Dúvidas e questionamentos que familiares e pacientes de ceratocone tem quando ocorre o diagnóstico ou quando constatada piora na visão.
A indicação, qual seguir?
A patologia do ceratocone resume-se fundamentalmente a queda da acuidade e da qualidade visual dos pacientes. No entanto, há casos de ceratocone onde a área afetada (ou área ectásica) localiza-se abaixo do eixo visual do paciente e nestes casos ele não tem uma diminuição significativa da visão. Este tipo de caso, geralmente pode ou não resultar em uma receita de óculos bem feita pelo oftalmologista e o paciente sente-se bem, as vezes nem mesmo há necessidade de óculos (casos iniciais e localizados abaixo do eixo visual).
Pacientes assintomáticos com
diagnóstico de ceratocone em uma consulta de rotina ou em uma consulta para
estudar a possibilidade de cirurgia refrativa devem ser orientados inicialmente
a fazer o controle ou seja, fazer consultas de rotina com o oftalmologista,
exames e teste de acuidade visual para verificar se está ou não ocorrendo
episódios de progressão.
Alguns sinais são característicos
de episódios de progressão mais rápida como a necessidade de trocar de óculos
(graduação) ou rever a curvatura (e graduação) das lentes de contato. Nestes
casos o oftalmologista ao constatar que estão ocorrendo episódios significativos
de progressão do ceratocone ele irá avaliar se a progressão foi significativa e
se está ocorrendo em um curto espaço de tempo. Caso essa seja a constatação,
nos casos onde a córnea oferece no mínimo cerca de 415 micras de espessura na
porção mais fina há a possibilidade da indicação do tratamento de crosslinking (CXL).
Este tratamento consiste em um método para aumentar as ligações de colágeno
corneano e fortalecer a resistência biomecânica da córnea.
O equívoco consiste na indicação
as vezes prematura do tratamento, muitas vezes sem o devido acompanhamento e
controle do ceratocone. Apenas o diagnóstico e a constatação de leve progressão
em um período de 12-24 meses não representam uma indicação do tratamento por
crosslinking, segundo o protocolo do tratamento. Há nestes casos divergências
quanto a qual tratamento seguir ou não seguir nenhum. Alguns profissionais
podem ter a preferência pelo implante de anel intra-estromal que visa regularizar
a superfície ocular e com isso melhorar a qualidade visual, outros podem optar por
tratamentos combinados que variam conforme a interpretação e treinamento do
cirurgião. Estes tratamentos combinados passam desde o implante de anel e
crosslinking como pela cirurgia refrativa (photorefractive keratotomy - PRK),
implante de anel e crosslinking (CXL) ou PRK e CXL apenas.
O transplante de córnea somente deve ser considerado quando todas as alternativas de reabilitação visual falharem, especialmente se houver a presença de cicatrizes ou opacidades importantes que impeçam o paciente de ter uma acuidade visual satisfatória com lentes especiais. Nem mesmo o transplante de córnea pode garantir o sucesso do procedimento, embora atualmente com as novas técnicas de transplante os resultados sejam muitas vezes muito bons. Mesmo a técnica manual da ceratoplastia penetrante tem apresentado resultados cada vez melhores especialmente com a curva de experiência maior dos cirurgiões, a técnica pelo femtosecond laser que resulta em cortes e encaixes de alta precisão do botão doado com a córnea, a técnica do tranplante lamelar que com boa indicação tem apresentado excelentes resultados. Mais uma vez cada caso deve ser analisado com bastante critério e cautela, tanto por parte do especialista como do paciente e seus familiares.
Um ponto a considerar em casos
onde há uma diminuição significativa da visão é que nenhum destes tratamentos
irá garantir que com o resultado o paciente poderá reabilitar a visão ou
permitirá que o mesmo utilize óculos com uma acuidade visual satisfatória. Cada
caso deve ser analisado individualmente e com muita cautela, os oftalmologistas
especialistas em córnea atualmente dividem-se em sub-especialidades ainda
menores de cirurgias e adaptação de lentes de contato especiais e prescrição de
óculos de grau. É natural que existam divergências quanto a qual a orientação a
seguir, mas os grandes especialistas em reabilitação visual com a adaptação de
lentes especiais sabem que em grande parte dos casos de ceratocone o método que
melhor irá oferecer ao paciente uma melhor acuidade visual e melhor qualidade
de vida é a adaptação de lentes de contato especiais RGPs ou esclerais.
E quanto a adaptação de lentes? Qual a melhor lente?
Esta é uma questão que muitos
pacientes questionam, houve durante muito tempo a crença de que a adaptação de
lentes rígidas ou gás permeáveis (RGPs) era um processo doloroso e difícil para
o paciente se adaptar. O que ocorre é que nem todos os especialistas dispõem da
experiência e de recursos em tecnologia de lentes especiais para proporcionar
bons resultados. É comum até hoje os pacientes tentarem a adaptação de lentes
especiais com um, dois e até mais de cinco especialistas até encontrar um que
possua o conhecimento e os recursos tecnológicos que possam ter sucesso. A
figura 2 mostra uma lente Ultracone bem adaptada, sem toque e com a lágrima
destacada em verde sob a lente.
Fig.2 Padrão de excelência de uma Ultracone |
De poucos anos para cá com o ressurgimento das lentes esclerais e
devido ao conforto inicial por elas oferecido, está ocorrendo uma nova
tendência de alguns profissionais a deixarem as lentes rígidas de lado e
passarem a oferecer esta modalidade aos pacientes. Nós discordamos dessa
opinião, e como pioneiros no desenho, fabricação e adaptação de lentes
esclerais no Brasil, utilizamos um protocolo de adaptação que consiste em
sempre no ceratocone iniciar com as lentes especiais Ultracone (utilizando ela
e suas variações) e conforme for o caso sim passar para lentes esclerais. As lentes
esclerais tem diâmetro maior do que as lentes gelatinosas e não tocam (ou não
devem tocar) a córnea e o limbo, repousando suavemente sobre a esclera (porção
branca dos olhos). A adaptação de lentes corneanas deve ser sempre a primeira
opção na reabilitação visual de pacientes com ceratocone pois quando de alta
qualidade e tecnologia elas garantem uma ótima acuidade visual (a melhor
possível de se obter), conforto na adaptação e especialmente garantem o
equilíbrio fisiológico corneano.
Em determinados casos há uma
excelente indicação de adaptação de lentes esclerais, como em casos de
ceratocone com implante de anel que dificulte a adaptação de lentes corneanas
(RGPs), casos de ceratoglobo, degeneração marginal pelúcida, pós-transplante de
córnea (com astigmatismo irregular elevado), pós-cirurgia refrativa por ceratotomia
radial refrativa (RK), pós-trauma e especialmente quando para o tratamento
terapêutico de patologias que afetam a superfície ocular como olho seco,
síndrome de Sjrögen, Stevens-Johnson entre outras.
É comum alguns pacientes com
ceratocone apresentarem alterações quantitativas e qualitativas do filme
lacrimal, isso dificulta a adaptação de lentes corneanas (RGPs) e nestes casos
a adaptação de lentes esclerais pode apresentar excelentes resultados. A lente
escleral é preenchida com uma solução salina sem conservantes e forma assim uma
reserva de fluido que fica entre a lente e o olho, criando um ecossistema
saudável para a córnea. Esta reserva de fluido deve ser lentamente renovada e
para isso a lente deve permitir a renovação do fluido pela lágrima do paciente
e por colírio lubrificante sem conservantes. Na figura abaixo uma imagem em
macro de uma lente escleral Scleral Bastos SB (Ultralentes) de 18.5 mm.
Fig.3: Lente Scleral Bastos - cortesia IOSB |
A adaptação de lente escleral deve ser perfeita para evitar
complicações tardias, não pode haver toque na córnea e no limbo, não pode ficar
exageradamente afastada da córnea pois causa o embaçamento da visão, não pode
haver movimento da lente ao piscar, não deve ficar totalmente selada junto a
esclera e nem formar áreas esbranquiçadas onde ela se apoia, indicando uma
pressão exagerada junto a esclera e que causa a hiperemia conjuntival
localizada (olhos vermelhos). O paciente quando retira as lentes esclerais
deverá observar se há uma marca deixada nos olhos pela presença da lentes, se
houver ele deve comunicar o oftalmologista para que esta situação seja corrigida
imediatamente.
Um fator importante a ser
observado tanto pelo especialista como pelo paciente é a presença de bolha de
ar dentro da reserva de fluido após a colocação das lentes. É comum o paciente
no início colocar a lente de maneira equivocada e deixar o que é chamado de
bolhas de inserção, geralmente resultado da colocação imperfeita das lentes.
Contudo pode haver a formação de bolha posteriormente de forma espontânea caso
a lente não esteja corretamente adaptada. Com a crescente popularização da
adaptação de lentes esclerais é natural que já estejam ocorrendo casos de
pequenas complicações devido ao uso incorreto ou resultado da utilização de
lentes que não estão bem adaptadas ou estão com o desenho impróprio.
Outro achado que o paciente neste
caso deve ficar atento é quando ele referir a presença de arco-íris na visão
após algumas horas de uso, o que pode ser a indicação de edema de córnea por
hipoxia corneana (falta de oxigenação suficiente para a córnea). Neste caso a
utilização da lente deve ser interrompida e o especialista deverá rever o caso
para corrigir o problema.
Esta é uma questão que frequentemente se ouve por parte de pacientes e alguns especialistas desconhecem, até mesmo porque não há uma vasta literatura médica sobre o ceratocone especificamente. Poucas semanas atrás eu estava relendo um livro de oftalmologia de meu pai, de 1970. Naquela época já diziam o que temos constatado todos estes anos no Institutode Olhos Dr. Saul Bastos (IOSB) que o ceratocone apresenta episódios de progressão, especialmente dos 17 aos 23 anos aproximadamente, e estes episódios não costumam ser agressivos na maior parte dos casos. Quando o caso apresenta episódios frequentes e significativos a perda de acuidade e qualidade visual é notadamente observada pelo paciente e pelo especialista no exame oftalmológico (clínico e topográfico). Estes são talvez os casos em que atualmente o crosslinking (CXL) deva ser considerado, mas mais uma vez segundo o protocolo de segurança criado por Theo Seiler e Wollensak (pioneiros no tratamento) deve ser seguido, consistindo na indicação somente se houver a constatação inequívoca de que estão ocorrendo episódios significativos e frequentes de progressão do ceratocone.
Na maior parte dos casos, o
paciente deve ser adaptado com lentes de contato rígidas gás permeáveis por
alguns motivos como: Oferece uma melhor acuidade e qualidade visual; é mais
seguro para o paciente pois permite a livre circulação da lágrima (lente RGP de
boa qualidade e bem adaptada); riscos de contaminação da lente quase
inexistente (paciente deve limpar a lente corretamente e com a frequência
determinada). É importante notar que mesmo com as novas lentes especiais
gelatinosas para o ceratocone em casos mais avançados elas falham em
proporcionar uma boa acuidade visual pois elas não corrigem inteiramente o
astigmatismo irregular provocado pela patologia.
Exames de rotina, como proceder?A topografia surgiu poucas décadas atrás e tornou-se rapidamente uma poderosa ferramenta para a observação e interpretação do relevo corneano. Especialmente no ceratocone ela serve para identificar as áreas quentes e de maior elevação (tons amarelo, laranja e vermelho geralmente) e as áreas frias e mais planas (verde e azul geralmente). Os especialistas utilizam a topografia (Fig.4) tanto para examinar o comportamento do ceratocone como no caso dos cirurgiões, para planejar as cirurgias e no caso dos especialistas em lentes de contato para planejar os testes de lentes especiais.
Além das topografias existem
também as tomografias de segmento anterior, surgiram primeiro o Orbscan
(B&L) e posteriormente o Pentacam (Oculus). Embora as topografias sirvam
bem para observar-se o comportamento da córnea anterior e verificar se há
progressão ou não, comparando exames de datas diferentes, a tomografia
proporciona uma quantidade mais rica de informações, como as elevações anteriores
e posteriores da córnea, a espessura corneana em toda a sua extensão e muitos
outros mapas que podem ser obtidos com um único exame. No IOSB nós utilizamos
tanto a topografia para um simples controle quando necessário e de alguns anos
para cá temos utilizado cada vez mais a tomografia de segmento anterior, em
especial o Pentacam (Fig.5) que é a nossa preferência. A opção por exames
feitos no Pentacam deve-se ao fato de que ele proporcionar uma área maior de
informações, é possível muitas vezes obter mapas de limbo a limbo ou de toda a
extensão da córnea. Outro fator importante a ressaltar é que quando comparado a
espessura da córnea obtida com este exame, a precisão dos valores obtidos com o
Pentacam é o que mais se aproximou do exame de paquimetria ultrassônica,
considerado o padrão-ouro para medir a espessura corneana. Os tomógrafos de
segmento anterior possuem uma margem de erro em relação a paquimetria e
portanto devem ser analisados sempre sob esta perspectiva, para maior precisão
é importante guiar-se pela paquimetria ultrassônica (Fig.6).
Fig.5: Um dos vários mapas proporcionados pelo Pentacam. |
Fig.6: Paquimetria Ultrassônica. |
Sobre a limpeza das lentes de contato
Embora a literatura atual e a
recomendação de que as lentes de contato sejam limpas com as soluções multiuso
para este propósito, quando se trata de lentes rígidas gás permeáveis ou mesmo
lentes esclerais, quem tem mais experiência na adaptação destas lentes sabe que
a limpeza das lentes apenas com estes produtos é limitada, especialmente para
os pacientes que possuem uma lágrima com maior quantidade de mucina, que com o
tempo cria aqueles depósitos muco-proteicos que aderem a superfície das lentes
deixando-as opacificadas com o tempo.
Para aumentar a durabilidade e
para deixar as lentes mais confortáveis e saudáveis para os olhos é
interessante limpar as lentes imediatamente após o uso, utilizando para isso um
xampu neutro (J&J) ou sabonete líquido (Ph balanceado) diluído em água ou
soro fisiológico se preferir (guardar na geladeira depois de aberto por no
máximo 7 dias e descartar), colocar a lente na palma de uma das mãos (mãos
limpas e secas), com o dedo indicador fazer movimentos circulares (fricção
leve) de maneira que a lente fique "ensaboada" nas duas superfícies,
depois enxaguar o produto e as mãos e somente após utilizar assim o produto
multiuso de lentes recomendado de forma a garantir a total assepsia das lentes.*
As lentes rígidas podem ser
armazenadas secas dentro do estojinho, é importante lavar com frequência o
estojo da mesma maneira. Se guardadas secas, procure lubrificar as lentes por
cerca de 15 a 20 minutos antes de inserir as mesmas no dia seguinte, ou então
acondicione as lentes com o produto multiuso prescrito pelo especialista.
Depois de 43 anos e com quase 20 mil pacientes adaptados com lentes rígidas o
IOSB nunca teve nenhuma complicação séria de pacientes decorrente da adaptação
ou do processo de limpeza.
*Esta recomendação somente é
válida para lentes rígidas e esclerais.
Um dos conselhos mais importantes é o de fazer revisões periódicas com o seu oftalmologista, mesmo que esteja tudo bem. O especialista deve alertar o paciente de fazer estas revisões que não são as mesmas revisões logo após o início da adaptação, estas consultas devem ser feitas no mínimo uma vez ao ano, mesmo que esteja tudo bem. É comum pacientes que estão bem adaptados com suas lentes ficarem as vezes alguns anos (eventualmente até muitos anos) e somente retornarem quando tem alguma complicação, desconforto ou quebra/perda de lentes.
As revisões de adaptação de
lentes de contato são como revisões de carro ou de equipamentos, quando se faz
revisões de rotina está se fazendo uma manutenção preventiva e quando o
paciente vem com algum problema a revisão é de manutenção corretiva. A
diferença pode estar entre o especialista planejar uma readequação da adaptação
para uma possível nova realidade (fig.7) mas em tempo e a de ele ter que
orientar o paciente a suspender o uso das lentes e tratar alguma lesão (se for
o caso) para somente após o término do tratamento reavaliar o caso e refazer os
testes. Somente neste momento ele poderá reavaliar o caso e refazer o exame
para que novas lentes sejam planejadas e solicitadas ao laboratório. Já dá para
ter uma ideia do tempo necessário até que o paciente retorne ao uso de suas
lentes.
Fig.7: Lente apresentando toque, é necessário replanejar a lente para obter o padrão adequado. Observe o toque central escuro e uma pequena bolha junto ao acúmulo de lágrima. |
Uma orientação que deve ser dada ao paciente é que ele cuide sempre
que manusear suas lentes, caso elas caiam sobre uma superfície rígida, ter
muito cuidado ao juntá-las para não arrastar as lentes. Se isso ocorrer pode haver
a deterioração do desenho da borda da lente na sua porção interna especialmente
que vai ter contato mesmo que leve com a córnea. Se esta superfície perder o
polimento ou riscar ela poderá causar desconforto para o paciente, não adiante
lavar diversas vezes pois o desenho da lente foi alterado. A utilização de uma
ventosa do tipo DMV Ultra (Ultralentes) ajuda muito nesta hora para que o
paciente possa juntar a lente se ela cair em algum local de difícil acesso ou
de forma que fique difícil pegá-la com os dedos.
Esta é uma questão importante, pois alguns pacientes tem queixado-se de encontrar dificuldades em encontrar os produtos multi-uso recomendados. Entre os mais conhecidos estão o Boston Simplus (B&L) e o Opti Free GP (Alcon), no entanto não são todos os estabelecimentos farmacêuticos que dispõem destas soluções. Há alguns produtos atualmente sendo fornecidos por outras empresas mas não estão também disponíveis nas grandes redes.
No Brasil há uma vasta opção de produtos
multiuso para lentes gelatinosas devido ao alto volume de lentes dispensadas no
mercado, no entanto a realidade inverte-se quando são produtos específicos para
lentes rígidas. Nos EUA e no Reino Unido existem uma maior oferta de produtos
multiuso para lentes rígidas (e esclerais), com marcas que não estão
disponíveis no Brasil.
Caso o usuário de lentes rígidas
fique sem o seu produto multiuso é extremamente recomendável que ele entre em
contato com o seu oftalmologista para pedir uma orientação, o seu médico poderá
entrar em contato com o laboratório farmacêutico para ajudá-lo. Se por acaso
for imprescindível utilizar suas lentes é recomendado fazer a limpeza conforme
foi mencionado acima e enxaguar as lentes com soro fisiológico antes de inserir
as mesmas, no entanto ressaltamos que é fundamental colocar um adesivo no
rótulo da embalagem do soro com a data
em que o mesmo foi aberto, não tocar o bico do mesmo, acondicionar o frasco
fechado na geladeira e descartá-lo no máximo após 7 dias depois de aberto para
evitar a sua contaminação. Somente proceda desta maneira em uma emergência, do
contrário dê preferência ao produto multiuso de sua preferência, respaldado
pelo seu oftalmologista.
Espero que com estas dicas e comentários
possamos ajudar a todos que possuem ceratocone e que eventualmente utilizem
lentes de contato especiais para que estes tenham uma melhor qualidade de visão
e de vida.
Luciano Bastos
Diretor & Instrutor Clínico de Lentes especiaisInstituto de Olhos Dr. Saul Bastos
20 comentários:
Boa noite Luciano.
Para mim, o melhor produto para llimpeza e conservação de lentes RGP que existe hoje no mercado é o Opti Free GP. O Boston sempre me embaça a visão e com uns 5 dias de uso exclusivo parece que não limpa a lente. Saudades do Boston Simplus Solução Limpadora 30ml, este sim era galo! Abraço.
Olá Luciano. Para mim, o melhor produto para limpeza e conservação de lentes RGP é o Opti Free GP. O Boston Simplus não limpa direito e deixa a lente embaçada com o uso na modalidade conservação. Depois de uns 5 dias usando, logo a lente parece suja. Saudades do Boston Solução Limpadora 30ml, um shampoo para lentes, esse sim era galo! Abraço.
Olá Diego,
Realmente o Opti Free GP (mesma fórmula do Unique Ph) é uma solução multi-uso para lentes RGPs, no entanto ele é mais difícil de encontrar. O Boston Simplus é mais viscoso o que agrada a muitos, ele é mais fácil de encontrar também.
No Brasil infelizmente não há muitas opções de produtos multi-uso como nos EUA ou na Europa, não há interesse das empresas em ter estes produtos disponíveis em mais versões. Logo, o mais eficiente método é utilizar o conhecido Shampoo J&J Baby neutro (Ph balanceado) para fazer a limpeza mecânica por fricção em movimentos circulares na mão, enxaguar e somente depois utilizar um dos produtos multi-uso para a completa assepsia das lentes.
Abraço,
Luciano Bastos
Em colaboração com o blog C&T.
É com um imenso prazer que estou aqui escrevendo esse POST.
O Grande Luciano, Com a Ajuda de Deus, foi o Único Homem na terra que me disse: “você sairá daqui adaptado e com suas Lentes enxergando bem e com conforto”.
No primeiro momento Acreditei e disse a Ele, é por isso que estou aqui e não pensem que foi diferente.
Luciano e sua Magnifica equipe, Mudou o meu modo de viver com o meu novo par de lentes Ultracone.
Quando cheguei a Clinica, utilizava apenas uma Lente, mal Adaptada que caia por qualquer movimento brusco que fizesse, e com a paciência, conhecimento e dedicação desse grande profissional, conseguir alcançar uma qualidade de vida que já não tinha a mais de 4 anos, quando deixei de utilizar lentes Gelatinosas por insuficiência de Grau e ele me confeccionou 02 pares de Lentes que guardo como o meu maior Tesouro nessa terra.
Que Deus continue abençoando essa Equipe que muda Vidas.
Mais uma vez.
Muito Obrigado Luciano .
Aldenir Nascimento - Salvador -BA
É com um imenso prazer que estou aqui escrevendo esse POST.
O Grande Luciano, Com a Ajuda de Deus, foi o Único Homem na terra que me disse: “você sairá daqui adaptado e com suas Lentes enxergando bem e com conforto”.
No primeiro momento Acreditei e disse a Ele, é por isso que estou aqui e não pensem que foi diferente.
Luciano e sua Magnifica equipe, Mudou o meu modo de viver com o meu novo par de lentes Ultracone.
Quando cheguei a Clinica, utilizava apenas uma Lente, mal Adaptada que caia por qualquer movimento brusco que fizesse, e com a paciência, conhecimento e dedicação desse grande profissional, conseguir alcançar uma qualidade de vida que já não tinha a mais de 4 anos, quando deixei de utilizar lentes Gelatinosas por insuficiência de Grau e ele me confeccionou 02 pares de Lentes que guardo como o meu maior Tesouro nessa terra.
Que Deus continue abençoando essa Equipe que muda Vidas.
Mais uma vez.
Muito Obrigado Luciano .
Aldenir Nascimento
Salvador-BA
Caro Aldenir,
Em nome de toda nossa equipe do IOSB, agradeço suas palavras. É muito bom saber que pudemos ajudá-lo e compreender o impacto que isso proporcionou em sua vida.
Saúde e sucesso!
Luciano Bastos
Ao passar pela net encontrei seu blog, estive a ver e ler alguma postagens
é um bom blog, daqueles que gostamos de visitar, e ficar mais um pouco.
Eu também tenho um blog, Peregrino E servo, se desejar fazer uma visita
Ficarei radiante se desejar fazer parte dos meus amigos virtuais, saiba que sempre retribuo seguido
também o seu blog. Deixo os meus cumprimentos e saudações.
Sou António Batalha.
Boa noite pessoal exelente materias nesse blog!
Gostaria de tirar uma duvida, tenho cetocone, mais avançado no olho direito apice de 49 dioptrias, e comecei a usar as lentes rigidas fazem 10 dias, desde o primeiro dia estou usando elas normamente da hora que acordo a hora que vou dormir sem encomodos, porem minha acuidade nao esta satisfatoria, fiquei com um astigmastismo em um eixo diferente antes embaixo agora é encima, vejo "fantasmas"' nas letras que leio e ainda com uma acuidade ique ainda me incomoda sendo compensado pelo olho esquerdo que no qual enxergo bem!
A pergunta é a seguinte, tem como tirar ao menos esses fantasmas, , esse astigmastimo quena propia lente criou? Antes de usar lentes eu usava oculos, que no qual melhorava pouca coisa minha acuidade, notei que com a lente melhorou um pouco! Mas os fantasmas mudaram de lado!
Peço uma opiniao para voce,mpois só descobri a ceratocone mesmo fazendo as topografias durante 3 anos depois do terceiro oftalma!
Desde ja agradeço
Caro anônimo,
Esse astigmatismo pode ser um astigmatismo residual que ocorre devido ao astigmatismo ser na porção posterior da córnea (por dentro) ou mesmo nos meios internos como cristalino.
A diplopia monocular no ceratocone não é incomum, no entanto pela sua descrição essa visão fantasma pode ter outro motivo. No IOSB em POrto Alegre muitas vezes conseguimos neutralizar ou ao menos amenizar essa visão fantasma utilizando as lentes Ultracone PCR com controle de aberrometria fabricadas pela Ultralentes. Estas lentes são um pouco maiores do que as lentes para ceratocone (não são esclerais) e permitem uma maior área de cobertura da porção central da córnea e de seu eixo visual. Pacientes que tem pupilas grandes geralmente tem esse problema agravado e podem beneficiar-se desta tecnologia.
Naturalmente se seu olho dominante for o outro e na visão bilateral estiver razoável você pode até deixar assim que o cérebro pode se encarregar de manter a visão geral satisfatória, mas se isso lhe incomoda é preciso rever isso com o seu oftalmologista.
Espero ter ajudado.
Luciano Bastos
Em colaboração com o Blog C&T.
Tatiane, São Paulo. Excelente post!
Boa noite! Pessoal precisava de uma grande ajuda: Descobri há uns três meses que sou portador de ceratocone. Iniciei o tratamento e passei a utilizar lentes rígidas. Para limpeza da lente minha oftalmologista me recomendou utilizar o Boston Simplus Solução Multiação, produto esse de grande viscosidade, sem muito efeito de "enxague" para utilização. Minha irmã que também é portadora da doença, me deu para testar o Opti-Free GP, produto do qual gostei muito, e está sendo super confortável para o meu tratamento e, ao contrário do Boston Simplus, possibilita um enxague perfeito devido a sua composição. No entanto foi surpreendido que esse "remedinho" não está sendo mais fabricado e saiu do mercado e dos laboratórios da Alcon. Gostaria de saber se alguém conhece alguma solução que seja semelhante ao Opti-Free GP, ou se existe alguma outra solução que não tenha esse aspecto tão viscoso para o processo de fricção e enxague. Como tenho muito pouquinho do Opti-Free, utilizo algumas gotinhas para fricção, e uso o Boston para limpeza e conservação. Mas logo eles vão acabar...alguém poderia me ajudar?
Boa noite! Pessoal precisava de uma grande ajuda: Descobri há uns três meses que sou portador de ceratocone. Iniciei o tratamento e passei a utilizar lentes rígidas. Para limpeza da lente minha oftalmologista me recomendou utilizar o Boston Simplus Solução Multiação, produto esse de grande viscosidade, sem muito efeito de "enxague" para utilização. Minha irmã que também é portadora da doença, me deu para testar o Opti-Free GP, produto do qual gostei muito, e está sendo super confortável para o meu tratamento e, ao contrário do Boston Simplus, possibilita um enxague perfeito devido a sua composição. No entanto foi surpreendido que esse "remedinho" não está sendo mais fabricado e saiu do mercado e dos laboratórios da Alcon. Gostaria de saber se alguém conhece alguma solução que seja semelhante ao Opti-Free GP, ou se existe alguma outra solução que não tenha esse aspecto tão viscoso para o processo de fricção e enxague. Como tenho muito pouquinho do Opti-Free, utilizo algumas gotinhas para fricção, e uso o Boston para limpeza e conservação. Mas logo eles vão acabar...alguém poderia me ajudar? Me Chamo Guilherme Arantes e sou de Volta Redonda, RJ.
Meu nome e heberson uso lente escleral,tem uma boa acuidade mas estou com diplopia,pode ser defeito na lente? Goiânia Go
Meu nome e heberson uso lente escleral,tem uma boa acuidade mas estou com diplopia,pode ser defeito na lente? Goiânia Go
Minha filha teve cetatocone em ambos olhos,fez 2 tranplantes no OD,e no esquerdo 1 mais anel ferrara,isto em 2001,so que infelizmente ainda não tem uma boa visão,nem consegue grau afequado para ela.agira o medico indicou a lente escleral ,fez teste e enxergou bem com ela.pergunto,sera que vai dar certo pelo fato de ter transplante e anel? Essa lente é muito cara,dura apenas 2anos.tenho receio de não adaptar e perder todo o dinheiro.o que fazer?
Minha filha teve cetatocone em ambos olhos,fez 2 tranplantes no OD,e no esquerdo 1 mais anel ferrara,isto em 2001,so que infelizmente ainda não tem uma boa visão,nem consegue grau afequado para ela.agira o medico indicou a lente escleral ,fez teste e enxergou bem com ela.pergunto,sera que vai dar certo pelo fato de ter transplante e anel? Essa lente é muito cara,dura apenas 2anos.tenho receio de não adaptar e perder todo o dinheiro.o que fazer?
Parabenizo Luciano Bastos pelo cuidado e dedicação para com seus pacientes.Tenho 42 anos e 20.100 de grau no olho direito e 20 .80 no esquerdo eu posso usar as lentes escleral?
Olá,queria saber se à algum problema em trocar a solução multiuso Boston simplus pela Opti-free replenish.
Só me adaptei com unique ph como não fabricam mais meu oftalmo recomendou Bio True é maravilhoso
Excelente blog consegui informações muito importantes tanto na matéria quanto nos comentários
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