes (se for o caso).
Embora as lentes esclerais devam ter nenhum ou mínimo movimento possível, é
importante assegurar que as lentes proporcionem a renovação, mesmo que lenta,
do soro, permitindo que a lágrima do paciente (ou colírio lubrificante sem
conservantes) passe por baixo da mesma e recomponha a reserva líquida de soro
preenchida ao colocar as lentes. Isso deve ajudar a evitar o esgotamento da
capacidade do soro de lubrificar e oxigenar a córnea. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>9.</b><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Dor, olhos
vermelhos, sensação de pálpebras quentes, visão túrgida, "arco-íris" e/ou embaçada não são
normais e devem ser relatadas ao especialista. Ele deverá saber o que precisa
ser feito para resolver o problema, ou contatar o fabricante para orientações.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<h3 class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Após a remoção das
lentes</b></h3>
<h3 class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> </b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>10.</b><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Observar após
retirar a lente se não ficou uma marca da lente na porção branca (esclera) dos
olhos. Essa é uma das mais comuns ocorrências que tem sido relatadas pelos
usuários de lentes esclerais que nos procuram no <a href="http://www.iosb.com.br/" target="_blank">IOSB</a>. Este fenômeno ocorre
devido ao desenho da lente estar comprimindo a zona da borda da lente contra a
esclera e como a conjuntiva é uma membrana macia a marca fica as vezes por
algumas horas antes de sumir e pode também acompanhar de olhos vermelhos após a
retirada das lentes. Neste caso as lentes devem ser modificadas ou substituídas
por lentes que repousem suavemente sobre a esclera sem causar pressão em ponto
específico como na região da borda.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tanto a marca circular de onde a lente se apoia ou olhos
vermelhos após a remoção das lentes esclerais são achados que embora possam ser
leves e perdurarem de1 a 3hs devem ser considerados como sinal de alerta de que
a adaptação precisa ser revista pelo especialista.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Faça seus exames de acompanhamento da adaptação e de rotina
regularmente, nunca deixe para ir no seu oftalmologista apenas quando tiver
problemas evidentes. Os exames de controle da adaptação são tão importantes
como o exame inicial e a colocação das lentes, na verdade são até mais
importantes pois será neste momento que o seu médico poderá lhe garantir que
tudo está bem ou que há algo a ser modificado para aprimorar a adaptação e
garantir assim a sua saúde ocular. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Espero que estas dicas sejam úteis tanto para os pacientes como para os especialistas que estão iniciando a adaptação de lentes esclerais. É importante compreender quando e porque utilizá-las, assim como saber observar corretamente as pequenas complicações que podem ocorrer, especialmente na curva de aprendizado.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Luciano Bastos</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em colaboração com o Blog C&T.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para maiores informações escrever comentário neste blog. Se algum oftalmologista desejar contato coloque seu email (não será publicado).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nota </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:TrackMoves/>
<w:TrackFormatting/>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:DoNotPromoteQF/>
<w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther>
<w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian>
<w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
<w:SplitPgBreakAndParaMark/>
<w:DontVertAlignCellWithSp/>
<w:DontBreakConstrainedForcedTables/>
<w:DontVertAlignInTxbx/>
<w:Word11KerningPairs/>
<w:CachedColBalance/>
</w:Compatibility>
<m:mathPr>
<m:mathFont m:val="Cambria Math"/>
<m:brkBin m:val="before"/>
<m:brkBinSub m:val="--"/>
<m:smallFrac m:val="off"/>
<m:dispDef/>
<m:lMargin m:val="0"/>
<m:rMargin m:val="0"/>
<m:defJc m:val="centerGroup"/>
<m:wrapIndent m:val="1440"/>
<m:intLim m:val="subSup"/>
<m:naryLim m:val="undOvr"/>
</m:mathPr></w:WordDocument>
</xml><![endif]--></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="true"
DefSemiHidden="true" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="267">
<w:LsdException Locked="false" Priority="0" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Normal"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="heading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="35" QFormat="true" Name="caption"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="10" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" Name="Default Paragraph Font"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="11" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtitle"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="22" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Strong"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="20" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="59" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Table Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Placeholder Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="No Spacing"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Revision"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="34" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="List Paragraph"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="29" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="30" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="19" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="21" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="31" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="32" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="33" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Book Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="37" Name="Bibliography"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" QFormat="true" Name="TOC Heading"/>
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-qformat:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin-top:0cm;
mso-para-margin-right:0cm;
mso-para-margin-bottom:10.0pt;
mso-para-margin-left:0cm;
line-height:115%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri","sans-serif";
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:"Times New Roman";
mso-fareast-theme-font:minor-fareast;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;}
</style>
<![endif]--><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; line-height: 115%;">*Por
volta de 2001 meu pai, <a href="http://www.iosb.com.br/a-clinica/o-fundador/" target="_blank">Dr. Saul Bastos</a>, pediu-me para que eu pesquisasse e
estudasse se as lentes esclerais poderiam ser fabricadas com os novos material
gás permeáveis. Foi quando tive contato com os primeiros estudos sobre estas
lentes, inicialmente em livros antigos de oftalmologia de meu pai, muito úteis
inclusive e depois com alguns especialistas nos EUA e Europa que foram
professores de meu pai que ainda estavam vivos e trabalhando. Fiquei
aproximadamente sete anos somente pesquisando e aprendendo com a literatura
científica que me foi proporcionada até que em 2007 iniciamos a fabricação dos
protótipos das primeiras lentes semiesclerais (diâmetros de 13.0 a 17.5 mm.) e
esclerais de diâmetros acima de 18.0 mm. Em 2008, foram adaptados no Instituto
de Olhos Dr. Saul Bastos os vinte primeiros pacientes com lentes semiesclerais
e esclerais e somente após um ano e pouco de acompanhamento, visto que o
sucesso foi alcançado e que era uma adaptação segura, é que finalmente a
<a href="http://www.ultralentes.com.br/" target="_blank">Ultralentes</a> lançou oficialmente e </span></span><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; line-height: 115%;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; line-height: 115%;">pioneiramente no Brasil</span></span> as lentes semiesclerais
e esclerais como parte de seu portfólio de lentes especiais. Com estas lentes,
assim como toda a ampla linha de lentes especiais fabricada pela Ultralentes, é
disponibilizada somente para <a href="http://ultralentes.com.br/onde-encontrar/" target="_blank">oftalmologistas credenciados</a>. Mais
recentemente, outra empresa iniciou a fabricação de lentes esclerais sob
licença de um fabricante estrangeiro e possivelmente em breve deve haver outro
fabricante disponibilizando lentes esclerais.</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
Unknownnoreply@blogger.com85tag:blogger.com,1999:blog-7882347025012554785.post-76024767987249189142013-03-24T04:09:00.004-03:002013-03-24T04:09:51.376-03:00Cuidados com as Lentes de Contato Rígidas<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:TrackMoves/>
<w:TrackFormatting/>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:DoNotPromoteQF/>
<w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther>
<w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian>
<w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
<w:SplitPgBreakAndParaMark/>
<w:DontVertAlignCellWithSp/>
<w:DontBreakConstrainedForcedTables/>
<w:DontVertAlignInTxbx/>
<w:Word11KerningPairs/>
<w:CachedColBalance/>
</w:Compatibility>
<w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel>
<m:mathPr>
<m:mathFont m:val="Cambria Math"/>
<m:brkBin m:val="before"/>
<m:brkBinSub m:val="--"/>
<m:smallFrac m:val="off"/>
<m:dispDef/>
<m:lMargin m:val="0"/>
<m:rMargin m:val="0"/>
<m:defJc m:val="centerGroup"/>
<m:wrapIndent m:val="1440"/>
<m:intLim m:val="subSup"/>
<m:naryLim m:val="undOvr"/>
</m:mathPr></w:WordDocument>
</xml><![endif]--><br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-gdFesZJed7w/UU6kD3DTLhI/AAAAAAAAAWg/u35PR8FFNQw/s1600/DSC01425.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="150" src="http://2.bp.blogspot.com/-gdFesZJed7w/UU6kD3DTLhI/AAAAAAAAAWg/u35PR8FFNQw/s200/DSC01425.JPG" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lente Scleral Bastos de 19.5 mm.</td></tr>
</tbody></table>
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="true"
DefSemiHidden="true" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="267">
<w:LsdException Locked="false" Priority="0" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Normal"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="heading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="35" QFormat="true" Name="caption"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="10" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" Name="Default Paragraph Font"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="11" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtitle"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="22" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Strong"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="20" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="59" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Table Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Placeholder Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="No Spacing"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Revision"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="34" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="List Paragraph"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="29" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="30" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="19" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="21" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="31" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="32" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="33" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Book Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="37" Name="Bibliography"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" QFormat="true" Name="TOC Heading"/>
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-qformat:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin-top:0cm;
mso-para-margin-right:0cm;
mso-para-margin-bottom:10.0pt;
mso-para-margin-left:0cm;
line-height:115%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri","sans-serif";
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:"Times New Roman";
mso-fareast-theme-font:minor-fareast;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;}
</style>
<![endif]-->
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
A correta
limpeza, manuseio e assepsia das lentes rígidas gás permeáveis (RGPs) é um dos
principais fatores a garantir uma maior longevidade das lentes, conforto e
segurança para o paciente. Inclui-se nesta afirmação as lentes esclerais (e
semiesclerais) modernas. As lentes RGPs são aquelas adaptadas diretamente na
córnea e ficam dentro da uma limitação de 12.5 mm. de diâmetro, tendo em média
o diâmetro de 9.0 a 11.5 mm atualmente. As lentes esclerais são rígidas mas não
apoiam-se (ou não devem se apoiar) na córnea e nem no limbo (transição) e sim
apoiarem-se suavemente na porção branca dos olhos (esclera) e tem diâmetros entre 18.0 e 23.0 mm.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-grhRgeRGw7Q/UU6jFAfSq-I/AAAAAAAAAWY/vsgxtHWoOqk/s1600/DSC09863+-+C.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="150" src="http://3.bp.blogspot.com/-grhRgeRGw7Q/UU6jFAfSq-I/AAAAAAAAAWY/vsgxtHWoOqk/s200/DSC09863+-+C.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lente RGP diâmetro 10.5 mm.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Embora as
lentes rígidas (e esclerais) sejam menos propensas a contaminação por não
absorverem água, lágrima ou produtos de limpeza, se não forem limpas
adequadamente elas formam depósitos muco-proteícos da lágrima que aderem
lentamente e gradativamente sobre sua superfície interna e externa. Estes
depósitos acumulam-se e podem tornar a lente opaca como se estivesse suja),
prejudicando a visão e até mesmo o conforto no seu uso. É comum ver pacientes
que cuidam bem ou os que são mais relapsos no cuidado com as lentes durante as
visitas de revisão, especialmente aqueles que voltam de um ano para mais da
última visita ou mesmo da entrega das lentes. Estes depósitos inicialmente são
invisíveis mas com o tempo vão acumulando em finas camadas até que se torna
visível para o próprio paciente a olho nu ao examinar a própria lente. A partir
deste momento mesmo que o paciente passe a limpar suas lentes com maior
frequência (até mesmo por necessidade) em muitos casos pode não adiantar muito,
os depósitos depois de acumulados somente podem ser limpos no laboratório onde
produtos específicos são utilizados e pode haver necessidade de um polimento
para renovar as lentes.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Outra
questão não menos importante que a limpeza adequada é o cuidado com o manuseio
das lentes de contato. É importante compreender que as lentes rígidas são
feitas de um material sensível a riscos e especialmente a região da borda da
lente (assim como seu desenho geométrico total) é responsável em grande parte
pelo conforto ou desconforto no uso. Para abordar estas questões acima
expostas, elaborei um guia de usuário de lentes rígidas (e esclerais) de
maneira que possa servir como orientação para todos aqueles que estão
adaptados, estão em adaptação ou irão fazer adaptação de lentes de contato
rígidas gás permeáveis ou esclerais.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Guia do usuário de LC RGPs/Esclerais</b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Embora existam inúmeras soluções voltadas para limpeza e
assepsia de lentes de contato no mercado, são poucas as opções disponibilizadas
para estas lentes pela indústria farmacêutica que concentra seus produtos
voltados para os usuários de lentes gelatinosas e gelatinosas descartáveis. As
soluções para lentes RGPs<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>mais
conhecidos dos usuários são o Boston Simplus (Bausch & Lomb) e Opti Free GP
(antigo Unique Ph). Este último é o mais difícil de encontrar, muitos pacientes
referem não encontrar o produto facilmente e inclusive tem que encomendar de outras
cidades em alguns casos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O fato é que estas soluções multiuso não são muito
eficientes para limpeza se utilizadas unicamente. Na nossa experiência de cerca
de 45 anos com lentes rígidas é possível estabelecer algumas considerações em
relação a este tema muitas vezes relegado a um segundo plano ou mesmo deixado
de lado por alguns especialistas. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Como limpar suas
lentes rígidas (e esclerais)</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A limpeza das lentes rígidas deve ser feita antes de inserir
as mesmas nos olhos, no entanto é de extrema importância uma limpeza mais
efetiva após o seu uso. No momento que se retira as lentes elas estão com a
superfície coberta por uma película de lágrima que também junta micropartículas presentes no ar durante o uso. Esta lágrima que fica retida na lente
se não for limpa pode ser o início de um processo de acúmulo de depósitos
muco-proteicos. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<u>Tutorial</u></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-KeZn242G1P0/UU6lkjCnoTI/AAAAAAAAAWo/W-zF9oqzw_g/s1600/cleaning.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-KeZn242G1P0/UU6lkjCnoTI/AAAAAAAAAWo/W-zF9oqzw_g/s1600/cleaning.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1. Lave bem as mãos com sabonete neutro, enxague e seque as
mãos (se possível com toalhas de papel) e com as mãos secas retire as lentes,
uma de cada vez. Procure sempre começar do mesmo lado para não misturar as
mesmas. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2. Com a palma da mão aberta posicione a lente com a porção
convexa (externa) virada para baixo de maneira que ela se acomode na sua mão.
Com o dedo indicador (ou outro) da outra mão retire o excesso de lágrima da
superfície interna da lente.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
3. Utilize shampo J&J Baby Neutro (Ph Balanceado),
levemente diluído com água (ou soro fisiológico se preferir) para pingar
algumas gotas sobre a lente.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
4. Com o dedo indicador ou outro menor, faça movimentos
circulares como se estivesse massageando a lente. Este movimento irá gerar uma
fricção e irá "ensaboar" a lente sobre a palma da outra mão aberta. É
a melhor maneira de garantir que a lente será limpa efetivamente, nada
substitui a fricção. Não utilize força ou pressão excessiva contra a lente pois
poderá quebrá-la ou danificá-la, faça movimentos circulares leves.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
5. Após alguns segundos de fricção será necessário enxaguar
a lente para que escorra o shampo e os detritos que saíram da lente. Neste momento
você pode utilizar água corrente mas certifique-se de utilizar um ralo (ou
rede) de proteção (de preferência plástico ou borracha). </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
6. Após enxaguar a lente, seque novamente as mãos e aí sim
utilize a solução multiuso recomendada pelo seu oftalmologista ou aquele que
você está acostumado. Certifique-se de que a lente foi completamente coberta
pela solução e aí sim pode armazená-la no estojinho.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
7. Repita a operação com a outra lente.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
8. Para colocar as lentes no dia seguinte, não é necessário
refazer todos estes passos, utilize apenas a solução multiuso indicada pelo seu
médico para colocar as lentes, afinal elas foram limpas corretamente no dia
anterior, certo?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
9.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Pelo menos uma vez
por semana faça uma limpeza e higienização do estojinho das lentes, você pode
utilizar sabonete líquido neutro e uma escova de dentes de cerdas duras
(utilizada apenas para este fim) e limpe bem as pequenas arestas que podem
juntar sujeira com o passar do tempo. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
10. Deixe o estojinho secar virando ele para baixo em cima
de uma toalha de papel limpa. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Manuseio
das Lentes Rígidas - Tutorial</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O correto manuseio das lentes garante que as chances de
ocorrer um eventual dano ao desenho e/ou material das mesmas. Um dos principais
riscos de dano é quando a lente cai durante o manuseio. Frequentemente a lente
cai em algum cantinho difícil de juntar e se ela estiver com a superfície
côncava (interna) virada para baixo fica ainda mais difícil juntar.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Caso você utilize uma pia com tampo o simples ato de
arrastar a lente sobre uma superfície (no caso dela estar virada para baixo)
pode comprometer o polimento da borda e mesmo o seu desenho. É importante saber
que a borda da lente tem fundamental importância no sucesso da adaptação, no
conforto e na segurança para o paciente. No IOSB nós sempre ressaltamos para os
pacientes que utilizam as lentes Ultracone por exemplo de que não arrastem a
lente em nenhuma hipótese pois a lente Ultracone possui um dos mais avançados
desenhos de lentes especiais para o ceratocone, e seu desenho tem controle
microscópico de borda o que garante um excelente conforto e a melhor relação
lente/córnea. Se a borda for danificada ela poderá perder este desenho de borda
pois a superfície da borda terá uma interrupção no desenho o que pode
comprometer o conforto e mesmo a saúde fisiológica da adaptação. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Procure inspecionar a lente antes de
recolocá-la para procurar eventuais quebraduras ou rachaduras na borda e na
lente. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Higiene</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sempre procure manusear as lentes com as mãos limpas. No dia-a-dia
utilizamos as mãos para abrir portas (maçanetas), descer escadas (corrimão),
tocar em objetos que podem estar contaminados. Evite coçar os olhos, se
necessário lave as mãos antes e faça sem utilizar força excessiva ou por muito
tempo e se isso ocorrer procure orientação com o seu oftalmologista para saber
se a coceira ocular deve-se a alergia, se decorrente de pouca lágrima nos olhos
ou se ao desenho/qualidade das suas lentes.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ao cuidar deste aspecto da higiêne, basicamente você também
estará prevenindo-se de um eventual contágio de gripe ou do H1N1. Grande parte
da contaminação ocorre pelo contato, portanto atenção a este detalhe básico de
higiêne. Lave as mãos com a frequência necessária.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Colocar e tirar
lentes rígidas (e esclerais)</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para colocar lentes rígidas, basta orientação, treinamento e
determinação por parte do paciente, mas é importante lembrar que ninguém (ou
quase ninguém) consegue se adaptar a lentes de má qualidade e/ou mal adaptadas.
Ter determinação de colocar uma lente que apenas sente a presença dela nos
primeiros dias é uma coisa, se for a sensação de um "caco de vidro"
ou um "tijolo" nos olhos ninguém se adapta.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tanto as lentes RGPs como as lentes esclerais precisam ser
colocadas com o paciente sem mover os olhos para os lados ou para cima/baixo.
Se o paciente olhar para o lado a lente entra errado e irá ficar
desconfortável, fora de posição (ou com bolha se for lente escleral). No caso
das lentes rígidas elas poderão deslocar-se para a esclera, mas não se
preocupe. Mas olhar para o sentido inverso ao qual ela está (se estiver debaixo
da pálpebra superior olhe para baixo e procure empurrar ela por cima da
pálpebra para baixo) e utilizar a própria pálpebra para colocá-la no lugar.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para retirar as lentes rígidas há duas técnicas principais
que são a pressão vertical ou horizontal das pálpebras, o paciente deve ser
ensinado quanto as duas para ver qual se sente melhor. Há uma terceira
possibilidade que é a utilização do recurso da ventosa (tipo <a href="http://www.ultralentes.com.br/" target="_blank">DMV Ultra</a>). Esta
ventosa é de altíssima qualidade, bem macia para não machucar e firme o
suficiente para mal tocar na lente e ela sair, basta molhar a extremidade da
mesma. Para retirar lentes esclerais a ventosa DMV é bastante eficiente,
no entanto é importante que ela seja aplicada na porção inferior da lente,
próxima a pálpebra inferior. O paciente deve inclinar a cabeça para frente (testa
para frente, queixo para trás), abrir as pálpebras com os dedos da outra mão, olhar
para o espelho e certificar-se de que a ventosa irá tocar a parte inferior da
lente, fazendo com que ela venha para frente e para baixo delicadamente e sem
piscar (muito importante não piscar durante a retirada). Desta maneira a lente
irá sair mais facilmente, se a ventosa for aplicada no centro ela irá exercer
uma pressão negativa contra a conjuntiva que recobre a esclera e gerar um
efeito de sucção, sem sair do olho. <span style="mso-spacerun: yes;">Abaixo um víeo tutorial que mostra como inserir e retirar as lentes RGPs. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-spacerun: yes;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/zVueyJCJK2g?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> A lente caiu, e
agora?</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em primeiro lugar é importante não se mexer, procure
verificar se a lente não ficou em cima da pia, se não ficou no seu rosto ou na
roupa, olhe para o chão ao redor dos seus pés e planeje cuidadosamente um passo
para deslocar-se e saber que não irá pisar na lente por acidente.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-riKykwv7GrM/UU6hEnOv3qI/AAAAAAAAAWI/339eWY8Lz7g/s1600/dmv_ultra2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-riKykwv7GrM/UU6hEnOv3qI/AAAAAAAAAWI/339eWY8Lz7g/s1600/dmv_ultra2.jpg" /></a> </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se a lente cair virada para baixo há duas maneiras de juntar
a mesma sem arrastá-la, a primeira é umedecer a ponta do dedo e delicadamente
tocar o centro da lente e levantar o dedo. Com alguma sorte a mesma irá vir
junto com o seu dedo. A outra maneira, mais fácil é utilizar uma ventosa especial importada (a <a href="http://www.ultralentes.com.br/" target="_blank">Ultralentes</a> dispõe estas ventosas), basta molhar a pontinha da
ventosa e tocar delicadamente a lente para ela ficar grudada, aí basta levantar
a lente. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-AujsohJsdaw/UU6hEgVi5CI/AAAAAAAAAWM/e4Guo-dzmiE/s1600/dmv45.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a> </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Lembre-se de que é importante não arrastar a lente para não
arruinar o seu desenho e danificar a mesma. Caso isso ocorra a lente deverá ser
entregue ao oftalmologista para ele avaliar e eventualmente enviar ao
laboratório para polimento e recuperação (se eles fizerem este serviço). </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Quebrei/Perdi a lente,
e agora?</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quem usa lentes há muitos anos sabe como é, por mais cuidado
que se tenha um dia acidentalmente pode-se perder ou quebrar a lente. Quem usa
lentes há mais tempo geralmente guarda as suas lentes anteriores (velhas). A tentação
de pegar aquela lente do olho direito ou esquerdo do par antigo é grande, mas
cuidado!!!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma informação importante sobre o par antigo, é preciso
saber se as lentes foram repetidas ou se foram reajustadas (curvatura
diferente). Se este par da lente perdida/quebrada foi feita devido a um
episódio de progressão do ceratocone é provável que esta lente antiga esteja
desatualizada e não seja indicada a sua reutilização sob nenhuma hipótese,
especialmente se a diferença dos parâmetros for significativa em relação as
antigas (velhas).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A reutilização de lentes antigas pode parecer tentador para
o paciente que muitas vezes pode achar desagradável ter que gastar novamente
com uma lente nova, entretanto o "barato sai caro". É possível que
lente antiga proporcione até mesmo uma visão aparentemente melhor pois ela pode
estar tocando o centro da córnea, "achatando o ceratocone ou o ápice da
córnea e isso irá gerar uma lesão central. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma lente que provoca toque central fatidicamente irá
provocar um atrito mecânico com o epitélio corneano, pode levar alguns dias ou
mesmo semanas mas irá criar uma microlesão e as vezes o paciente somente começa
a sentir quando há o rompimento do epitélio corneano que é a primeira camada da
córnea. Se a segunda camada, chamada membrana de Bowman for rompida há dor e a
erosão de córnea pode levar a uma úlcera de córnea. Se esta lesão persistir e o
paciente não for corretamente orientado e medicado poderá criar com o tempo uma
cicatriz ou nébula (leucoma) que não regride. Esta opacidade muitas vezes fica
muito próxima ao eixo visual e pode atrapalhar a acuidade visual fazendo com
que haja uma pequena perda da melhor acuidade. Suspenda o uso da lente e vá
imediatamente ao seu oftalmologista se tiver dor ou olho vermelho.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A instrução correta é não reutilizar lentes antigas se elas
forem substituídas devido a um episódio de progressão e os parâmetros trocados.
Se tiver que utilizar faça somente em caráter emergencial e o menor tempo
possível. Assim que possível telefone para o seu oftalmologista e veja a
possibilidade de encomendar uma lente nova, através do seu prontuário ele
poderá saber se ele pode pedir a lente de substituição ou se está na hora de
fazer uma revisão.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No caso da lente antiga ser semelhante a "nova"
quebrada/perdida lembre-se de que as lentes foram trocadas por algum motivo,
provavelmente por estarem já velhas, riscadas ou com depósitos muco-proteicos.
Não demore para repor sua lente quebrada ou perdida.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><b>Revisões: A
importância do seu oftalmologista</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As visitas de retorno ou de revisões periódicas são
fundamentais para assegurar que seus olhos estão saudáveis e que as lentes
estão em bom estado e corretamente ajustadas para os seus olhos. O
oftalmologista treinado para adaptação de lentes rígidas (RGPs) tem condições
de avaliar os seus olhos e assegurar que as lentes estejam corretamente
ajustadas, se ele observar algum detalhe importante confie nele. As vezes o
paciente não tem queixa, não tem sintoma mas a lente pode estar causando alguma
microlesão no epitélio e se não for observado isso em tempo depois pode criar
uma situação pior, fazendo com que o paciente tenha que interromper o uso das
lentes. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No IOSB temos uma casuística de pacientes de ceratocone
realmente grande, é comum pacientes mesmo antigos, do tempo do meu pai, usarem
suas lentes por 2, 3, 4 e até mais anos consecutivamente e retornarem apenas
quando as lentes realmente ficam velhas. Temos até um recorde interno, os três
líderes do ranking utilizaram as mesmas lentes por 8, 10 e 12 anos, acredite se
quiser. No entanto essa é a exceção e não deve ser absolutamente levado em
consideração. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O ideal é que o paciente faça uma revisão anual ou na pior
das hipóteses há cada 18 meses se estiver tudo absolutamente bem, sem olho
vermelho, sem desconforto e a lente se comportando corretamente nos olhos. A vida moderna hoje é muito corrida, tudo é
mais rápido e com maior intensidade, caso você não tenha ido revisar suas lentes
nos últimos dois a três anos talvez seja a hora de ir, não deixe para depois.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-5IbNUlUb0uc/UU6mZeUI8GI/AAAAAAAAAWw/jePWBKshnpc/s1600/Tomography+(2).jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="174" src="http://4.bp.blogspot.com/-5IbNUlUb0uc/UU6mZeUI8GI/AAAAAAAAAWw/jePWBKshnpc/s200/Tomography+(2).jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem tomográfica Pentacam</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma dica importante para exames de Topografias/Tomografias
de Controle ou revisão de adaptação é suspender o uso das lentes por três dias
antes do exame ou consulta. Se você tem que fazer lentes novas e faz tempo que
não visita o seu oftalmologista faça isso. O motivo é que a córnea geralmente
modifica-se de acordo com a lente que está sendo utilizada, mesmo que estiver
bem adaptada/ajustada. Para uma avaliação precisa e correta o ideal é que o
paciente fique sem as lentes (três dias se forem rígidas e 7 dias se forem
gelatinosas) por este período, desta maneira tanto exames como topografia ou
tomografia de segmento anterior e reavaliação de adaptação de lentes será mais
preciso. Uma topografia feita com o uso prévio de lentes (tirar a lente apenas
antes do exame) irá apresentar um padrão diferente do que se ficar sem utilizar
a lente (rígida) por três ou mais dias. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Um detalhe importante: Esse prazo de três dias as vezes pode
ser pouco. Em alguns casos de primeira consulta no IOSB alguns pacientes que
foram adaptados em outro local vem com lesões ou marcas das lentes nos olhos,
em alguns casos chega a ficar a marca da lente no olho como se o paciente
estivesse com ela ainda, mesmo sem estar. Em casos como este as vezes poderá
ser necessário suspender o uso das lentes rígidas por mais tempo, entre 5 e 7
dias.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Outras
questões relacionadas</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Eu uso lente
gelatinosas, e agora? </b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não se aplica a este tutorial no entanto a recomendação é
seguir criteriosamente as orientações dadas pelo seu oftalmologista e fazer o
acompanhamento com a regularidade de uma vez ao ano ao menos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Eu uso piggyback, e
agora?</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O sistema piggyback consiste em utilizar uma lente
gelatinosa por baixo e a rígida por cima, existem duas situações que podem
levar a este tipo de adaptação:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
a) Dificuldade em posicionar ou centralizar a lente rígida
na adaptação do ceratocone.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
b) Intolerância a lentes rígidas*</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
* Obs. Em Dezembro de 2012, durante o primeiro Curso
Avançado Saul Bastos de LC Especiais tive a oportunidade de debater sobre este
tema com alguns amigos oftalmologistas e palestrantes. No IOSB, que adapta
lentes especiais para o ceratocone há mais de 40 anos e com mais de 20 mil
pacientes adaptados neste tempo, nunca fizemos piggyback. Embora eu compreenda
que os motivos de alguns especialistas lançarem mão desta técnica e terem
"sucesso" nós não gostamos da mesma. No entanto cabe mencionar que é
uma técnica válida e utilizada mundialmente.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-6kmW_J_DAEI/UU6fEITUkYI/AAAAAAAAAWA/7-uIQ1fgCO4/s1600/Dry+Eye.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="140" src="http://2.bp.blogspot.com/-6kmW_J_DAEI/UU6fEITUkYI/AAAAAAAAAWA/7-uIQ1fgCO4/s200/Dry+Eye.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em nossa experiência, todos os pacientes que vem ao IOSB e
usavam o sistema piggyback chegaram um dia a intolerância absoluta do sistema.
Trocaram a lente gelatinosa, trocaram os produtos, nada mais funciona. Com
algumas horas de uso, olhos vermelhos, ardência, sensação de queimação, etc e
tem que retirar/suspender as lentes. Meu pai e eu costumávamos chamar esta
técnica de "time bomb", uma alusão a uma bomba relógio a qual
desconhece-se quando irá detonar mas está programada para em algum momento disparar.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O que fazemos? </b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Avaliação criteriosa do caso, readaptação com lentes rígidas
(ou esclerais), orientação e controle. Muitos destes casos requer a utilização
de lentes superpersonalizadas para atingir uma adaptação aceitável onde o
conforto, a melhor acuidade visual possível e a preservação da saúde fisiológica
da córnea possa ser mantida. Devido a casos de maior complexidade que tivemos
que desenvolver as variações da lente Ultracone (UC) chamadas UC PCR, UC
Nipple, UC Extreme e mais recentemente a Scleral Bastos UC. Hoje estas lentes
estão disponíveis para o oftalmologista credenciado na Ultralentes, aos poucos
eles vão complementando as suas lentes de teste com estas séries, no entanto
cerca de 90% dos casos podem ser solucionados com a lente Ultracone original. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Mas eu uso piggyback sem problemas, e agora?</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A recomendação é a mesma de sempre, quanto a questão da
higiene e da absoluta necessidade de se fazer uma completa assepsia e limpeza
nas lentes (nos dois pares) principalmente nas gelatinosas que são extremamente
susceptíveis de contaminação. A utilização de dois pares de lentes e de dois sistemas de
limpeza tornam a adaptação demasiadamente onerosa para o paciente, além de mais
tempo para manutenção e limpeza.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A utilização de lubrificantes em forma de lágrimas
artificiais prescrito pelo oftalmologista pode ajudar a tornar o tempo de uso
maior e de maior longevidade, no entanto é preciso estar alerta ao uso
indiscriminado destes lubrificantes oculares devido a ação dos conservantes que
possuem uma certa toxicidade. Com o uso crônico os olhos podem reagir a esta
toxicidade e gerar um efeito contrário ao desejado. Felizmente hoje existem
colírios lubrificantes sem conservantes que podem ser mais seguros neste
sentido. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Lubrificantes -
Lágrimas Artificiais</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É importante que o oftalmologista tenha experiência para
avaliar se os sintomas eventualmente percebidos pelo paciente como sensação de
olhos secos deve-se realmente a uma carência de lágrimas ou se o desenho da
lente rígida não está permitindo uma adequada troca lacrimal. A lente ideal é aquela
que apresenta o melhor padrão (de fluoresceína), melhor centralização e
mobilidade ideais sem que o paciente sinta a lente. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-diUEZm9gcBE/UU6c3yHiRLI/AAAAAAAAAVw/eb8-bjXBOeA/s1600/Dry+Eye.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="163" src="http://1.bp.blogspot.com/-diUEZm9gcBE/UU6c3yHiRLI/AAAAAAAAAVw/eb8-bjXBOeA/s200/Dry+Eye.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em caso de suspeita de síndrome de olho seco
(seja qualitativa ou quantitativa) utilizar os testes apropriados como T-BUT, Teste
de Schirmer 5 min c/ anestésico (protocolo do Wills Eye Hospital) e Lisamina
Verde para avaliar e orientar o paciente. Em alguns casos é importante a
investigação levando-se em conta idade, suspeita de doença reumática (encaminhar
para o reumatologista) se suspeitar de Síndrome de Sjrögen ou Stevens Johnson.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O uso de lubrificantes em forma de lágrima artificiais é
comum em alguns pacientes usuários de lentes RGPs, seja com ceratocone ou não.
No entanto o uso crônico deve ser evitado, se a lente incomodar ao ponto de ter
que utilizar o colírio mais de 4 a 6 vezes ao dia é importante reavaliar a
adaptação com o oftalmologista. Alguns lubrificantes tem uma maior viscosidade
e demoram mais para evaporar ou serem drenados, o oftalmologista poderá se
necessário lançar mão deste recurso.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Colírios
anti-alérgicos</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-WW4iC7BIzl8/UU6dqsxpqbI/AAAAAAAAAV4/3FbkaEHADfs/s1600/getty_rf_photo_of_woman_rubbing_eye.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="216" src="http://3.bp.blogspot.com/-WW4iC7BIzl8/UU6dqsxpqbI/AAAAAAAAAV4/3FbkaEHADfs/s320/getty_rf_photo_of_woman_rubbing_eye.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Temos visto muitos casos de pacientes que vem ao IOSB
utilizando anti-alérgico ocular, em muitos casos estes pacientes tinha coceira
causada pelo uso das lentes que ele foram previamente adaptados. Com a
readaptação não houve necessidade de permanecer com a medicação, em alguns
casos os lubrificantes agem de maneira mais eficaz pois a sensação de coceira
devia-se a problema lacrimal e não alérgico, embora esteja registrada na
literatura médica oftalmológica a correlação entre o ceratocone e a rinite
alérgica especialmente, mas não é uma regra absoluta. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Espero ter contribuido com maiores informações sobre o cuidado com as lentes de contato rígidas para aqueles que necessitam deste recurso para a sua reabilitação visual. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Luciano
Bastos</b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 8.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Diretor
& Instrutor Clínico de LC Especiais - www.iosb.com.br</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 8.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Diretor
& Consultor em LC Especiais - www.ultralentes.com.br</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com132tag:blogger.com,1999:blog-7882347025012554785.post-1800253315988797912012-12-30T00:28:00.000-02:002012-12-30T16:52:01.598-02:00Ceratocone: Início, meio e fim<br />
<div style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: right;">
<br /></div>
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-u8hdUcjzbTU/UN-NRatjl5I/AAAAAAAAAUM/glTz3nOydkg/s1600/DSC00930+(3).jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-u8hdUcjzbTU/UN-NRatjl5I/AAAAAAAAAUM/glTz3nOydkg/s320/DSC00930+(3).jpg" width="308" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ceratocone avançado, indicação relativa de transplante</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: left;">
O ceratocone, como muitas outras patologias, deveria ter um início, meio e fim, sendo o início quando o paciente primeiro começa a sentir a queda na qualidade da visão e em seguida o diagnóstico. Após o diagnóstico vem a proposta de tratamento oferecida pelo oftalmologista que pode variar desde a prescrição de óculos (pelo protocolo deveria iniciar assim quando possível), a adaptação de lentes de contato e os tratamentos cirúrgicos dos menos aos mais invasivos. A esperança do paciente e de seus familiares é que se chegue a um resultado ao fim, como no título.</div>
<br />
<br />
<br />
<b><span style="font-size: large;">Não é tão simples assim</span></b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Embora o ceratocone não cause cegueira (irreversível) pode ser bastante debilitante para a visão do paciente caso nenhum tratamento seja feito. Após um diagnóstico preciso e indubitável o passo seguinte é "o que fazer?" Óculos, lentes, cirurgia... basicamente são estas as opções para o paciente diagnosticado. Embora o protocolo siga nessa orientação acima (Óculos, lentes, cirurgia...) não é incomum alguns casos serem incorretamente diagnosticados com ceratocone. Muitas vezes casos de astigmatismo corneanos mais curvos onde a córnea do paciente já era naturalmente mais curva ou casos de astigmatismo corneano nos quais a interpretação equivocada de uma topografia leva a um diagnóstico precoce e incorreto de ceratocone ou a falsa presunção de que a simples descoberta da patologia (em caso de diagnóstico correto) seja de que a mesma irá desenvolver ou progredir indefinidamente, outro motivo que leva médicos a indicarem procedimentos de forma precoce sem ter o devido acompanhamento. Felizmente estes são poucos casos mas ocorrrem com certa freqüência. Existem inúmeros depoimentos e constatações deste fato.</div>
<br />
<br />
<b><span style="font-size: large;">O que fazer?</span></b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
O ideal é que o paciente após receber o diagnóstico ou a notícia da suspeita, seja acompanhado pelo médico que deverá iniciar a análise do caso através de exames sequenciais e de consultas de rotina. Consultas e exames nos quais ele poderá comparar exames (preferencialmente de tomografia se segmento anterior) a cada seis meses e do exame da acuidade visual do paciente e da prescrição de óculos ou da adaptação das lentes de contato (preferencialmente RGP's). Juntamente com o acompanhamento o médico deverá instruir o paciente e seus familiares de como proceder. Dicas como evitar coçar os olhos, pingar colírios lubrificantes ou antialérgicos quando em crise são fundamentais para proteger a córnea. O uso intensivo de computador ou de vídeogrames não faz mal para o paciente mas a baixa freqüência do piscar durante estas atividades é prejudicial para a correta hidratação e oxigenação da córnea. A diminuição da freqüência do piscar está diretamente ligada a uma maior taxa de evaporação do filme lacrimal que recobre a córnea, causando o que é chamado de síndrome de olho seco evaporativo). Nestas situações é comum o paciente ficar com os olhos vermelhos ao final do dia e ter algum desconforto associado a secura ocular. </div>
<span style="font-size: large;"><i><br /></i></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-B7h7GXzgVMw/UN-dExLNwHI/AAAAAAAAAUw/US6SqplfUog/s1600/Dry+Eye.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="225" src="http://2.bp.blogspot.com/-B7h7GXzgVMw/UN-dExLNwHI/AAAAAAAAAUw/US6SqplfUog/s320/Dry+Eye.jpg" width="320" /></a><span style="font-size: large;"><i> </i></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><i> "...a baixa freqüência do piscar quando nestas atividades é prejudicial para a correta hidratação e oxigenação da córnea."</i></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Com a sensação de secura vem a necessidade de esfregar ou coçar os olhos e isso é um agravante na progressão da patologia do ceratocone. Em tempos onde o uso intensivo do computador, aliado ao uso de ar condicionado (que diminui sensivelmente a umidade do ar no ambiente) em casa, no escritório, no carro ou também do uso de calefação ou aquecedores de ambiente nas épocas frias (mais no sul do país) há uma exponencial probabilidade de sentir a necessidade de coçar os olhos em virtude da sensação de secura da mucosa ocular. O ato de coçar os olhos é frequentemente mencionado em praticamente todos os estudos sobre a origem do ceratocone, inclusive naqueles que atribuem a uma questão genética. De fato existem gatilhos de diferentes tipos (no caso genético pouco se sabe ainda) que podem contribuir para o surgimento da patologia. Quando o paciente coça com freqüência e com muita força os olhos ele enfraquece as fibras de colágeno corneano responsáveis pela resistência biomecânica da córnea, é como desgastar um tecido como o brim para deixá-lo mais macio e flexível. A córnea com uma resistância biomecânica menor ficará mais suceptível de afinar e gerar a área cônica na região afetada. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Olhos irritados devido a infecção, reações alérgicas, o estresse emocional na puberdade ou na adolescência pode ser a causa de um aumento da coceira ocular. Isso pode ocorrer em qualquer pessoa e não ter maiores conseqüências, entretanto em uma córnea suceptívelmente enfraquecida por um processo inflamatório coincidente ou anterior pode ser o gatilho que faz com que o ceratocone geralmente se manifeste nessa idade. Observamos ao longo desta última década que o aumento do estresse emocional e a depressão ou tristeza profunda (perda de um familiar próximo, separação, etc) podem estar associados a episódios pontuais e significativos de progressão do ceratocone. Acredita-se que possivelmente os pacientes possam coçar mais os olhos nestes períodos. Também observamos ao longo das últimas décadas que as mulheres com ceratocone que engravidam apresentam episódios de progressão durante a gestação, possivelmente devido as mudanças hormonais pela qual ela passa em todo o corpo. </div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><i>"O ato de coçar os olhos é frequentemente mencionado em praticamente todos os estudos sobre a origem do ceratocone"</i></span> </div>
<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/--jpn0TnplAg/UN-VgxokngI/AAAAAAAAAUg/NWsgVbkz6kE/s1600/dry-eye_slide_show.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="http://1.bp.blogspot.com/--jpn0TnplAg/UN-VgxokngI/AAAAAAAAAUg/NWsgVbkz6kE/s320/dry-eye_slide_show.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Uso de lubrificante ocular prescrito pelo oftalmologista.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
A correta orientação para que o paciente com ceratocone diminua ou amenize o ato de de coçar os olhos é de fundamental importância e deve ser sempre lembrada pelo oftalmologista e pela equipe técnica de suporte da clínica. O paciente e seus familiares devem ser sempre informados desta questão pois as vezes o ato de coçar não é percebido como um risco para o agravamento do problema. Após a informação ser disposta as chances do paciente e familiares próximos que convivam com paciente de perceber mais quando isso ocorrer são maiores e podem ajudar no controle ao menos desse gatilho considerado tão importante. Vale lembrar que recentemente li um artigo falando sobre isso como se fosse uma descoberta atual em relação ao perigo de coçar os olhos com freqüência e força demasiada, mas existe relatos sobre esta questão desde os anos 60 do século passado. Em 1967, Dr. Frederick Ridley, oftalmologista do Moorfields Eye Hospital em Londres, escreveu para o comitê editorial do British Journal of Ophthalmology dizendo que já em 1947 observou um paciente com caso severo de ceratocone esfregando os olhos com muita força e isso lhe chamou a atenção. Em 1956 ele concluiu um estudo retrospectivo de 92 pacientes com ceratocone mas omitiu esta questão do ato de coçar os olhos pois não tinha até então certeza da validade científica da informação. No documento de 1967, Dr. Ridley afirma que com esta correspondência e que agora com uma casuística de mais de 300 casos ele entende que esta informação deva ser distribuida entre os oftalmologistas afim de alertar os pacientes sobre os perigos do ato de coçar os olhos para o agravamento da patologia do ceratocone. Esta informação está disponibilizada na comunidade científica oftalmológica há mais de 45 anos e seguramente não é nova. Meu pai (Dr. Saul Bastos) já comentava sobre isso desde quando eu era pequeno e eventualmente convivia com ele nas clínicas e hospitais onde ele trabalhou. </div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><i>"já em 1947 observ<span style="font-size: large;">ou</span> um paciente com caso severo </i></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><i>de ceratocone
esfregando os olhos com muita força </i></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><i>e isso lhe <span style="font-size: large;">chamou a atenção</span>."</i></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Outro fator a considerar é a existência de algum processo alérgico que possa induzir o paciente ao ato de coçar os olhos. Alguns pacientes apresentam rinite alérgica especialmente sazonal ou outros gatilhos (ver rinite alérgica - causas) e com alguma freqüência provocam a coceira ocular e estão associados ao ceratocone.Tendo tanto o oftalmologista o cuidado de observar estas questões, alertando pacientes e familiares, indicando outros especialistas de áreas relacionadas (alergista ou otorrinolaringologista) para tratar da questão de forma sistêmica, cabe agora o acompanhamento e a verificação de qual a melhor opção para o paciente. Com esta premissa, deve ser feita análise para identificar o que é o melhor e ideal para o paciente de acordo com a condição apresentada e com o devido acompanhamento.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Uma boa orientação para o paciente é orientar uma dieta equilibrada e saudável, incluir na dieta a ingestão de ômega 3 e ômega 6, óleo de semente de linhaça dourada (ou a linhaça pura mesmo) e chá branco ou chá verde pois estes são antioxidantes e contribuem para amenizar a ação dos radicais livres. O controle do estresse e prática de exercícios físicos também é benéfica para a saúde geral do paciente. A poluição, o fato de piscar com menor freqüência ou mesmo não piscar durante o uso de computador, podem contribuir para aumentar a irritabilidade dos olhos. É recomendável lavar o rosto e incluir as pálpebras com maior freqüência especialmente aqueles que moram em grande centros urbanos.</div>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<b><span style="font-size: large;">As opções de tratamento</span></b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
O que mais perturbar o paciente com ceratocone é a baixa de visão, esta é sem dúvida a questão mais importante para o paciente. O oftalmologista precisa ser claro para o paciente e seus familiares que a opção de tratamento mais efetiva para a visão geralmente será a menos invasiva possível, geralmente os óculos em estágios iniciais e as lentes de contato especiais nos casos moderados até os mais avançados. Exceto nos casos iniciais da patologia, não existe tratamento cirúrgico que possibilite uma reabilitação visual de alta qualidade como a adaptação de lentes especiais, desde que sejam lentes boas, de alta qualidade e tecnologia, confortáveis, bem adaptadas e o paciente seja bem orientado quanto ao uso, limpeza e manuseio das mesmas.<br />
<br />
<b>Hidropsia corneana aguda</b> <br />
<br />
Nos casos de
pacientes que tem episódios de hidropsia corneana a córnea fica com um
aspecto de nébula esbranquiçada, geralmente no centro da córnea o que
interrompe a passagem da luz e consequentemente decai ou mesmo bloqueia a
visão. É importante mencionar que na maior parte dos casos a córnea irá
clarear noivamente em algumas semanas ou mesmo meses, restando alguma
cicatriz mas que em muitos casos não impede uma readaptação com lentes
de contato rígidas gás permeáveis especiais que podem proporcionar uma
acuidade visual satisfatória mesmo nos casos mais avançados e extremos. O
uso de colírios a base de NaCl 5% por exemplo poderá ajudar a córnea a
recuperar-se e retornar a sua transparência. Paciência é vital nestes
casos pois podem ser necessários meses até a completa recuperação.</div>
<br />
<b>Lentes de Contato Especiais</b><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-ZKRA40gRPXY/UN-drOXMu6I/AAAAAAAAAU4/L7zW93vQX3M/s1600/DSC00817+-+D.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="http://4.bp.blogspot.com/-ZKRA40gRPXY/UN-drOXMu6I/AAAAAAAAAU4/L7zW93vQX3M/s320/DSC00817+-+D.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lente Ultracone adaptada em ceratocone avançado. A área<br />
verde mostra a presença de lágrima entre a lente e a córnea.</td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
A adaptação de lentes rígidas gás permeáveis especiais (RGP's) é largamente a técnica mais utilizada para a reabilitação visual dos pacientes com ceratocone. Mesmo nos casos onde o paciente submeteu-se a qualquer procedimento cirúrgico como implante de anel, crosslinking ou mesmo o transplante de córnea muitas vezes a adaptação de lentes de contato RGP será mandatória para a melhor reabilitação visual do paciente. Considerando que a córnea é um dos orgãos mais nobres do ser humano, a adaptação de lentes rígidas especiais, quando bem feita e com lente de boa qualidade é a que menos riscos oferece ao paciente, indiscutivelmente. É comum a dificuldade que pacientes com ceratocone enfrentam até encontrar uma clínica especializada e lentes de boa qualidade e tecnologia as quais eles possam se adaptar. Uma das mais frequentes queixas destes pacientes é a falta de conforto e as complicações causadas pela adaptação indevida ou com lentes de qualidade sofríveis. Outro fato é que alguns estados e cidades carecem de especialistas que sejam seriamente dedicados a adaptação de lentes especiais em córneas irregulares como o ceratocone. Possivelmente estes são alguns dos motivos pelos quais o <a href="http://www.iosb.com.br/" target="_blank">IOSB</a> recebe anualmente centenas de pacientes vindos de todo o Brasil. Alguns inclusive moram no exterior e regressam ao Brasil combinando a oportunidade de visitar suas famílias e para as revisões de rotina. </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O sucesso na adaptação de lentes especiais no ceratocone, mesmo pós-transplante de córnea é resultado de muito estudo, de desenvolvimento tecnológico e da disposição em resolver como for possível a cada caso. As lentes que são utilizadas no IOSB são fabricadas pela Ultralentes e no website existe uma aba <a href="http://ultralentes.com.br/onde-encontrar/" target="_blank">Onde Encontrar</a> na qual existe uma <a href="http://ultralentes.com.br/onde-encontrar/" target="_blank">lista de oftalmologistas</a> que é <u>atualizada mensalmente</u> para que os pacientes com ceratocone e outras patologias possam procurar um especialista próximo a sua cidade ou estado antes de pensar em vir ao IOSB como último recurso. Inclusive nos dias 14 e 15 de Dezembro o IOSB promoveu o <a href="http://www.cursosaulbastos.com.br/" target="_blank">Curso Avançado Saul Bastos de LC Especiais</a> que foi um projeto piloto para futuras edições. O curso foi um sucesso e em breve novos especialistas estarão figurando entre os credenciados a adaptar as lentes fabricadas pela <a href="http://www.ultralentes.com.br/" target="_blank">Ultralentes</a>. Naturalmente que alguns podem imaginar que minha ligação com o IOSB e com o laboratório Ultralentes seja apenas uma forma de propaganda, mas os mais de 10 mil pacientes que forem tratados entre 1970 e 2012 são resultado de um trabalho profundo, com muito estudo e dedicação com foco no paciente e no que é melhor para ele. Fica ao menos a dica de que quem consultar qualquer um dos credenciados na Ultralentes tem a chance de fazer seu juízo pessoal, tem a chance de tentar quando outras alternativas falharam ou os resultados ficaram aquém das expecativas. </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
É muito comum alguns dos pacientes que vem a Porto Alegre consultar no <a href="http://www.iosb.com.br/" target="_blank">IOSB</a> estarem já sem esperanças, estes são pacientes geralmente com dificuldades maiores mas o esforço que fazemos no sentido de resolver da melhor maneira possível e o mais rapidamente possível frequentemente é recompensado com a alegria que estes tem ao observarem os resultados. Quando o caso é ainda inicial lentes RGPs utilizadas para miopia e astigmatismos funcionam bem, mas em casos moderados a avançados é necessária a adaptação de lentes RGPs especiais para o ceratocone, em outros casos quando o caso é muito avançado ou extremo ainda há uma série de lentes chamada <a href="http://ultralentes.com.br/catalogo/ultracone-extreme/" target="_blank">Ultracone Extreme</a>. Outra tecnologia pioneira no IOSB e fabricada pela Ultralentes são as lentes <a href="http://ultralentes.com.br/catalogo/ultracone-thruster-ssb/" target="_blank">semiesclerais SSB</a> e <a href="http://ultralentes.com.br/catalogo/ultracone-scleral-bastos-sb/" target="_blank">esclerais SB</a>. As lentes semiesclerais possuem diâmetros que vão em média de 16.0 a 17.5 mm. de diâmetro e as esclerais de 18.0 a 23.0 mm. Estas lentes foram desenvolvidas por mim a partir de 2007 (depois de 7 anos de estudo, pesquisa e orientação) quando iniciamos a produção dos primeiros protótipos e somente começaram a ser adaptadas por volta de 2008. As lentes esclerais possibilitam a resolução de casos de altíssima complexidade onde mesmo todas as demais lentes não apresentavam um resultado satisfatório ou o sucesso era parcial. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-pHQH_yoKisE/UN-e9u-v35I/AAAAAAAAAVI/Lcu9mXggkH4/s1600/DSC07999+(2).jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="http://3.bp.blogspot.com/-pHQH_yoKisE/UN-e9u-v35I/AAAAAAAAAVI/Lcu9mXggkH4/s320/DSC07999+(2).jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: large;"><i><span style="font-size: x-small;">Lente <a href="http://ultralentes.com.br/catalogo/ultracone-scleral-bastos-sb/" target="_blank">Scleral Bastos</a>, cortesia IOSB</span></i></span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><i>"As lentes esclerais possibilitam a resolução de casos de altíssima complexidade"</i></span> </div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
O mais importante nas lentes de contato, seja qual forem, elas é que poderão proporcionar a melhor acuidade visual possível de se obter ou seja, se não houver outro problema que impeça a visão como opacidades corneanas. Lembrar que lentes de má qualidade e/ou incorretamente adaptadas podem proporcionar lesões irreversíveis (cicatrizes, nébula ou leucoma) e se a visão não puder ser restabelecida com lentes somente o transplante poderá trazer a transparência corneana novamente. Seja qual for o procedimento cirúrgico que o paciente se submete, se houver a necessidade de correção visual que o óculos não proporciona, as lentes voltam como agente principal na reabilitação visual destes pacientes.<br />
</div>
<br />
<br />
<b>Crosslinking </b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Para haver indicação segura de crosslinking a córnea deverá ter no mínimo 400 micras de espessura no ponto mais fino e preferencialmente o paciente não deve apresentar sinais de olho seco que podem agravar com o procedimento. Nos casos bem indicados onde existe a constatação inequívoca de progressão, há a possibilidade do tratamento por crosslinking (CXL) que consiste na remoção da porção central do epitélio corneano, instilar um colírio de riboflavina por cerca de 30 minutos e sob a ação de um raio ultravioleta controlado. Este procedimento já comprovado por diversos estudos desde o início da década passada fortalece as ligações covalente de fibras de colágeno, enrigecendo a córnea e evitando a sua progressão em mais de 70% dos casos. Embora não existam casos com seguimento de 15, 20 ou mais anos ainda o procedimento tem demonstrado ser bastante ficaz até então. Cabe no entanto informar que o procedimento do CXL sozinho não tem a finalidade e nem pretende proporcionar uma melhora na acuidade visual do paciente e sim não deixar progredir a patologia piorando ainda mais a visão. O pós-operatório geralmente provoca dor forte no olho tratado e o paciente deverá fazer uso de analgésicos para passar este desconforto inicial. Outro efeito do procedimento é que a visão do paciente poderá ficar "leitosa" (chamada de haze corneano) durante algumas semanas ou meses mas ela voltará a ficar mais clara com o tempo.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Para a reabilitação visual destes pacientes, caso a prescrição de óculos não seja satisfatória, será necessária a adaptação de lentes de contato especiais. Atualmente existem diversas opções de lentes no mercado as quais poderão proporcionar a adaptação desejada. É importante lembrar que se o paciente não se adapta a uma determinada lente ele deve procurar por outras opções, é bastante provável que ele embora não tenha sucesso com as primeiras possa descobrir uma a qual ele irá se adaptar melhor com conforto, boa visão e mantendo a saúde fisiológica da córnea. Existem inúmeras lentes para ceratocone de diferentes fabricantes, as vezes é uma questão de sorte ou em outros casos o paciente terá que tentar diferentes lentes possivelmente em clínicas diferentes para encontrar uma que seja possível uma boa adaptação.</div>
<br />
<br />
<b>Implante de anel intraestromal</b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
O implante de anel foi inicialmente desenvolvido por Barraquier para o tratamento da miopia. O implante de anel a sua aplicação inicial no ceratocone teve propósito de deter o avanço da progressão. Com o desenvolvimento da técnica de forma pioneira no Brasil pelo Dr. Paulo Ferrara e, posteriormente produzido por outros fabricantes, os anéis também passaram a ser utilizados como forma de melhorar a acuidade visual dos pacientes, especialmente os casos iniciais e moderados. Embora existam relatos de pacientes com ceratocone que tiveram sucesso na reabilitação visual com o implante, é comum ver relatos de pacientes que fizeram com este propósito mas que obtiveram resultados insatisfatórios e abaixo de suas expectativas. É provável que como o ceratocone é uma patologia bastante singular e individual para cada caso, a imprevisibilidade dos resultados seja uma das questões que produzam este menor índice de sucesso. Outro fator a ser considerado é a curva de experiência do cirurgião, pois quanto maior pode produzir um resultado melhor. Hoje existe a possibilidade de fazer os dutos onde são inseridos os segmentos do anel por laser (femtosecond laser) que faz com extrema precisão, mas ainda assim a imprevisibilidade dos resultados existe pois a córnea é muito sensível e pode responder de maneira diferente a força que é aplicada pelos segmentos. É inegável o benefício que a técnica proporciona nos casos onde bons resultados foram obtidos, há relatos de bons resultados nas comunidades mas não é a regra. Alguns eventualmente tem queixa de ver reflexos dos segmentos durante a noite quando a pupila dilata, novas técnicas e anéis menor visíveis foram desenvolvidos para atenuar estas questões. Há também relatos de piora da visão e de complicações como a extrusão de um dos segmentos que teve que ser cirurgicamente removido. </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Boa parte dos casos de ceratocone onde houve o implante de anel intraestromal tem que fazer adaptação de lentes de contato. Pelo histórico de relatos tanto de especialistas em adaptação de lentes de contato como nas comunidades de ceratocone no Brasil e no exterior as dificuldades de adaptação de lentes de contato geralmente são maiores em paciente com implante de anel. Muitos oftalmologistas lançam mão de uma técnica de utilização de lentes gelatinosa por baixo da rígida (técnica chamada piggyback) para proporcionar maior conforto e segurança ao paciente mas geralmente esta técnica funciona por alguns meses até poucos anos e o paciente acaba desenvolvendo intolerância alérgica ao uso deste sistema, possivelmente por hipoxia corneana. </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Embora uma das condirações feitas pelos cirurgiões de que a técnica é reversível, cabe lembrar que remoção ou troca dos segmentos implica em um novo procedimento com custo similar ao da cirurgia, que envolve os honorários do cirurgião, anestesista, etc. Outro fator a considerar é que o procedimento embora seja dito irreversível não garante que a córnea irá retornar ao estado anterior, pelo fato de haver dutos que foram criados para inserção do anel são feitos cortes nas fibras de colágeno corneano em uma córnea que já claramente apresenta um enfraquecimento de sua resistência biomecânica.</div>
<br />
<br />
<b>Transplante de córnea</b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-_JKq1Cex9Gk/UOCF9lnqZfI/AAAAAAAAAVY/IrNL5oHWb9g/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-_JKq1Cex9Gk/UOCF9lnqZfI/AAAAAAAAAVY/IrNL5oHWb9g/s1600/images.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Transplante de córnea.</td></tr>
</tbody></table>
No passado as únicas possibilidades para os pacientes de ceratocone eram a adaptação de lentes especiais e o transplante de córnea como último recurso sempre. A cirurgia evoluiu muito nas últimas décadas com novos métodos (não é o propósito aqui discutir tais técnicas) que vão desde a técnica tradicional manual, passa pelo transplante lamelar (que retira parte da córnea anterior ou posterior) e também pela técnica do femtosecond laser que produz córneas receptoras e botões de córneas doadas mais precisos e com melhor encaixe, resultando em uma recuperação mais rápida e com melhor resultado final. Embora as técnicas tenham sido aperfeiçoadas é natural que os resultados sejam de pouca previsibilidade, embora o cirurgião ao retirar eventualmente os pontos nas visitas de retorno procure assegurar que a córnea apresente o menor astigmatismo irregular possível. É impossível controlar todas as variáveis envolvidas na cicatrização e na acomodação do botão doado junto a córnea receptora. Através das topografias de córnea o especialista procura manter ou soltar pontos com a finalidade de proporcionar a melhor regularização da superfície corneana possível.</div>
<br />
Outras questões a serem consideradas: <br />
<ul style="text-align: justify;">
<li><u>Idade do paciente</u>: Quanto mais jovem mais ele sofrerá com a perda de correção visual durante o pós-operatório caso ele use lente de contat com boa visão (ou aceitável visão) neste olho. </li>
<li><u>A possibilidade de um processo de rejeição</u>: O estigma da rejeição é uma constante, naturalmente que o passar do tempo as chances desse tipo de ocorrência diminue mas se ocorrer as vezes um novo transplante tem que ser feito. </li>
<li> <u>A sobrevida da córnea doada</u>: Se o paciente for jovem e a córnea doada for de uma pessoa que era de mais idade há a possibilidade de que após uma ou duas décadas ocorra uma falência das células endoteliais, o que irá diminuir a transparência da córnea, quando isso ocorre um novo transplante será necessário. </li>
<li><u>Readaptação ou adaptação de lentes especiais</u>: Se necessário, e em grande parte é, o paciente terá que submeter-se a nova adaptação de lentes de contato especiais após a recuperação que pode levar entre 8 a 18 meses dependendo da técnica utilizada. Caso o objetivo do transplante de córnea for livrar-se de lentes de contato talvez seja interessante primeiro considerar a procura por lentes melhores se for possível e acessível para o paciente.</li>
</ul>
<br />
<b>Outras alternativas </b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
É interessante lembrar, como já foi postado anteriormente neste blog, que alguns oftalmologistas cirurgiões tem uma linha de raciocínio diferente em relação aos tratamentos cirúrgicos oferecidos. Na era do "remodelamento corneano" que surgiu a partir do chamado Protocolo de Atenas, são adeptos das combinações de técnicas cirúrgicas, simultâneas ou sequenciais com a finalidade de remodelar a córnea e obter assim uma melhor regularização da superfície anterior da córnea. Alguns exemplos (e não pretendo me aprofundar muito nesta área) são: a combinação de implante de anel e crosslinking, cirurgia refrativa e crosslinking e até mesmo as três técnicas combinadas. As variações quanto a qual a melhor combinação ainda é uma incógnita e não existe de fato um protolo de estudo (salvo se houver algum estudo sendo conduzido nesse sentido e ainda não publicado) e mesmo assim ainda irá demorar até que estudos similiares sejam publicados e comparados. A córnea com ceratocone já é uma córnea frágil, com menor volume de tecido estromal e portanto mais fraca para receber tamanha agressão de diferentes procedimentos, especialmente quando o excimer laser é envolvido (equipamento para cirurgia de miopia/astigmtismo/hipermetropia) pois sempre que o laser entra em ação ele irá retirar (queimar) mais tecido durante a ablação.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Na oftalmologia atual, em especial no Brasil, há basicamente três tendências que são levemente intercambiáveis. A primeira linha de tendência é o oftalmologista mais conservador e que acredita que deva-se preservar a córnea de qualquer agressão, priorizando sempre a adaptação de lentes de boa qualidade e alta tecnologia no lugar de um procedimento mais invasivo. Outra linha é de oftalmologistas conservadores mas também cirurgões que entendem que em certos casos o implante de anel ou o crosslinking podem ser bem indicados e mesmo assim estão ou consideram-se aptos a readaptar o paciente com lentes especiais após o procedimento. A terceira tendência seria a dos cirurgiões, não adaptadores de lentes de contato que não dedicam-se a esta sub-especialidade e que já vêem o paciente com ceratocone imaginando qual seria o procedimento cirúrgico mais adequado. </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Interessante que durante alguns congressos de oftalmologia gosto muito de assistir os cirurgiões apresentarem e discutirem casos de ceratocone (especialmente quando as aulas de lentes de contato estão fracas). É sempre supreendente a maneira como eles vêem a córnea e o ceratocone, eles sempre estudam a córnea de maneira mais microscópica que os conservadores. Já os chamados conservadores estudam os métodos menos invasivos possíveis para oferecer segurança e a melhor acuidade e qualidade de visão ao paciente. Já mencionei isso para diversos amigos oftalmologistas, das três linhas de tendências, que existe uma lacuna muito grande em relação ao conhecimento específico do objeto de estudo da linha 1 e a linha 3 principalmente. Naturalmente é difícil atingir um consenso quando a corrente fislosófica entre as partes são substancialmente distintas mas é através do aprendizado e do conhecimento da outra parte que pode haver um crescimento. Como é possível obter-se consenso quando as diferentes linhas filosóficas buscam solucionar os problemas enfrentados pelos pacientes de acordo com suas próprias convicções? Na minha opinião há espaço para todos os estudos no sentido de oferecer opções de tratamento aos pacientes, desde que o objetivo seja o melhor para o paciente sempre e isso remete diretamente a questão da segurança do paciente, da saúde fisiológica corneana. Quanto menos invasivo, menor será a agressão. No entanto a linha de raciocínio do cirurgião é a de apostar no remodelamento corneano e que a córnea responderá bem aos métodos aplicados mas não garante (até porque não dispõe de estudos de longo prazo para isso) a segurança a longo prazo e nem mesmo pode garantir a manutenção do resultado obtido. Novamente alerto para que nenhum procedimento por mais teoricamente comprovável que seja, irá sobrepor ao resultado final da visão proporcionada pela lente de contato especial bem adaptada. Os cirurgiões tendem a ver a adaptação de lentes de contato como impossível de ser obtida em certos casos de ceratocone ou estão predispostos a visão que tem ao atender pacientes que desistiram de lentes por falta de adaptação mas que infelizmente não tiveram a persistência ou a sorte de encontrar uma solução adequada em lentes de contato especiais.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Tanto a lente de contato como os procedimentos cirúrgicos disponíveis não conseguem alterar a superfície posterior (dentro da córnea), entretanto em relação a superfície anterior a lente de contato e a lágrima do paciente podem neutralizar em todo ou em grande parte o astigmatismo irregular elevado encontrado nestes casos. O contraponto é que se o método cirúrgico tornar a córnea mais regular em sua superfície talvez isso viesse a facilitar a adaptação de uma lente de contato. O problema é o custo (não se trata de custo da cirurgia em si) que a córnea vai pagar, especialmente a longo prazo. Eu espero que estudos sobre estas técnicas de diferentes interpretações comecem a ser divulgadas nos próximos anos, ao menos assim quem saiba tenhamos então um parâmetro para comparação entre custo x benefício destes procedimentos e mesmo a posterior adaptação de lentes de contato. Eu escrevi há poucos anos atrás sobre uma teoria de utilizar uma lente de contato rígida como forma de colaborar na regularização da superfície, foi baseado em outros estudos separados sobre cirurgia refrativa, ortoceratologia e crosslinking, está publicado no fórum Ultralentes com o título <a href="http://www.ultralentes.com.br/forum/viewtopic.php?f=7&t=216" target="_blank">Controlled Orthokeratology combined with CXL</a>.</div>
<br />
<br />
<b>Conclusão</b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Em termos de reabilitação visual a lente de contato especial é sem dúvida a que melhor atenderá as expecativas do paciente nesta importante questão que é a visão e é o que o paciente mais sente necessidade. Atualmente com as tecnologias em lentes especiais como as desenvolvidas pela Ultralentes, assim como as lentes esclerais modernas proporcionam esta possibilidade com ótimos resultados em termos de visão e podem ser adaptadas mesmo nos casos mais extremos onde o ceratocone ultrapassa 100 dioptrias nos mapas ceratométricos simulados obtidos na tomografia de segmento anterior. Deve ser a primeira opção em termos de custo x benefício e incorporando a questão da segurança fisiológica da córnea. Muitos especialistas, tanto cirurgiões como os que não tratam ceratocone e mesmo aqueles que adaptam lentes desconhecem estas possibilidades e as frequentemente indicam precocemente o transplante de córnea ou algum dos outros métodos cirúrgicos até mesmo por esconhecer a sua indicação e aplicação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A classe oftalmológica deve, seja o especialista cirurgião de córnea ou adaptador profissional de LC especiais, interagir mais para que o resultado das somas de experiências e estudos possam resultar em quem sabe técnicas cirúrgicas e de adaptação de lentes ainda mais seguras e mais completas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um Feliz 2013 e muita saúde e visão para todos!</div>
<br />
<a href="http://www.iosb.com.br/" target="_blank"><b>Luciano Bastos</b></a><br />
<div style="text-align: justify;">
Em colaboração com o Blog C&T.</div>
Unknownnoreply@blogger.com23tag:blogger.com,1999:blog-7882347025012554785.post-29987692819209946732012-11-22T10:15:00.001-02:002012-11-22T18:00:24.020-02:00Excelência na adaptação de Lentes especiais no Ceratocone<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-Hww-ocRanMk/UK4UzsXuUeI/AAAAAAAAATM/YwR7HwikZmM/s1600/assinatura-03+(2).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="http://2.bp.blogspot.com/-Hww-ocRanMk/UK4UzsXuUeI/AAAAAAAAATM/YwR7HwikZmM/s200/assinatura-03+(2).jpg" width="199" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Salus Aegroti Suprema Lex</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nos dias 14 e 15 de Dezembro ocorre o <a href="http://www.cursosaulbastos.com.br/" target="_blank"><b>Curso Avançado Saul Bastos de Lentes de Contato Especiais</b></a>, um evento de caráter absolutamente científico e avançado como nunca antes foi feito no Brasil. Deste encontro da elite de adaptadores de LC especiais surgirão novas perspectivas para todos aqueles que sofrem com a perda da acuidade e da qualidade visual, do desconforto que tem com lentes ou mesmo falta de adaptação.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O <a href="http://www.cursosaulbastos.com.br/" target="_blank">Curso Saul Bastos</a> é um evento o qual todos os oftalmologistas seriamente engajados na reablitação visual de pacientes com ceratocone desde os iniciais aos mais avançados e extremos, em casos pós-transplante, pós-implante de anel intracorneano e outras patologias associadas, deveriam participar. Será a maior oportunidade na história da contatologia médica nacional de trocarem experiências, aprender um pouco mais com os debates e aprofundar ainda mais a sua capacidade de resolver os mais complexos casos de adaptações em córneas irregulares.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Recomendo que cada um de vocês comentem com o seu especialista, se tiverem a oportunidade, para sugerir que participem deste encontro. O propósito maior é trazer ao paciente as melhores alternativas de correção visual que é o principal problema enfrentado por estes pacientes. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-fBffYnSHnxU/UK4UgDpKmtI/AAAAAAAAATE/NVMkxmPDUfI/s1600/News04-inteira.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://2.bp.blogspot.com/-fBffYnSHnxU/UK4UgDpKmtI/AAAAAAAAATE/NVMkxmPDUfI/s640/News04-inteira.jpg" width="315" /></a></div>
<span id="goog_609642771"></span><span id="goog_609642772"></span><br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7882347025012554785.post-89532202211787731652012-11-11T23:02:00.002-02:002012-11-11T23:02:47.155-02:00Qual o melhor tratamento para ceratocone?<div style="text-align: justify;">
Com o advento da topografia corneana o diagnótico mais preciso do ceratocone tem demonstrado que a patologia aumenta conforme a razão do aumento da população. Embora as estatísticas apontem em média um caso para cada duas mil pessoas em certas regiões, por motivos ainda desconhecidos pode ser maior ou menor. Antigamente muitos casos de pacientes que iniciaram usando óculos e diagnosticados com astigmatismo corneano eram na verdade um caso de ceratocone inicial difícil de diagnosticar, mas o tratamento juntamente com ou logo em seguida foi e tem sido na grande maioria das vezes a adaptação de lentes de contato especiais, e isso vale para outros países do primeiro mundo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Qual o melhor tratamento?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Esta é uma pergunta frequente para aquelas pessoas diagnosticadas com ceratocone, inclusive de seus familiares que solidários ao ente querido buscam as vezes de maneira incansável maiores informações sobre esta patologia. É comum nas consultas com o oftalmologista pacientes irem acompanhados de um ou mais familiares (as vezes quase a família inteira) dada a importância fundamental que a visão tem na qualidade de vida destas pessoas. O impacto negativo que uma visão baixa causa nelas, dificultando o estudo, o trabalho, as relações sociais e as vezes até mesmo colocando o paciente em situações de risco. </div>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-vHZaNlDCDJc/UKBIT8Y09nI/AAAAAAAAAS0/l-cSld3pQ0Q/s1600/CeratoconeOval.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="199" src="http://4.bp.blogspot.com/-vHZaNlDCDJc/UKBIT8Y09nI/AAAAAAAAAS0/l-cSld3pQ0Q/s200/CeratoconeOval.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig. 1: Ex. de mapa topográfico de ceratocone.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Esta situação acima ocorre após o paciente ter recebido o diagnóstico e somente terá alteração neste quadro quando o paciente tiver uma perspectiva de tratamento, uma esperança que sempre é dividida e anciosamente esperada pela família, sempre solidária. Em alguns casos estes pacientes terão de procurar diversos especialistas pois como atualmente a oftalmologia divide-se em uma enorme gama de subespecialidades muitas vezes um profissional, pode ser um excelente médico oftalmologista, mas sua subespecialidade é por exemplo, catarata, glaucoma, cirurgia refrativa, vias lacrimais, etc. Normalmente este médico irá indicar um conhecido que tem na sua prática o tratamento do ceratocone, seja por meios invasivos (cirúrgicos) ou por reabilitação visual com o uso de lentes especiais.</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>A resposta</b> </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
A pergunta do título acima é fácil, direta e sugere uma resposta no mesmo estilo, direta e definitiva, entretanto esta resposta não é fácil, não é direta e é de fato de importante complexidade. Em primeiro lugar o paciente precisa ser examinado, fazer exames como topografia e/ou tomografia de córnea tem importante valor na interpretação do caso, consiste também em verificar a acuidade visual do paciente com correção e sem correção, primeiro se tenta os óculos que nestes caso são geralmente difíceis de obter um bom resultado e para isso é necessário um tempoo maior de exame e tentativas de obter uma refração clínica com precisão, geralmente com eixos de astigmatismo oblíquos e elevados. Alguns pacientes serão beneficiados com esta tentativa e a recomendação pelo protocolo de tratamento do ceratocone é de observar o paciente de seis em seis meses ou uma vez ao ano pelo menos para saber se está havendo evolução do caso ou não. Uma recomendação básica que está presente em praticamente todos os estudos do ceratocone publicados é a de não coçar os olhos pois o ato de coçar os olhos está associado diretamente a progressão do ceratocone. Neste caso o médico deve investigar a origem e como se apresenta o quadro de coceira ocular e determinar o tratamento para aliviar o sintoma.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
É temerário indicar um tratamento como implante de anel ou crosslinking antes de observar o comportamento da ectasia, o ideal é orientar o paciente primeiro e se os óculos não proporcionarem uma acuidade visual satisfatória a adaptação de lentes especiais deve ser a opção de tratamento seguinte pois uma adaptação bem sucedida pode mudar a vida do paciente sem a necessidade de submeter-se a um tratamento no qual não se pode presumir com exatidão com o resultado que será obtído. Embora tenham surgido nas últimas décadas novos tratamentos para o ceratocone, desde o implante de anel intracorneano, o crosslinking de colágeno de córnea com riboflavina sob luz ultravioleta, novas técnicas de transplante manuais e pelo femtosecond laser, os resultados nem sempre são aqueles esperados pelo paciente e por conseqüência pelos familiares, um bom especialista e cirurgião deve selecionar bem os casos para uma melhor indicação onde é possível ao menos presumir que haverá uma melhora da acuidade e/ou da qualidade visual do paciente. Existem muitos depoimentos de pacientes que submeteram-se a estes procedimentos e que afirmam ter solucionado o seu caso, entretanto os depoimentos geralmente também mencionam esperarem mais do procedimento e muitos ainda requerem correção óptica para uma acuidade visual satisfatória e mesmo assim nem sempre os óculos irão resolver.</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>O importante papel das lentes de contato especiais</b></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O mais interessante de tudo é que sempre a adaptação de lentes de contato rígidas (gás permeáveis) especiais ou mais recentemente lentes esclerais é a técnica que oferece a melhor resposta em termos de acuidade e qualidade visual para estes pacientes. Naturalmente que para que a adaptação seja de fato bem sucedida é necessário que esta melhor visão seja acompanhada com uma boa adaptação de parte do paciente, com conforto progressivo e assegurando a saúde fisiológica da córnea, do limbo e da esclera.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Felizmente no Brasil temos excelentes fabricantes de lentes, e embora nem todos os especialistas tenham todas as lentes de todos os fabricantes há uma diversidade grande de possibilidades. O que se observa é que estes pacientes as vezes, quando possível, viajam para outros estados em busca de soluções pois praticamente esgotaram as possibilidades e tentativas de adaptação. A adaptação de lentes especiais em casos de ceratocone, seja pós-implante de anel ou mesmo pós-transplante de córnea (transplantados com córneas irregulares), de degeneração marginal pelúcida, ceratoglobo, córneas pós-cirúrgicas é muitas vezes de altíssima complexidade, exigindo tempo maior de exames e testes com o paciente e também de ter um bom pessoal de apoio (auxiliares) para atender as necessidades de cada caso. </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Há uma carência de especialistas que tenham maior experiência e conhecimento na adaptação de lentes de contato, especialmente devido a enorme quantidade de subespecialidades da oftalmologia que surgiram nas últimas décadas. Os congressos e simpósios de oftalmologia muitas vezes (quando o tema envolve segmento anterior e córnea) abordam a adaptação de lentes de contato especiais, no entanto dada a complexidade do assunto, dada as restrições de tempo (estes eventos abordam uma grande quantidade de outros assuntos, inclusive de lentes gelatinosas), dado o fato de que muitas vezes o oftalmologista tem que optar entre uma aula de adaptação de lentes e outra de cirurgia, grande parte dará preferência a cirurgia, isso infelizmente ocorre e não é falta de interesse do especialista, apenas ele tem que fazer uma opção e o interesse dele maior naquele momento pode ser aquela outra aula. Outro fator a ser levado em consideração é a de que temos hoje no Brasil uma quantidade exagerada de congressos de subespecialidades, tanto é que se olharmos o calendário oftalmológico veremos que há eventos em praticamente todos os meses do ano, alguns inclusive ocorrem nos mesmos meses, as vezes com dias de diferença. Enquanto não houver uma iniciativa por parte das entidades oficiais de rever esta questão e de propor uma mudança os especialistas tem que decidir ao longo do ano em quais os eventos eles irão. E esta decisão muitas vezes passa em primeiro lugar pelo assunto ou tema principal que será tratado neste ou naquele evento e muitas vezes a necessidade do profissional é de aprimorar-se ou reciclar-se em outra matéria que não seja a adaptação de lentes de contato especiais em córneas irregulares como o ceratocone, embora este esteja se tornando um tema importante nos últimos anos graças a iniciativa de algumas entidades ligadas ao tema.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Finalmente a resposta para a pergunta acima não é defintiva e muit menos simples, mas uma coisa podemos ter certeza, a técnica que melhor atende as necessidades de reintegrar o paciente de ceratocone a suas atividades é a adaptação de lentes de contato especiais. É importante que os oftalmologistas engajados nesta subespecialidade possam aprimorar seu conhecimento, desenvolver novas aptidões e conhecer outras técnicas e tecnologias, isso me leva a adicionar este texto abaixo.</div>
<br />
<br />
<b>O Curso Avançado Saul Bastos de LC Especiais</b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Foi com este pensamento que há cerca de um ano e meio atrás, iniciei o planejamento de um curso especializado na adaptação de lentes de contato especiais, elaborei o plano, conversei e me aconselhei com amigos oftalmologistas e expoentes na adaptação de lentes de contato especiais para compormos um curso avançado nesta área, um curso focado na adaptação de casos de córneas irregulares como o ceratocone e outros casos igualmente de alta complexidade. O curso teve sua maturação, teve aprimoramentos no programa e no formato para que proporcionasse aos oftalmologistas participantes a oportunidade não só de assistir aulas específicas de como adaptar, personalizar e aprimorar suas adaptações mas também de levar casos para discussão, em cada sessão do programa há um amplo espaço de tempo para discussão onde é livre para palestrantes, debatedores e participantes trocarem informações, idéias e fazer perguntas. O nome do curso (<a href="http://www.cursosaulbastos.com.br/" target="_blank">Curso Avançado Saul Bastos de Lentes de Contato Especiais</a>) é uma homenagem a meu pai, <a href="http://www.iosb.com.br/a-clinica/o-fundador/" target="_blank">Dr. Saul Bastos</a>, um dos oftalmologistas pioneiros na reabilitação visual através da adaptação de lentes de contato especiais desde 1969-1970. </div>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-FPhiOmWZ3JI/UKBDVesRP3I/AAAAAAAAASk/50gx8560geg/s1600/assinatura-03+(2).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="http://3.bp.blogspot.com/-FPhiOmWZ3JI/UKBDVesRP3I/AAAAAAAAASk/50gx8560geg/s200/assinatura-03+(2).jpg" width="198" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">SALUS AEGROTI SUPREMA LEX</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O curso tem enfoque absolutamente científico, vários temas afins serão tratados e os palestrantes terão toda a liberdade de manifestar a sua opinião, apresentar tecnologias de diferentes laboratórios e das técnicas por eles utilizadas. Embora tenhamos concebido o curso para ocorrer sem a necessidade de patrocínios, está aberta a possibilidade de patrocínios e a presença de expositores de empresas interessadas em participar, basta contatar pelo email contato@cursosaulbastos.com.br </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Os oftalmologistas participantes sairão com uma carga de informações nunca antes vista em nenhum outro evento sobre o tema. Muitos pacientes de ceratocone, entre outros, terão benefícios diretos das novas possibilidades que se abrem para estes profissionais que vem de vários estados do Basil. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Muito obrigado a todos que lêem este blog pelas suas manifestações, pelos elogios e pelas suas participações. Este blog foi criado com a finalidade de trazer um pouco de conforto e como costumo dizer uma luz no fim-do-túnel. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Luciano Bastos </b></div>
<div style="text-align: justify;">
Em colaboração com o Blog C&T.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ps. Evitei em meus comentários abordar a questão do SUS e da saúde pública pois este tema iria tornar o texto cansativamente longo. Apenas digo que sou solidário com os médicos e prestadores de serviços de saúde do Brasil que muitas vezes trabalham em condições precárias, sem material adequado e na maior parte das vezes com salários muito baixos.</div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7882347025012554785.post-89968145140858139642012-09-16T16:17:00.003-03:002012-09-16T16:17:41.849-03:00Atualização sobre Ceratocone 2012<div style="text-align: justify;">
Na primeira década do século XXI surgiram novos tratamentos para o ceratocone, desde o implante de anel intraestromal que foi equivocadamente chamado de a única cura para o ceratocone até então, passando pelo tratamento do cruzamento de colágeno corneano com riboflavina sob luz ultravioleta (crosslinking ou CXL) e mais recentemente no final de primeira década deste milênio o tratamento por microondas, chamado Keraflex. Houve também um significativo avanço em relação aos materiais e desenhos das lentes especiais para o ceratocone, possibilitando melhores adaptações mesmo nos mais avançados casos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-bVaayTPR1T0/UFYlmKvpumI/AAAAAAAAARE/g3d7o4TPDNk/s1600/keratoconus-3d.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="307" src="http://4.bp.blogspot.com/-bVaayTPR1T0/UFYlmKvpumI/AAAAAAAAARE/g3d7o4TPDNk/s320/keratoconus-3d.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<b><br /></b>
<b>Implante de Anel Intraestromal</b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
O implante de anel intraestromal foi aprovado apenas para ceratocone de grau III e IV quando o transplante é o procedimento mais indicado quando não há possibilidade de adaptação de lentes de contato rígidas (RGP's) especiais. No entanto o anel tem indicação melhor nos casos iniciais ou moderados de ceratocone onde ele pode realmente deter o avanço da ectasia e oferecer uma melhor regularidade da superfície corneana e assim proporcionar uma melhor acuidade visual com óculos por exemplo. Nem sempre isso é possível e a adaptação de lentes de contato torna-se novamente necessária, geralmente lentes RGP's especiais. Uma das maiores queixas dos especialistas em adaptação de lentes especiais no mundo tem sido sobre a dificuldade maior de adaptar lentes em pacientes submetidos ao implante de anel devido a uma elevação criada pelo segmento geralmente inferior do mesmo, que provoca um toque da lente na córnea, levando a ceratites recorrentes e eventualmente erosão de córnea. A partir deste momento o especialista irá recorrer ao que tem em seu arsenal de lentes afim de sobrepor estas dificuldades, geralmente ele poderá utilizar o subterfúgio do sistema piggyback (lente rígida por cima de uma gelatinosa ou descartável), lente especiais pós-implante de anel intracorneano ou ainda lentes semiesclerais ou esclerais.</div>
<br />
<br />
<b>Crosslinking (CXL)</b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
O crosslinking tem também importante papel no tratamento preventivo da progressão do ceratocone, pois o procedimento padrão segundo seu protocolo oficial (<b>Protocolo de Dresden</b>) demonstrou que na maior parte dos casos há uma estabilização da ectasia corneana, impedindo assim o ceratocone de progredir. Em um percentual menor de casos há também uma pequena diminuição da curvatura maior da ectasia, de 1.5 a 2 dioptrias, mas é afirmado que esta manifestação não pode ser garantida que irá ocorrer. O procedimento consiste em fazer uma raspagem removendo parte do epitélio corneano central e logo em seguida a aplicação de riboflavina em gotas sob uma luz ultravioleta, com exposição controlada (tempo, distância e frequência). Alguns dos incômodos do procedimento é que ele dói no dia seguinte (o paciente é orientado a administrar analgésicos) e a visão do paciente pode ficar com haze corneano duarante algumas semanas e as vezes meses (visão leitosa com menos definição).</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Uma questão importante a ser observada é que com a popularização da técnica está também ocorrendo uma falta de critério por parte de alguns cirurgiões. Segundo relatos de portadores de ceratocone o procedimento é muitas vezes oferecido sem que exista um acompanhamento para saber se de fato há comprovação inequívoca de progressão do ceratocone o que segundo o protocolo oficial é fundqamental para a correta indicação do procedimento. Outro fator importante a ser observado é que eventualmente topografias de pacientes com astigmatismos regulares elevados, a favor da regra, estão sendo confundidos com ectasia corneana (ceratocone) apenas pela aparência vermelho-laranja da topografia, mesmo o aspecto da mesma seja o famoso aspecto borboleta. No caso de dúvida sobre o diagnóstico é crucial fazer uso de recursos mais precisos que a topografia, como paquimetria ultrassônica e a tomografia de segmento anterior (ex. Pentacam). Estes exames podem ajudar o especialista a estudar melhor o caso e assim ter a prudência necessária antes de indicar um tratamento sem necessidade.</div>
<br />
<b>Crosslinking Transepitelial</b> <br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Uma alternativa ao crosslinking tradicional tem sido frequente motivo de discussões na comunidade científica mundial. Os idealizadores do Protocolo de Dresden, Dr. Theo Seiler e Wollensak, afirmam que o crosslinking para ser efetivo necessita a remoção do epitélio. Entretanto alguns especialistas como Dr. Brian Boxer nos EUA e Roberto Pinelli (ITA) tem experimentado utilizar uma ribflavina modificada que permite segundo eles que a riboflavina ultrapasse a barreira do epitélio, tendo os benefícios do crosslinking com uma menor agressão ao epitélio que não é removido. Embora a técnica seja também interessante carece de maiores informações e de um estudo controlado e amplo o qual possa ser avaliada a eficácia e segurança da técnica. </div>
<br />
<b>Protocolo de Atenas</b> <br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Uma outra filosofia de tratamento originou-se e desviou-se do protocolo oficial do crosslinking, é a utilização de técnicas combinadas. Desde o surgimento do Protocolo de Atenas, alguns cirurgiões desenvolveram teorias e métodos combinados de maneira a criar o conceito de remodelamento corneano, utilizando-se por exemplo da combinação de implante de anel e crosslinking, cirurgia refrativa e crosslinking ou mesmo as três técnicas combinadas. O resultado é que desconhece-se qualquer estudo sério (ao menos até aqui eu desconheço) sobre a combinação de técnicas e o seu real valor como técnica reconhecida. Parecem mais técnicas pessoais as quais não há um protocolo específico e o especialista desenvolve a técnica segundo o seu entendimento ou de acordo com cada caso. Desconheço a viabilidade de essa falta de protocolos específicos de tratamento terem uma validade e importância científica, salvo se já existirem estudos a ser publicados no futuro, o que é perfeitamente possível.</div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>Keraflex + CXL Acelerado </b></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Desde que o Keraflex foi anunciado em 2010, assim como as técnicas que a antecederam, criou-se uma expecativa muito grande pois pela primeira vez uma técnica realmente produziu uma redução significativa do ceratocone. Nesta técnica a porção central da córnea é submetida a um disparo de baixa freqüência de microondas fazendo uma lesão central e ao mesmo tempo resfriando o restante da córnea como proteção. Em seguida é realizado o crosslinling acelerado de 3 minutos (ao contrário da técnica padrão de 30 minutos), para que seja mantida nesta nova condição. Os únicos relatos disponíveis da técnica mostram que houve uma redução drástica da miopia causada pelo ceratocone mas parte do astigmatismo irregular permanece ou tomou outras formas ao exame da topografia. Interessante que este astigmatismo deve ainda prejudicar a visão significativamente, mesmo que a acuidade visual seja melhor que antes devido a menor miopia. Os poucos casos publicados referem um aplanamento de cerca de 6 dioptrias, e a indicação em casos moderados a altos pode proporcionar uma melhor acuidade visual para óculos ou uma melhor adaptação de lentes de contato. Em 2011 um brasileiro entrou em contato comigo, ele foi submetido ao tratamento na Inglaterra, 12 meses após o procedimento ele referia que tinha uma flutuação da visão ao longo do dia. Resta saber se houve uma diminuição de resistência biomecânica ou da histerese corneana.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O procedimento é realizado apenas em "trials" em centros específicos mas os especialistas referem que mais estudos são necessários para saber se é melhor uma energia maior e de menor duração ou uma energia menor de maior duração. Outras conclusões dos especialistas é que o crosslinking acelerado não é suficiente para impedir a regressão ou seja, uma volta do aspecto de forma cônica da córnea. Basicamente os achados (positivos e negativos) mostram-se até então:</div>
<ul>
<li> (+) Método excelente para aplanar a córnea</li>
<li> (+) Procedimento minimamente invasivo e rápido</li>
<li> (+) Melhora a acuidade visual não corrigida</li>
<li> (+) Aumenta a tolerância a óculos e lentes de contato</li>
<li> (-) Não é ainda um método preciso</li>
<li> (-) Crosslinking é insuficiente para prevenir a regressão </li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
Os estudos mostram claramente que os melhores resultados ocorrem somente se o crosslinking for realizado de forma combinada imediatamente após a aplicação do Keraflex e mesmo assim ocorre uma regressão ou seja, volta em parte do aspecto de forma cônica da córnea após seis meses do tratamento. Se a técnica do Keraflex for aplicada sozinha em seis meses a córnea volta ao seu estado semelhante ao pré-cirúrgico, e se o crosslinking for aplicado três dias depois os resultados também não são bons.É sem dúvida uma técnica promissora que poderá tornar-se mais uma forma de tratamento para o ceratocone previnindo a necessidade de um transplante de córnea, mas são necessários mais estudos e acompanhamento de mais pacientes por períodos maiores para aprimorar a técnica. </div>
<br />
<br />
<b>Transplante de Córnea</b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Em relação ao transplante de córnea, é inegável que os métodos e técnicas evoluiram muito do século XX para cá, passando pela utilização do femtosecond laser para realizar a preparação do botão doador e do leito receptor, isso permite uma melhor cicatrização e um resultado com menor astigmatismo devido ao melhor encaixe de ambos. Outra técnica que também é excelente é o transplante lamelar que possibilita algumas variações e tem demonstrado bons resultados. O fato de estas técnicas invasivas se tornarem mais sofisticadas possibilitam melhores resultados na qualidade e no tempo de cicatrização, o que por sua vez proporciona uma superfície ocular mais harmônica e menos irregular oferecendo ao paciente uma melhor acuidade visual sem correção e com correção. É inegável que os avanços obtidos nas novas técnicas de transplante e
mesmo na técnica tradicional manual que houve um avanço importante que
representa um salto de tecnologia desde as últimas 3 décadas. A
oftalmologia Brasileira está em termos de igualdade com países de
primeiro mundo em termos de tecnologia.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Ocorre que são poucos os casos que o transplante de córnea é necessário. O ceratocone geralmente começa a estabilizar a patir dos 25 anos aproximadamente do indivíduo com períodos mais esparsos e menos significativos de progressão, com uma tendência a estabilizar entre 30 e 40 anos de idade do paciente. Na maior parte dos casos os pacientes com ceratocone podem ser bem adaptados com lentes rígidas gás permeáveis especiais, desde que estas tenham uma qualidade e tecnologia suficientes para oferecer conforto, ótima acuidade visual e especialmente o equilíbrio fisiológico da córnea. </div>
<br />
<br />
<b>Lentes de Contato Especiais</b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
As lentes de contato são ainda responsáveis pela mais utilizada forma de reabilitar a visão no ceratocone, na verdade de todas as técnicas é a única que oferece com maior precisão a melhor acuidade visual possível de se obter. Muitos pacientes portadores de ceratocone tem queixas de desconforto ou incapacidade de se adaptar com lentes rígidas especiais, em parte por que uma significativa parte dos especialistas não dá a mesma importância a esta sub-especialidade da oftalmologia que são as lentes especiais em córneas irregulares. Muitos simplesmente nem oferecem a possibilidade de adaptação de lentes pois são especialistas em cirurgias e tem a tendência a oferecer procedimentos cirúrgicos menos ou mais invasivos o que é natural levando em conta sua formação mais intervencionista. Muitos outros oftalmologistas contam ao menos com uma linha de lentes especiais para ceratocone de ao menos um fabricante, isso ajuda mas nem sempre será o bastante para ter uma maior flexibilidade em recursos de desenhos de diferentes fabricantes. Um fator que muitos pacientes se queixam é a questão do desconforto, mesmo assim estes especialistas orientam o paciente a fazer a adaptação mesmo que isso seja uma tortura para alguns pacientes. Isso é facilmente explicável na medida que praticamente nenhum paciente consegue se adaptar a um "caco de vidro" no olho, e ao contrário disso, orientar um paciente a fazer a adaptação com uma lente que ele sinta a presença mas que não machuque é uma tarefa muito mais simples de ser seguida com sucesso. </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Lentes especiais boas e corretamente adaptadas são responsáveis por milhares de adaptações bem sucedidas as quais muitos pacientes convivem há anos, há décadas e com conforto, boa acuidade visual e sem nenhum comprometimento corneano ou seja, é mantida a saúde fisiológica da córnea na sua integridade.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Meu amigo Dr. Renato Ambrósio Jr. o qual tenho grande admiração pelo seu trabalho e conhecimento científico já duas vezes me perguntou se eu como estudioso em lentes especiais para o ceratocone acreditava que a adaptação de lente de contato rígida (RGP) evita a progressão do ceratocone. É uma pergunta simples e direta mas de resposta mais complexa, a rigor acredito pela evidência história que nossa equipe médica do IOSB dispõe de mais de 40 anos de acompanhamento de pacientes com ceratocone de que não, a lente de contato não é garantia de que o ceratocone não irá progredir. No entanto também baseado na mesma evidência histórica mencionada acima observa-se que os pacientes que são corretamente adaptados com lentes rígidas e com sucesso, que são bem orientados e que fazem revisões de rotina de no mínimo a cada 18 meses, apresentam uma estabilização maior se comparada com aqueles que não utilizam lentes. Embora seja necessário um estudo com controle para apresentar um resultado mais preciso e confiável, a simples constatação pela quantidade e pelo longo tempo de amostragem é possível estabelecer esta relação. Isso não significa que não exista progressão, ela pode ocorrer e nesse caso a lente precisa ser atualizada. Mas se comparado um mesmo paciente de ceratocone bilateral que por algum motivo usa lente em um dos olhos apenas existe uma chance maior do caso progredir mais no olho sem lente. Espero que isso explique em parte a razão pela qual eu afirmo que a pergunta simples mas a resposta é complexa.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Uma das teorias é de que o paciente bem adaptado toca menos nos olhos, tem maior cuidado em não coçar os olhos enquanto no outro por forçar a visão e por estar sem lente tem uma tendência maior a coçar o olho mais do que o outro adaptado com lente. A lente bem adaptada não deve tocar o ápice da córnea, ela deve produzir um leve afastamento apical para manter a integridade fisiológica da córnea, o ápice é a área onde a córnea fica mais exposta se em contato com a lente, ao piscar esse contato sofre maior força o que poderá levar o paciente a uma ceratite central, erosão de córnea e mesmo uma úlcera de córnea. Uma adaptação bem feita evita esse contato com o ápice e produz uma distribuição do filme lacrimal ou mais homgênea possível, permitindo uma leve mobilidade ao piscar e a perfeita, adequada e necessária troca lacrimal.</div>
<br />
<b>Lentes esclerais </b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Uma outra opção de adaptação de lentes no ceratocone, mesmo nos casos de pós-transplante ou de outras ectasias corneanas como a degeneração marginal pelúcida e o ceratoglobo, são as lentes esclerais modernas que são fabricadas em materiais de altíssima oxigenação, são lentes que não tocam (não devem tocar) a córnea e nem o limbo em sua integridade, repousando suavemente sobre a esclera (porção branca dos olhos). Estas lentes são inseridas nos olhos preenchidas com uma solução salina sem conservantes e esta "reserva aquosa" cria um ecossistema saudável entre a lente e os olhos. A troca lacrimal é necessária afim de manter o oxigênio e demais componentes da lágrima penetrando nesta reserva, mantendo-a renovada para que a córnea permaneça saudável. As lentes esclerais praticamente resolvem aqueles casos emque nenhuma lente de nenhum fabricante foi possível obter uma boa adaptação ou onde o paciente tem queixa de desconforto muitas vezes associada a uma instabilidade do filme lacrimal. As LC Esclerais neste caso também tem uma utilização terapêutica pois promovem a hidratação e oxigenação necessárias para que o paciente fique com os olhos saudáveis.</div>
<br />
<b><br /></b>
<b>Curso Avançado Saul Bastos de Lentes de Contato Especiais</b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Este ano temos o Curso Avançado Saul Bastos de Lentes de Contato Especiais que será realizado no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael em Porto Alegre, nos dias 14 e 15 de Dezembro. Este curso conta com alguns dos maiores especialistas em adaptações de lentes especiais em casos de córneas irregulares e tem um programa direcionado a casos de alta complexidade com foco na transferência de habilidades de como resolver os mais complexos casos de adaptações especiais. Além de ter uma série de sessões voltadas as adaptações de lentes RGP's especiais o curso terá sessões e palestras voltadas também para a adaptação de lentes esclerais.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O curso é voltado a oftalmologistas já iniciados na adaptação de lentes especiais que deseja aperfeiçoar a sua técnica e aprender sobre novas tecnologias bem como novas técnicas. O curso muito embora seja avançado é também uma oportunidade para aqueles que estão iniciando na adaptação de lentes rígidas para aprender com os mais experientes como fazer adaptações especiais em ceratocone, pós-transplante, pós-cirurgia rerativa entre outros. Convido também os oftalmologistas dedicados a cirurgias e tratamentos para o ceratocone a participar deste curso, será uma excelente oportunidade para trocar idéias sobre os diferentes métodos de tratamento e para eles conhecerem mais profundamente o que uma boa adaptação proporciona aos pacientes, fica então o convite.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Em breve o website do Curso Avançado Saul Bastos de Lentes de Contato Especiais estará online com maiores informações sobre o programa, palestrantes, inscrições e reservas.</div>
<br />
<br />
<b>Luciano Bastos</b><br />
<span style="font-size: x-small;">Diretor & Instrutor Clínico de Lentes de Contato - <a href="http://www.iosb.com.br/" target="_blank">IOSB</a></span><br />
<span style="font-size: x-small;">Diretor & Consultor em LC RGP's Especiais - <a href="http://www.ultralentes.com.br/" target="_blank">Ultralentes </a></span><br />
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-7882347025012554785.post-71497974091871247912012-08-19T22:34:00.000-03:002012-09-01T10:29:13.027-03:00Uma oportunidade ímpar <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-D-86d2uGFFM/UDX-H5jGPZI/AAAAAAAAAOY/RheBynu8ctg/s1600/assinatura-bg-01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://1.bp.blogspot.com/-D-86d2uGFFM/UDX-H5jGPZI/AAAAAAAAAOY/RheBynu8ctg/s400/assinatura-bg-01.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-4uHDE-333TA/UDGPs3CuLSI/AAAAAAAAAN4/e0tMSRkebfA/s1600/CSB_FB.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Nos dias 14 e 15 de Dezembro será realizado o Curso Avançado Saul Bastos de Lentes de Contato Especiais, junto ao Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael em Porto Alegre com apoio da Sociedade Riograndense de Oftalmologia (SORIGS) e da Sociedade Brasileira de Lentes de Contato, Córnea e Refratometria (SOBLEC). O nome do curso é uma homenagem ao Dr. Saul Bastos, um dos pioneiros na contatologia médica no Brasil e na reabiltação visual de portadores de deficiências visuais.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O curso destina-se especialmente aos oftalmologistas já experientes na adaptação de lentes de contato no ceratocone, não é um curso básico e não é um evento de apenas apresentação de casos. O curso Avançado Saul Bastos tem como foco a transferência de habilidades na fina arte das adaptações de lentes especiais em casos de alta complexidade como o ceratocone dos iniciais aos mais extremos, casos de pós-implante de anel intraestromal, pós-transplante de córnea e de alterações da superfície ocular.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
A idéia é preparar o oftalmologista que já tem experiência em adaptações de lentes rígidas especiais com as mais modernas técnicas, exames e recursos tecnológicos de lentes especiais para resolver os casos de alta complexidade que surgem no seu consultório. Muitos especialistas ficam as vezes frustrados pelas dificuldades em conseguir uma boa adaptação, o paciente fica decepcionado e é encaminhado a outro especialista ou busca por si próprio outros especialistas em busca de uma solução melhor para o seu caso.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Dentre as opções de tratamento do ceratocone, a adaptação de lentes de contato rígidas (RGPs) especiais é ainda responsável por mais de 50% dos tratamentos que oferecem a melhor acuidade visual e melhor qualidade visual de todos os demais tratamentos em todo o mundo. As opções cirúrgicas menos invasivas geralmente são bastante limitadas e tem melhores resultados nos casos iniciais, o transplante de córnea que já é uma técnica mais agressiva por ser naturalmente mais invasiva vem melhorando incrivelmente nas últimas décadas mas também tem as suas limitações e o resultado final somente se sabe depois do período de cicatrização do procedimento. Em alguns casos os pacientes serão surpreendidos pela necessidade de lentes de contato especiais para corrigir a visão devido ao astigmatismo irregular resultante após a cicatrização. A adaptação de lentes gelatinosas, mesmo as descartáveis e até mesmo as de silicone hidrogel representam um risco extra ao paciente pelo risco maior de contaminação e pela dificultada hidratação da superfície ocular. </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Interessante que pacientes com ceratocone bem adaptados são pacientes extremamente fiéis ao seu especialista, são capazes de usar lentes RGPs por décadas sem necessidade de submeter-se a procedimentos cirúrgicos e sem maiores complicações como ceratites, erosão de córnea e úlcera de córnea. O ceratocone tende a ter episódios de progressão mais esparsos e mais raros a partir dos 25 anos do paciente, especialmente se bem adaptado com suas lentes e se bem orientado pelo especialista. A qualidade de vida de pacientes como estes é praticamente a mesma de alguém com sem problemas de visão, exceto quando ele retira suas lentes ele volta a ter dificuldades com a visão.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
É uma grande oportunidade para que oftalmologistas de todo o país possam reunir-se com alguns dos mais experientes e renomados especialistas em reabilitação visual com lentes especiais. Haverá um tempo após cada sessão aberto para perguntas, dicussão de casos, tirar dúvidas e estabelecer novas relações profissionais. É também uma grande oportunidade para reciclagem, para ver as novidades em materiais e lentes que diversos fabricantes estarão expondo, assim como os representantes de laboratórios farmacêuticos com novos produtos sendo lançados.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Este curso foi elaborado para dar oportunidade para que os milhares de pacientes que sofrem no dia-a-dia com problemas de visão devido ao ceratocone possam ter melhores opções de reabilitação visual com conforto e preservação da saúde fisiológica da córnea. Comente sobre o curso com o seu oftalmologista, ele terá uma oportunidade histórica de participar de um evento que destina-se unicamente a aumentar ainda mais a sua capacidade de resolver os mais complexos casos e mesmo os casos considerados não avançados com ainda melhores resultados. O website do Curso Avançado Saul Bastos estará disponível em breve e conterá maiores informações e detalhes sobre o evento. O Curso já dispõe de uma página no Facebook, na qual vocês podem acessar pelo link abaixo:</div>
<br />
Curtir a página do curso em <a href="http://www.facebook.com/CursoSaulBastos">www.facebook.com/CursoSaulBastos</a><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Será uma grande satisfação receber os oftalmologistas verdadeiramente interessados na reabilitação visual com lentes de contato especiais. Assim que o website do curso estiver no ar, as informações de inscrições, hospedagem, passagens aéreas e detalhes do curso estarão disponíveis. Também haverá oportunidade para aqueles que quiserem aproveitar sua vinda ao sul para conhecer a serra gaucha, com pacotes turísticos para as cidades de Gramado e Canela. </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Colabore na divulgação deste curso, na sua próxima consulta comente com ele sobre o evento.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Obrigado pelo seu interesse e e pela oportunidade. Em breve novidades sobre o curso e também novas postagens no Blog C&T.</div>
<br />
<b>Luciano Bastos</b><br />
<span style="font-size: x-small;">Organizador </span><br />
<span style="font-size: x-small;">Curso Avançado Saul Bastos de Lentes de Contato Especiais </span><br />
<br />
<br />
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7882347025012554785.post-68856072398564097602012-07-01T23:47:00.000-03:002012-07-01T23:47:23.182-03:00TIPOS DE CERATOCONE QUANTO A FORMA e Lentes de Contato Especiais<div style="text-align: justify;">
Embora exista uma classificação exata para os tipos de ceratocone quanto ao seu formato, muitas vezes o médico especialista em lentes de contato depara-se com casos que tornam-se mais complexos do que realmente parecem e a adaptação de lentes torna-se mais difícil e de maior complexidade. A classificação do ceratocone consiste em:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Subclínico ou Frusto Vs. Inicial: </b>É extremamente importante observar e diferenciar sempre que possível o ceratocone inicial do ceratocone subclínico<b>. </b>Pacientes jovens que apresentem suspeita de ceratocone são geralmente os mais difíceis de diagnosticar. São aqueles casos onde o ceratocone pode ser apenas um astigmatismo que está presente e que pode progredir mas sem ser necessariamente uma ectasia corneana. O ceratocone inicial geralmente é o mais difícil de diagnosticar com precisão mesmo utilizando-se de topografia ou mesmo de uma tomografia de segmento anterior para colaborar na investigação. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Embora existam casos documentados na literatura de ceratocone tardio que pode surgir até mesmo por volta dos 30 anos ou mais do paciente, a maior parte dos casos de ceratocone surgem na adolescência e alguns na puberdade. Antes de que seja oferecido ao paciente e seus familiares opções de intervenções cirúrgicas mesmo que as menos invasivas é importante haver um acompanhamento através de topografias ou tomografias de segmento anterior para saber episódios de progresão estão em curso. Pacientes jovens e com diagnóstico inicial devem ser orientados a não coçar os olhos, deve-se observar a qualidade e quantidade de lágrima e a prescrição sempre que necessário de lubrificantes em forma de lágrimas artificiais e de antialérgico ocular se necessário.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O ceratocone frusto tem a aparência topográfica ou então pode apresentar-se como ceratocone posterior quando utilizada a tomografia de segmento anterior (como o Pentacam), ele fica na mesma e tem nenhum ou mínimas alterações em seguimentos realizados a cada ano. Este caso não tem indicação cirúrgica de crosslinking, é importante não oferecer este procedimento a um paciente que tem seu caso estabilizado, aliás somente o acompanhamento e a constatação inequívoca de progressões subsequentes deve ser o motivo de indicação deste procedimento, segundo o Protocolo de Dresden (protocolo original do crosslinking).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Obs. Pacientes com ceratocone inicial tem uma boa indicação para adaptação de lentes RGPs especiais ou não, principalmente se não obtiverem uma acuidade ou qualidade visual com óculos. É fundamental importância que estes pacientes sejam adaptados corretamente e com lentes de alta qualidade, além de serem corretamente orientados a como proceder com o ceratocone e com suas lentes. Embora o uso de lentes de contato rígidas por sí não evite que o ceratocone evolua (se ele tiver que progredir, ele o fará) a adaptação de lentes de forma inadequadas (mal planejadas, com toque, lentes de má qualidade) poderão provocar estímulos na superfície corneana, lesionar o epitélio corneano e fazer com que o ceratocone progrida ou então provocar lesões e até mesmo erosão de córnea, eventualmente resultando em cicatrizes e pequenas opacidades iniciais (leucoma ou nébula). </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As lentes de contato de boa qualidade e alta tecnologia são as melhores ferramentas para que o paciente possa restabelecer a sua vida sem maiores transtornos, quando bem adaptadas estas lentes proporcionam uma visão muitas vezes perfeita (mesmo em estágiuos avançados), conforto e especialmente mantém a saúde fisiológica da córnea sem maiores riscos quando comparados a qualquer outra técnica. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Tipo Nipple:</b> A topografia apresenta uma área em forma de bico, pequena e de cores mais "quentes" com curvatura mais alta na região central ou para-central da córnea.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-R8Sq9yIAkYU/T_DiGOji8DI/AAAAAAAAANQ/ALSz1ahpewY/s1600/NippleCone.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="317" src="http://4.bp.blogspot.com/-R8Sq9yIAkYU/T_DiGOji8DI/AAAAAAAAANQ/ALSz1ahpewY/s320/NippleCone.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Fig.1 Ceratocone do tipo Nipple.</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Obs. Quando este tipo de ceratocone está muito deslocado do eixo visual do paciente (centro da pupila) é comum o paciente ter queixas de reflexos mesmo com a lente bem adaptada, são casos onde o especialista precisa personalizar a adaptação e incorporar recursos de controle de aberrometria na lente para ao menos amenizar estes sintomas para que o paciente tenha mais conforto visual, especialmente a noite.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Tipo Oval:</b> Estes casos apresentam uma topografia na qual a área ectásica (cone) é mais larga e ovalada geralmente verticalmente. O formato da imagem pode variar muito neste tipo de ceratocone.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-WriM4vHYXg0/T_Dk0UtZc-I/AAAAAAAAANc/0YY3_I4E6GI/s1600/CeratoconeOval.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="319" src="http://3.bp.blogspot.com/-WriM4vHYXg0/T_Dk0UtZc-I/AAAAAAAAANc/0YY3_I4E6GI/s320/CeratoconeOval.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Fig. 2 Ceratocone Oval com ápice com localização para-central inferior. </span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Obs. O que a literatura não fala é que este tipo de ectasia varia muito quanto ao tamanho da área afetada e também do formato que ela apresenta. Para adaptação de lentes quando o formato é maior, geralmente uma lente Rígida Gás Permeável maior torna-se necessária e o controle de aberrometria incorporado especialmente se a centralização da lente estiver muito deslocada do eixo visual. As chances de uma lente muioto pequena deslocar-se damsiadamente quando o paciente pisca e olha para os lados é maior, o que pode fazer com que as lentes caiam ou desloquem-se nos olhos, o que é desconfortável para o paciente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Tipo Globoso:</b> Muito raro, este tipo caracteríza-se por ser de maior extensão e pode envolver praticamente toda a córnea. O ceratocone globoso tem uma área de afinamento central de maior diâmetro e pode apresentar uma certa simetria em relação aos demais tipos, embora apresente da mesma forma um astigmatismo irregular e uma miopia muito alta quando em estágio avançado. A adaptação de lentes esclerais ou transplante de córnea podem ser as únicas alternativas para melhorar a acuidade visual.</div>
<br />
<br />
<span style="font-size: large;"><b>Diagnóstico Diferencial</b></span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Temos observado no <a href="http://www.iosb.com.br/" target="_blank">IOSB</a> que há casos onde o paciente tem o diagnóstico de ceratocone mas observando a topografia e sob o exame clínico no biomicroscópio o diagnóstico não é confirmado. Não é incomum alguns casos o paciente ter um astigmatismo miópico significativo o que faz com que na topografia o padrão visual de borboleta característico do astigmatismo corneano apresente-se verticalmente com colorações amarelas, laranja e até mesmo vermelha. Estes pacientes as vezes já convivem com "estigma" do ceratocone há alguns anos ou meses na melhor das hipóteses e alguns tiveram indicação cirúrgica de crosslinking, implante de anel e até mesmo transplante de córnea. Quando o astigmatismo é elevado, pode haver alguma irregularidade da córnea mas isso não caracteríza o ceratocone, simplesmente é astigmatismo elevado. Em certos casos deve-se ao menos solicitar exames mais complexos como a tomografia (com M de Maria) de segmento anterior que é um exame de maior especificidade e sensibilidade. Este exame proporciona um número bem maior de informações precisas e uma infinidade de mapas que são de grande ajuda na interpretação, diagnóstico e conduta de casos como ceratocone, ajudando na diferenciação entre um ceratocone inicial e astigmatismo elevado. Nós utilizamos os exames de Pentacam quando há necessidade de maiores informações em relação a topografia (com P de Paulo). </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-Py_q-Q8fFIM/T_Dg5izKB-I/AAAAAAAAANI/UsbidSRQX_E/s1600/Astigm.afavorRegra.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="317" src="http://3.bp.blogspot.com/-Py_q-Q8fFIM/T_Dg5izKB-I/AAAAAAAAANI/UsbidSRQX_E/s320/Astigm.afavorRegra.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Fig.3 Astigmatismo Elevado a favor da regra as vezes confundido com ceratocone.</span></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Na figura 3 observamos um caso de astigmatismo elevado a favor da regra no qual eventualmente um oftalmologista que não tem muita experiência em córnea pode chegar a um diagnóstico de ceratocone, especialmente em virtude da coloração muito "quente" apresentada. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nestes casos de astigmatismo elevado a adaptação de lentes Rígidas Gás Permeáveis (RGPs) é mandatória se o paciente não tolera os óculos ou quer outra opção. Em astigmatismos elevados as lentes gelatinosas não oferecem uma acuidade visual satisfatória e a lente RGP poderá ser fabricada tórica ou bitórica para uma melhor adaptação. Entretanto como nem sempre o astigmatismo corneano é perfeito em relação aos eixos sendo muitas vezes oblíquo a adaptação de lentes RGPs corneanas mostra-se muito mais difícil. É possível utilizar prisma de lastro para evitar que a lente gire saindo do eixo correto quando o paciente pisca mas a experiência tem mostrado que nestes casos é realmente difícil manter a lente sem que exista algum movimento e consequentemente variação na visão do paciente quando ele pisca ou olha para os lados. Se ele deitado de lado a lente sairá totalmente do eixo correto e a visão ficará ruim.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Uma ótima alternativa atualmente para a adaptação de lentes em casos de astigmatismo elevado são as lentes esclerais que consiste em uma lente rígida (gás permeável) de diâmetros entre 17.5 e 20.5 mm que não tocam a córnea e repousam suavemente sobre a esclera. Vamos falar mais nestas lentes em seguida.</div>
<br />
<br />
<span style="font-size: large;"><b>Outras Dificuldades na Adaptação de Lentes de Contato RGPs em Ceratocone</b></span><br />
<br />
<br />
<b>Córneas Excessivamente Curvas Inferiomente</b><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Existem casos em que a córnea do paciente com ceratocone já é originalmente bastante curva e as lentes presentes na caixa de prova não são suficientes para apresentar um melhor padrão de adaptação. Em alguns casos de córnea muito curva com ceratocone posicionado para-central inferior é praticamente impossível obter uma lente que não fique posicionada inferiormente. Isso deve-se ao efeito gravitacional e pela própria posição da córnea com o paciente com a cabeça em posição normal, a lente ainda sofre a ação da pálepbra superior que a empurra também para baixo. Embora em alguns casos seja viável uma adaptação ultrapersonalizada (como costumo chamar) é mandatória a utilização de controle de aberrometria na lente em relação a pupila do paciente, pois pelo fato da lente ficar muito afastada do eixo visual e ainda mais a noite quando a pupila dilata os reflexos podem causar um transtorno ao paciente. A lente <a href="http://ultralentes.com.br/catalogo/ultracone-padrao/" target="_blank">Ultracone</a> tem um dos melhores controles de aberrometria que conheço em lentes para ceratocone, mas é preciso saber quando e como utilizar. Outras características a serem observadas são a fissura palpebral do paciente, a resistência e flexibildade das pálpebras e o diâmetro da córnea de limbo-a-limbo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Embora os oftalmologistas que adaptam as lentes Ultracone, fabricadas pela <a href="http://www.ultralentes.com.br/" target="_blank">Ultralentes</a> saibam que podem contar com recursos de personalização e que podem alterar as curvas (planejar alterações no desenho original da lente Ultracone) de forma a personalizar a adaptação as vezes é interessante discutir o assunto com o laboratório e sempre quando possível fotografar e/ou filmar o teste de lentes com fluoresceína para que assim eles possam enviar ao laboratório. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Síndrome de Olho Seco</b> </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pacientes com instabilidade do filme lacrimal devem ser bem observados e conduzir testes para avaliação da lágrima. Nestes tempos há praticamente uma epidemia de síndrome de olho seco evaporativo, as causas são diversas mas podemos observar que o uso de computador por períodos de tempo extensos (paciente não pisca), uso de ar condicionado (carro, escritório e casa), calefação (na região sul é comum), a poluição entre outros fatores. Em casos mais graves é importante avaliar se não existe nenhuma outra patologia associada de ordem reumato-oftalmológico como síndrome de Stevens Johnson, síndrome de Sögren, etc ou menopausa, uso de medicamentos dermatológicos como Roacutan pode causar temporariamente olho seco e com isso agravar a patologia. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estes casos de olho seco podem ser tratados de forma muito eficiente com as lentes esclerais que possuem além da capcidade de corrigir a visão com ótimos resultados, ser utilizada também de forma terapêutica para aliviar totalmente os sintomas de olho seco mais severo. Quando o uso de lubirificantes não é suficiente ou se o paciente tem que fazer uso crônico é interessante procurar outras alternativas como lubrificantes sem conservantes para eliminar a toxicidade dos mesmos que acabam gerando um efeito rebote na lubrificação e hidratação ocular. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Com estas informações o laboratório Ultralentes (através da <a href="http://ultralentes.com.br/a-ultralentes/consultoria/" target="_blank">consultoria digital</a>) poderá planejar uma lente absolutamente personalizada para sobrepor as dificuldades observadas no teste inicial e registrados em imagem (sempre que possível). No <a href="http://www.iosb.com.br/" target="_blank">IOSB</a> isso já feito diretamente em todos os casos, sempre que necessário procuramos personalizar as adaptações de maneira a obter o melhor conforto, a melhor acuidade visual possível de obter e especialmente mantendo a saúde fisiológica corneana. Entretanto nem sempre os casos de maior complexidade pode ser resolvidos de maneira adequada com estes recursos em lentes rígidas corneanas. </div>
<br />
<span style="font-size: large;"><b>As Lentes Esclerais SB e Semiesclerais SSB</b></span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Em 2001 meu pai (<a href="http://www.iosb.com.br/a-clinica/o-fundador/" target="_blank">Dr. Saul Bastos</a>) solicitou que eu estudasse a tecnologia das lentes esclerais, foi desde este ano então que iniciei uma série de contatos e extensa pesquisa em relação a estas lentes. Entre 2005 e 2006 fabricamos os primeiros protótipos destas lentes mas foi somente em 2008 que os primeiros 12 pacientes foram adaptados. Após o seguimento de um ano destes pacientes com nenhuma complicação lançamos oficialmente no dia 30 de Julho de 2009 as lentes <a href="http://ultralentes.com.br/catalogo/ultracone-thruster-ssb/" target="_blank">semiesclerais SSB</a> e as esclerais SB. Atualmente estas lentes fazem parte do arsenal de tecnologia que dispomos para resolução de casos de alta complexidaqde, não somente como correção visual mas como pela excelente utilização terapêutica que estas lentes proporcionam em uma série de patologias da superfície ocular. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Atualmente com as lentes semiesclerais SSB (<a href="http://ultralentes.com.br/catalogo/ultracone-thruster-ssb/" target="_blank">Semi-Scleral Bastos</a>) de diâmetros entre 16.0 e 18.0 mm e as lentes esclerais SB (<a href="http://ultralentes.com.br/catalogo/ultracone-scleral-bastos-sb/" target="_blank">Scleral Bastos</a>) de diâmetros entre 18.0 e 21.0 mm. tem resolvido praticamente todos os casos que antes tinhamos grande dificuldade e até mesmo alguns pacientes adaptados com sucesso com os medelos de lentes corneanas estão sendo readaptados com as lentes esclerais quando julgamos que possa haver alguma vantagem para o paciente. O alto conforto proporcionado por estas lentes não deve ser utilizado para adaptar todos os casos nos quais encontramos dificuldade, é pela ética do interesse do paciente que devemos nos orientar sempre. Quando é possível adaptar as lentes RGPs com sucesso, mesmo que tenhamos que utilizar os recursos de personalização esse deve ser o caminho inicial pois o custo para o paciente é menor, a facilidade de colocar e remover a lente é maior e mais rápida. A utilização de lentes esclerais na adaptação de casos de ceratocone deve ter indicação quando não é realmente possível adaptar com bom padrão e conforto as lentes RGPs corneanas, mesmo a Ultracone ultrapersonalizada ou qualquer outra das boas lentes para ceratocone de outros fabricantes existentes no mercado.</div>
<br />
<span style="font-size: large;"><b>Modelos das Lentes <a href="http://ultralentes.com.br/catalogo/ultracone-scleral-bastos-sb/" target="_blank">Scleral Bastos</a></b></span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
As lentes esclerais SB possuem desenhos ultramodernos baseados na experiência de mais de 40 anos acumulados na reabilitação visual de pacientes uso de lentes especiais. As lentes de teste possuem curvaturas que vão desde os casos de córneas excessivamente planas até os mais avançados e extremos casos de ceratocone. De uma forma compacta ou completa não é necessário um número grande lentes na caixa de prova completa, entretanto estas lentes tem um custo maior devido a sua alta complexidade de fabricação e por esta razão são também de maior custo para o paciente. O interessante é que os pacientes tem um benefício tamanho que isso compensa estemaior custo. A <a href="http://www.ultralentes.com.br/" target="_blank">Ultralentes</a> fabrica todas as suas lentes com tecnologia desenvolvida na própria empresa, com extensa pesquisa clínica e científica em parceria com oftalmologistas especializados no Brasil e no exterior. Naturalmente que grande parte do conhecimento desta tecnologia vem dos EUA e Europa mas o importante é que não depende de transferência de tecnologia e licenças para fabricar umas das melhores lentes RGPs e Esclerais do mundo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O laboratório Ultralentes trabalha em conjunto com <a href="http://ultralentes.com.br/onde-encontrar/" target="_blank">oftalmologistas credenciados</a> em diversos estados do Brasil, entretanto nem todos estão credenciados ou aptos a adaptar toda a linha de lentes da Ultralentes, portanto é possível pedir <a href="mailto:ultralentes@ultralentes.com.br" target="_blank">orientação</a> ao laboratório para saber se o oftalmologista da sua cidade ou região tem disponível a lente que melhor atenderá suas necessidades. Muitos pacientes de todo o Brasil tem procurado o <a href="http://www.iosb.com.br/" target="_blank">Instituto de Olhos Dr. Saul Bastos</a> (IOSB) para resolver suas dificuldades, especialmente aqueles que já fizeram inúmeras tentativas sem sucesso. O <a href="http://www.iosb.com.br/" target="_blank">IOSB</a> conta com uma estrutura especial para atender pacientes de outros estados, oferecendo suporte em hoteís conveniados próximos ao instituto e organizando horários e datas especiais sempre que possível e mediante <a href="mailto:iosb@iosb.com.br" target="_blank">consulta prévia</a>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Oftalmologistas interessados em cadastrar-se junto a Ultralentes basta entrar em contato, para que o devido credenciamento seja efetivado o oftalmologista interessado deve possuir prévia experiência comprovada na adaptação de lentes RGPs e necessariamente adquirir as caixas de prova para poder realizar os testes. A indicação de um oftalmologista já credenciado tem bastante peso na avaliação para cadastro e credenciamento, especialmente se este tiver feito curso onde os credenciados apresentaram trabalhos nesta área de lentes especiais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Luciano Bastos</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: xx-small;">Diretor & Instrutor Clínico de LC Especiais IOSB</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: xx-small;">Diretor & Consultor em LC RGPs Especiais Ultralentes</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em colaboração ao Blog C&T.</div>Unknownnoreply@blogger.com15tag:blogger.com,1999:blog-7882347025012554785.post-22917079899380632322012-05-01T12:29:00.000-03:002012-05-01T12:29:22.575-03:00Lesões Recorrentes por lentes de contato no ceratocone<div style="text-align: justify;">
Um dos motivos que me leva a escrever este artigo é o fato de que recebemos mensalmente no <a href="http://www.iosb.com.br/" target="_blank">IOSB</a> diversos novos pacientes com ceratocone que nos procuram para receber ajuda. Estes pacientes, além de Porto Alegre, vem de outras cidades do interior e de outros estados a procura de uma solução para o seu caso.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
A dificuldade mais comum é não conseguirem se adaptar as lentes de contato rígidas. Embora ao entrar em contato com o <a href="http://www.iosb.com.br/" target="_blank">IOSB</a> estes pacientes sejam orientados a ficar por pelo menos 48/72 hs sem usar lentes rígidas e de 7 dias se forem lentes gelatinosas muitas vezes eles vem usando suas lentes ou não as retiram com a antecipação recomendada. Isso é necessário para que a córnea esteja relaxada e sem alterações topográficas induzidas pela lente de contato do paciente. Quando o paciente não consegue usar por não se adaptar é bem mais fácil, os testes podem ser realizados e em 99,5% dos casos uma adaptação personalizada da lente <a href="http://ultralentes.com.br/catalogo/ultracone-padrao/" target="_blank">Ultracone</a> (seja o modelo original, PCR, SSB ou Ultracone SB Escleral) resolve o problema e o paciente tem uma excelente adaptação. </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Quando o paciente não retira as lentes é comum que a córnea esteja com a topografia alterada pela lente e as vezes existam lesões que impeçam os testes em um primeiro momento. É compreensível que muitos não suspendam o uso de suas lentes antes do exame por sentirem-se incapazes mesmo de deslocarem-se ou de realizar suas tarefas de rotina e especialmente profissionais sem as suas lentes. Frequentemente vemos pequenas lesões do epitélio corneano e as vezes erosões mais sérias e úlcera de córnea. Quando há lesões sérias o paciente incialmente tem que ser tratado antes para que possa ser realizado um teste confiável e seguro.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
É de grande importância que algumas questões sejam esclarecidas e desmistificadas, tais como:</div>
<ul style="text-align: justify;">
<li>Olho vermelho usando lentes é sinal de a lente não está boa ou não está bem adaptada;</li>
<li>Lacrimejamento excessivo é sinal de lente de má qualidade ou com defeito; </li>
<li>Nenhum paciente consegue se adaptar com uma lente que provoca dor, isso não é normal;</li>
<li>Apresentar episódios de ceratites (lesões epiteliais) freqüentes não é normal;</li>
<li>Lentes que ficam "presas" nos olhos e não se mexem não estão bem adaptadas;</li>
<li>Lentes que se deslocam com muita facilidade ou caem não estão bem adaptadas.</li>
</ul>
<br />
Filme Lacrimal <br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Uma observação clínica que muitas vezes é relevada por especialistas é a observação e análise da estabilidade lacrimal do paciente. Pacientes com oho seco, seja evaporativo ou não, tem grande dificluldade em adaptação de lentes especialmente se a qualidade das lentes for muito boa. Para o sucesso na adaptação de pacientes com perfil lacrimal mais baixo é de fundamental importância que uma lente que permita o livre trânsito da lágrima seja adaptada e de forma que a lente não produza um atrito mecânico no ápice do certocone, especialmente se próximo do eixo visual. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-5DXTHjmfaMI/T5_-HlUl-wI/AAAAAAAAAM8/mZqi0uRfqDA/s1600/DSC06214.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://2.bp.blogspot.com/-5DXTHjmfaMI/T5_-HlUl-wI/AAAAAAAAAM8/mZqi0uRfqDA/s400/DSC06214.JPG" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<span style="font-size: x-small;">Ceratite causada por LC RGP de diâmetro pequeno com toque apical, lesão </span><br />
<span style="font-size: x-small;">no ápice. Observa-se também a marca deixada pela lente na córnea.</span> <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Quando o paciente apresenta ceratites freqüentes, é tratado e depois instruído a usar a mesma lente as chances de haver uma recorrência da ceratite são grandes. Alguns pacientes são assimtomáticos e podem não perceber isso, portanto as visitas de rotina e a adaptação de lentes que não toquem a córnea é muito importante. Estes pacientes que machucam a córnea, tratam com gel específico, voltam a usar a mesma lente, fazm nova lesão e seguem nessa tendência poderão desenvolver cicatrizes permenantes que irão por conseqüência o comprometimento da melhor acuidade visual, perdendo as vezes uma ou mais linhas de visão (Tabela de Snellen).</div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Quando ocorre este tipo de situação o paciente muitas vezes acaba deixando o profissional e procurando ajuda com outros especialistas, as vezes ele percorre muitos especialistas e em alguns casos a solução parece não existir. É comum os pacientes que chegam nestas condições no <a href="http://www.iosb.com.br/" target="_blank">IOSB</a> terem uma certa reserva, de fazer mais uma tentativa mas sem "muita fé" ou as vezes com bastante esperança que possamos ajudá-los. Este tipo de paciente requer uma atenção especial e muitas vezes requer bem mais "tempo de cadeira" do que os demais, é preciso ouvir e compreender bem o seu histórico, expectativas e desenvolver uma solução viável para o caso, sempre a melhor para o paciente, tanto do ponto de vista da saúde como do valor que será cobrado de honorários de adaptação.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Atualmente com a recente disponibilização das lentes semiesclerais que estão surgindo está havendo uma tendência a procurar por este tipo de adaptação de lentes maiores. Vejo com certa reserva esta questão pois sabemos que grande parte da dificuldade destes pacientes não reside no tipo de lente que está sendo testada mas na qualidade e na tecnologia da lente que o profissional dispõe em sua clínica. As <a href="http://ultralentes.com.br/catalogo/semi-scleral/" target="_blank">lentes esclerais e semiesclerais</a> que dispomos no IOSB (<a href="http://ultralentes.com.br/catalogo/ultracone-scleral-bastos-sb/" target="_blank">Ultracone SSB e SB</a>) somente são utilizadas quando há de fato casos de ceratocone de complexidade ainda maior onde as lentes para ceratocone corneanas não apresentaram o resultado ideal.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
A adaptação indicriminada de lentes esclerais ou mesmo semiesclerais sem o devido treinamento poderá resultar no surgimento de novas complicações. É importante estar atento a estas alterações, observar se não está ocorrendo edema de córnea, compressão da esclera, impressão da borda da lente na conjuntiva, existência de pinguécula ou de pterígio importante, hiperemia conjuntival ou outras alterações da córnea, do limbo e da esclera. </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Qualquer adaptação de lentes rígidas, seja qual for não devem apresentar toque apical pois poderá a qualquer momento começar um processo de atrito mecânico (especialmente ao piscar) que irá provocar alguma alteração nas células epiteliais e com o agravamento levar a ceratites recorrentes e mesmo a erosão ou a úlceras de córnea. Uma correta adaptação de lentes de contato RGPs no ceratocone deverá proporcionar uma adaptação tranqüila, sem dor, sem lacrimejamento excessivo e persistente e aumentando uma hora por dia o tempo de uso, em torno de 10 dias o paciente já deve sentir-se bem com as lentes. </div>
<br />
<b>Luciano Bastos</b><br />
<a href="http://www.iosb.com.br/" target="_blank"><span style="font-size: x-small;">Diretor & Instrutor Clínico de LC IOSB</span></a><br />
<br />
Em colaboração com o Blog C&T.Unknownnoreply@blogger.com119tag:blogger.com,1999:blog-7882347025012554785.post-9400142329461946222012-01-01T23:46:00.002-02:002012-01-02T00:10:40.047-02:00100 Anos de Pesquisa em Ceratocone<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">A primeira referência ao ceratocone foi feita em 1748 em uma dissertação de doutorado pelo oculista alemão Burchard Mauchard. A condição de ceratoconefoi então descrita e distinguida de outras patologias em 1854 pelo médico John Nottingham que cunhou o termo<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>córnea cônica. A patologia adquiriu seu presente termo em 1869 com a publicação de uma tese entitulada “Sobre o tratamento para o ceratocone” pelo oftalmologista Suiço Johann Horner.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">A era “moderna” da correção do ceratocone começou em 1888 quando o oftalmologista Francês Eugene Kalt iniciou trabalhos<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>em uma concha de vidro bruta desenhada para comprimir o ápice da área cônica e assim corrigindo a distorção. Esta foi a primeira aplicação conhecida de uso de lente de contato para a correção do ceratocone.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Hoje sabemos que o ceratocone ocorre tanto em homens e mulheres de todas as etnias e em qualquer país do mundo. Embora números definitivos sejam difíceis de determinar, muitos especialistas concordam que nos Estados Unidos aproximadamente 1 pessoa em cada 2 mil possui ceratocone. Embora a causa exata do ceratocone permaneça desconhecida, os efeitos ópticos da patologia tem sido trabalhado com uso de óculos e lentes de contato de alta tecnologia.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Não há evidências para apoiar a teoria de que o uso de lentes de contato desde o início do ceratocone seja de efeito terapêutico para deter ou amenizar a sua evolução. Embora na nossa experiência no IOSB de mais de 40 anos de reabilaitação visual com lentes de contato observe-se que há claramente uma relação entre o uso de lentes de contato de boa qualidade e bem adaptadas com um número bastante baixo de indicações de transplante de córnea, ou seja, quando comparados os indivíduos que usam lentes bem adaptadas com aqueles que não utilizaram os episódios de progressão foram maiores no grupo que não usou lentes, salvo exceções. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O protocolo de tratamento do ceratocone, que visa primeiramente restabelecer a melhor acuidade visual possível de se obter, sugere atualmente que o ceratocone seja observado em intervalos que variam entre a cada 3-4 meses, a cada seis meses ou a cada 12 meses dependendo da idade do paciente, do conhecimento do caso por parte do especialista e especialmente pela resposta que o mesmo apresenta ao método de correção visual ou terapêutico aplicado.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">A primeira opção no diagnóstico inicial e enquanto for possível é a prescrição de óculos, é o padrão em todo o mundo. Com uma prescrição bem feita o paciente poderá em muitos casos ter uma vida normal, pois a miopia e o astigmatismo resultantes da irregularidade provocada pelo ceratocone estão sendo corrigidas se não em sua totalidade, mas ao menos em grande parte. Ao mesmo tempo a adaptação de lentes de contato tem indicação relativa no início (como opção aos óculos) e posteriormente tem indicação por necessidade quando os óculos não mais proporcionam uma acuidade visual satisfatória. </span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: inherit;">Acompanhamento da evolução da patologia</span></strong></div><span style="font-family: inherit;"> </span><span style="font-family: inherit;">Com o acompanhamento, tanto o oftalmologista como o paciente pode observar se houve alguma deterioração da qualidade e da acuidade visual que é um indicativo de que o ceratocone teve episódio de progressão nesse tempo.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A topografia de córnea tem sido utilizada especialmente nesta última década como meio de controle. O montante da progressão irá determinar se há de fato indicação para um tratamento cirúrgico menos invasivo como crosslinking ou implante de anel intracorneano com a principal finalidade de deter possíveis novos episódios de progressão. Geralmente pequenas alterações<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nos exames topográficos e na ceratometria (Ceratômetro, Auto-Refrator-Ceratômetro, Topógrafo Corneano e Tomógrafo Corneano) não devem ser levadas em consideração para a indicação absoluta de procedimentos cirúrgicos, salvo se o paciente tem apresentado sinais claros de que a visão teve uma piora significativa. É igualmente importante distinguir se esta piora visual sem alteração significativa nos exames não é um sinal de uso inadequado de lente de contato de má qualidade ou de lente mal-adaptada. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span><span style="font-family: inherit;">Na medida em que o paciente ultrapassa a fase do diagnóstico inicial ele geralmente experimentará alguns episódios de progressão. Estes episódios poderão ser mais brandos em pacientes bem orientados a utilizar colírios lubrificantes em forma de lágrimas artificiais para recompor o filme lacrimal que muitas vezes é alterado nos pacientes com ceratocone. A orientação de evitar coçar os olhos e tratar de alergias que levem a coceira ocular tem grande impacto preventivo para diminuir as chances de episódios de progressão freqüentes.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Nesta fase que compreende dos 17-19 aos 23-25 anos é que os riscos de episódios de progressão são maiores.</span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">A partir dos 25 anos, o paciente de ceratocone geralmente passa a ter episódios de progressão menos freqüentes ou mais raros, isso deve-se provavelmente ao fato de que o mesmo atravessou a fase de desenvolvimento do corpo e da atuação dos hormônios de crescimento com a chegada da idade adulta. Muitos especialistas afirmam que o ceratocone costuma estabilizar a partir entre os 30 aos 40 anos do indivíduo, embora seja de conhecimento que alguns casos continuam a progredir mesmo até após esta idade, em menor velocidade mas são casos que talvez tenham a indicação de transplante de córnea, estes são menos de 10% dos casos de ceratocone.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Nenhum outro grupo beneficiou-se tanto com a evolução na ciência de lentes de contato como os portadores de ceratocone.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Lentes de alta oxigenação, novos desenhos de boa qualidade, adaptadas de forma personalizada e por profissionais experientes possibilitam uma visão incomparável com qualquer outro meio de correção ou de tratamento cirúrgico do ceratocone. Alguns casos (não necessariamente avançados) têm uma maior complexidade de adaptação e podem requerer maior tempo de testes e de estudo para determinar a melhor alternativa, porém os resultados obtidos geralmente compensam os esforços do médico e do paciente.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
<strong><span style="font-family: inherit;">A história das lentes de contato no ceratocone</span></strong></div><span style="font-family: inherit;">As lentes de contato iniciaram com as grandes lentes esclerais de 18 mm. a 24 mm de diâmetro feitas em vidro no final do século 19. Posteriormente entre 1930 e 1940 o vidro foi substituído por um molde sintético feito chamado polimetilmetacrilato (PMMA). Este material representou um grande avanço para a fabricação das lentes esclerais pelo fato de ser mais macio que o vidro, porém devido a não possuir permeabilidade ao oxigênio a utilização destas lentes limitava-se a um período de 4 a 6 horas, depois disso começava a apresentar edema de córnea.</span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Nos anos 50 as lentes esclerais deram lugar a pequenas lentes de contato chamadas lentes de contato corneanas (de 7.5 mm a 8.5 mm. de diâmetro), eram lentes rígidas fabricadas no material PMMA e por possibilitarem a troca lacrimal entre a lente e a córnea possibilitaram extender o uso para entre 8 a 12 horas dependendo do seu tamanho. Quanto menor ela fosse maior o tempo de uso devido a uma menor área de cobertura da lente sobre a córnea. Com o tempo estas lentes foram aumentando de tamanho pois isso oferecia uma adaptação mais estável, entretanto o edema de córnea continuava a ser um problema ser superado. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Dois avanços dramáticos na tecnologia de lentes de contato possibilitaram aumentar os diâmetros das lentes corneanas, sendo a introdução em 1979 do material gás permeável (RGPs) e de avanços nas técnicas de fabricação destas lentes com desenhos de maior complexidade geométrica. Novos equipamentos e técnicas de fabricação possibilitaram fabricar lentes com diversas curvaturas. Uma das mais importantes e que continua ainda sendo uma das lentes mais adaptadas no mundo é a lente rígida Soper, criada pelo nosso amigo e mentor Joseph W. Soper na Baylor Medical College em 1968. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Também em 1970 uma técnica chamada piggyback foi introduzida nos EUA com a finalidade de facilitar a adaptação de lentes de contato, consistia na adaptação da lente rígida sobre uma lente gelatinosa e continua sendo até hoje uma técnica utilizada, geralmente com bastante limitação e com um custo x benefício não muito favorável ao paciente, utilizada quando não se consegue obter uma boa adaptação com as lentes RGPs. O problema é que em grande parte dos casos o paciente irá desenvolver uma intolerância a esta técnica, especialmente pelo fato de a lente gelatinosa (mesmo descartável) provoca a médio-longo prazo uma intolerância alérgica devido à menor hidratação da córnea que ocorre com a lente gelatinosa. Outra tecnologia introduzida em meados de 1977 foi a lente híbrida, com um centro rígido e uma “saia” gelatinosa, chamada inicialmente de lente Saturno 1, esta lente apresentou problemas de descolamento da porção gelatinosa que rasgava com facilidade, mais tarde surgiu então a nova versão Saturno II que tinha a finalidade de ser mais resistente. Esta lente continuou a apresentar problemas com a porção gelatinosa periférica além de criar situações de edema de córnea por hipóxia (carência ou ausência de oxigênio suficiente para manter a córnea fisiologicamente saudável). Mais tarde a tecnologia foi reintroduzida no mercado sob o nome de Softperm e posteriormente vendida a outra empresa que novamente introduz no mercado a lente com o nome SynergEyes. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">A lente tipo Soper foi aos poucos adotada no mundo inteiro e até hoje ainda é a lente mais adaptada para o ceratocone. Em alguns países surgiram variações desta lente cada uma prometendo um avanço em relação a original. Em 1986 surgia a lente </span><a href="http://ultralentes.com.br/catalogo/"><span style="font-family: inherit;">Ultracone</span></a><span style="font-family: inherit;"> tipo Soper Modificada, fabricada pela Ultralentes que vem sendo aprimorada até os dias de hoje. Em 1988 aproximadamente o optometrista Neo-Zelandês Paul Rose criou uma destas variações chamando-a de Rose K patenteando seu desenho e através de um marketing muito bem feito vendeu a tecnologia através de royalties para países da América do Norte e Europa e posteriormente vendeu os direitos a uma empresa americana e esta repassou a outra maior. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">No Brasil, em 1986 surgia a </span><a href="http://www.ultralentes.com.br/"><span style="font-family: inherit;">Ultralentes</span></a><span style="font-family: inherit;">, laboratório criado pelo </span><a href="http://www.iosb.com.br/"><span style="font-family: inherit;">Dr. Saul Bastos</span></a><span style="font-family: inherit;"> (meu pai) e eu com a finalidade de desenvolver soluções para casos de alta complexidade como o ceratocone, pós-transplante de córnea, pós-cirurgia refrativa, pós-trauma, afacia, alta miopia e astigmatismos elevados, além dos casos de miopia e hipermetropia simples. De início começou o projeto </span><a href="http://ultralentes.com.br/catalogo/"><span style="font-family: inherit;">Ultracone</span></a><span style="font-family: inherit;"> ou também conhecida na época como lente Soper Modificada que ele já adaptava em seus pacientes e com a Ultralentes passou a ter uma série de aperfeiçoamentos na tecnologia de fabricação e no seu desenho e a tornaram uma das melhores lentes especiais para ceratocone já desenvolvidas. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Diferentemente das demais lentes fabricadas pelas empresas de grande porte e com eficientes sistemas de fabricação, de distribuição e de vendas, a lente Ultracone passa a ser um artigo de luxo de alta tecnologia e primorosa qualidade adaptada por um seleto número de especialistas muitos freqüentes palestrantes sobre o tema adaptação de lentes especiais em congressos de oftalmologia como o próprio Dr. Saul Bastos. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div><span style="font-family: inherit;"><br />
</span><span style="font-family: inherit;">Por mais de 100 anos as lentes de contato tem sido a primeira opção de modalidade para o tratamento do ceratocone. Poucas modalidades em toda a medicina obtiveram tamanho sucesso em longo prazo. Observa-se também que em diversas vezes tentou-se reintroduzir tecnologias especialmente em lentes gelatinosas ou híbridas que acabaram mostrando as mesmas limitações e complicações do passado. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Muitos pacientes são levados a acreditar que estas modalidades alternativas de lentes são inovações mas na verdade não passam de reintroduções de tecnologias já experimentadas no passado que não tiveram êxito e por isso não sustentaram-se.</span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">As lentes rígidas, hoje conhecidas como gás permeáveis (GPs) são indiscutivelmente as que oferecem a melhor qualidade e acuidade visual e se forem de alta tecnologia, de boa qualidade final e bem adaptadas oferecem grande conforto, a melhor acuidade visual possível de se obter e garantem a saúde fisiológica da córnea, fundamental na adaptação de lentes de contato.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Talvez a melhor inovação em lentes de contato desta década seja a reintrodução das lentes esclerais e semiesclerais rígidas feitas em materiais de alta permeabilidade ao oxigênio. A Ultralentes iniciou um projeto de pesquisa e desenvolvimento destas lentes em 2003 e somente no final de 2007 as primeiras lentes foram fabricadas e iniciou-se os testes clínicos no Instituto de Olhos Dr. Saul Bastos (IOSB). No final de 2008 já havia mais de 50 pacientes adaptados com as lentes SSB e com resultados extremamente animadores, sem nenhuma complicação. Em Julho de 2009 a Ultralentes anuncia então de forma pioneira o lançamento de sua linha de lentes de contato esclerais e semiesclerais com os nomes de Scleral Bastos (SB) e Semi-Scleral Bastos (SSB) com lentes de diâmetros de 16 a 21 mm de diâmetro de desenhos asféricos de alta complexidade geométrica. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O melhor desta tecnologia é que ela permite a utilização destas lentes além de tratamento corretivo da visão, como tratamento terapêutico em algumas doenças da superfície ocular.*</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://ultralentes.karpatos.kinghost.net/wp-content/uploads/2011/08/nova01.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="207" src="http://ultralentes.karpatos.kinghost.net/wp-content/uploads/2011/08/nova01.png" width="320" /></span></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: x-small;">Lente Ultracone Scleral Bastos (SB) em ceratocone avançado, </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: x-small;">cortesia Ultralentes.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span><span style="font-family: inherit;">O custo mais elevado destas lentes justifica o investimento especialmente naqueles casos onde o paciente tentou adaptar diferentes lentes rígidas sem sucesso, casos onde mesmo os mais avançados desenhos de lentes corneanas não foram suficientes para oferecer conforto e boa adaptação.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>As lentes SB e SSB possuem dois variações, a Ultracone (SB ou SSB) e a Ultraflat (SB ou SSB). Os especialistas que já estão adaptando aos poucos estas lentes podem optar entre o modelo SSB de diâmetro entre 14.5 mm. e 16.0 mm. ou a SB de diâmetro entre 16.5 mm. e 21.0 mm. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Atualmente o IOSB possui uma casuística de mais de 250 casos de pacientes em sua maioria ceratocone de iniciais á moderados com intolerância a lentes rígidas corneanas, pacientes com ceratocone e deficiências lacrimais, casos de ceratocone pós-implante de anel, casos de Degeneração Marginal Pelúcida, casos de ceratoglobo, casos de ceratocone extremo (acima de 70 dioptrias), casos de pós-transplante de córnea com astigmatismos elevados, cerca de 10 casos pós-trauma e a utilização como tratamento terapêutico em casos de olho seco por ceratoconjuntivite sicca, por síndrome de Sögren, Síndrome de Stevens Johnson e um caso de queimadura química. O índice de complicações destas adaptações é praticamente nulo, em dois casos foram diferentes fenômenos foram observados e resolvidos em tempo hábil, essa é a grande diferença em ser detentor de uma tecnologia e poder aperfeiçoá-la em tempo real, pode-se corrigir o rumo durante o processo sem depender externa.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">É sempre importante mencionar fatos, contra fatos não há argumentos. As lentes de contato RGPs e atualmente as lentes esclerais e semiesclerais GPs são largamente a modalidade de tratamento de correção visual mais eficaz que existe para os potradores de ceratocone. Embora alguns casos sejam beneficiados com os novos procedimentos cirúrgicos nenhum deles supera a adaptação de lentes de boa qualidade como a melhor alternativa para o paciente retomar suas atividades profissionais e sociais sem maiores dificuldades.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: inherit;"><strong>Avanços em Tratamentos Cirúrgicos para o ceratocone</strong></span><br />
</div><span style="font-family: inherit;"> </span><em><strong><span style="font-family: inherit;">Transplante de Córnea</span></strong></em><br />
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span><span style="font-family: inherit;">Os últimos 25 anos apresentaram avanços significativos nos tratamentos cirúrgicos para o ceratocone. Se olharmos para o ano de 1986 a única opção cirúrgica para o ceratocone era o transplante de córnea tradicional de todo o botão, chamada de ceratoplastia penetrante. Foi durante um tempo um procedimento que requeria a internação do paciente por alguns dias.</span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Atualmente todas as cirurgias para o ceratocone são realizadas com pacientes que baixam para o procedimento e após um determinado número de horas vão para suas casas para fazer a recuperação. A própria técnica tradicional teve aprimoramentos que passam por instrumentos mais precisos e pela sensibilidade do cirurgião que quando tem uma curva de experiência consegue obter um resultado melhor com uma superfície corneana menos irregular em torno do botão doado.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O uso da tecnologia do femtosecond laser possibilita resultados ainda melhores devido a sua capacidade de gerar um receptáculo na córnea hóspede com um encaixe para o botão da córnea doada que também é trabalhada pelo laser. Este encaixe do tipo “macho-fêmea” possibilita uma superfície bem mais homogênea e menos irregular, com uma cicatrização melhor e mais rápida se comparada á técnica tradicional. A técnica tradicional pode levar entre 12 a 18 meses até a total estabilização enquanto a técnica utilizando o femtosecond laser pode reduzir esse tempo para entre algo entre 6 a 9 meses. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
<em><strong><span style="font-family: inherit;">Transplante Lamelar Anterior Profunda (DALK)</span></strong></em></div><span style="font-family: inherit;"> </span><span style="font-family: inherit;">O mais recente avanço cirúrgico para o ceratocone em transplante é o refinamento da técnica de transplante de córnea de espessura parcial ou lamelar. Embora a técnica de transplante de espessura parcial (lamelar) esteja sendo praticada há muitos anos a melhor resposta visual está sendo obtida com uma refinada técnica introduzida pioneiramente pelo Dr. Mohammed Anwar na Arábia Saudita. Com a “grande bolha” (Ceratoplastia Lamelar Anterior Profunda), ar é injetado dentro da córnea de maneira que a membrana de descemet (logo abaixo do epitélio corneano) seja separada do estroma e assim o cirurgião poderá retirar a parte afetada pelo ceratocone sem entanto retirar o endotélio corneano (camada mais profunda da córnea).</span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">As células endoteliais têm um papel extremamente importante em retirar excesso de água da córnea e manter sua transparência. Com o transplante tradicional a córnea receptora do paciente poderá reconhecer o botão do enxerto doador como um inimigo e rejeitar atacando-o como um invasor. Isso pode destruir as células endoteliais críticas que não se regeneram. Mesmo com a inexistência de rejeição estas células tendem a morrer algum tempo após o transplante tradicional e eventualmente a córnea pode tornar-se nublada perdendo a transparência e o transplante tem que ser refeito com uma nova córnea.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">A técnica do transplante lamelar anterior profundo possibilita ao paciente manter o seu endotélio, permanecendo assim com suas células endoteliais e desta maneira a rejeição praticamente deixa de ser uma preocupação. Um enxerto feito com esta técnica deve ser apto a durar por toda a vida do paciente.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
<em><strong><span style="font-family: inherit;">Implante de anéis intraestromais</span></strong></em></div><span style="font-family: inherit;"> </span><span style="font-family: inherit;">Os segmentos de anéis intraestromais foram desenvolvidos inicialmente no Instituto Barraquier com o nome de Intacs para controle e redução da miopia. No Brasil, durante a década de 90 o oftalmologista Dr. Paulo Ferrara desenvolveu um protótipo com diferentes nomogramas para o tratamento do ceratocone, chamada técnica do Anel de Ferrara. Tempos depois outros fabricantes criaram suas versões chamadas Corneal Rings e Kerarings com diferentes desenhos. Atualmente há um aprimoramento da técnica que pode ser feita utilizando a tecnologia do femtosecond laser para produzir os dutos nos quais os segmentos do anel serão inseridos. A finalidade é gerar dutos com profundidade e tamanho precisos para a obtenção de melhores resultados. Alguns cirurgiões defendem a técnica manual dizendo que se o cirurgião tem experiência ele pode criar os dutos manualmente com o instrumento original para este fim com resultados similares e com o custo bem menor, não havendo de fato necessidade de utilização do laser para este fim.</span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Esta técnica visa prover a córnea com um reforço para deter o avanço da patologia e ao mesmo tempo reduzir a distorção causada pelo ceratocone. O implante de anéis intraestromais (também chamados intra-corneanos) pode ocasionalmente melhorar a visão mas em grande parte dos casos uma correção visual é ainda necessária, as vezes os óculos podem ajudar mas geralmente há a necessidade de adaptar lentes de contato.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Trata-se de uma técnica cirúrgica minimamente invasiva quando comparada ao transplante de córnea. Embora os defensores da técnica afirmem que facilita a adaptação de lentes de contato o que se observa é que em grande parte dos casos há a necessidade de adaptação de lentes rígidas gás permeáveis. Essa adaptação em certos casos passa a apresentar complicações originadas por uma elevação provocada pela extremidade de um dos segmentos na porção para-central da córnea o que dificulta a adaptação da lente rígida devido ao toque que é gerado. Este toque nesta região leva a uma ceratite de contato e se não interrompida o uso de lentes, pode gerar uma erosão e em último caso uma úlcera de córnea. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Alguns oftalmologistas optam pelo uso de lentes gelatinosas ou pelo sistema de piggyback descrito no início do artigo, o que leva naturalmente ás complicações ora expostas anteriormente. Na nossa experiência no IOSB tivemos que desenvolver uma lente especial para adaptação pós-implante de anel, chamada de Ultracone PCR (Post-Corneal Ring) e que através de curvas asféricas de maior excentricidade e de maior valor sagital procuram sobrepor esta elevação. Em Novembro de 2011 saiu um artigo na revista </span><a href="http://www.clspectrum.com/magazineViewer.aspx?magDated=201111"><span style="font-family: inherit;">Contact Lens Spectrum Magazine</span></a><span style="font-family: inherit;"> escrito por mim que foi inclusive capa da revista no qual eu demonstro exatamente as dificuldades criadas em certos casos pela presença do anel em relação a adaptação de lentes rígidas e como a Ultracone PCR é capaz de em muitos desses casos solucionar o problema.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.clspectrum.com/content/archive/magcovers/112011.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="320" src="http://www.clspectrum.com/content/archive/magcovers/112011.jpg" width="235" /></span></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: x-small;">Capa do periódico científico Contact Lens Spectrum Magazine publicada em Novembro de 2011 </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: x-small;">com artigo de capa sobre adaptação de lentes de contato em ceratocone pós-implante de anel.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span><span style="font-family: inherit;"></span><br />
<span style="font-family: inherit;">Uma outra ótima alternativa que encontramos foi a adaptação de lentes semiesclerais ou mesmo esclerais nestes casos, especialmente nos casos mais avançados com implante de anel onde mesmo a Ultracone PCR não foi suficiente ou teve resultados limitados. Há um vídeo no You Tube demonstrando a adaptação da lente Ultracone SSB em um caso pós-implante de anel onde não foi possível a adaptação da Ultracone PCR devido ao grau elevado do paciente. O vídeo pode ser visto abaixo.</span></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/6qddA7MGmV0?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: x-small;">Ultracone SSB adaptada com sucesso em ceratocone pós-implante de anel, cortesia IOSB.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: x-small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span><em><span style="font-family: inherit;"><strong>Crosslinking de Colágeno de Córnea com Riboflavina</strong> </span></em></div><span style="font-family: inherit;">A mais recente intervenção cirúrgica minimamente invasiva para o ceratocone é o crosslinking de colágeno de córnea com riboflavina sob luz ultravioleta. Pela primeira vez temos uma técnica que permite de fato interromper a progressão do ceratocone. O procedimento visa aumentar a resistência biomecânica da córnea com a liberação de radicais livres de oxigênio o que normalmente tenta se evitar com o uso de antioxidantes mas nesse caso o procedimento visa enrijecer a córnea adiantando o seu “envelhecimento” e com isso sua dureza. Desta forma segundo os estudos que vem sendo realizados desde 2001 o tratamento é eficaz para deter a progressão do caso. Alguns casos surpreendem os especialistas por observar que mesmo alguns pacientes melhoram a visão e o formato da córnea com uma parcial regressão do ceratocone mas isso não pode e não deve ser considerado na hora de decidir optar pelo procedimento pois não há garantia real de que isso irá ocorrer.</span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
<em><strong><span style="font-family: inherit;">Métodos do Crosslinking (CXL)</span></strong></em></div><span style="font-family: inherit;">Há duas correntes que defendem a aplicação do crosslinking sendo a primeira o método originalmente criado de remoção do epitélio (epithelium off) que é bastante doloroso para o paciente nos primeiros dias mas que pode ser contornado com a utilização de analgésicos e a outra que consiste em manter o epitélio (epithelium on). Há uma discussão sobre a necessidade de remoção do epitélio corneano, pois a não remoção do epitélio garante um maior conforto ao paciente embora a técnica de remoção do epitélio produz um efeito maior uma vez que há maior penetração da riboflavina no estroma. Segundo os especialistas que defendem a remoção do epitélio a riboflavina tem ação efetiva no terço anterior da córnea e com isso a não remoção do epitélio acarreta numa penetração muito pequena da riboflavina comprometendo a eficácia do tratamento.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Segundo os idealizadores do tratamento do crosslinking a remoção do epitélio é fundamental para que seja atingido o objetivo principal que é deter os episódios de progressão e a indicação do tratamento somente é feita se houver a constatação inequívoca de que o ceratocone encontra-se em episódios de progressão recentes. O protocolo de segurança tal qual foi concebido por Theo Seiler e Gregor Wollensak (Protocolo de Dresden) é o único que possui um histórico de casos que podem ser analisado embora o tempo e o pequeno número de procedimentos realizados representem ainda uma amostragem pequena e sem a comprovação de longo prazo. Em todo o caso os resultados observados até então são animadores no sentido de resguardar a segurança dos pacientes.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Interessantemente mesmo na Alemanha onde o crosslinking foi concebido já há muitos oftalmologistas realizando combinações de métodos o que foge do tratamento originalmente proposto no protocolo do CXL. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Há uma tendência de alguns especialistas mais ousados e interessados em expandir a aplicação do CXL em conjunto com outras técnicas como a cirurgia refrativa por fotoablação a laser e implante de anel. Estas variações foram denominadas então de experimentos possivelmente inspirados por um novo protocolo chamado de Protocolo de Atenas. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O Protocolo de Atenas é a combinação de uma cirurgia por PRK topo-guiado com a finalidade de diminuir ao máximo as irregularidades corneanas presentes no ceratocone mas evitando ao máximo a queima excessiva de tecido e a aplicação simultânea, na verdade logo em seguida, do crosslinking (CXL). O propósito é obter uma superfície ocular mais homogênea e prevenir que a mesma possa alterar utilizando o CXL para este fim. A técnica utiliza o laser topo-guiado para remover o epitélio e membrana de Bowman e ao mesmo tempo regularizar a superfície e já abrir o caminho para a aplicação do crosslinking uma vez que a penetração da riboflavina será maior e portanto garante uma maior eficácia do CXL. Foram apresentados resultados clínicos comprovando este fato.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
<em><strong><span style="font-family: inherit;">Keraflex um novo tratamento para o ceratocone</span></strong></em></div><span style="font-family: inherit;"> </span><span style="font-family: inherit;">Em 2009 surge uma nova técnica para tratamento do ceratocone que consiste em esquentar a porção interna córnea utilizando uma tecnologia de microondas e ao mesmo tempo mantendo a superfície fria para não comprometer as demais estruturas. O calor gerado pelo microondas tem a finalidade de criar um efeito de moldeamento corneano de aplanamento corneano, fazendo com que grande parte da miopia gerada pelo ceratocone seja neutralizada, embora os estudos apresentados reconheçam que o astigmatismo corneano ainda resta após o procedimento. Logo em seguida uma variação do Crosslinking é aplicada sobre a córnea desepitelizada, com o uso de uma riboflavina modificada. </span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O Crosslinking Acelerado foi parte essencial do estudo e foi desenvolvido posteriormente ao Keraflex pois observou-se que o ideal é que o crosslinking seja aplicado com a córnea ainda em seu estado mais “derretido” para que segurasse nessa posição mais plana, procurando eliminar ou ao menos amenizar a área cônica provocada pelo ceratocone. O crosslinking acelerado como é chamado é realizado entre 5 a 7 minutos e isso foi possível graças a riboflavina modificada desenvolvida.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Embora a técnica seja promissora no sentido de abrir uma nova perspectiva de tratamento é importante mencionar que as mesmas limitações de indicação do crosslinking são observadas no Keraflex e resultados à longo prazo são necessários para garantir a segurança e eficácia do método. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span><strong><span style="font-family: inherit;">Conclusão</span></strong></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">É inegável que houve muitos avanços nestes últimos 100 anos desde que o ceratocone tornou-se conhecido. É igualmente inegável que as décadas recentes apresentaram alternativas cirúrgicas menos invasivas que funcionam para alguns casos sozinhas. Mas ainda há um longo caminho a se percorrer até que resultados mais consistentes sejam obtidos e que tenhamos uma amostragem real e significativa de longo prazo para sabermos de sua eficácia e segurança.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">É importante mencionar dois fatores importantes sobre causa e tratamento do ceratocone, primeiro que todos os estudos investigativos das causas do ceratocone apontam em determinado momento o fato de que coçar os olhos está presente na imensa maioria dos casos. Logo, tratar esse sintoma com anti-alérgicos e acredito que hidratar a superfície ocular com lubrificantes com menor conteúdo possível de conservantes ou sem preservativos seja uma boa idéia. O outro fator importante é que mesmo com todos estes novos métodos de tratamento cirúrgicos disponíveis a adaptação de lentes de contato especiais corneanas ou esclerais gas permeáveis continua sendo a melhor forma de reabilitação visual do paciente com ceratocone mesmo após os procedimentos serem realizados, salvo exceções onde a acuidade visual obtida sem correção foi suficiente para devolver uma acuidade visual satisfatória com ou sem óculos. Os avanços obtidos nos novos desenhos de lentes especiais oferecem ao paciente segurança, conforto e especialmente a manutenção da saúde fisiológica da córnea.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Na medida em que novas informações sejam disponibilizadas sobre o tema ceratocone e tratamentos elas serão postadas neste espaço. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;">Um Feliz 2012 a todos com saúde e melhor qualidade de visão.</span></div><span style="font-family: inherit;"><br />
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"><a href="http://www.iosb.com.br/">Luciano Bastos</a></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;">Em colaboração com o Blog C&T. </span></div>Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7882347025012554785.post-61519067450346044362011-08-22T02:48:00.004-03:002011-08-24T12:17:55.376-03:00Ceratocone e Adaptação de Lentes de Contato Reabilitação Visual<div style="text-align: center;"><b>UMA ANÁLISE CRÍTICA DA REABILITAÇÃO VISUAL NO CERATOCONE </b></div><br />
<div style="text-align: justify;">A reabilitação visual e a preservação da saúde e integridade fisiológica da córnea são os mais importantes aspectos a serem observados quando se fala em tratamento do ceratocone. Dos tratamentos existentes para a reabilitação visual no ceratocone a adaptação de lentes de contato é responsável por cerca de 56% dos casos tratados. O uso de óculos responde por cerca de 20% dos casos. O Implante de anel intraestromal ou crosslinking respondem por cerca de 9% dos casos e o transplante de córnea por cerca de 8%. Cerca de 7% dos casos não necessita ainda auxílio para acuidade visual ou está aguardando para fazer alguma das opções anteriores. Dos 56% dos casos de pacientes que usam lentes de contato, cerca de 46% corresponde ao grupo que usa lentes de contato rígidas gás permeáveis (RGPs). De todos os tratamentos existentes a adaptação de lentes RGPs é a que proporciona ao paciente a melhor acuidade visual possível de obter no ceratocone.</div><br />
<div style="text-align: justify;">Esta estatística acima foi obtida em uma enquete de um grupo de 337 pessoas da comunidade <a href="http://www.blogger.com/goog_1457264008">C</a><a href="http://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&cd=2&ved=0CDEQFjAB&url=http%3A%2F%2Fwww.orkut.com%2FCommunity%3Fcmm%3D186838%26hl%3Dpt-BR&rct=j&q=ceratocone%20e%20tratamentos%20orkut&ei=3exRTrHHJYiWtwe7yqHLCQ&usg=AFQjCNH0oMPXJh_Wzi9S6jjqEY6aqL-SgQ&sig2=HZ-ZmQrmnJ4UYgW4zl-Lug&cad=rja">eratocone e Tratamentos</a> no Orkut e pode ter algumas variações mas os números confirma pesquisas feitas em outros países onde observou-se que as lentes de contato são defintivamente o método de reabilitação mais utilizado. Isso é compreensível devido ao fato de que as lentes RGPs são as lentes que melhor corrigem as irregularidades topográficas da córnea no ceratocone. A melhor acuidade visual é obtida com lentes de contato RGPs especiais para o ceratocone, especialmente quando são de boa qualidade, alta tecnologia e adequadamente adaptadas. Na Figura 1 observa-se a perfeita adaptação de uma lente RGP Ultracone adaptada em uma paciente com ceratocone moderado (cortesia <a href="http://www.iosb.com.br/">IOSB</a>).</div><br />
<div style="text-align: center;"><b>Lentes Gelatinosas X Lentes RGPs</b></div><br />
<div style="text-align: justify;">A adaptação de lentes gelatinosas tóricas no ceratocone muitas vezes pode ter bom resultados em termos de acuidade visual nos casos iniciais e bastante moderados. O maior problema consiste nos casos mais avançados onde não é possível obter boa visão para o paciente e também no importante fator que os pacientes com ceratocone frequentemente tem alterações metabólicas da lágrima e isso afeta a superfície ocular. É freqüente entre pacientes que usam lentes hidrofílicas gelatinosas desenvolverem uma "intolerância alérgica a estas lentes, especialmente após alguns meses ou anos usando as mesmas, provavelmente devido a hipoxia (carência de oxigenação) corneana. O resultado são olhos vermelhos (hiperemia conjuntival) com a formação de neo-vasos e ardência ao longo das horas de uso das lentes. </div><br />
<div style="text-align: justify;">Outra freqüente opção utilizada por alguns especialistas consiste no sistema de "piggyback" ou também conhecido com lente "a cavalero" na qual a lente rígida é adapta sobre uma lente gelatinosa e assim o paciente tolera melhor o uso da lente rígida. O maior problema desta técnica deve-se ao fato de que com essa técnica perde-se o "melhor dos dois mundos" das lentes RGPs que são basicamente a melhor oxigenação e hidratação da superfície corneana que garantem a saúde fisiológica da córnea e a melhor visão proporcionada. Neste caso o piggyback impede a livre circulação de lágrima, absorve a película de lágrima ao longo do uso e o processo de hipoxia pode ter início levando as vezes até poucos anos para apresentar complicações, mas observa-se com alguma freqüência que isso ocorre de fato com o uso deste sistema. Um outro fator a ser considerado para o paciente é a necessidade de adaptar dois tipos de lentes (duas para cada olho) e de ter que utilizar dois diferentes sistemas de limpeza e assepsia o que encarece bastante o tratamento onerando o paciente.</div><br />
<br />
<div style="text-align: center;"><b>Lentes Rígidas: "Não posso usar", "Não me adaptei", Não servem no meu caso"</b></div><br />
<div style="text-align: center;"><blockquote><i>"É falso afirmar que no início da adaptação da lente rígida o olho fica vermelho e o paciente chora." </i></blockquote><i>"É falso que a lente rígida é sempre desconfortável."</i> <br />
<br />
<span style="font-size: x-small;">(Pena, Ari de Souza et al., Clínica de Lentes de Contato, Dr.Saul Bastos, Ed. Cultura Médica, 1989, Cap.12) </span></div><br />
<div style="text-align: justify;">Uma das dificuldades que alguns pacientes tem muitas vezes é tolerar as lentes rígidas, especialmente nos casos mais avançados onde não existe outras opções. Existem diferentes tipos e fabricantes de lentes e nem todos tem a mesma tecnologia nem mesmo a regularidade de reproduzir os desenhos que devem servir de solução visual mas ao mesmo tempo tem que oferecer conforto e segurança para a manutenção da saúde fisiológica e da integridade da córnea. Outro fator a ser considerado é que as lentes mais sofisticadas são mais caras e mais difíceis de se encontrar, o que torna complicado para os pacientes do SUS por exemplo a terem as melhores opções disponíveis, especialmente devido ao seu valor mais elevado.</div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-OhbF9oix-bc/TlGRkyBMO4I/AAAAAAAAALw/HKrI-OWTQAE/s1600/DSC09863+-+C.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://3.bp.blogspot.com/-OhbF9oix-bc/TlGRkyBMO4I/AAAAAAAAALw/HKrI-OWTQAE/s320/DSC09863+-+C.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig. 1 Lente Ultracone em um ceratocone tipo II (moderado)</span></div><br />
<div style="text-align: justify;">O ceratocone produz alterações absolutamente únicas para cada indivíduo, apesar das topografias muitas vezes terem aspectos semelhantes que caracterízam a patologia, as implicações específicas da individualidade de cada caso são observadas no detalhe quando o exame com lentes de contato é feito sob o contraste da fluoresceína. Neste momento que os especialistas podem verificar se a lente está adequada a aquele caso e se alguma modificação é necessária para a personalização da adaptação e com isso obter maior sucesso e um melhor resultado. Esta personalização deve visar uma melhor relação lente/córnea, proporcionar conforto ao paciente e especialmente uma boa acuidade visual, preservando sempre a integridade e a manutenção do equilíbrio fisiológico da córnea.</div><br />
<div style="text-align: justify;">1. O caminho para o sucesso na adaptação de lentes RGPs especiais no ceratocone tem três premissas básicas: </div><ol style="text-align: justify;"><li>1. A córnea não pode ter opacidade central que inviabiliza a obtenção de uma acuidade visual satisfatória;</li>
</ol><ol style="text-align: justify;"><li>2. A lente precisa ser de alta qualidade e tecnologia; </li>
</ol><ol style="text-align: justify;"><li>3. O paciente deve ser bem orientado pelo oftalmologista e devidamente acompanhado.</li>
</ol><br />
<div style="text-align: justify;">A personalização do caso é possível, viável e indicada especialmente nos casos onde os testes realizados não apresentam os resultados almejados que são, boa visão, conforto e segurança para o paciente. Para que essa personalização possa ser feita é fundamental que o médico tenha uma boa experiência na adaptação de lentes especiais e que possa contar com uma assessoria técnica de alto nível por parte do laboratório fabricante das lentes. Essa relação entre o oftalmologista e o técnico-especialista fabricante da lente é o caminho para que seja produzida uma lente com as modificações necessárias para aqueles casos.</div><br />
<div style="text-align: justify;">A necessidade de personalização pode ocorrer tanto em casos de ceratocone iniciais do tipo I como nos casos moderados (tipo II) e mais avançados e extremos (tipos III, IV e V*). Os especialistas com bastante experiência na adaptação de lentes RGPs especiais no ceratocone sabem que alguns casos fogem a regra e tem apresentações diferentes no que se refere a forma, ao tamanho e a posição da área ectásica (cone) e a área que apresenta-se ao redor desta até a área periférica da córnea.</div><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;"><i>*Obs. Embora a classificação oficial vá até IV, nós utilizamos aqui o grau V para representar os casos extremos onde até cerca de 7 anos atrás consideva-se impossível de adaptar, com curvas do ápice corneano acima de 70 dioptrias. Hoje é possível a adaptação de lentes nestes casos avançados com por exemplo a lente Ultracone Extreme que pode ser adaptada até 80 dioptrias.</i></span></div><br />
<div style="text-align: justify;">Outra necessidade de personalização do caso ocorre em casos onde o paciente foi submetido a algum procedimento cirúrgico como implante de anel intra-estromal, casos pós-cirúrgicos por excimer laser e crosslinking (cirurgias combinadas) ou mesmo o transplante de córnea. Nestes casos há necessidade de uma adaptação muito elaborada, uma vez que trata-se de uma córnea que sofreu intervenção prévia seja ela menos ou mais invasiva.</div><br />
<div style="text-align: center;"><b><span style="font-size: small;">Adaptação de Lentes de Contato RGPs Pós-Implante de Anel</span></b></div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">A cirurgia de implante de anel intracorneano (também chamado intra-estromal) tem a finalidade de 1) Interromper a progressão do caso; 2) Proporcionar uma melhor regularização da superfície corneana possibilitando uma melhor acuidade visual com ou sem correção por óculos ou lentes de contato. Segundo alguns especialistas o implante facilita a adaptação de lentes de contato o que não se confirma com os relatos de inúmeros especialistas em adaptação de lentes RGPs especiais em ceratocone. </span><b><span style="font-size: small;"> </span></b><span style="font-size: small;">Embora alguns pacientes tenham ótimos resultados em relação a acuidade visual e reportem não precisar mais de óculos ou lentes de contato, estes em sua maior parte consistem nos casos mais iniciais ou bastante moderados da patologia que são os que mais beneficiam-se desta técnica. Embora a técnica tenha sido aprimorada nos últimos anos com desenhos de segmentos de anel de diferentes tamanhos e espessuras (chamados nomogramas) é freqüente o relato de casos onde o procedimento desapontou as expectativas do paciente, especialmente em relação a um possível ganho visual. </span></div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">A maior dificuldade no entanto é a adaptação de lentes RGPs especiais nos casos pós-implante de anel onde pelo menos um dos segmentos produz uma elevação na porção paracentral inferior da córnea que dificulta o posicionamento correto da lente, além de que esta faz um toque nessa área, resultando em ceratite localizada e intolerância ao uso de lentes rígidas. Muitas vezes o oftalmologista que está adaptando lentes depara-se com esta dificuldade e não consegue uma resolução adequada. Nestes casos é comum, "necessária" e até desejada a tentativa de adaptação utilizando o sistema de piggyback citado anteriomente. Neste momento voltamos as dificuldades supramencionadas relacionadas a hipoxia corneana e intolerância alérgica as lentes hidrofílicas. </span></div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">A <a href="http://www.ultralentes.com.br/">Ultralentes</a> desenvolveu, de forma pioneira, em 2005 a lente Ultracone PCR que foi concebida para sobrepor as dificuldades apresentadas, em especial a esta área de levação criada pela presença da extremidade de um dos segmentos do anel. (Figuras.2a e 3b). A lente Ultracone PCR tem um diâmetro maior e uma asfericidade múltipla que procura livrar a área de elevação permitindo que a lente possa adaptar-se sem causar danos ao epitélio corneano. O que é interessante é que os especialistas que adaptam as lentes Ultracone que também possuem a versão PCR descobriram com a ajuda do laboratório que esse modelo tem outras utilizações onde ela resolve de maneira extremamente eficiente. Alguns exemplos são as dificuldades em casos de ceratocone muito deslocados do eixo visual, degeneração marginal pelúcida e ceratoglobo e casos de pacientes com pupilas com diâmetros maiores. O controle de aberrometria aplicado a estas lentes e o seu desenho ainda mais sofisticado permitem uma melhor adaptação e uma melhor acuidade visual, especialmente a noite quando os problemas relacionados são maiores.</span></div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-04fwNly6AY0/TlG6R2sJKYI/AAAAAAAAAL4/3tuEpYKKOmc/s1600/DSC05978_E.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://4.bp.blogspot.com/-04fwNly6AY0/TlG6R2sJKYI/AAAAAAAAAL4/3tuEpYKKOmc/s320/DSC05978_E.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: x-small;"> Fig.2a: Teste com Ultracone PCR. Note a elevação inferior ao longo do segmento pela menor quantidade </span></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: x-small;">de fluoroesceína (contraste) que em combinação com a luz azul deixa a lágrima verde (cortesia IOSB).</span> </span></div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-RoNc1jj6vek/TlGsDvBrM-I/AAAAAAAAAL0/OAVECyW2rFc/s1600/DSC00817+-+D.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://2.bp.blogspot.com/-RoNc1jj6vek/TlGsDvBrM-I/AAAAAAAAAL0/OAVECyW2rFc/s320/DSC00817+-+D.JPG" width="320" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"> </span><span style="font-size: x-small;">Fig.2b Lente Ultracone PCR adaptada com sucesso em outro caso Pós-Implante de Anel (cortesia IOSB).</span><b><span style="font-size: small;"><br />
</span></b></div><br />
<div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><strong>Lentes RGPs Esclerais e Semiesclerais</strong></div><br />
Existem casos onde nem mesmo a Ultracone PCR, que foi desenvolvida para sobrepor estas elevações (fig. 2a) consegue o resultado almejado. O IOSB está utilizando nestes casos as lentes esclerais e semiesclerais pois com estas lentes é possível obter um livramento total da córnea e do limbo, porporcionando um conforto e adaptação excelentes para o paciente. Na imagem da figura 3a e 3b é possível observar a técnica de adaptação da lente Ultracone SSB, uma lente semiescleral desenvolvida em parceria com a <a href="http://www.ultralentes.com.br/">Ultralentes</a> a partir do modelo Ultracone. Esta lente é adaptada na esclera e não deve tocar sob hipótese alguma a córnea e o limbo. A tecnologia utilizada pela Ultralentes para a porção háptica desta lente é propriedade industrial, chama-se Spline Wave Thruster (SWT) desenvolvida em mais de 8 anos de estudo e pesquisa científica para obter um excelente padrão de adaptação escleral sem comprometer a conjuntiva e a esclera e sem comprometer os vasos para-límbicos presentes nesta área. Suprasumo da tecnologia avançada aplicada em benefício da saúde ocular, esta lente permite a troca lacrimal mas deve ter mínimo ou nenhum movimento.</div><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-TTezxtVQMpQ/TlHCo2nypkI/AAAAAAAAAL8/vZR-SMK6xvM/s1600/DSC04251_F.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://1.bp.blogspot.com/-TTezxtVQMpQ/TlHCo2nypkI/AAAAAAAAAL8/vZR-SMK6xvM/s320/DSC04251_F.jpg" width="320" /> <span style="font-size: x-small;"><br />
</span></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig.3a: Ultracone SSB pós-implante de anel (cortesia IOSB)</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-nB3Cl0P_fD0/TlHMcRhPwQI/AAAAAAAAAMA/YbmlWwphQbo/s1600/DSC04266_E.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://1.bp.blogspot.com/-nB3Cl0P_fD0/TlHMcRhPwQI/AAAAAAAAAMA/YbmlWwphQbo/s320/DSC04266_E.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fig.3b: Ultracone SSB pós-implante de anel, sob fluoresceína (cortesia IOSB)</span></div><br />
<div style="text-align: justify;">As lentes esclerais SB e semiesclerais SSB asféricas foram lançadas oficialmente e pioneiramente no Brasil no dia 30.07.2009, aproximadamente um ano depois de serem adaptados os primeiros casos no <a href="http://www.iosb.com.br/">IOSB</a>. Após a confirmação de que as lentes garantiam a saúde, a segurança e uma boa adaptação aos pacientes elas vem sendo aos poucos disponibilizadas aos oftalmologistas certificados pela <a href="http://www.ultralentes.com.br/">Ultralentes</a>. As lentes asféricas Semi-Scleral Bastos (SSB) e Scleral Bastos (SB) possuem diâmetros de 15.5 mm a 20.5 mm.</div><br />
<div style="text-align: center;"><b>Indicações das Lentes Esclerais SB e Semiesclerais SSB </b></div><div style="text-align: center;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: justify;">Além destas lentes representarem uma excelente opção para a adaptação em casos de ceratocone, elas tem ótima indicação em casos de córneas irregulares ou com astigmatismos elevados como em casos de pós-transplante de córnea, pós-trauma, afacia e pós-seqüelas de cirugias. A utilização como meio de correção óptica pode ser feita em qualquer paciente candidato ao uso de lentes de contato que tenha intolerância absoluta a lentes de contato RGPs corneanas. O conforto que estas lentes proporcionam ao paciente é muito grande e representa uma revolução para aqueles casos onde o paciente não consegue adaptar-se a nenhuma outra lente. </div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Outra boa notícia é que estas lentes tem excelente indicação terapêutica em casos de olho seco, síndrome de Sjrögen, Síndrome de Stevens-Johnson, queimaduras químicas, radiação entre outras patologias da superfície ocular que a córnea requer permanente lubrificação e hidratação para manter-se saudável. Estas lentes são inseridas nos olhos utilizando-se solução salina não-preservada pois isso irá garantir a contínua hidratação da córnea. Esta solução é trocada aos poucos naturalmente durante o uso por lágrimas do paciente ou pela instilação de lubrificante ocular através da exclusiva tecnologia Spline Wave Thruster (SWT). Entre as contraindicações pode-se citar pacientes pós-traumáticos no qual a esclera ficou muito irregular ou com alguma patologia escleral que impossibilite a colocação da lente com segurança.</div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><b></b></div><br />
<div style="text-align: center;"><b>Vantagens e Desvantagens</b></div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">As lentes SB e SSB proporcionam um conforto excepcional que impressiona tanto o paciente, especialmente aquele que já fez inúmeras tentativas de adaptação de lentes sem sucesso, como o especialista que a testa.<b> </b>É freqüente ouvir o paciente dizer que quase nem precebe a sua presença a nõa ser por estar com boa visão.<b></b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: justify;">O manuseio destas lentes, especialmente a sua colocação, é um ponto importante a ser considerado. Os paciente que não tiverem a motricidade normal podem ter dificuldade na colocação e podem precisar de auxílio de outra pessoa para colocar e retirar as mesmas. Pacientes com problemas emocionais ou com traumas podem ter dificuldades em colocá-las. É muito importante que o especialista somente libere o paciente após um treinamento com tempo suficiente para verificar se ele está apto a colocar e retirar a lente com segurança. Com o treinamento e a correta orientação da equipe de apoio da clínica o paciente em pouco tempo domina a maneira de colocar a lente que é diferente das demais lentes de contato.</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Outro ponto a considerar é o alto custo destas lentes em comparação com as demais lentes de contato RGPs. Embora o custo destas lentes não seja proibitivo, ele pode ser suficientemente alto para restringir o acesso a esta tecnologia para aqueles que podem arcar com o valor e honorários do oftalmologista. Este custo mais alto deve-se a uma série de motivos importantes como: o custo dessa tecnologia, do tempo dispensado ao desenvolvimento, sua fabricação e disponibilização para o especialista; o tempo dispensado ao paciente pelo oftalmologista para realizar os testes e avaliação; o tempo dispensado no treinamento e orientação do paciente quanto a limpeza, manuseio, treinamento de colocar e retirar e tirar dúvidas e por fim as consultas de revisões que devem ser obrigatórias por pelo menos de três a seis primeiros meses. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><b>Preparação para adaptação de Lente Escleral e Semiescleral</b> </div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">É importante que o oftalmologista interessado na adaptação deste tipo de lentes faça um treinamento e atenda a pelo menos um curso teórico-prático com um profissional experiente. A adaptação de lentes esclerais e semiesclerais tem uma filosofia completamente diferente da que estão acostumados com as demais lentes hidrofílicas gelatinosas e lentes rígidas gás permeáveis. Praticamente todos os pontos serem observados funcionam de maneira completamente diferente quando se trata de adaptação escleral. Iniciar este tipo de adaptação sem uma experiência e treinamento prévio não é uma boa idéia.</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Alguns especialistas estão adaptando lentes semiesclerais importadas utilizando-se de lentes de teste cedidas por estes fabricantes. No começo de 2008 iniciamos testes no IOSB também com lentes semiesclerais importadas, mas para cada lente testada de um fabricante estrangeiro fazíamos uma outra fabricada pela Ultralentes. Chegamos em um ponto em meados de 2009 no qual não fazia mais sentido utilizar lentes importadas pois a tecnologia alcançada pela <a href="http://rgp-ultralentes.blogspot.com/">Ultralentes</a> e o desempenho comprovado clinicamente no <a href="http://iosb.com.br/">IOSB </a>nos mostrou que as lentes SB e SSB tinham resultados melhores do que as demais testadas. Isso representa um grande orgulho com a tecnologia desenvolvida pela <a href="http://rgp-ultralentes.blogspot.com/">Ultralentes</a> pois além de ser um laboratório 100% nacional tem em seu foco a pesquisa científica e o suporte total aos oftalmologistas para proporcionar soluções eficientes e seguras de reabilitação visual a seus pacientes. As lentes Scleral Bastos e Semi-Scleral Bastos levam esse nome como uma homenagem que fiz a meu pai, sem o qual através de sua sabedoria e pioneirismo em reabilitação visual com lentes especiais, não seria possível.</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O paciente com ceratocone que tem necessidade de uma melhor qualidade de visão e que tem dificuldades com lentes de contato deve conversar com o seu oftalmologista e ver as opções disponíveis no seu caso e qual o possível impacto que determinado tratamento, seja com lentes ou métodos cirúrgicos, terá sobre esta questão da necessidade de melhor acuidade visual. É comum e salutar que o paciente e sua família também procurem a opinião de outros médicos oftalmologistas, especialistas em córnea e especialmente lentes de contato pois as vezes basta realizar um teste com uma lente de outra fabricação que o objetivo pode ser atingido. Existem vários fabricantes de lentes de boa qualidade, nem todos talvez tenham a mesma regularidade mas é importante não desisitir e saber que uma solução existe, talvez apenas ainda não tenha a encontrado. </div><br />
Obrigado pelo convite e pela oportunidade.*<br />
<br />
<a href="http://www.iosb.com.br/">Luciano Bastos</a><br />
<br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">*Este artigo é uma contribuição que faço em nome do Instituto de Olhos Dr. Saul Bastos, um centro especializado em reabilitação visual com o uso de lentes de contato especiais.</span></div>Unknownnoreply@blogger.com18tag:blogger.com,1999:blog-7882347025012554785.post-49879112869899437902011-07-19T10:37:00.000-03:002011-07-19T10:37:32.302-03:00Keraflex KXL - Um novo tratamento para o ceratocone<div style="text-align: justify;">Em 2009, durante uma especialização em lentes esclerais na Inglaterra, tive conhecimento pela primeira vez desta tecnologia que vinha sendo estudada e os primeiros pacientes submetidos a este tratamento novo para o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ceratocone">ceratocone</a> chamado <a href="http://www.avedro.com/kerakxlkerat.html">Keraflex KXL</a> que consiste em um procedimento chamado de ceratoplastia termal por microondas. A ceratoplastia termal já foi utilizada no passado para induzir regressão de erros refrativos mas a falta de previsibilidade e a possibilidade de regressão fizeram com que esta técnica perdesse interesse por outras alternativas. Esta renovada técnica utiliza o crosslinking como forma de manter as alterações obtidas, aumentando a resistência biomecânica da córnea através de uma técnica patenteada de crosslinking acelerado. </div><br />
<div style="text-align: justify;">A tecnologia utilizada é da empresa <a href="http://www.avedro.com/index.html">Avedro</a> e utiliza o equipamento <a href="http://www.avedro.com/vederakxs.html">Vedera KXS</a> para induzir calor a córnea e com isso remodelar e aplanar a mesma tornando sua superfície mais regular. A empresa também desenvolveu uma tecnologia própria para a aplicação de um <a href="http://ceratocone-tratamentos.blogspot.com/2011/07/protocolos-de-crosslinking-no.html">crosslinking</a> acelerado que é realizado em 5 minutos, bem mais rápido em relação ao método utilizado atualmente de 30 minutos. Esta tecnologia foi desenvolvida a partir de estudos feitos com uma <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Riboflavina">riboflavina</a> (vitamina B2) modificada e também pelo uso de um raio ultravioleta de maior freqüência mas que atinge apenas o 1/3 anterior da córnea (porção de um terço mais externa) onde o crosslinking age com maior intensidade.</div><br />
<div style="text-align: justify;">Embora seja bastante novo ainda o procedimento com os primeiros procdimentos feitos em 2009, o tratamento é promissor e os resultados até então tem sido animadores. Naturalmente que é preciso mais tempo para se comprovar a real segurança e eficácia do procedimento mas assim como o crosslinking e o implante de anel intraestromal deve comprovar a sua eficácia em alguns caso onde ele tem indicação segura. Segundo <a href="http://www.vision-institute.com/UserFiles/Microwave%20Thermokeratoplasty%20A%20Potential%20Treatment%20for%20Keratoconus(1).pdf">Dr. Peter S. Hersh</a> (diretor da Cornea and Laser Eye Vision Institute-Hersh Vision Group), um dos pontos importantes do procedimento é a localização e definição precisa do centro geométrico da córnea, para que o procedimento seja feito no local adequado uma marca é feita na córnea por um equipamento próprio onde será realizado o tratamento.</div><br />
<div style="text-align: justify;">O local onde é realizado o procedimento do Keraflex gera uma lesão que atinge o epitélio e a porção anterior do estroma (camada intermédiária e mais espessa da córnea) o que facilita a remoção do restante do epitélio na região para a aplicação do crosslinking acelerado. Após o procedimento o paciente é medicado com antibióticos para prevenção de infecções, com colírios lubrificante sem conservantes e eventualmente com anestésico para atenuar a dor. Lentes de contato terapêuticas podem ser utilizadas em alguns casos para ajudar na cicatrização do epitélio que leva em torno de 24 hs.</div><br />
Algumas vantagens do procedimento são:<br />
<ul><li><div style="text-align: justify;">Pode resultar em um aplanamento da córnea entre 1 e 6 dioptrias de curvatura;</div></li>
<li><div style="text-align: justify;">Pode melhorar a regularidade corneana;</div></li>
<li><div style="text-align: justify;">Pode diminuir o erro refrativo esférico em torno de 4 dioptrias ("grau")*;</div></li>
<li><div style="text-align: justify;">Possibilidade de melhor acuidade visual com óculos de grau;</div></li>
<li><div style="text-align: justify;">Melhorar a adaptação de <a href="http://www.lentesrigidas.blogspot.com/">lentes de contato</a>;</div></li>
<li><div style="text-align: justify;">Estabilizar as alterações refrativas e deter o avanço do ceratocone;</div></li>
<li><div style="text-align: justify;">Possibilidade de uma acuidade visual satisfatória sem correção**</div></li>
</ul><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">* Embora os achados mostrem uma redução de até 4.39 dioptrias de erro esférico não há dados de registro de correção do astigmatismo, entretanto uma maior regularidade topográfica corneana foi observada em alguns casos. Estas informações são importantes no resultado da acuidade visual final.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">** A possibilidade de uma acuidade visual final satisfatória sem correção parece limitar-se aos casos mais iniciais e moderados como no caso do implante de anel intraestromal, embora uma maior regularização da córnea possa permitir uma melhor adaptação de lentes rígidas ou mesmo gelatinosas tóricas se o astigmatismo for reduzido suficiente.</span></div><br />
<div style="text-align: justify;">Até Maio de 2010 apenas cerca de 10 pacientes haviam sido tratados com o Keraflex, portanto é muito cedo ainda para se ter informações mais precisas sobre os resultados. A necessidade de acompanhar os primeiros casos tratados é importante para que dados mais precisos e reais sejam obtidos e divulgados, especialmente dados obtidos por avaliação de especialistas não ligados diretamente ao projeto para que os dados não sejam manipulados. Embora um acompanhamento adicional destes casos seja necessário para observar alterações de longo prazo na refração, os mapas topográficos e a acuidade visual obtida parecem estáveis até então.</div><br />
<div style="text-align: justify;">Como qualquer procedimento o Keraflex requer uma seleção apropriada de pacientes para atingir bons resultados. Atualmente o Keraflex está sendo avaliado em pacientes que tem um potencial para uma boa acuidade visual mas vem passando por problemas ópticos que não podem ser facilmente corrigidos com óculos ou <a href="http://www.lentesrigidas.blogspot.com/">lentes de contato</a>*. Pacientes com cicatrizes corneanas não são bons candidatos para o Keraflex (se a opacidade for grande a indicação é de transplante de córnea) e pacientes com córneas finas na área da aplicação do microondas (espessura central e meia-periferia menor que 400 micras) também são contraindicados para o procedimento uma vez que tratando estes olhos com Keraflex pode resultar em complicações ou alterações refrativas imprevisíveis.</div><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">*É impressionante como há um abismo entre os cirurgiões e os especialistas em adaptação de lentes de contato especiais e isso não se resume ao Brasil. Mesmo na Europa e nos EUA há uma distância grande entre as técnicas, é difícil encontrar especialistas que dominem ambas as técnicas ou ao menos que conheçam a outra com maior profundidade. Eu vejo seguidamente esta questão quando leio ou ouço especialistas dizerem que uma córnea com cerca de 60 dioptrias ou até mais e que não é possível adaptar lentes de contato. Hoje é possível adaptar lentes com mais de 70 dioptrias de ápice corneano com acuidade visual as vezes próxima de 20/20 dependendo da transparência corneana. A razão pela qual muitos pacientes procuram alternativas cirúrgicas é a dificuldade em adaptar lentes de contato, do contrário talvez não tivessem tal motivação. Creio que os especialistas em córnea hoje segmentam-se nos que operam córnea e aqueles que adaptam lentes especiais profissionalmente, seria muito bom um elo entre estes segmentos pois ambos teriam muito o que aprender um com o outro.</span></div><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Talvez estes pacientes apenas não tenham testado as lentes que podem servir ao caso deles, as vezes demanda tempo até encontrar um bom especialista que dedique-se a encontrar ou desenvolver uma solução adequada em lentes de contato RGP de desenho especial e personalizado. Assim como a idéia de remodelar a córnea é interessante, o desenvolvimento de novas lentes como os modelos avançados e extremos para ceratocone, assim como as novas lentes esclerais RGPs tem sido marcantes na solução de casos considerados impossíveis de se adaptar lentes.</span></div><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">O procedimento Keraflex deve ter um perfil de boa segurança, porém há ainda alguns riscos que devem ser considerados. O procedimento afeta apenas uma pequena área do epitélio corneano então o risco de complicações relacionadas a defeitos de epitélio é modesto, em todo o caso cuidados devem ser tomados com pacientes os quais são de alto risco para infecções ou cicatrização eptelial lenta. Também qualquer alteração na conformidade corneana apresenta risco de efeitos colaterais ópticos como "glare" (luz forte, clarão), halos, diplopia ou poliplopia, desta maneira os pacientes devem ser informados dessa possibilidade (por termo de consentimento informado assinado pelo paciente possivelmente). Enquanto o objetivo do Keraflex é reduzir a incidência de tais sintomas, há sempre a possibilidade de que pacientes possam desenvolver novas disfotopsias (disturbios da visão).</div><br />
<div style="text-align: justify;">O Keraflex está atualmente sendo avaliado somente para o tratamento de ceratocone, futuras aplicações podem incluir o tratamento para miopia e/ou astigmatismo. Assim como o ceratocone, o tratamento da miopia esférica envolve o aplanamento uniforme da córnea. Para tratar o astigmatismo são necessários padrões tratamento diferentes. Talvez essa seja a razão pela qual não estejam ainda divulgados os resultados dos erros refrativos referentes ao astigmatismo irregular provocado pelo ceratocone. </div><div style="text-align: justify;"><br />
O Keraflex é um novo procedimento de termoceratoplastia sendo testado para o ceratocone. O procedimento Keraflex utiliza energia de microondas dirigida a uma pequena circunferência anular na meia-periferia da córnea. Este procedimento pode aplanar o cone e pode também ajudar a regularizar melhor a córnea. Combinando este procedimento com um procedimento modificado de crosslinking de colágeno de córnea com riboflavina e raio ultravioleta os investigadores esperam aumentar a estabilidade dos olhos assim como regularizar sua geometria. Embora ainda em testes clínicos nos EUA (não aprovado ainda nos EUA, somente ensaios controlados sob investigação) os primeiros resultados com esta tecnologia são promissores.</div><br />
<div style="text-align: justify;">Durante o procedimento com Keraflex, o equipamento despeja uma baixa energia de pulso de microonda que dura menos de um segundo. Esta energia é aplicada na córnea utilizando um emissor dielétrico vedado de microonda que fica em contato com o a superfície do epitélio corneano. O pulso aumenta a temperatura da região selecionada do estroma corneano em torno de 65° C, contraindo o colágeno corneano e formando uma lesão toroidal nos 150 micras superiores do estroma. Utilizando uma técnica evaporativa de resfriamento (patente pendente), o Vedera KXS esfria a superfície da córnea durante o tratamento para isolar e proteger a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3rnea#Membrana_de_Bowman">Membrana de Bowman</a> do efeito térmico da energia do microonda. A lesão criada durante o Keraflex tem a intenção de aplanar a cornea central para obter uma correção miópica (e o astigmatismo irregular?) sem comprometer a integridade biomecânica da córnea. Abaixo uma animação do procedimento do website da Avedro:</div><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dzpKHYmvOEQusi8U4OOfp-4pUQFVFL5CjuVc1MtkC1ZUAyKtGKglMBoFeavI-t-QLk73gDsp6CixIEuQcTYkQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><div style="text-align: center;"><em>Copyright © 2010, Avedro, Inc.</em></div><br />
<div style="text-align: justify;">O montante de alteração refrativa induzida possível de obter com o Vedera KXS é uma função do diâmetro da lesão e seção da córnea. A Avedro desenvolveu o Keraflex Applicators com emissores com diâmetros variados para permitir a capacidade de criar uma disponibilidade de lesões de diferentes tamanhos quando realizado o procedimento. Dependendo do montante de energia liberado pelo Vedera KXS e a escolha do Keraflex Applicator, lesões dos tecidos de diferentes dimensões e geomtrias podem ser criadas. </div><div style="text-align: justify;"><br />
Dada a experiência nem tão recente de novos tratamentos que surgem é notório que o avanço das tecnologias vem trazer uma nova possibilidade de tratamento do ceratocone que irá possivelmente juntar-se a outras que surgiram nestas duas últimas décadas. Uma coisa é certa,m estamos na era do remodelamento corneano, enquanto não se encontra uma solução ou entendimento da origem do ceratocone de forma precisa e de buscar tratamentos não invasivos (uma medicação por exemplo) essa será a forma de tratar o ceratocone pois o foco literalmente está em melhorar a acuidade visual ou ao menos permitir que as opções de óculos ou lentes de contato tenham melhores resultados. Uma questão delicada é o quanto é possível remodelar a córnea? Lembrando que é um dos orgãos mais nobres e frágeis do corpo humano. Haverá especialistas combinanando o Keraflex KXL com cirurgia refrativa por excimer laser ou mesmo implante de anel? Onde vamos chegar e quais resultados serão obtidos? </div><br />
Algumas questões sobre o Keraflex são importantes no meu entender são : <br />
<ul><li><div style="text-align: justify;">Aguardar mais estudos sobre o acompanhamento de casos para saber se não há casos de regressão do tratamento ou de uma "neo-progressão" da córnea.</div></li>
<li><div style="text-align: justify;">A paquimetria (espessura da córnea) não é alterada, o Keraflex KXL será suficiente em todos os casos para manter a resistência biomecânica obtida logo após o procedimento?</div></li>
<li><div style="text-align: justify;">Complicações serão observadas? Serão reveladas a curto ou médio prazo?</div></li>
<li><div style="text-align: justify;">As lentes de contato novamente serão utilizadas para corrigir o que o procedimento não obteu?</div></li>
</ul><div style="text-align: justify;">O Keraflex é sem dúvida um procedimento promissor, assim como o crosslinking é ainda e relativamente recente também. Por enquanto somente é realizado na Europa e em parte da Asia, creio que irá levar um bom tempo até ser aprovado nos EUA, me parece que o crosslinking ainda não chegou ao fim dos trials ainda. A questão é que assim como quando os outros procedimentos disponíveis surgiram houve uma febre de que essa ou aquela era a solução para tudo... é fundamental ter cautela.</div><br />
<div style="text-align: justify;">Atualmente se alguém quiser realizar o procedimento talvez tenha que ir para a India ou a Turquia, ou talvez na Europa... Lembre-se de que estamos na era da informação e não da desinformação, pesquise, leia e principalmente sempre tenha um oftalmologista de confiança que o oriente e possa cuidar do seu caso.</div><br />
<div style="text-align: justify;">Espero com este texto explicando um pouco sobre o Kertflex eu possa estar ajudando a dezenas de pessoas que enviaram emails perguntando sobre este tratamento.</div><br />
Uma ótima semana a todos.<br />
<br />
<strong><a href="http://www.iosb.com.br/">Luciano Bastos</a></strong><br />
Diretor e Instrutor de LC do Instituto de Olhos Dr. Saul Bastos - <a href="http://www.iosb.com.br/">IOSB</a><br />
Diretor e Consultor Especializado em LC Especiais - <a href="http://www.rgp-ultralentes.blogspot.com/">Ultralentes</a><br />
<br />
Em colaboração ao Blog C&T.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div>Unknownnoreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7882347025012554785.post-82987571511601741852011-07-03T23:53:00.002-03:002011-08-09T13:52:32.528-03:00Protocolos de Crosslinking no Ceratocone: Atualização<div style="text-align: justify;">O interessse no procedimento de crosslinking tem sido cada vez maior. Apesar de ainda não possuir a aprovação da Food & Drug Administration (FDA-US) alguns centros de pesquisa autorizados pelo governo americano estão realizando estudos com a técnica. Os resultados até então têm refletido os obtidos em outros países onde o procedimento já foi aprovado para uso. O procedimento, que usa riboflavina e raio UV light para aumentar as ligações de fibras de colágeno e com isso fortalecer a córnea, oferece uma esperança real as pessoas que sofrem de ceratocone ou outra forma de ectasia e pode ser útil para outras condições também. No Brasil, o procedimento de crosslinking de acordo com o Protocolo de Dresden (ver abaixo) já foi aprovado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).</div><br />
<strong>Protocolo de Dresden</strong><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">O protocolo de segurança definido em Dresden indica a utilização do crosslinking com a remoção parcial do epitélio corneano em uma zona central e a aplicação da riboflavina a cada 5 minutos e do raio UV de determinada intensidade por cerca de 30 minutos. Este modelo é defendido pelos idealizador do protocolo Dr. Gregor Wollensak, Dr. Theo <span class="w7"></span>Seiler and Dr. Eberhard Spoerl e pode ser definido como o Protocolo de Dresden. Foram estes os pioneiros que utilizaram a técnica do crosslinking.</div><br />
<div style="text-align: justify;">Em 2008 em uma coluna que escrevi aqui neste blog entitulada <a href="http://ceratocone-tratamentos.blogspot.com/2008/05/ceratocone-e-crosslink-e-cirurgia.html">Ceratocone, Crosslinking e Cirurgia Refrativa</a> previ que logo haveria especialistas interessados em experimentar a combinação sequencial de técnicas de tratamento e inclusive utilizando a cirurgia refrativa a laser. Embora eu entenda que o conceito de Remodelamento Corneano seja interessante o fenônemo que tem ocorrido em diverssos países, inclusive na própria Alemanha chama a atenção. Muitos especialistas não utilizam mais este protocolo e passaram a utilizar diferentes variações.</div><br />
<br />
<strong>Crosslinking com ou sem remoção do epitélio?</strong><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">O procedimento de acordo com o protocolo original de Dresden indica que a remoção do epitélio corneano é fundamental para a penetração da riboflavina no estroma corneano, assim permitindo o aumento das ligações covalentes de fibras de colágeno corneano e aumentando a resistência biomecânica corneana. A molécula de riboflavina é muito grande para ultrapsssar o epitélio e a membrana adjacente de Bowman. </div><br />
<strong>Crosslinking Transepitelial </strong><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">Existem alguns estudos de especialistas italianos e americanos que modificam o tipo de riboflavina e a intensidade do ultravioleta de maneira que a a riboflavina possa penetrar na córnea mesmo sem a remoção do epitélio. Esta técnica serviria para atenuar o desconforto e dor do procedimento do crosslinking com a remoção do epitélio e para previnir o haze observado em percentual significativo de casos que pode durar entre alguns dias até algumas semanas e em casos mais raros de alguns meses.</div><br />
<div style="text-align: justify;">A maior parte dos especialistas afirma que para uma ação mais efetiva do procedimento de crosslinking é fundamental a remoção do epitélio e que resultados mais consistentes são obtidos. A presença do epitélio corneano e da membrana de Bowman são barreiras difíceis de serem transpostas pela riboflvina se estiverem intactas. Isso também eleva o tempo de tratamento de 30 minutos para cerca de uma hora para a riboflavina atingir o estroma corneano.</div><br />
<strong>Protocolo de Atenas</strong> <br />
<br />
<div style="text-align: justify;">Uma variação do procedimento de crosslinking desenvolvida pelo Dr. Kanellopoulos na Grécia combina o crosslinking com um pequeno montante de cirurgia refrativa por fotoablação a laser. Ele afirma que na experiência do grupo dele na Grécia, o crosslinking funciona melhor quando combinado com o laser. Ele diz estar ciente de que parece uma medida radical de empregar o laser em uma córnea já fina mas que se apenas falar em remover 8 ou 10 micras já está se removendo a membrana de Bowman e assim permitindo uma melhor penetração da riboflavina. </div><br />
<div style="text-align: justify;">Dr. Kanellopoulos afirma que a intervenção de um procedimento por fotoablação a laser guiado topograficamente (topo-guiado) no sentido de normalizar a córnea é efetivo. Seu grupo comparou três variações deste protocolo: Crosslinking sozinho; crosslinking com possível procedimento a laser posterior em um segundo momento; ou combinando estas duas juntas, ou seja, fazer a cirurgia de conformação da córnea, retirando o mínimo possível de tecido estromal (no máximo até 50 micras), eliminando em boa parte o estigmatismo irregular e parte da miopia e aplicando o crosslinking imediatamente seguido após a fotoablação topo-guiada. Ele afirma que o tempo de utilização da riboflavina e do ultravioleta diminuem substancialmente para cerca de 10-15 minutos para a realização do crosslinking. O obejtivo é diminuir em cerca de 30 a 40% a refração em alguns casos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
O grupo do Dr. Kanellopoulos refere-se a este método como o Protocolo de Atenas, observando que o objetivo não é apenas remover o epitélio e facilitar a penetração de riboflavina mas sim normalizar o que for possível a irregularidade corneana no ceratocone e ao mesmo tempo ter um efeito refrativo mesmo que seja leve. </div><br />
<div style="text-align: justify;">Inicialmente, o grupo de especialistas do Dr. Kanellopoulos foram extremamente criticados pela utilização deste protocolo. "<em>O protocolo de Atenas essencialmente afina uma córnea já afinada mas a combinação de uma fotoablação parcial a laser topo-guiada e o crosslinking imediatamente após têm sido extremamente frutificante"</em> diz Dr. Dr. Kanellopoulos. <em>"Nós estamos muito satisfeitos e orgulhosos que nosso protocolo esteja sendo adotado em diversos centros internacionais."</em> </div><br />
<strong>O Protocolo de Atenas funciona bem para todos os casos?</strong> <br />
<br />
<div style="text-align: justify;"><em>"Em córneas muito finas e em córneas com ectasias severas nós não temos uma boa resposta ao tratamento, temos empregado este protocolo em córneas muito finas como uma maneira de tentar que o paciente não precise submeter-se ao transplante de córnea mesmo em algumas córneas com paquimetria prévia de cerca de 360 micras. Muitos destes pacientes ainda mantém ectasias avançadas mas se conseguirmos evitar o transplante de cerca de 50% destes pacientes isso tem um impacto significativo no prognóstico de longo-prazo."</em> afirma Dr. Kanellopoulos. " </div><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">Outra observação feita pelo Dr. Kanellopoulos é que nem sempre a visão é melhor após o tratamento pelo protocolo de Atenas. Se fizermos o crosslinking em algum paciente muito jovem definitivamente se obtém um efeito de estabilização. Entretanto, alguns destes pacientes jovens pioraram a visão após o tratamento. "<em>Ficamos intrigados com esse quebra-cabeça, nossa teoria é a de eles podem estar perdendo um pouco da multifocalidade que é presente em uma córnea com ceratocone."</em> -diz Dr. Kanellopoulos.</div><br />
<div style="text-align: justify;">Talvez a córnea mais flexível em pacientes jovens permita a eles alterar a acuidade visual funcional favoravelmente e naturalmente o procedimento torna a córnea mais rígida. Logo, é melhor não prometer a pacientes como estes que a sua visão irá ficar melhor após o tratamento, pois pode ser no mínimo incorreto.</div><br />
<strong><span style="color: blue;">Comentário</span> </strong><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">A idéia de normalizar ou diminuir a irregularidade de uma córnea extremamente irregular e imediatamente aumentar a sua resistência biomecânica pelo crosslinking é interessante. É o que atualmente está sendo já chamado de era do remodelamento corneano ou "corneal remodelling". A idéia é permitir que o paciente de ceratocone tenha uma melhor acuidade visual com óculos ou que possibilite que este tenha um mínimo de acuidade visual satisfatória com óculos. Embora o propósito seja bem interessante sempre há a preocupação, inclusive do Dr.Kanellopoulos dos possíveis eventos adversos ou também chamadas intercorrências como o haze mais prolongado entre outras questões.</div><br />
<div style="text-align: justify;">Existe um abismo enorme entre os oftalmologistas cirurgiões de córnea que estudam e que estão realizando estes tratamentos com aqueles que fazem a reabilitação visual dos pacientes com ceratocone com o uso de lentes de contato especiais, geralmente lentes de contato rígidas gás permeáveis (RGPs). </div><br />
<div style="text-align: justify;">Em uma situação ideal o paciente tratado com este procedimento combinado e sequencial imediato do laser topo-guiado e crosslinking poderá beneficiar-se igualmente de uma melhor adaptação de lentes RGPs. Uma córnea um pouco menos irregular e fortalecida é perfeita para a adaptação de lentes de contato especiais de alta qualidade e tecnologia que quando bem adaptadas são extremamente seguras, confortáveis e poderão oferecer uma acuidade visual ainda melhor ao paciente. Como estas técnicas estão sendo aprimoradas com estudos em diversos países, tenho a convicção de que no futuro muitos pacientes poderão beneficiar-se não somente da opção de melhor acuidade visual com óculos mas com lentes de contato RGPs com excelentes resultados.</div><br />
<div style="text-align: justify;">Embora essa seja uma previsão precisamos levar em conta que a falta de uma padronização de métodos e de protocolos pode também levar os pacientes a uma confusão. Hoje existe uma quantidade maior de opções de tratamento surgindo, entre outras já existentes (implante de anel intraestromal, diferentes técnicas de transplante de córnea). Um novo procedimento que tem sido divulgado é o <a href="http://ceratocone-tratamentos.blogspot.com/2010/04/keraflex-kxl-tratamento-por-microondas.html">Keraflex</a>. </div><br />
Continuação do artigo...<br />
<br />
<strong>Protocolos Alternativos</strong><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">Crosslinking combinado com Implante de Anel Corneano: Alguns estudos sugerem que a realização do crosslinking após o implante de anel intracorneano aumenta o efeito desejado de aplanamento, levando a uma topografia mais regular e melhor visão.</div><br />
<div style="text-align: justify;">Pulsação da luz ultravioleta: O grupo do Dr. Kanellopoulos está experimentando esta opção. Há uma porção auto-limitadora do processo na reação fotoquímica do crosslinking que é determinada pela disponibilidade de oxigênio. Uma maior fluência de raio UV por períodos mais curtos ajuda requerendo menos oxigênio disponível e pulsando a luz UV poderá prover o tempo necessário para que o tecido possa recuperar um pouco de sua reserva de oxigênio.</div><br />
Existem atualmente algumas variações de técnicas que estão sendo estudadas, na medida em que maiores informações estiverem disponíveis elas serão postadas.<br />
<br />
<strong><span style="color: blue;">Comentários:</span></strong> <br />
<br />
<div style="text-align: justify;">O implante de anel intraestromal no ceratocone e subsequente crosslinking pode comprometer a afirmação de que o procedimento de implante de anel seria um processo reversível. O protocolo sozinho do procedimento afirma que se os segmentos de anéis forem retirados há a tendência da córnea voltar ao seu estado anterior, com o crosslinking possivelmente esse efeito não irá ocorrer. </div><br />
<div style="text-align: justify;">Aqueles pacientes que requerem a adaptação de lentes de contato após o procedimento de implante de anel tem sido adaptados em boa parte com lentes gelatinosas descartáveis ou especiais para ceratocone ou ainda pela técnica do piggyback. Esta técnica consiste em adaptar uma lente rígida sobre a lente gelatinosa de maneira que o paciente obtenha melhor tolerância e conforto. Um problema nessa técnica é que muitos pacientes de ceratocone tem uma superfície ocular com deficiências de lágrima ou instabilidade do filme lacrimal. A falta de uma boa lubrificação geralmente conduz estes pacientes a desenvolver com o tempo uma intolerância alérgica a estas lentes e neste momento precisam ser readaptados com lentes RGP (rígidas gás permeáveis).</div><br />
<div style="text-align: justify;">Uma queixa freqüente tanto de oftalmologistas que adaptam lentes em pacientes com ceratocone é a dificuldade maior em adaptar lentes rígidas após o implante de anel intraestromal. Geralmente uma porção paracentral inferior da córnea apresenta uma maior elevação em torno da extremidade inferior do segmento de anel. Isso faz com que a lente apresente um toque significativo nesta região e provocando um atrito mecânico nesta área, levando ao desconforto, intolerância e especialmente produzir uma lesão epitelial nessa área.</div><br />
<div style="text-align: justify;">Alguns esforços foram feitos pelo laboratório <a href="http://www.ultralentes.com.br/">Ultralentes</a> para tornar possível a adaptação de lentes RGPs nestes casos com o desenvolvimento da lente Ultracone PCR (Post-Corneal Ring) e das recentes lentes UC Scleral Bastos (SB) e Semi-Scleral Bastos (SSB). As lentes esclerais e semiesclerais foram desenvolvidas pela Ultralentes após mais de 8 anos de estudo científico e tecnológico com a ajuda da equipe do <a href="http://www.iosb.com.br/">Instituto de Olhos Dr. Saul Bastos (IOSB)</a> O laboratório Ultralentes trabalha diretamente com os oftalmologistas certificados oferecendo tecnologia e consultoria especializada para a adaptação de lentes de contato RGPs especiais personalizadas de acordo com a necessidade de cada caso.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><br />
Por Luciano Bastos<br />
Em colaboração com o Blog C&T.Unknownnoreply@blogger.com9