O estudo é recente e tem um "n" baixo, foram cerca de 31 pacientes que concluiram o estudo, logo como foram três grupos, sendo dois que receberam o tratamento de formas diferentes e um terceiro com placebo (teste duplo-cego randomizado), mesmo assim os resultados são otimistas e condizem com os observados na técnica tradicional. O crosslinking transepitelial que é realizado utiliza ainda o raio ultravioleta que seria um catalizador do processo, apenas neste caso não há a raspagem do epitélio corneano. No caso deste medicamento IVMED-80, pelo que se vê é um tratamento com uma certa duração e "provavelmente" conta com a iluminação natural do sol para agir como catalizador, mas no artigo fica claro que o processo é farmacológico ou seja, a indução farmacológica da droga para induzir o crosslinking.
O estudo ainda está em fase 2, devendo entrar agora em fase 3. É
importante observar os resultados a longo prazo e estabelecer quais os
critérios para sua aplicação assim como definir protocolos de utilização.
Também importante observar os casos a longo prazo para saber se como no
crosslinking tradicional ainda se observa alguma alteração topográfica, mesmo
que pequena.
Enfim é uma boa notícia para os casos especialmente dos pacientes mais
jovens que estão mais propensos a episódios de progressão e aos casos mais raros
de pacientes com mais de 30 - 40 anos que ainda apresentam episódios de
progressão. É importante saber quais os fatores que podem contraindicar o
tratamento.Segue abaixo link para o artigo da Dra. Juliana Rosa*.
Comentários por Luciano Bastos
Pós graduação Lato Sensu em Córnea pela UNIFESP ⦁ Especialização em lentes de contato e refração pela UNIFESP ⦁ Residência médica em Oftalmologia pela UERJ ⦁ Graduação em Medicina pela UFRJ ⦁ Contato via Instagram: @julianarosaoftalmologia